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domingo, 5 de setembro de 2010

Graça Barata X Graça Preciosa - Robinson Cavalcanti

Graça Barata X Graça Preciosa


Não convide as pessoas a aceitar o Senhor Jesus Cristo como Salvador, mas para aceitar o Salvador Jesus Cristo como Senhor. Isso fará uma diferença na decisão e nos decididos" , ensinava o meu discipulador, o missionário batista inglês Dionísio Pape (que me presenteou com o LOC brasileiro de 1930). 

O teólogo e mártir luterano alemão Dietrich Bonhoefer falava em uma "graça barata" , de um aceitar Jesus superficialmente, egoisticamente, descomprometidamente, somente para garantir um passaporte para o céu; e uma "graça preciosa" , que carrega a cruz, que gera discípulos, que gera compromisso com o Reino de Deus e os seus valores. O "Ide" é não somente para "anunciar o Evangelho" , mas, também, para "fazer discípulos" .

A religião cristã é integral e integrada, mas, contemporaneamente, foi esquartejada em três propostas parcializantes: a "religião de salvação" , a "religião de libertação" e a "a religião de resultados" .

A primeira se esgota no anúncio da necessidade do novo nascimento; a segunda na necessidade de encarnarmos os valores do Reino de Deus de Justiça e de Paz em um mundo de opressões, exclusões e injustiças; a terceira na ênfase pastoral quanto às necessidades humanas de cura de suas enfermidades espirituais, emocionais e físicas, e de suas carências de emprego, segurança, paz doméstica etc.

Essa divisão demonstra como o pecado embota o entendimento e fragiliza a missão. Somos uma religião de salvação, de libertação e de resultados.
A Igreja deve integrar todos esses aspectos, e observar, periodicamente, onde está forte ou fraca, e canalizar para o altar os dons naturais, ou talentos, e os dons espirituais recebidos do Espírito Santo por seus fiéis.

A Graça Preciosa tem um "antes" e um "depois" , uma perdição e uma salvação. Mas, essa mudança não deve se vincular ao legalismo ou ao moralismo (deixar de fumar, beber, dançar etc.), mas a substituição da obra da carne: inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, glutonaria, impureza etc., pelo fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, mansidão, domínio próprio etc. Não é uma questão de exterioridades ou regrinhas repressivas, mas de algo que vem de dentro surge um novo caráter e um novo temperamento. Esse deve ser o conteúdo dos "testemunhos" dos convertidos.

"Aquele que está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram, e eis que tudo se fez novo" (Paulo, apóstolo).

Robinson Cavalcanti

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