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sábado, 29 de outubro de 2016

Jovens pastores e a esperança para o futuro


Hoje passei algumas poucas horas, mas encorajadoras, com um grupo de jovens pastores – homens que estão sendo tremendamente usados por Deus para alcançar sua própria geração, e muito mais. Essa experiência me deixou muito grato, e me levou a pensar sobre o porquê dos batistas do sul [NT: dos EUA] deveriam ser realmente gratos pelo surgimento dessa geração de jovens pastores.
1. Eles estão profundamente comprometidos com o Evangelho e a autoridade das Escrituras. São homens levados por convicções e a habilidade de “ligar os pontos” teologicamente. Entendem a ameaça do liberalismo teológico e não querem nada com ela. Amam o Evangelho e se agarram fortemente a ele. São encorajados por uma teologia bíblica que os leva a alegria e os firma na verdade.
2. Eles amam a igreja. Esses são pastores resistiram à tentação de desistir da igreja ou se satisfazerem com alguma forma paralela de ministério. Amam as pessoas, amam a igreja, e vêem o Corpo de Cristo como parte do propósito redentivo de Deus. Gostam do árduo trabalho da igreja e não se intimidam. Eles entendem a alegria de uma autêntica comunidade Cristã e dão suas vidas por ela. Estão resgatando uma eclesiologia bíblica em sua totalidade. Afirmam e praticam a disciplina da igreja. Eles vêem a glória de Deus em uma congregação de várias gerações de crentes crescendo juntos em fé.
3. Eles são pregadores e professores abençoados. Eles distribuem a Palavra da Verdade de forma justa e não de desculpam por pregar a Bíblia. São dedicados à pregação expositiva e sabem, de fato, o que ela significa. Nem sempre usam o púlpito, mas tem algo importante para dizer quando se dirigem à congregação.
4. São ávidos evangelistas. São levados por uma urgência de ver pessoas perdidas se achegando ao conhecimento de Jesus para se tornarem crentes e discípulos. São inovadores em suas metodologias por entenderem o Evangelho de Jesus Cristo. Eles afirmam que Jesus é sim, o Caminho, a Verdade, e a Vida, e eles sabem que não há outro Evangelho que salve.
5. São complementaristas que acreditam nos papéis dos homens e das mulheres tanto na igreja como no lar. Amam o casamento como dom de Deus e a bênção dos filhos, e deixam claro que o discipulado Cristão requer fidelidade no casamento, na família, na educação dos filhos e na sexualidade, e abraçam os ensinamentos que a Bíblia propõe para o homem e a mulher nesses assuntos. Além disso, motivam os homens mais novos a também abraçarem esses ensinamentos de Deus para suas vidas. Falam abertamente sobre sua felicidade com suas esposas e filhos. Eles trocam fraldas.
6. São homens de visão. Usam inteligência e discernimento para levantarem igrejas e para a causa do Evangelho. Eles enxergam e aproveitam as oportunidades. Estão plantando e construindo igrejas que glorificam a Deus ao alcançar o mundo, pregar o evangelho e transformar vidas. São crentes inovadores. Amam desafios. Ficariam constrangidos se tivessem objetivos pequenos.
7. São homens de alcance global e grande paixão pela Grande Comissão. Desejam ansiosamente ver as nações exaltando a Cristo. Nunca ouviram falar de um mundo com fronteiras fixas e alvos nacionais. Com muito anseio enviam, vão, e dão. Recusam-se a deixar suas congregações se fixarem em si mesmas. Olham para os povos não alcançados e ouvem seu clamor.
8. São homens felizes. Estar com eles é sentir sua alegria e falta de cinismo. Não estão interessados em reclamar da igreja. São plantadores e edificadores. Alguns ficam em dúvida com quando vêem tantas estruturas e hábitos denominacionais, mas não desistem.
Muitas denominações olham para a nova geração e se perguntam se verão verdadeiros pastores, ou se esses novos pastores amarão o Evangelho, pregarão a Palavra e se terão comprometimento com a igreja e a grande comissão. Batistas do Sul têm a bênção de olhar para a nova geração de pastores e verem tanto disso que ficam muito satisfeitos, felizes, e ansiosos pelo amanhã. Quanto mais novo você vai à Convenção Batista do Sul, mais convicção você descobre. Esses jovens são fonte de muita alegria.
Vou dormir essa noite após ser encorajado pelo tempo que passei com esses jovens pastores. Vejo o levantar dessa geração todos os dias no campus do Seminário Batista. Também sei que nada disso estaria acontecendo se uma geração de pastores e líderes da Convenção Batista do Sul não tivesse combatido o bom combate e recuperado essa denominação pela causa da verdade e da autoridade da Bíblia, e da inerrância do Evangelho.
Tudo isso fará certo homem aqui dormir muito tranquilamente.
http://reforma21.org/artigos/jovens-pastores-e-a-esperanca-para-o-futuro.html
Traduzido por Filipe Schulz


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Adoração Verdadeira – Conforme Daniel

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A interpretação de Daniel sobre a estátua de Nabucodonosor, seus três amigos na fornalha ardente, ele mesmo na cova dos leões ou Belsazar e o “Mene tequel” na parede. Quem não conhece essas histórias? Mas o mais notável em Daniel era a sua vida de oração...
Daniel tinha uma vida de oração ativa que o impulsionou durante toda a existência e ele não a abandonou. Ele começou quando ainda era adolescente, e não fraquejou nem mesmo quando já estava em idade avançada. No fim das contas, Daniel marcou a história porque orava.

Um jovem e sua adoração verdadeira a Deus

No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, o rei teve o sonho da grande estátua (Dn 2.1). Ninguém conseguiu explicá-lo, de forma que ele decidiu matar todos os magos e feiticeiros. Como o primeiro ano do reinado não era contado, o segundo ano de Nabucodonosor correspondia ao terceiro ano da permanência de Daniel na Babilônia e, portanto, ao fim de seu período de estudos de três anos (Dn 1.5). Daniel chegou à Babilônia (Dn 1.1) no ano 605 a.C. Ele ainda era muito jovem, talvez até mesmo um adolescente. Daniel viveu o exílio babilônico até a queda da Babilônia diante dos persas (539 a.C.). Ou seja, Daniel viveu lá durante cerca de 70 anos. Já nos primeiros tempos, Daniel se mostrou um intercessor eficaz (Dn 2.16-19).
Todos os magos e feiticeiros estavam “desesperados” de medo (Dn 2.10-11), mas Daniel recolheu-se calma e tranquilamente em sua casa. Uma vida de oração é interação com Deus e por isso dá segurança em meio à insegurança.
Daniel contou sua preocupação aos seus fiéis e confiáveis amigos (Dn 2.17-18), porque sabia do poder da oração conjunta. Nós também deveríamos ter a coragem de compartilhar mais os nossos motivos de oração com nossos irmãos no Senhor. Muitas vezes, porém, envergonhamo-nos deles, ficamos sem graça. Algumas pessoas preferem orar sozinhas a compartilhar seus assuntos com pessoas de confiança. Mas a Bíblia e a História estão cheias de exemplos de comunhões de oração e da conseqüente ação poderosa de Deus.
Daniel e seus amigos oraram juntos pedindo revelação e proteção. A comunhão de oração é uma força como a fissão nuclear; ela tem uma promessa no Novo Testamento: “Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.19-20). Por isso, depois da comunhão de oração, o texto relata: “Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite” (Dn 2.19).

Adoração verdadeira é oração com gratidão


Muitas vezes empenhamos muito tempo e esforço para interceder por algum motivo, mas tiramos pouco tempo para agradecer.
Muitas vezes empenhamos muito tempo e esforço para interceder por algum motivo, mas tiramos pouco tempo para agradecer. Com Daniel era bem diferente. Antes de correr ao rei e lhe apresentar a revelação, ele primeiro agradeceu ao Senhor. Ele não deixou o louvor para mais tarde. Na vida de Daniel, Deus sempre estava em primeiro lugar e somente depois vinha o rei babilônico.
Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; Daniel bendisse o Deus do céu... Por isso, Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para exterminar os sábios da Babilônia; entrou e lhe disse: Não mates os sábios da Babilônia; introduze-me na presença do rei, e revelarei ao rei a interpretação” (Dn 2.19,24).

Adoração verdadeira é oração regular

Daniel não permitia que nada atrapalhasse a regularidade de seu tempo de oração. Em Daniel 6 lemos que os altos funcionários inimigos dos judeus tentaram preparar uma armadilha para Daniel e impedi-lo de orar (v.7). Nós também precisamos ter consciência de que o inimigo de Deus fará de tudo para nos afastar da oração. Mas Daniel reagiu a isso com mais oração: “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer” (v. 10).
O que esse versículo nos mostra sobre Daniel?
  1. Ele não se deixou demover da oração (persistência).
  2. Ele orava tanto em comunhão quanto sozinho.
  3. Ele tinha um local fixo para orar, no quarto superior da sua casa (veja Dn 2.17).
  4. Ele tinha janelas abertas (direcionamento constante, comunhão ininterrupta).
  5. Ele tinha uma direção para sua oração (Jerusalém, onde estava o altar; uma indicação para Jesus).
  6. Ele orava regularmente, três vezes ao dia, como sempre havia feito.
  7. E ele não descuidava do agradecimento.

Adoração verdadeira parte da Palavra


Daniel orava para entender a Palavra de Deus, e estudava a Palavra de Deus para orar.
No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos. Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza. Orei ao Senhor, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos” (Dn 9.2-4).
Daniel orava para entender a Palavra de Deus, e estudava a Palavra de Deus para orar. Quando compreendeu o que eram os setenta anos de cativeiro de que Jeremias tinha falado, começou imediatamente a orar. Com isso, ele mesmo foi profundamente afetado. A oração de Daniel revela seu coração.
  1. Ele reagiu imediatamente (sem tardar).
  2. Ele não procurou homens (Dario ou Ciro), mas seu Deus onipotente.
  3. Ele suplicava – nisto vemos sua seriedade e persistência.
  4. Ele jejuava em pano de saco e cinzas, portanto havia arrependimento. Ele não se considerava importante demais para arrepender-se.
  5. Ele orava a um Deus pessoal. Tinha um relacionamento pessoal com Ele.
  6. Ele orava com grande reverência.
  7. E ele orava com confiança, com esperança na graça e bondade do Senhor.
Daniel foi exaltado de forma maravilhosa. Por trás dos acontecimentos de Esdras 1.1-4 está a oração de Daniel. Sua oração contribuiu para uma decisão que alteraria a política mundial e para o cumprimento da profecia divina.

Adoração verdadeira é poderosa

Certa vez Daniel recebeu uma revelação sobre a Grande Tribulação (Dn 10.1). Ele entendeu a palavra, o que o levou novamente à oração: “Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras” (v.2-3). Podemos orar a respeito de coisas que entendemos e a respeito de coisas que não entendemos.
Depois de ter orado e jejuado tão intensamente, Daniel recebeu a visita de um anjo: “Eis que certa mão me tocou, sacudiu-me e me pôs sobre os meus joelhos e as palmas das minhas mãos. Ele me disse: Daniel, homem muito amado, está atento às palavras que te vou dizer; levanta-te sobre os pés, porque eis que te sou enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, eu me pus em pé, tremendo. Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim” (v.10-12).
Isto não é tremendo?
  1. Daniel era um homem muito amado de Deus. Esta afirmação aparece três vezes no livro de Daniel (Dn 9.23; Dn 10.11,19).
  2. Ele recebeu a garantia de que foi ouvido desde o primeiro dia, apesar de a resposta só ter chegado três semanas depois (v.1; cf. Dn 9.23).
  3. Este anjo foi especialmente enviado por causa da oração de Daniel.
Os céus foram movidos porque alguém foi movido pelo céu a orar. O que não poderia acontecer se formos realmente pessoas de oração?

Adoração verdadeira é para toda a vida


Os céus foram movidos porque alguém foi movido pelo céu a orar. O que não poderia acontecer se formos realmente pessoas de oração?
No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome é Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito; ele entendeu a palavra e teve a inteligência da visão” (Dn 10.1).
No terceiro ano do rei Ciro, Daniel já vivia há 70 anos na Babilônia. Provavelmente sua vida de oração começou quando ele ainda era um adolescente, e agora, com mais de 80 anos, ela ainda não diminuíra. Daniel continuava a orar intensamente.
Que o Senhor conceda e que nós desejemos ser pessoas de oração hoje, amanhã e também quando estivermos em idade avançada. Ainda mais por vivermos em uma época na qual as profecias de Daniel sobre o final dos tempos começam a se cumprir! 

Norbert Lieth é Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional. Suas mensagens têm como tema central a Palavra Profética. Logo após sua conversão, estudou em nossa Escola Bíblica e ficou no Uruguai até concluí-la. Por alguns anos trabalhou como missionário em nossa Obra na Bolívia e depois iniciou a divulgação da nossa literatura na Venezuela, onde permaneceu até 1985. Nesse ano, voltou à Suíça e é o principal preletor em nossas conferências na Europa. É autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol.

Como deve o cristão reagir à oração não respondida.

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Quantos cristãos têm orado por alguém, só para ver suas orações ficarem sem resposta? Quantos têm orado e talvez "desistiram" porque ou tornaram-se desencorajados por uma fraqueza de fé ou por terem chegado à conclusão de que aquilo pelo qual têm orado não é a vontade de Deus? No entanto, a forma como lidamos com a oração sem resposta não é apenas para o nosso próprio benefício, mas para o benefício de outros também. Quando oramos, estamos nos engajando no mais precioso ato de comunicação com Aquele (e dado por Ele) a quem devemos prestar contas de todas as nossas atividades. Fomos realmente comprados por um alto preço - o sangue do Senhor Jesus Cristo - e, portanto, pertencemos a Deus.

A oração é um privilégio dado a nós por Deus, e é nosso tanto agora quanto quando foi dado a Israel (Deuteronômio 4:7). No entanto, quando oramos ou falamos com o Senhor, há momentos em que Ele parece não responder. Pode haver muitas razões para isso, e as Escrituras sugerem por que e como as nossas orações estão sendo tratadas por Aquele que é tão terno e amoroso e que ama a nossa comunhão com Deus, o Pai, pois Ele mesmo é o nosso representante (Hebreus 4:15).

A principal razão pela qual a oração não é atendida é pecado. Não é possível zombar de ou enganar a Deus, e Aquele que está entronizado nos céus nos conhece intimamente, até todos os nossos pensamentos (Salmo 139:1-4). Se não estivermos andando no Caminho ou se cultivarmos inimizade em nossos corações para com o nosso irmão ou se pedirmos por coisas com as motivações erradas (com desejos egoístas), então podemos esperar que Deus não responderá à nossa oração porque Ele não as ouve (2 Crônicas 7:14, Deuteronômio 28:23, Salmo 66:18, Tiago 4:3). O pecado é o "empecilho" para todas as potenciais bênçãos que receberíamos da infinita misericórdia de Deus! De fato, há momentos em que as nossas orações são abomináveis aos olhos do Senhor, mais notadamente quando claramente não pertencemos ao Senhor, quer seja por causa da incredulidade (Provérbios 15:8), ou porque estamos praticando a hipocrisia (Marcos 12:40).

Uma outra razão pela qual a oração parece ir ficar sem resposta é que o Senhor está tirando da nossa fé uma dependência mais profunda e confiança nEle, o que deve trazer de nós um profundo senso de gratidão, amor e humildade. Por sua vez, isso nos beneficia espiritualmente, pois Ele dá graça aos humildes (Tiago 4:6; Provérbios 3:34). Oh, como se sente por aquela pobre mulher cananeia, que clamava incessantemente ao Senhor por misericórdia quando Ele estava visitando a região de Tiro e Sidom (Mateus 15:21-28)! Ela não era uma pessoa à qual um rabino judeu prestaria atenção. Ela não era judia e era uma mulher, dois motivos pelos quais os judeus a ignoraram. O Senhor parece não responder às suas petições, mas Ele sabia tudo sobre a sua situação. Ele pode não ter respondido às suas necessidades declaradas imediatamente, mas ainda assim Ele ouviu e concedeu o seu pedido. 

Deus muitas vezes pode parecer silencioso para nós, mas Ele nunca nos manda embora de mãos vazias. Mesmo se a oração não foi respondida, temos de confiar que Deus responderá em Seu próprio tempo. O próprio exercício da oração é uma bênção para nós; é por causa da nossa fé que continuamos a persistir em oração. É a fé o que agrada a Deus (Hebreus 11:6), e se a nossa vida de oração está fraca, isso não reflete a nossa condição espiritual também? Deus ouve os nossos clamores empobrecidos por misericórdia, e o Seu silêncio nos faz arder com um senso de persistência na oração. Ele ama quando raciocinamos com Ele. Vamos desejar ardentemente pelas coisas que são segundo o coração de Deus e que andemos nos Seus caminhos e não nos nossos. Se formos fiéis em orar sem cessar, então estamos vivendo na vontade de Deus, e isso nunca pode estar errado (1 Tessalonicenses 5:17-18). 


https://gotquestions.org/Portugues/oracao-nao-respondida.html

"A Bíblia contém alegoria?"

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Uma alegoria é uma história em que os personagens e/ou eventos são símbolos que representam outros eventos, ideias ou pessoas. A alegoria tem sido um artifício literário comum em toda a história da literatura. Alegorias foram usadas para expressar indiretamente ideias impopulares ou controversas, para criticar a política e para repreender aqueles no poder (por exemplo, A revolução dos Bichos de George Orwell e As Viagens de Gulliver de Jonathan Swift). Outras vezes, a alegoria é usada para expressar ideias abstratas ou verdades espirituais através de uma metáfora ampliada, tornando a verdade mais fácil de ser entendida (por exemplo, O Peregrino de John Bunyan e Pés como os da corça nos lugares altos de Hannah Hurnard).

A Bíblia contém muitos exemplos de alegoria usados para explicar verdades espirituais ou para prenunciar eventos posteriores. Os exemplos mais claros de alegoria na Escritura são as parábolas de Jesus. Nestas histórias, os personagens e os eventos representam uma verdade sobre o Reino de Deus ou da vida cristã. Por exemplo, na parábola do semeador em Mateus 13:3-9, a semente e diferentes tipos de solo ilustram a Palavra de Deus e várias respostas a ela (como Jesus explica nos versículos 18-23).

A história do filho pródigo também faz uso de alegoria. Nesta história (Lucas 15:11-32), o filho titular representa a pessoa comum: pecaminosa e propensa ao egoísmo. O pai rico representa Deus, e a vida dura do filho, caracterizada por hedonismo e, posteriormente, pela pobreza, representa o vazio do estilo de vida ímpio. Quando o filho volta para casa em genuína tristeza, temos uma ilustração de arrependimento. No pai, cheio de misericórdia e vontade de receber o seu filho de volta, vemos a alegria de Deus quando nos voltamos contra o pecado e buscamos o Seu perdão.

Nas parábolas, Jesus ensina abstratos conceitos espirituais (como as pessoas reagem ao evangelho, à misericórdia de Deus, etc.) sob a forma de metáforas relacionáveis. Ganhamos uma compreensão mais profunda da verdade de Deus através destas histórias. Outros exemplos de alegoria bíblica como uma forma literária incluem a visão do dragão e da mulher em Apocalipse 12:1-6; a história das águias e da videira em Ezequiel 17; e muitos dos provérbios, especialmente aqueles escritos em paralelismo emblemático.

Algumas das tradições e cerimônias instituídas por Deus na Bíblia poderiam ser consideradas "alegorias não-literárias" porque simbolizam verdades espirituais. O ato de sacrifício de animais, por exemplo, representava que nossos pecados mereciam a morte, e cada substituto no altar prefigurava o eventual sacrifício de Cristo, que iria morrer por Seu povo. A instituição do casamento, enquanto servia grandes efeitos práticos, é também um símbolo da relação entre Cristo e a Igreja (Efésios 5:31-32). Muitas das leis cerimoniais de Moisés (em relação ao vestuário, alimentos e objetos puros e impuros) representavam certas realidades espirituais, tais como a necessidade dos crentes serem diferentes dos descrentes em espírito e ação. Embora estes exemplos não sejam considerados alegorias individualmente (uma vez que uma alegoria requer vários símbolos trabalhando em conjunto), o sistema religioso do Antigo Testamento (e partes do Novo) pode ser visto como uma ampla alegoria para o relacionamento do homem com Deus.

Curiosamente, eventos históricos, por vezes significativos, que parecem à primeira vista não conter nenhum significado mais profundo, são mais tarde interpretados alegoricamente para ensinar uma importante lição. Um exemplo disto é Gálatas 4, onde Paulo interpreta a história de Abraão, Agar e Sara como uma alegoria para a Antiga e Nova Aliança. Ele escreve: "Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um da mulher escrava e outro da livre. Mas o da escrava nasceu segundo a carne; o da livre, mediante a promessa. Estas coisas são alegóricas; porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Agar. Ora, Agar é o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à Jerusalém atual, que está em escravidão com seus filhos. Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe" (Gálatas 4:22-26). Aqui, Paulo toma pessoas históricas e reais (Abraão, Agar e Sara) e as usa como símbolos para a Lei de Moisés (Antiga Aliança) e para a liberdade de Cristo (Nova Aliança). Através da lente alegórica de Paulo, vemos que nosso relacionamento com Deus é de liberdade (somos filhos da promessa divina, como Isaque foi para Sara), não da escravidão (não somos filhos da escravidão do homem, como Ismael foi para Agar). Paulo, por meio da inspiração do Espírito Santo, podia ver o significado simbólico deste evento histórico e o usou para ilustrar a nossa posição em Cristo.

A alegoria é uma maneira maravilhosamente artística de explicar assuntos espirituais em termos de fácil compreensão. Através das alegorias bíblicas, Deus nos ajuda a compreender conceitos difíceis através de um contexto mais relacionável. Ele também revela-se como o Grande Contador de Histórias, trabalhando através da história para prefigurar e realizar o Seu plano. Podemos nos alegrar no fato de que temos um Deus que se dirige a nós de uma maneira que podemos entender e que nos deu símbolos e alegorias para nos lembrar de Si mesmo.


https://gotquestions.org/Portugues/Biblia-alegoria.html

"O que é a numerologia bíblica?"

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A numerologia bíblica é o estudo dos números na Bíblia. Dois dos números mais comumente repetidos na Bíblia são 7 e 40. O número 7 significa conclusão ou perfeição (Gênesis 7:2-4; Apocalipse 1:20). É muitas vezes chamado do "número de Deus" já que Ele é o único que é perfeito e completo (Apocalipse 4:5, 5:1, 5-6). Acredita-se que o número 3 também seja o número da perfeição divina: a Trindade consiste do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

O número 40 é muitas vezes conhecido como o "número de provação ou julgamento". Por exemplo, os israelitas vagaram durante 40 anos (Deuteronômio 8:2-5); Moisés ficou no monte durante 40 dias (Êxodo 24:18); Jonas advertiu Nínive de que o julgamento viria após 40 dias (Jonas 3:4); Jesus foi tentado por 40 dias (Mateus 4:2), houve 40 dias entre a ressurreição e a ascensão de Jesus (Atos 1:3). Um outro número repetido na Bíblia é 4, o qual é conhecido como o número da criação: norte, sul, leste, oeste; quatro estações do ano. Acredita-se que o número 6 seja o número do homem: o homem foi criado no dia 6; o homem trabalha seis dias apenas. Um outro exemplo da Bíblia usando um número para significar algo se encontra em Apocalipse capítulo 13, o qual diz que o número do Anticristo é 666.

Quer os números realmente tenham um significado especial ou não, isso ainda está sendo debatido. A Bíblia definitivamente parece usar números em padrões ou para ensinar verdades espirituais. No entanto, muitas pessoas colocam demasiada importância na "numerologia bíblica", tentando encontrar um significado especial por trás de cada número na Bíblia. Muitas vezes, um número na Bíblia é simplesmente um número. Deus não nos chamou para a busca de significados secretos, mensagens escondidas ou códigos na Bíblia. Há mais do que suficiente verdade simples nas Escrituras para cuidar de todas as nossas necessidades e nos fazer "perfeitamente preparados para toda boa obra" (2 Timóteo 3:16).




https://gotquestions.org/Portugues/numerologia-biblica.html

"Por que Deus nos deu os quatro Evangelhos?"

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Encontre a seguir algumas razões por que Deus nos deu quatro Evangelhos ao invés de apenas um:

(1) Para dar um retrato mais completo de Cristo. Enquanto toda a Bíblia é inspirada por Deus (2 Timóteo 3:16), Ele usou autores humanos com estilos de vida e personalidades diferentes para cumprir Seus propósitos através do que eles escreveram. Cada um dos autores dos Evangelhos tinha um propósito distinto por trás do que escrevia, e ao executar esses propósitos, cada um enfatizou aspectos diferentes da pessoa e ministério de Jesus Cristo.

Mateus estava escrevendo a uma audiência hebraica e um dos propósitos do seu Evangelho era mostrar, com a genealogia de Jesus e o cumprimento das profecias do Velho Testamento, que Ele era o tão esperado Messias, e portanto deveria ser acreditado. A ênfase de Mateus é no fato de que Jesus é o Rei prometido, o “Filho de Davi” que ocuparia para sempre o trono de Israel (Mateus 9:27; 21:9).

Marcos, um primo de Barnabás (Colossenses 4:10), foi uma testemunha ocular dos eventos da vida de Cristo, assim como um amigo do Apóstolo Pedro. Marcos escreveu para uma audiência pagã, como é salientado pelo fato de não ter incluído coisas importantes aos leitores judeus (genealogias, controvérsias de Jesus com os líderes judeus de Seu tempo, referências frequentes ao Velho Testamento, etc.). Marcos enfatiza Cristo como o Servo sofredor, Aquele que veio não para ser servido, mas para servir e entregar Sua vida como resgate por muitos (Marcos 10:45).

Lucas, o “médico amado” (Colossenses 4:14), evangelista e companheiro do Apóstolo Paulo, escreveu o Evangelho de Lucas e o livro de Atos. Lucas é o único autor gentio do Novo Testamento. Ele foi aceito há muito tempo como o historiador hábil e diligente por aqueles que usaram seus manuscritos em estudos geológicos e históricos. Como um historiador, ele afirma que seu objetivo é escrever uma exposição em ordem da vida de Cristo baseada no testemunho daqueles que foram testemunhas oculares (Lucas 1:1-4). Porque ele escreveu especificamente para o proveito de Teófilo, aparentemente um gentio de certa estatura, seu Evangelho foi escrito com uma audiência pagã em mente, e seu objetivo é mostrar que a fé de um Cristão é baseada em eventos historicamente confiáveis e verificáveis. Lucas se refere com frequência a Cristo como o "Filho do Homem", enfatizando Sua humanidade, e compartilha muitos detalhes que não são registrados nas narrativas dos outros Evangelhos.

O Evangelho do João, escrito pelo Apóstolo João, é diferente dos outros três evangelhos e contém muito conteúdo teológico em relação à pessoa de Cristo e o significado de fé. Mateus, Marcos e Lucas são frequentemente chamados de “Evangelhos sinópticos” por causa de seus estilos e conteúdos similares, e porque eles dão uma sinopse da vida de Cristo. O Evangelho de João não começa com o nascimento de Cristo ou Seu ministério terreno, mas com a atividade e características do Filho de Deus antes de Se tornar carne (João 1:14). O Evangelho de João enfatiza a divindade de Cristo, como é visto pelo fato de que ele usa frases como "o Verbo era Deus" (João 1:1), "o Salvador do mundo" (4:42), o "Filho de Deus" (usado repetidamente), "Senhor e...Deus" (João 20:28) ao descrever Jesus. No Evangelho de João, Jesus também afirma Sua divindade com várias declarações de “EU SOU” (compare com Êxodo 3:13-14). Mas João também enfatiza o fato da humanidade de Jesus, querendo mostrar o erro de uma seita religiosa de seu tempo, os Gnósticos, que não acreditavam na humanidade de Cristo. João deixa claro seu propósito principal ao escrever o evangelho: “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20:30-31).

Dessa forma, por ter quatro distintas e ao mesmo tempo exatas narrativas de Cristo, você pode ter acesso a aspectos diferentes de Sua pessoa e ministério. Cada narrativa, quando adicionada às outras três, torna-se como uma diferente linha colorida em uma bela tapeçaria e, quando tecidas juntas, formam um retrato mais completo dAquele que vai além de qualquer descrição. Apesar de que nunca vamos entender completamente tudo sobre Jesus Cristo (João 20:30), através do quatro Evangelhos podemos conhecer o suficiente sobre Ele para apreciar quem Ele é e o que tem feito por nós, para que possamos ter vida através de fé nEle.

2) Para nos capacitar a objetivamente verificar a veracidade das narrativas. A Bíblia, desde o início, afirma que um julgamento em um tribunal de justiça não deve ser feito contra uma pessoa na base de apenas uma testemunha, mas sim de pelo menos duas ou três (Deuteronômio 19:15). Sendo assim, ter narrativas diferentes sobre a pessoa e o ministério terreno de Jesus Cristo nos capacita a avaliar a veracidade da informação que temos sobre Ele.

Simon Greenleaf, uma autoridade bem conhecida e bem respeitada sobre o que constitui evidência confiável em um tribunal de justiça, examinou os quatro Evangelhos de uma perspectiva legal. Ele percebeu que o tipo de descrição dado pelas testemunhas oculares nos quatro Evangelhos, na qual um livro concorda com o outro, mas com cada escritor escolhendo omitir ou adicionar detalhes que os outros escolheram incluir ou omitir, respectivamente, é típico de fontes confiáveis e independentes que seriam aceitas em um tribunal como evidência forte. Se os Evangelhos tivessem exatamente a mesma informação com os mesmos detalhes providenciados, e escritos da mesma perspectiva, seria uma grande indicação de conspiração; quer dizer, que talvez os autores teriam se reunido com a intenção de contar a mesma história para fazer com que seus testemunhos fossem mais acreditáveis. As diferenças entre os Evangelhos, até mesmo o que aparenta ser contradição de detalhes ao serem examinados de primeiro, confirmam a natureza independente das narrações. Portanto, a natureza independente dos quatro Evangelhos concorda entre si em relação a sua informação, mas diferencia em suas perspectivas, detalhes e quais eventos foram registrados, indicando que o que sabemos sobre a vida e ministério de Cristo como apresentados nos Evangelhos é realmente fato e completamente confiável.

3) Para recompensar os que são investigadores diligentes. Pode-se ganhar muito através de um estudo individual de cada um dos Evangelhos. Mais ainda pode ser ganho quando se compara e junta as narrativas diferentes dos eventos específicos do ministério de Jesus. Por exemplo, em Mateus 14 lemos a narrativa de Jesus alimentando os 5000 e Jesus andando sobre as águas. Mateus 14:22 nos diz que: “compeliu Jesus os discípulos a embarcar e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões.” Alguém pode perguntar: “Por que ele fez isso?” Mateus não deixa claro qual o motivo. Mas quando você combina com o contexto de Marcos 6, você vê que os discípulos tinham acabado de voltar de expulsar demônios e curar pessoas através da autoridade que Jesus lhes tinha dado quando Ele os enviou dois a dois. Mas eles retornaram com uma atitude muito orgulhosa, esquecendo seu devido lugar e prontos a instruir Jesus (Mateus 14:15)! Então, ao enviá-los durante a noite ao outro lado do Mar da Galiléia, Jesus lhes revela duas coisas enquanto estão lutando contra o vento e ondas, dependendo de si mesmos até as primeiras horas da manhã seguinte. Jesus estava andando sobre a água, prestes a passar pelo barco dos discípulos, quando finalmente os discípulos invocaram o nome de Jesus (Marcos 6:48-50). Ele revela (1) que não podem alcançar nada para Deus com suas próprias forças e (2) que nada é impossível quando Ele clamam a Deus e dependem de Seu poder. Há vários exemplos assim de “jóias” a serem encontradas pelo estudante diligente da Palavra de Deus que se dedica a comparar Escritura com Escritura, jóias essas que passam por despercebidas pelo leitor casual.


Por que Deus nos deu os quatro Evangelhos?