Pesquisa no blog

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Chegou a hora de cruzar o seu Jordão.

Resultado de imagem para Chegou a hora de cruzar o seu Jordão

Referência: Josué 1.1-9
INTRODUÇÃO
1. O raiar de um novo ano abre diante de nós novos desafios. Atravessamos o deserto, enfrentamos lutas, tentações, batalhas, perigos. Nesse ano que se passou tivemos dias de festa e dias de luto; dias de celebração e dias de choro; dias em que a nossa cabeça estava untada pelo óleo da alegria e dias em que estávamos cobertos pelas cinzas da tristeza.
2. Como o povo de Israel agora chegou a hora de cruzar o nosso Jordão. Há uma terra a ser conquistada. Há inimigos a serem vencidos. O povo de Israel ansiava por esse momento desde a promessa feita a Abraão. Mais de 500 anos haviam se passado. Mas, agora, chegara o momento. O tempo da oportunidade batia à porta. O tempo oportuno de Deus havia chegado. Era hora de tomar posse da herança.
3. Há muitos sonhos que você tem nutrido há anos: no seu casamento, na sua família, no seu trabalho, nos seus estudos, na sua vida financeira, na sua vida espiritual. Agora, chegou a hora de você também cruzar o seu Jordão, entrar na sua terra prometida.
4. O que você precisa fazer para cruzar o seu Jordão?
I. É PRECISO TIRAR OS OLHOS DA CRISE E SABER QUE DEUS ESTÁ NO CONTROLE – V. 1-2
1. Moisés está morto, uma crise real está instalada – v. 1-2
Moisés o grande líder, o grande libertador, o grande legislador, o grande intercessor está morto. A crise chega repentinamente. Ela vem a todos. Vivemos um crise internacional. O terrorismo ainda é uma ameaça. A paz mundial parece cada vez mais distante. A violência campeia bem ao nosso lado. A miséria convive com a fartura. O desemprego assusta os pais de família. O tráfico de drogas parece resistir a todo expediente da lei e da justiça. O desmoronamento dos valores morais e a desintegração das famílias são verdadeiros terremotos. Os fenômenos da natureza parecem anunciar que estamos mais perto do fim do que jamais imaginamos.
2. Moisés está morto, mas Deus continua no trono – v. 1-2
A obra continua. Precisamos assumir o nosso papel histórico. Às vezes, damos desculpas, dizendo para Deus que não estamos preparados para cruzar o nosso Jordão e tomar posse da terra prometida. Mas com a nossa idade, alguns homens já tinham influenciado o mundo: 1) Alexandre, o Grande já havia conquistado o mundo aos 23 anos de idade; 2) Mozart já havia sido consagrado como o grande gênio da música mundial; 3) Cristóvão Colombo já tinha seus planos feitos para entrar na Índia aos 28 anos; 4) Lutero iniciou a Reforma com 38 anos e Calvino com 21 anos; 5) Joana D’arc fez todos os seus trabalhos e terminou sua missão na fogueira aos 19 anos; 6) Billy Graham aos 40 anos já tinha pregado ao mundo inteiro.
3. Moisés está morto, mas o povo precisa cruzar o Jordão e conquistar a terra prometida – v. 2
Nossa confiança está no Senhor. Nossa vitória não vem dos homens, mas de Deus. Os homens passam, mas Deus continua no trono. Cada geração precisa se levantar e cruzar o seu Jordão, manter o ideal aceso.
João Wesley disse: “Senhor, dá-me 100 homens que não temam outra coisa senão o pecado, não amem ninguém mais do que a Deus, e eu abalarei o mundo”. Ashbell Green Simonton ao morrer aos 34 anos disse para sua irmã: “Deus levantará os seus próprios instrumentos para continuar a sua obra.”
II. PRECISAMOS SAIR DO DESERTO E CRAVAR OS OLHOS NOS NOVOS DESAFIOS – V. 1-2
1. O deserto estéril não é o nosso paradeiro
Não fomos chamados para fazer do deserto o nosso cemitério, mas para conquistar a terra que Deus nos prometeu. Aqueles que duvidaram da promessa foram enterrados no deserto. A incredulidade nos planta no deserto, mas a fé nos leva a cruzar o Jordão.
2. O Jordão precisa ser atrevessado
Aquilo que é impossível para você, é possível para Deus. O Senhor pode realizar o seu sonho neste ano. Você pode cruzar o seu Jordão. Você pode tomar posse da sua terra prometida. Este pode ser o ano da sua vitória: vitória na vida familiar, vitória na vida financeira, vitória na vida espiritual. Aquilo que parecia impossível para você, pode se abrir diante do seus olhos, como o Jordão se abriu para o povo que creu.
Quando abraçamos o projeto de Deus nossos sonhos deixam de ser medíocres. Precisamos ter grandes sonhos, grandes alvos, grandes anseios. João Wesley pregou mais de uma vez por dia durante 54 anos. Viajou a cavalo 200.000 Km. Publicou um comentário de 4 volumes sobre a Bíblia, 1 dicionário de inglês, 5 volumes sobre Filosofia, 4 volumes sobre História da Igreja. Escreveu 3 volumes sobre Medicina e 6 volumes sobre Música Clássica. Seu Jornal ao fim da sua vida, totalizou 50 volumes. No final da sua vida a Igreja Metodista era a terceira maior força evangélica do mundo e a maior igreja evangélica dos Estados Unidos no século XIX.
3. As cidades fortificadas precisam ser conquistadas
Deus não nos chamou para contar os inimigos, mas para vencê-los. Há inimigos que nos espreitam. Há batalhas que precisam ser travadas. Mas a vitória vem do Senhor. Ele vai à nossa frente. Ele quebra o arco e despedaça a lança. Nenhuma arma forjada contra você vai prosperar. Deus é o seu escudo. Possua a sua terra. Desaloje o inimigo. Entre nessa peleja sabendo que o Senhor é quem o conduz em triunfo.
4. O tempo de agir é agora
A vida não é um ensaio. Muitos vivem como se a vida fosse um ensaio. Muitos entram em cena e fazem as coisas sem excelência, pensando que poderão repetir aquele ato. Ledo engano. A vida não se repete. A vida não espera. O que você precisa fazer, deve fazer agora, porque é mais tarde do que você imagina.
III. PRECISAMOS SABER QUE A VITÓRIA VEM DE DEUS, MAS SOMOS NÓS QUE TEMOS QUE CRUZAR O JORDÃO – V. 2
1. Precisamos desromantizar a vida, pois entre a promessa e a terra prometida há um Jordão
Entre nós e os nossos sonhos há sempre um Jordão. Sempre haverá um Jordão a atravessar para tomarmos posse da terra prometida. Não há vitória sem luta. Deus nos promete força e consolo e não ausência de lágrimas.
Há obstáculos em nossa vida que poderíamos chamar do nosso Jordão pessoal: uma pessoa, uma doença, um relacionamento quebrado, um problema financeiro, um pecado, um sonho não realizado.
Deus mostrou o Jordão e lhe deu ordem para atravessá-lo, mas não lhe disse como. Deus não lhe mostrou uma ponte. A ponte para atravessar o Jordão é a fé. Devemos cruzar o nosso Jordão mesmo quando somos fracos, doentes, sozinhos.
Charles Spurgeon – Ele sempre exerceu suas múltiplas atividades quando estava doente. Sofria de gota e atravessava crises terríveis de depressão. Houve época em que sua saúde se achava tão abalada que teve de passar a maior parte do tempo no sul da França para se recuperar. Sua esposa, que ficou inválida após o nascimento dos filhos gêmeos, também superou suas limitações . Embora paralítica, ela dirigiu da cama, um trabalho pioneiro de distruibuição de livros do seu marido. Com 20 anos Spurgeon atraía pessoas de longe para ouvi-lo. Então decidiu construir um templo para 5.500 pessoas. Chamou sua liderança e disse que, se alguém duvidasse de que Deus poderia realizar aquele plano, que saísse. 23 líderes de Spurgeon o deixaram e só ficaram 7. Veja o Jordão de Spurgeon. Ele levou o seu sonho adiante com aqueles 7 líderes. Construiu o templo e durante 30 anos, lotou manhã e noite o Tabernáculo Metropolitano de Londres.
Irmãos, há sempre um Jordão a ser atravessado. Mas o que é o Jordão para aquele que lançou os fundamentos da terra? Que é o Jordão para o Senhor que a mede as águas do oceano na concha da sua mão?
2. Precisamos saber que a vitória vem de Deus e não da nossa força – v. 2
Saber que a vitória vem de Deus nos torna destemidos.
Saber que a vitória vem de Deus nos ajuda a enfrentar os gigantes com ousadia. Podemos dizer aos Golias: “Tu vens contra mim com espada com e com escudo, mas eu vou contra ti em nome do Senhor dos exércitos”.
Saber que a vitória vem de Deus nos impede de cair na fogueira das vaidades. Isso nos mantém humildes.
IV. PRECISAMOS DISCERNIR A VISÃO DE DEUS PARA A NOSSA VIDA – V. 2-4
1. Josué recebeu visão clara sobre o que fazer, onde ir e a quem levar – v. 2-4
O chamado de Deus para Josué foi claro. Deus não o estava chamando para outra coisa, senão para cruzar o Jordão e conduzir o povo à terra prometida. Aquela era a meta de Deus para a sua vida. Josué tinha absoluta certeza acerca daquilo que Deus queria da sua vida.
Deus respondeu três perguntas de Josué:
a) A quem? Todo o povo.
b) Aonde? À terra que eu dou aos filhos de Israel, Canaã.
c) Quando? Agora.
Deus mostra os limites da ação de Josué (v. 2-3): “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés. Desde o deserto e o Líbano até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus e até ao mar Grande para o poente do sol será o vosso termo” – Josué não deveria digirir-se à Mesopotâmia, Índia, China nem para a Europa. É importante discernir onde devemos colocar o nosso pé. O mesmo Deus que disse que todo lugar que pisar a planta do vosso pé, delimita a geografia da bênção.
2. Qual é o grande propósito de Deus para a sua vida?
O que Deus chamou você para fazer? O que ele colocou em suas mãos para realizar? Qual é a visão de Deus para você? Você está no centro da vontade de Deus? Tem fugido como Jonas? Quem caminha com base na visão, caminha com objetividade. Paulo disse: Uma coisa eu faço. Quem caminha com base na visão caminha com propósito.
Qual é a paixão da sua vida? O que inflama o seu coração?? A visão de Deus para sua vida está relacionado com aquilo que lhe pesa no coração. Deixe de reclamar. Deixe de murmurar. Há um chamado de Deus para você. Há uma obra a ser feita. Qual é a visão de Deus para sua vida?
a) Minha paixão é pregar! Há alguns anos eu tiro parte das férias para pregar. Eu preguei em média uma vez por dia este ano. Preguei pouco.
b) No peito de Hudson Taylor ardia a evangelização da China.
c) John Knox sonhava com a Escócia sendo ganha para Jesus.
d) William Wilberforce sonhava com o término da escravidão na Inglaterra.
e) Spurgeon dizia para os seus alunos: “Meus filhos, se o mundo os chamar para serem reis, não se rebaixem deixando a posição de embaixadores do céu”.
Deus diz para Josué: “Não to mandei eu? Por que estamos ainda acomodados? Por que ainda não colocamos a mão no arado? Por que ainda não cruzamos o nosso Jordão? Por que ainda não tomamos posse da Terra Prometida?
V. É PRECISO VIVER COM O PEITO ENCHARCADO DE ÂNIMO E CORAGEM – V. 6,7,9
1. Deus é contra o desânimo – v. 6,7,9
Deus falou três vezes para Josué ser forte, ter coragem e ânimo. O desânimo é contagioso. Foi por causa dele que toda uma geração de 2 milhões de pessoas morreram no deserto. Sem ânimo ninguém se levanta na crise. Sem ânimo ninguém cruza o Jordão. Sem ânimo ninguém enfrenta o inimigo. Sem ânimo ninguém toma posse da terra prometida. Sem ânimo não se restaura casamento. Sem ânimo não se evangeliza nem se experimenta o avivamento da igreja.
Sem coragem, podemos ter visão que não sairemos do lugar. Quem crê corre riscos. Quem confia sai à batalha em nome do Senhor. Quem crê no Senhor vence os Golias da vida. Josué ganhou tremendas batalhas. Ele não temeu. Ele confiou que do Senhor vem a vitória.
Exemplo: Davi em Ziclague: “… mas Davi reanimou no Senhor seu Deus”.
2. O desânimo nos impede de cruzar o nosso Jordão
a) Há pessoas que são desanimadas por uma causa física – A mulher hemorrágica estava anêmica há 12 anos. Quando Jesus a curou, disse para ela: “Tem bom ânimo” . Por que? Porque ela já tinha cacuete de desanimada. Adquiriu o hábito de desânimo. Agora ela tinha que adotar outro estilo de vida. Tem gente que vive reclamando.
b) Há pessoas que precisam ser curadas do desânimo antes da cura física – O paralítico de Cafarnaum. Além de deficiente, era desanimado. Chegam os 4 amigos e dizem: “Olha, nós vamos te levar até Jesus.” – Ah! Eu quero ficar na cama. – “Você vai então com cama e tudo”. Chegam na casa e a multidão socada na porta e o homem diz: – Eu não falei, tem muita gente. Me leva para casa. Mas eles insistem. Abrem um buraco no telhado. Os amigos têm ânimo, mas ele está desanimado. Quando chega, Jesus antes de curá-lo, diz: “Homem tem bom ânimo”. O que adianta Jesus curar o homem se ele iria continuar desanimado? Ele nem iria fazer festa.
3. O ânimo precisa ser cultivado no coração
O texto nos mostra que o ânimo é gerado no coração de 3 formas:
a) O que produz o ânimo é a promessa de Deus – v. 6 “Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que, sob juramento prometi dar a seus pais”.
b) O que gera o ânimo é agir de acordo com a vontade de Deus – v. 7 “…”. O ânimo é resultado da obediência.
c) O que mantém o ânimo é a consciência da presença de Deus – v. 9: “Porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares.” Deus oferece a Josué uma base histórica para a sua confiança: “Assim como fui com Moisés, assim serei contigo” (v. 5). Deus também oferece a ele sua presença contínua e manifesta: “Eu serei contigo, eu não te desampararei”.
VI. PRECISAMOS NOS CONDUZIR SEGUNDO A PALAVRA DE DEUS – V. 7-8
1. Para cruzar o Jorão não basta apenas coragem, é preciso ter também santidade
A geração atual tem sido chamada a geração coca-cola, a geração shopping center, a geração virtual, mas também tem sido chamada a geração analfabeta da Bíblia.
Se queremos cruzar o Jordão precisamos ter uma vida conduzida pela Palavra de Deus. Josué nos dá três princípios e um resultado:
a) Meditar (v. 8) – Quando? Dia e noite.
b) Fazer (v. 7-8) – Como? Não se desviando nem para direita…
c) Falar (v. 8) – De que forma? Sem cessar.
d) Resultado (v. 8b) – Sucesso e prosperidade.
2. Sucesso e prosperidade sem santidade não sucesso nem prosperidade segundo Deus
Deus é quem chama, desafia, dá visão, dá poder e dá vitória. Ele promete um fim glorioso, mas também estabelece os meios. Precisamos agir segundo a Palavra. Precisamos conhecer, viver e proclamar a Palavra. Há poder na Palavra de Deus.
Ilustração: Na pequena cidade de Rochester, Inglaterra, o presbítero John Egglen observava da janela a nevasca. Ele precisava ir abrir a igreja porque o pastor certamente náo conseguiria chegar à igreja naquela noite. Havia poucas pessoas na igreja devido à nevasca. Ele não era pregador, mas abriu a Bíblia no profeta Isaías e pregou: “Olhai para Mim sede salvos, diz o Senhor”. Ali estava um rapaz de 13 anos e essas palavras atingiram o seu coração. O nome do adolescente era Charles Haddon Spurgeon. Quando a Palavra de Deus é anunciada, há virtude do alto!
CONCLUSÃO
1. Estamos no apagar das luzes de um novo ano. Nosso peito se enche de novas esperanças. Temos novos desafios na igreja, na família, no trabalho. Precisamos atravessar o nosso Jordão. Há uma terra a ser conquista e possuída.
2. Ao seu redor há crise. Mas, chama você e lhe faz promessas. É tempo de se levantar e obedecer. É tempo de experimentar os milagres de Deus, pois quando agimso em nome de Deus e para glória de Deus, o Jordão se abre, os inimigos fogem e nós possuímos a terra da Promessa.
Print Friendly

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Radical – Paulo Junior


Resultado de imagem para Radical – Paulo Junior
“E este João tinha as suas vestes de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.” (Mt. 3.4)
Quero falar hoje com você a respeito da vida de João Batista e no que devemos ser semelhantes a ele. Estamos vivendo um tempo de inversão de valores, corrupção moral, degradação familiar e social como nunca na história.
O homem moderno está perdendo totalmente sua característica, se tornou, como é dito: ”sem afeição natural”(Rm. 1.31). Nunca pensei que o homem pudesse chegar ao estado em que se encontra, capaz de coisas hediondas, atrozes, não só perversas, mas insanas, absurdas, que nos leva a ser uma sociedade muito mais irracional do que racional. Olhe os canais de comunicação, veja a indústria cinematográfica, a literatura, a arte, a cultura em geral, tudo possui o toque da morte, do sarcasmo, da depravação moral, do ocultismo, da profanação do corpo, da luxúria, é impressionante como o mundo mudou assustadoramente de vinte anos para cá!
Está havendo uma transformação completa em todos os valores, e isso para pior! Como se não bastasse tudo isso, a própria Igreja do Deus vivo tem sido contaminada por essas mudanças. Estamos em total apostasia e esfriamento, temos saído dos princípios bíblicos fundamentais estamos caminhando a passos largos para uma completa descaracterização. Tornando-se uma religião superficial e mundana.
Esse foi o mesmo cenário mundial que serviu de pano de fundo aos dias de João Batista. Ele apareceu no meio de um completo caos espiritual e moral, veio para preparar o caminho do Senhor, a vinda do próprio Messias, Jesus. Pregando o batismo do arrependimento, confrontando ousada e destemidamente o pecado do povo e a religião legalista dos fariseus, indo até contra as autoridades – como rei Herodes, expondo com valentia e intrepidez a sujeira de seu reinado. Sozinho ele enfrentou o império das trevas, o império econômico, social, bélico e político daquela época, causando um rebuliço, uma verdadeira arruaça, naquele tempo! E tudo isso para que o ambiente estivesse apto para a aparição do Messias, Jesus Cristo.
Estou fazendo uso de João Batista porque estamos nos dias semelhantes aos dele e, nada menos do que ele fez, será capaz de mudar o cenário atual. Ele era a voz que clamava no deserto preparando o caminho do Senhor, nós – os cristãos – somos essa voz e temos que clamar contra esse sistema corrupto, que está nas igrejas, no meio desse deserto que é o nosso mundo e essa sociedade. João Batista preparou a vinda, nós somos a “voz do que clama no deserto” que vai preparar a volta de Jesus.
Mas como conseguiremos ter o mesmo êxito de João Batista? Como protagonizaremos tão notáveis feitos? A resposta é: Tendo a mesma vida que ele teve. Você notou, nos versículos acima, algumas características de João Batista?
1º – Apareceu no deserto da Judeia pregando. 2º – Sua vestimenta era pele de camelo e usava um cinto de couro que sustentava seus lombos. 3º – Sua comida era mel silvestre e gafanhotos. 4º – Sua morada era em cavernas em desertos, ou seja, um homem absolutamente entregue à vontade de Deus.
Irmão, João Batista era radical, é isso que estou tentando te mostrar! Só conseguiremos causar impacto nessa terra, confrontar os poderes diabólicos, enfim, causar um transtorno nessa presente era e nesse império mundano – que creio eu ser muitíssimo pior que nos dias de João Batista – se formos tão radicais quanto ele foi. E é exatamente desse tipo de homens e mulheres que Deus está precisando, que Deus quer usar.
É impossível a você causar tal impacto se sua vida é uma vida dividida, fútil, mesquinha, se tropeça em pobres relacionamentos amorosos, se tem apego a dinheiro, se tem problema com vaidade, conforto, e se ainda pensa em ser um reformador e um profeta dessa envergadura e ao mesmo tempo realizar seus sonhos pessoais aqui na Terra, isso é impossível, isso nunca aconteceu com qualquer homem e nunca irá acontecer! Você precisa ser radical, não digo abandonar tudo,mas abandonar o que Deus está te pedindo.
Vamos meu caro leitor, você está sendo confrontado por essa mensagem, o que você está esperando? O que você tem a perder? Viva para Ele, consagre-se como nunca, renuncie tudo e a todos. Seja radical nas suas decisões, na sua conduta, seja o seu falar – sim, sim e não, não – abomine tudo que é do mundo e toda aparência do mal, sustente-se apenas da comida que Ele te der, se esconda em alguma caverna e deserto desse mundo até que Ele lhe envie a sua Palavra, como enviou a João Batista! Assim conseguiremos ter êxito, assim mudaremos o cenário, os infernos serão abalados pela expressão espiritual da nossa vida, os poderosos nos temerão como Herodes temia a João Batista e as multidões perdidas clamarão por misericórdia e salvação através da virtude que sair dos nossos lábios, chamada “Evangelho de Cristo”.
Há duas maneiras de você ver essa mensagem: a primeira, como um fardo pesado demais para você… a segunda, com alegria e euforia de saber que “você é” nesse presente momento “a voz do que clama no deserto” e que está vivendo nesse instante para preparar a gloriosa vinda do seu  Senhor. Fique com a segunda opção!Venha ninguém que deixa tudo e vive para o Senhor ficará sem recompensa. Há uma glória incalculável que lhe será revelada. 
Quem sabe você terá a honra de ter a sua cabeça servida em uma bandeja ! 
No amor de Cristo,
Paulo Junior
Clique aqui, para baixar esse texto em PDF.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Por que o céu é para sempre?

Resultado de imagem para o ceu é para sempre



por Mark Jones

Em um artigo anterior eu expliquei as maiores razões para Cristo amar você. Pastores e cristãos precisam mais do que apenas assumir essa verdade. Eu ofereci um fundamento trinitariano para por que Cristo deve amar seu povo. Mas… e quanto à pergunta: Por que o Céu é para sempre?
Deus Pai
Primeiro, as Escrituras consistentemente retratam a história redentiva em termos de um marido buscando sua esposa. O povo de Deus é unido a seu marido, Cristo, pela fé. Essa união indissolúvel começa quando colocamos nossa fé naquele que é o “primeiro entre dez mil”. Uma implicação importante emerge dessa verdade: o céu é eterno porque estamos casados com Cristo, e Deus odeia o divórcio. Deus teria que pecar ao dissolver nossa união com Cristo para que o Céu tivesse fim. Quando Deus pecar dessa maneira, então o Céu terá fim.
Deus Filho
Segundo, no céu, não teremos desejo de querer qualquer outra coisa além de Cristo. Como John Owen disse, nossa visão do Deus-homem no céu será “imediata, direta… e, portanto, invariável, contínua e constante”. A glória pessoal de Cristo sempre estará diante de nós: “Como um homem vê seu próximo enquanto eles conversam face a face, assim nós veremos o Senhor Cristo em sua glória”.
Nós pecamos nesta vida quando não fixamos nossos olhos em Jesus. O homem vendo pornografia na internet tirou seus olhos de Jesus e o trocou por um substituto lamentável e patético. Nos céus, porém, nossos olhos nunca serão desviados da contemplação da glória de Cristo de uma forma “mil vezes superior ao que podemos conceber aqui” (Owen).
Deus Espírito Santo
Terceiro, nossos corpos ressuscitados e gloriosos são templos do Espírito Santo. Se isso é verdade nesta vida, quanto mais será na vida porvir? O Espírito teria de extinguir-se para que o mesmo acontecesse conosco, tal é a natureza da habitação dele em nós. Além disso, o Espírito Santo, que é o Espírito de Cristo, nos capacita a suportar Cristo em sua majestade. O Espírito Santo capacita o povo de Deus no Céu a receber comunicações de Deus por meio de Cristo que nós na terra não poderíamos suportar agora. Seu alvo é o alvo de Cristo: a eterna satisfação de Cristo e seu povo vendo um ao outro com deleite. Como o amor é um fruto do Espírito, nosso amor por Cristo será a razão por que nós sempre desejaremos contempla o rei em sua beleza.
 Tags: 
Traduzido por Josaías Jr | Reforma21.org | Original aqui
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Uma teologia da adoração

Resultado de imagem para adoração e louvor



por Kevin DeYoung

Não há nada mais importante na vida do que adoração. Todos nós adoramos algo ou alguém. A questão é se adoramos a pessoa certa da forma correta. Na minha igreja, nosso desejo é que toda a vida seja de adoração a Deus (Romanos 12.1-2; 1 Coríntios 10.31). Ele é digno de receber glória, honra e poder (Apocalipse 4.11). Em particular, queremos que nossos cultos de adoração no Domingo sejam agradáveis a Ele. Queremos que nossa adoração conjunta no Domingo inspire e instrua nossa adoração da Segunda ao Sábado. Se reunir com o povo de Deus no dia do Senhor para adorar perante o trono de Deus sob a autoridade da palavra de Deus é nosso dever solene e contente privilégio.
É com esse objetivo supremo em mente que nossa igreja mantém alguns valores, quando se trata da adoração comunitária. Essa lista a seguir está longe de ser abrangente ou completa. Pelo contrário, é uma tentativa de prover um breve sumário dos princípios mais importantes que baseiam nossa teologia e filosofia da adoração.

1. Glória a Deus

A adoração é para Ele. Ele é a audiência mais importante em cada culto. A adoração comunitária é uma antecipação da reunião do povo de Deus no céu. As grandiosas cenas de adoração celestial em Apocalipse são tanto do presente quanto do futuro: nós direcionamos toda a nossa atenção para o trono; cantamos sobre a obra de Cristo; somos sinceros e diretos em nossa devoção a Deus. Nossas reuniões semanais – sejam pequenas ou grandes, extraordinárias ou regulares – são um doce aperitivo da adoração celestial que um dia experimentaremos na eternidade.

2. Foco no evangelho de Cristo

O evangelho – a vida, morte e ressurreição de Jesus – é o que torna a adoração possível. O evangelho é o que proclamamos na adoração. O evangelho é o que cantamos na adoração. O evangelho é o que chama as pessoas à virem adorar em comunhão, inspira as pessoas a louvarem e envia as pessoas para viverem em constante adoração. Cada Domingo é uma nova oportunidade de cantar sobre a cruz, nos gloriarmos no nosso Redentor e nos maravilharmos com as boas novas de Cristo para nós e em nós. Jesus Cristo está no centro de todo o pensamento bíblico a respeito de adoração. Ele é o mediador entre Deus e o homem. Seu sacrifício substitutivo na cruz é a propiciação pelos nossos pecados. Ele é o agente da salvação e a benção para as nações. Ele é o novo templo onde todos os verdadeiros crentes congregam. Cristo nos atrai para si na adoração e, através dele, um novo relacionamento com o Pai é possível. Embora nossa adoração congregacional não seja especialmente focada nos não crentes (como se eles fossem a audiência que precisamos agradar mais), nosso foco em Cristo significa que nós certamente desejamos que o evangelho seja apresentado de forma inteligível e crível aos não cristãos. Somos privilegiados de termos visitantes todo Domingo, dentre os quais alguns não são convertidos. Uma de nossas orações toda semana é que os não crentes ouçam o chamado de Cristo à fé e ao arrependimento, e que Deus busque e salve os que estão perdidos.

3. Bíblica

Todo o culto ensina o povo de Deus, então tudo – as orações, as músicas, a pregação – deve ser bíblico. Na adoração comunitária nós lemos a Bíblia, pregamos a Bíblia, cantamos a Bíblia e vemos a Bíblia nos sacramentos. Cada elemento do culto deve ser avaliado com base na revelação de Deus nas Escrituras: estamos cantando, dizendo e ouvindo a verdade? Como essa é a nossa convicção, também afirmamos que “o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo e assim limitado pela sua vontade revelada” (Confissão de Fé de Westminster 21.1). Esse “princípio regulador” não deveria ser a fonte de conflitos sem fim e especulações vazias, mas uma oportunidade para o povo de Deus encontrar unidade e liberdade ao adorar Deus da forma como ele deseja ser adorado.

4. Edificante para o povo de Deus

A adoração corporativa é diferente da adoração diária em seu foco na edificação. Por causa desse foco, há muitas atividades que são apropriadas para o cristão em sua vida que não inapropriadas para o culto. Há muitas formas de arte que podem ser praticadas e apresentadas para a glória de Deus que, entretanto, não são adequadas para a adoração coletiva. O princípio de Paulo em 1 Coríntios 14 é que a adoração conjunta deve buscar o máximo de entendimento comum. Isso significa, entre outras coisas, que o culto de adoração não apenas será centrado na Palavra, mas também será cheio de palavras.

5. Ênfase nos meios de graça

Deus pode agir de diversas formas, mas ele se comprometeu a estar conosco e nos transformar através de certos “meios de graça”. Ele comunga conosco por meio da oração, da palavra e dos sacramentos da Ceia do Senhor e do Batismo. Nossos cultos enfatizam esses meios ordinários pelos quais Deus promete nos dar mais graça. Nos reunimos para adorar para dar glória a Deus, mas também para nos encontrarmos com ele e recebermos as bênçãos de suas mãos (Números 6.24-26). O ato central do culto de adoração é a pregação da palavra de Deus. Nós cremos que isso é melhor realizado por meio da exposição da cuidadosa da Escritura, guiada pelo Espírito Santo. Normalmente, isso significa passar verso por verso de um livro da Bíblia. Independente da abordagem, todo sermão deve fluir claramente da Escritura e proclamar o evangelho de Deus. Por meio disso tudo, esperamos que cada adorador possa clamar “o Senhor está neste lugar” (Gênesis 28.16).

6. Canto congregacional

Escolher a composição musical e o conteúdo lírico da adoração congregacional é uma tarefa que requer atenção cuidadosa aos princípios musicais e mais cuidadosa ainda à fidelidade teológica. Cremos que há canções novas que podem ser cantas para Jesus. Também cremos que há uma grande herança musical na igreja que devemos abraçar. Não vemos problema em projetar letras em uma tela. Mas também cremos no valor que existe em usar e aprender de um bom hinário. Nossos cultos usam músicas de diferentes gêneros e diferentes séculos. Usamos uma variedade de instrumentos, desde guitarras e bateria ao órgão. Em tudo isso, o som mais importante é o da congregação cantando.

7. Liturgia (sem exageros)

Praticamente toda igreja tem uma ordem de culto e um padrão familiar de fazer as coisas, o que significa que toda igreja tem uma liturgia. Mesmo que não sejamos muito rígidos em nossa liturgia, ainda assim queremos que ela seja rica, sólida e bíblica. Nosso culto tem quatro partes: louvor, restauração, proclamação e resposta. Nós vemos esse padrão nas cerimônias de pacto e aliança da Escritura e em diversos encontros divinos. Em Isaías 6, por exemplo, Isaías comparece diante de Deus e o adora; então ele confessa seu pecado e busca restauração; Deus então proclama sua palavra a Isaías; finalmente, Isaías responde com seu compromisso a Deus. Esse também é um padrão do evangelho: nos aproximamos de Deus com admiração, vemos nosso pecado, ouvimos as boas novas e respondemos em fé e obediência. Nossos cultos não são o mesmo toda semana, mas também não tentamos inventar algo novo todo Domingo. Dentro desses quatro “atos” (louvor, restauração, proclamação e resposta) podemos encontrar elementos litúrgicos básicos como uma oração de confissão de pecados e certeza do perdão, uma longa oração pastoral, leitura da Escritura e o Batismo e a Ceia do Senhor.

8. Tradição reformada

A igreja tem pensado em como adorar por séculos. Nós queremos aprender com nossos antepassados espirituais e construir em cima de seus fundamentos. Para esse fim, não hesitamos em empregar os Dez Mandamentos, credos, confissões, catecismos, leituras responsivas e outras formas que tem sido comuns na história da igreja. Queremos que nossos cultos contenham mais do que um “momento de louvor”, um sermão e uma música para encerrar. Como igreja presbiteriana, usamos o Diretório de Culto da nossa denominação. Queremos que nossa adoração seja cativantemente Reformada, isso é, sem ser arcaica ou arrogante, enraizada em nossa herança histórica e fiel à Escritura.

9. Oração

Nossos cultos incluem diversas orações diferentes. Às vezes temos uma oração de confissão, pois pecamos toda semana e necessitamos da misericórdia do evangelho toda semana. Normalmente temos uma oração congregacional mais longa, um tempo importante para orarmos pelas necessidades da família da igreja e pelo mundo. Outras orações também são comuns: uma oração de adoração no início do culto, uma oração por iluminação antes do sermão e uma breve oração após o sermão. Regularmente temos um culto de oração no primeiro Domingo do mês, no culto da noite. É difícil que o povo de Deus entenda que eles devem orar, ou veja que podem orar, ou aprendam a como orar, se a oração não é parte significativa do que fazemos quando nos reunimos para adorar.

10. Excelência que não distrai

Na adoração corporativa, o foco deve ser no evangelho e na glória suprema de Jesus Cristo. Se as guitarras estão desafinadas, o sistema se som está com microfonia, o pregador gagueja em cada frase e quem conduz as músicas deixa todo mundo meio nervoso, então nosso foco estará no lugar errado. Como fazer as coisas com decência e ordem ajuda os outros e é agradável a Deus, devemos buscar adorar com excelência (1 Coríntios 14.40). Mas essa excelência não pode ser algo que distrai (para usar uma expressão do John Piper). Se o guitarrista começa um solo fantástico, o sistema de som possui um sub-woofer embaixo de cada assento, o pregador exala eloquência estética e os que conduzem as músicas parecem fazer você se sentir aproveitando uma performance, então nosso foco estará igualmente no lugar errado. O objetivo é liderar de tal forma que não somos nem desastrados nem espertos demais para que não nos esqueçamos da glória de Deus.
Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.