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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

As sete bem-aventuranças do apocalipse




O número sete tem uma grande importância no livro de Apocalipse. Ele é o número da perfeição. Não é sem propósito que temos sete bem-aventuranças neste precioso livro. Vejamos quais são:
1. Bem-aventurados os que lêem, ouvem e guardam as palavras da profecia (Ap 1.3) – Aqueles que lêem a Palavra, ouvem a Palavra e obedecem a Palavra são  verdadeiramente felizes. Na Palavra existe uma fonte de vida. A Palavra é melhor do que ouro depurado e mais doce que o mel. A Palavra é leite, carne, pão e mel. Ela nos instrui, nos ensina, nos corrige e nos consola. Por meio dela somos treinados para toda boa obra. Aqueles que dedicam seu coração ao exame, à observância e ao ensino da Palavra são bem sucedidos, ou seja, são como árvores plantadas junto às correntes das águas que no devido tempo dá o seu fruto e cuja folhagem não murcha.
2. Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor (Ap 14.13) – A morte não é uma tragédia para os filhos de Deus nem o fim da sua existência. Para uma pessoa salva, morrer é uma bemaventurança, pois aqueles que morrem no Senhor descansam de suas fadigas. Aqueles que morrem no Senhor deixam o corpo para habitar com Jesus. Aqueles que morrem no Senhor partem desta vida para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. A morte dos santos é preciosa aos olhos do Senhor.
3. Bem-aventurados aqueles que vigiam e guardam as suas vestes (Ap 16.15) – Aqueles que vivem cuidadosamente em santa piedade e retidão são as pessoas verdadeiramente felizes. Aqueles que guardam as suas vestes puras e incontaminadas não serão envergonhados quando o Senhor vier ou quando o Senhor os chamar. O mundo prega que a felicidade está na prática do pecado. O glamour do pecado reluz com grande sedução e muitos incautos caem nessa rede traiçoeira. Mas, a verdadeira felicidade está na santidade, na pureza, na vida de vigilância e santidade. Só os santos são verdadeiramente bem-aventurados e felizes!
4. Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das Bodas do Cordeiro (Ap 19.9) – Somente aqueles que foram lavados no sangue do Cordeiro, nasceram de novo, e são habitados e santificados pelo Espírito Santo entram nas bodas do Cordeiro e celebram com ele esta festa. Aqueles que apenas mantiveram as aparências como as cinco virgens néscias ficarão de fora deste banquete. Aqui está em foco a felicidade da salvação e íntima e profunda comunhão com Cristo por toda a eternidade. Aqueles que buscaram a felicidade nos banquetes do mundo serão lançados fora para as trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.
5. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição (Ap 20.6) – O contexto deste texto revela que a primeira ressurreição é aqui sinônimo de conversão. Converter-se a Cristo é sair da morte para a vida, da potestade de Satanás para Deus e do reino das trevas para o reino da luz. Pela conversão os mortos recebem vida abundante e eterna. Os salvos são aqueles que nasceram duas vezes: física e espiritualmente e morrerão apenas uma vez, fisicamente. Mas, aqueles que recusaram a graça nascerão apenas uma vez: fisicamente e morrerão duas vezes: sofrerão a morte física e também a morte eterna. Os salvos são as pessoas verdadeiramente felizes!
6. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras a profecia deste livro (Ap 22.7) – A bem-aventurança está diretamente ligada aqui à obediência. Conhecer sem obedecer é acumular juízo sobre si. O conhecimento nos responsabiliza. Mas, o conhecimento que produz obediência, que desemboca em mudança e produz ação positiva no Reino de Deus produz grande alegria. No céu só existirá uma categoria de pessoas: pessoas obedientes! Os rebeldes que taparam os ouvidos à voz de Deus e desprezaram sua Palavra não terão acesso à cidade santa, à nova Jerusalém. 

7. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro (Ap 22.14) –
 Lavar as vestiduras no sangue do Cordeiro é um termo que representa a justificação. Um outro alguém perfeito, santo, imaculado morreu em nosso lugar e em nosso favor e levou a nossa culpa e pagou o preço da nossa redenção. Pela justificação deixamos de ser réus e ganhamos o status de filhos. Agora, pelo sangue de Cristo, somos membros da família de Deus. Temos, então, o direito à árvore da vida e entraremos na cidade pelas portas. A verdadeira bem-aventurança não está em coisas, mas em Deus; a verdadeira felicidade está na bendita e gloriosa salvação em Cristo!
Rev. Hernandes Dias Lopes

http://hernandesdiaslopes.com.br/2007/10/as-sete-bem-aventurancas-do-apocalipse/#.UTAP5-S-qSA

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Últimas Palavras de Grandes Homens



- Alexander Seibel -
Praticamente nada é mais esclarecedor do que o testemunho de moribundos. Mesmo mentirosos confessam então a verdade. Um olhar para o leito de morte revela muitas vezes mais do que todas as grandes palavras e obras em tempo de vida. No momento em que pessoas se vêem confrontadas com a morte, muitas perdem suas máscaras e tornam-se verdadeiras. Muitos tiveram que reconhecer que edificaram sobre a areia, se entregaram a uma ilusão e seguiram a uma grande mentira. Aldous Huxley escreve no prefácio do seu livro “Admirável Mundo Novo”, que se deveria avaliar todas as coisas como se estivessem sendo vistas do leito de morte. “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12), diz a Bíblia.
VOLTAIRE, o famoso zombador, teve um fim terrível. Sua enfermeira disse: “Por todo o dinheiro da Europa, não quero mais ver um incrédulo morrer!” Durante toda a noite ele gritou por perdão.
DAVID HUME, o ateu, gritou: “Estou nas chamas!” Seu desespero foi uma cena terrível.
HEINRICH HEINE, o grande zombador, arrependeu-se posteriormente. Ao final da sua vida, ele ainda escreveu a poesia: “Destruída está a velha lira, na rocha que se chama Cristo! A lira que para a má comemoração, era movimentada pelo inimigo mau. A lira que soava para a rebelião, que cantava dúvidas, zombarias e apostasias. Senhor, Senhor, eu me ajoelho, perdoa, perdoa minhas canções!”
De NAPOLEÃO escreveu seu médico particular: “O imperador morre solitário e abandonado. Sua luta de morte é terrível.”
CESARE BORGIA, um estadista: “Tomei providências para tudo no decorrer de minha vida, somente não para a morte e agora tenho que morrer completamente despreparado.”
TALLEYRAND: “Sofro os tormentos dos perdidos.”
CARLOS IX (França): “Estou perdido, reconheço-o claramente.”
MAZARINO: “Alma, que será de ti?”
HOBBES, um filósofo inglês: “Estou diante de um terrível salto nas trevas.”
SIR THOMAS SCOTT, o antigo presidente da Câmara Alta inglesa: “Até este momento, pensei que não havia nem Deus, nem inferno. Agora sei e sinto que ambos existem e estou entregue à destruição pelo justo juízo do Todo-Poderoso.”
GOETHE: “Mais luz!”
NIETZSCHE: “Se realmente existe um Deus vivo, sou o mais miserável dos homens.”
LÊNIN morreu em confusão mental. Ele pediu pelo perdão dos seus pecados a mesas e cadeiras. À nossa juventude revolucionária se assegura insistentemente e em alta voz, que isso não é verdade. Pois seria desagradável, ter que admitir que o ídolo de milhões se derrubou a si mesmo de maneira tão evidente.
SINOWYEW, o presidente da Internacional Comunista, que foi fuzilado por Stálin: “Ouve Israel, o Senhor nosso Deus é o único Deus.”
CHURCHILL: “Que tolo fui!”
YAGODA, chefe da polícia secreta russa: “Deve existir um Deus. Ele me castiga pelos meus pecados.”
YAROSLAWSKI, presidente do movimento internacional dos ateus: “Por favor, queimem todos os meus livros. Vejam o Santo! Ele já espera por mim, Ele está aqui.”
JESUS CRISTO: “Está consumado.”
Voltaire, David Hume e outros, certamente teriam rido ou zombado, se em tempo de vida se explicasse a eles, que sem Jesus Cristo estariam eternamente perdidos. Apesar disso, eles tiveram que reconhecer que isso é verdade e que a Bíblia tem razão ao dizer: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo” (Hb 9.27). Como você morrerá? Será muito tarde também para você? Quais serão suas últimas palavras?
Prezado leitor, temos que dizer-lhe, quer queira aceitá-lo ou não: Sem Jesus e sem o perdão dos pecados através do Seu sangue, você está perdido. Diante do Deus Santo, você está absoluta, total e eternamente perdido. Se você acha que com a morte tudo acaba, pertence às pessoas mais enganadas. Existe somente um que pode salvá-lo: JESUS CRISTO. Você acha realmente, que os homens anteriormente citados representaram uma comédia piedosa quando chegou o fim? Sem ter paz com Deus, a morte é uma terrível realidade, da qual o mundo foge. Não se gostaria de ouvir nada a respeito, ela é afastada dos pensamentos. Mas será que a política da avestruz é uma solução inteligente?
Você quer saber? — Se vier com seu coração a Jesus Cristo e realmente quiser paz com Deus, você pode dizer esta oração: “Senhor Jesus, por favor, perdoa toda a minha culpa e meus pecados, minha rebelião e minha vida própria. Agradeço-te porque morreste por mim e pagaste com teu sangue o preço pelos meus pecados. Por favor, entra agora em minha vida. Abro-te a porta do meu coração e te peço que a partir de agora sejas meu Senhor. Agradeço, porque me ouves e aceitas.” O que importa não é a formulação, mas a atitude do coração.
Jesus diz: “o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6.37). Unicamente Jesus tirou o poder da morte.
Você pode agora passar por cima disso, seguro de si e com um sorriso, afastando dos seus pensamentos o que acabou de ler. Mas, mesmo assim, você não poderá fugir da morte. E então? “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim, e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade” (Sl 39.4-5). Por isso, o profeta Amós diz: “prepara-te..., para te encontrares com o teu Deus” (Am 4.12). (Alexander Seibel -

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Quem devemos amar?




“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus”, (Mateus 5:43-44).
Esta palavra de Jesus é o que diziam os mais antigos diziam, e não o que a Palavra de Deus dizia, pois o Antigo Testamento nunca nos disse para odiarmos alguém, mas para amarmos a todos, sem acepção de pessoas.
É muito fácil amar os que nos amam, o difícil é amar quem nos faz mal, quem nos prejudicou, quem é o nosso concorrente ou adversário, amar os que não nos amam.
Este amor que Jesus fala não é amor por emoção, de sentimento, carnal, e sim o amor ágape, que mostra atitude, que faz algo de bom pelo próximo, é o amor divino e não humano.
Quando não amamos o nosso próximo, nós é que somos prejudicados, tendo problemas de saúde, (stress, problemas cardíacos, etc), amargura, tudo isso rouba a nossa paz, e ficamos prisioneiro de sentimentos ruins. Nossos relacionamentos com os homens se quebram e o relacionamento com Deus também.
Quando lançamos bênçãos, somos mais abençoados que o nosso próximo, pois Deus faz com que estas bênçãos venham sobre nós de alguma forma. Somos beneficiados quando começamos a amar as pessoas, somos tomados por sentimentos de misericórdia e compaixão e, as pessoas podem contemplar os milagres de Deus em nós e através de nós.
Isso que Deus nos pede não é algo impossível. Amar aos nossos inimigos pode ser difícil, mas Deus sempre pode nos capacitar. Alem do mais, perdoar e amar o nosso próximo trás cura e reconciliação. Devemos desejar ter um coração conforme o coração de Deus.
Reter o perdão trás estagnação à nossa vida, inclusive na área espiritual, pois enquanto não perdoamos também não somos perdoados por Deus. “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”, (Mateus 6:14-15).
O que precisamos fazer para aprender amar nosso próximo ?
Devemos começar orando, primeiramente por nós mesmos. Devemos falar a Deus o que temos vontade de dizer e
fazer pelo nosso próximo, (mesmo que sejam coisas ruins), e pedirmos ajuda divina para amá-lo conforme a vontade de Deus e para que Ele venha transformar nosso coração.
Depois devemos orar pelas pessoas que não conseguimos amar, dizer a Deus que abençoe esta pessoa, que abençoe sua família e quer que Ele as guarde. Aprender a ter empatia pelo seu próximo. É bom saber se colocar no lugar das pessoas antes de julgá-las e é bom olhá-las com os olhos de Deus. Ele não despreza ninguém.
Confessar a nossa própria culpa. Não importa se erramos 5% e o outro os 95% restante. O que importa é que
nós podemos ter feito algo que entristeceu, magoou e que gerou sentimentos ruins no coração de outra pessoa e é preciso reconhecer nossas falhas.
Aprender a imitar a atitude de Jesus na sua crucificação. Em meio a tantos sofrimentos Ele não deixou de amar os seus inimigos. Temos que ser como a Cristo, sermos seus imitadores. “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”, (Lucas 23:43).
Nós como homens, seres humanos, somos essencialmente maus, capazes de fazer as maiores barbaridades. Se não as cometemos é porque Deus tem nos concedido a graça.
Deus nos amou, mesmo antes de nos arrependermos de nossos pecados. Então, também deveríamos amar nossos inimigos e deixar Deus agir em nossas vidas. Devemos amar, não importa a quem, mas amar.
Que Deus nos abençoe.
Pastor Wanderley
Ministério Famílias com Cristo
http://familiascomcristo.blogspot.com

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

As fronteiras de Sodoma...


As Fronteiras de Sodoma Estão Sendo Ultrapassadas?

O Senhor Jesus descreveu os tempos anteriores à Sua volta em glória como dos mais terríveis que já houve. Ele falou de um Apocalipse vindouro, que aconteceria como julgamento sobre todo o mundo, antes dEle mesmo voltar. Este tempo é descrito como semelhante aos "dias de Noé e de Ló". Os dias de Ló eram a época de Sodoma, donde procede a palavra "sodomia". Naquela sociedade as pessoas viviam inteiramente segundo suas inclinações e paixões. Elas comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam, sem se importarem com Deus. Pretendia-se estabelecer uma era de bem-estar sem Deus. Ao mesmo tempo a imoralidade tomava conta, de modo que a homossexualidade fazia parte do cotidiano (Gn 19.4-5).
Quando analisamos nossos dias, somos levados a pensar que as fronteiras de Somoma já estão sendo ultrapassadas. Como em muitos outros países, os debates a respeito do tema têm sido muito acirrados na França:
O confronto entre a direita e a esquerda tem apresentado atualmente uma violência incomum, porque a maioria esquerdista pretende legalizar a união de casais homossexuais. Deste modo, os partidários do primeiro-ministro Lionel Jospin estão cumprindo uma promessa eleitoral. Trata-se de estabelecer um contrato para todos os casais – quer sejam homossexuais ou heterossexuais...
Apontando para Sua vinda em grande poder e glória, o Senhor Jesus disse: "O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar" (Lc 17.28-30). Em Gênesis 18.20 lemos porque Deus castigou de tal maneira as cidades corrompidas no vale do Jordão: "Disse mais o Senhor: Com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado, e o seu pecado se tem agravado muito."
Não temos a intenção de apontar o dedo friamente para nossa sociedade, pois todos nós somos pecadores necessitados de redenção. Também não pretendemos pintar um cenário de terror apocalíptico. Pelo contrário, queremos lembrar que o Senhor procura atualmente homens de oração dedicados, que se colocam na brecha (Ez 22.30), da mesma forma como Abraão o fez (Gn 18.22-33). O texto ressalta que Abraão não ameaçou nem julgou a Sodoma – e nem mesmo esperou satisfeito pelo julgamento ameaçador de Deus. Pelo contrário, ele colocou-se diante do Senhor e intercedeu por Sodoma e Gomorra.
Mas, naturalmente também é preciso falar a verdade com clareza, mesmo que não se queira mais ouvi-la e sob o risco de sermos acusados de fanáticos fundamentalistas. O Senhor Jesus Cristo, que morreu na cruz como um criminoso, sem ter cometido pecado, tomou nossos pecados sobre si para que nós – libertos de toda culpa – possamos tornar-nos participantes do reino de Deus. Quem, entretanto, fecha a porta do seu coração para o Senhor Jesus, rejeita a oferta de Deus de completo perdão dos pecados e, assim, exclui a si mesmo do reino de Deus. Aquele, porém, que entrega sua própria vida e a deposita aos pés de Jesus, vai recebê-la. Foi o que o próprio Senhor disse com relação à mulher de Ló:"Quem quiser preservar a sua própria vida perdê-la-á; e quem a perder, de fato a salvará" (Lc 17.33). (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Norbert Lieth É Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional. Suas mensagens têm como tema central a Palavra Profética. Logo após sua conversão, estudou em nossa Escola Bíblica e ficou no Uruguai até concluí-la. Por alguns anos trabalhou como missionário em nossa Obra na Bolívia e depois iniciou a divulgação da nossa literatura na Venezuela, onde permaneceu até 1985. Nesse ano, voltou à Suíça e é o principal preletor em nossas conferências na Europa. É autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol.

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, junho de 1999.

Revista mensal que trata de vida cristã, defesa da fé, profecias, acontecimentos mundiais e muito mais. Veja como a Bíblia descreveu no passado o mundo em que vivemos hoje, e o de amanhã também.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Legalismo




por R. C. Sproul
O segundo erro principal que leva à falsa segurança é o legalismo, que é outra maneira de referir-se a “obras de justiça”. O legalismo ensina que, para chegar ao céu, você tem de obedecer à lei de Deus e viver uma vida boa. Em outras palavras, as suas boas obras o levarão ao céu. Muitas pessoas, entendendo erroneamente o que Deus requer, creem que têm satisfeito aos padrões que Deus estabeleceu para a entrada no céu.
Certa vez, servi como treinador no ministério Evangelismo Explosivo, levando as pessoas treinadas até à comunidade uma ou duas vezes por semana, conversando com pessoas e fazendo as perguntas investigadoras. Posteriormente, correlacionávamos as respostas que recebíamos. Dentre as respostas, 90% se encaixavam na categoria de obras de justiça. Quando perguntávamos às pessoas o que elas diriam a Deus, se ele lhes perguntasse por que deveria deixá-las entrar no céu, a maioria delas respondia: “Eu tenho vivido uma vida boa”, “Dou o dízimo à igreja”, “Trabalho com os Escoteiros” ou algo neste sentido. A confiança delas repousava em algum tipo de relatório de desempenho que tinham conseguido atingir. Infelizmente, as obras de uma pessoa são uma base falsa para a segurança de salvação. As Escrituras deixam muito claro que ninguém é justificado pelas obras da lei (Rm 3.20; Gl 3.11).
A pessoa que talvez mais incorporou este falso entendimento da salvação foi o jovem rico que se encontrou com Jesus durante o seu ministério terreno (Lc 18.18- 30). Talvez você lembre que, ao procurar a Jesus, o jovem rico lhe dirigiu um elogio: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Ele estava perguntando a Jesus o que era exigido para ter a salvação.
Antes de responder a pergunta sobre os requerimentos da salvação, Jesus lidou com o elogio. Ele perguntou: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus” (v. 19). Alguns críticos afirmam, com base nesta resposta, que Jesus estava negando sua bondade e divindade. Não, Jesus sabia muito bem que este homem não tinha uma ideia correta a respeito de com quem falava. Não sabia quem era Jesus. Não sabia que estava fazendo uma pergunta ao Deus encarnado. Tudo que o jovem rico sabia era que a pessoa com quem ele falava era um rabi itinerante e queria uma resposta para uma pergunta teológica. Por isso, Jesus perguntou: “Por que você me chama bom? Você nunca leu Salmo 14.3: ‘Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer’? Ninguém é bom, senão o próprio Deus”.
Isso parece absurdo? Afinal de contas, o tempo todo vemos pessoas que não são crentes fazerem o bem. Tudo depende do que queremos dizer com a palavra “bem”. O padrão bíblico de bondade é a justiça de Deus, e somos julgados tanto por nossa conformidade de comportamento à lei de Deus, quanto por nossa motivação ou desejo íntimo de obedecer à lei de Deus.
Vejo pessoas ao meu redor que não são crentes, mas praticam o que João Calvino chamou de “virtude cívica”, ou seja, elas fazem coisas boas na sociedade. Doam dinheiro para causas boas, ajudam os pobres e, às vezes, até se sacrificam em benefício dos outros. Elas fazem todo tipo de coisas admiráveis no nível horizontal (ou seja, para com as outras pessoas), porém não fazem nenhuma dessas coisas porque seu coração tem um amor puro e completo por Deus. Nisto pode estar envolvido o que Jonathan Edwards chamou de “autointeresse iluminado”, mas ainda é autointeresse.
Uma vez ouvi a história de um incêndio trágico. Um edifício pegou fogo, e houve uma agitação para resgatar as pessoas que estavam em meio ao fogo. Os bombeiros entravam e saíam com tantas pessoas quantas eles podiam, mas logo ficou muito perigoso retornar ao edifício. Então, eles souberam que havia uma criança presa no edifício, e, dentre a multidão de espectadores, um homem, ignorando o perigo, correu para o edifício, enquanto todos na rua o aclamavam. Alguns minutos depois, ele retornou vivo e seguro, trazendo algo em seus braços. As pessoas continuaram a aclamá-lo, pensando que ele tinha resgatado a criança. Mas, por fim, descobriram que ele resgatara as economias de sua vida e deixara a criança morrer.
Creio que é possível um incrédulo entrar às pressas num edifício para salvar uma criança, talvez até ao custo de sua vida. Isto é virtude cívica, motivada pelo interesse pessoal que temos uns pelos outros. Mas essa virtude externa não é suficiente. Quando Deus olha para uma ação humana, ele pergunta: “Esta obra procede de um coração que me ama plenamente?” Lembre os mandamentos de Jesus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10.27). Portanto, se alguém obedece à lei exteriormente, enquanto seu coração não está totalmente entregue a Deus, a virtude desta pessoa está contaminada. Foi por isso que Agostinho disse que até as nossas melhores virtudes são apenas erros esplêndidos. Enquanto estivermos neste corpo de carne, o pecado contaminará tudo que fizermos. Isso era o que o jovem rico não entendia. Ele achava que havia atingido o padrão.
No Novo Testamento, Paulo adverte que aqueles que julgam a si mesmos com base em si mesmos são insensatos (2 Co 10.12). Podemos olhar para o desempenho de outra pessoa e pensar que, se nos guardarmos de adultério, assassinato, fraude ou algum tipo de pecado grave, estamos fazendo o bem. Visto que sempre achamos pessoas que são mais pecaminosas do que nós, é fácil concluirmos que estamos indo muito bem.
Essa era a mentalidade do jovem rico que foi ao encontro de Jesus. Ele pensava que Jesus era um homem bom. Mas Jesus o impediu de prosseguir naquele assunto e lhe recordou a lei: “Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe” (v. 20). Isso fez com que o homem revelasse seu entendimento superficial da lei. Ele disse: “Tudo isso tenho observado desde a minha juventude” (v. 21). Em outras palavras, o jovem rico estava dizendo que havia guardado os Dez Mandamentos durante toda a sua vida.
Jesus poderia ter dito: “Bem, percebo que você não ouviu o Sermão do Monte, quando expliquei as implicações mais profundas destas leis. Você perdeu aquela palestra”. Ou poderia apenas ter dito ao homem: “Você não guardou nenhum destes mandamentos desde que levantou da cama nesta manhã”. Em vez disso, ele usou um lindo método pedagógico para ensinar ao homem o seu erro. Jesus disse: “Uma coisa ainda te falta: vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me” (Lc 18.22).
Neste ponto, Jesus não estava ensinando um novo caminho de salvação. Não estava dizendo que podemos ser salvos por doar nossos bens aos pobres. Também não estava implementando uma ordem universal para que as pessoas se despojassem de todas as suas propriedade privadas. Jesus estava lidando de maneira particular com este homem, um homem rico cujo coração era totalmente capturado por sua riqueza. Seu dinheiro era seu deus, seu ídolo. Em essência, Jesus lhe disse: “Você diz que tem guardado todos os Dez Mandamentos. Certo, vamos examinar o primeiro mandamento: ‘Não terás outros deuses diante de mim’ (Êx 20.3). Vá e venda tudo que você tem”. Depois disso, o homem que fora tão entusiasta momentos antes começou a balançar a cabeça. Ele se retirou muito triste, porque tinha muitas possessões (v. 23).
Todo aquele encontro dizia respeito à bondade. Temos bondade suficiente – justiça suficiente – para satisfazer as exigências de um Deus santo? Cada página do Novo Testamento testemunha a verdade de que toda a nossa justiça é como trapos de imundícia (Is 64.6). Não podemos fazer o suficiente para sermos salvos. Somos servos inúteis (Lc 17.10).
Trecho do livro: “Posso saber se sou salvo?”, lançamento de Fevereiro de 2013, da Editora Fiel.

 http://www.blogfiel.com.br/2013/02/legalismo.html

domingo, 10 de fevereiro de 2013

A livre interpretação bíblica protestante




"Em nenhum momento, o protestante pode alegar que outra pessoa lhe fez entender as Escrituras de maneira equivocada, pois a responsabilidade é sua de procurar a ajuda do Espírito Santo para que sua compreensão da Revelação seja correta"






Um dos argumentos mais incisivos dos católicos contra o protestantismo é a chamada livre interpretação bíblica que os protestantes pretensamente praticam. Dizem que aqueles que seguem os preceitos reformados erram ao acreditar que cada cristão tem a liberdade de interpretar as Escrituras como bem lhe aprouver.
Me lembro que esse era um dos argumentos favoritos do falecido senhor Orlando Fedéli e ainda muito repetido entre os católicos. Estes, rechaçam a suposta liberdade protestante afirmando que os homens comuns não têm autoridade para interpretar a Bíblia, pois somente a Igreja, por meio de seus representantes maiores, pode fazer isso.
Ocorre que tais afirmações são, de alguma maneira, simplistas e não encontram a questão principal do problema.
A interpretação livre das Escrituras, como preceito protestante, longe de ser um conceito relativista, que permite que cada pessoa tenha sua verdade e esta verdade tenha valor espiritual, é, de fato, uma chamada à responsabilidade de cada homem à busca da compreensão da verdade da maneira mais honesta possível. Ao se responsabilizar pela interpretação que faz da Bíblia, o protestante se coloca diante de Deus como aquele que dá contas pelo que faz. Ao interpretar erroneamente, seja por culpa, dolo ou má-fé, sabe que isso lhe será imputado.
Em nenhum momento, o protestante pode alegar que outra pessoa lhe fez entender as Escrituras de maneira equivocada, pois a responsabilidade é sua de procurar a ajuda do Espírito Santo para que sua compreensão da Revelação seja correta.
No entanto, qual a interpretação correta, se cada pessoa faz essa busca individualmente? Ora, da mesma maneira que interpretamos a realidade, interpretamos a Bíblia. Da mesma forma que não temos a liberdade de dizer que um elefante é cor-de-rosa e tem asas para voar, não temos a liberdade de trazer às Escrituras verdades que nela não estejam contidas. Na verdade, liberdade temos, mas isso não quer dizer que o absurdo que eventualmente dizemos tenha algum valor.
A responsabilidade de cada protestante é ser honesto o suficiente, e sábio o bastante, para compreender as palavras bíblicas em seu sentido real e mais profundo. E essa busca apenas pode se dar no âmbito individual. Isso não quer dizer que não possam haver intérpretes e mestres que ensinem a Palavra. Porém, mesmo estes, ao ensinarem, devem ser postos constantemente à prova, a fim de ser possível saber se o que falam está de acordo com que as Escrituras ensinam.
Da mesma forma como a realidade fala com o homem, as Escrituras falam com os cristãos. Da mesma maneira que ninguém pode acrescentar realidade ao mundo, mas, somente, absorvê-la e compreendê-la, a Bíblia não pode sofrer acréscimos, mas ser simplesmente compreendida. E a veracidade de cada interpretação depende de sua aproximação com a realidade.
Quanto aos meus amigos católicos, no fundo, apesar de aceitarem a hierarquia interpretativa, na prática acabam tendo que agir, muitas vezes, como protestantes, procurando encontrar o sentido real e mais profundo do que está escrito na Bíblia. Isso porque, tantas vezes, os dogmas não parecem claros, e algumas vezes nem corretos. Então, o esforço que fazem é tentar descobrir e entender o real sentido desses dogmas a fim de coaduná-los com o real sentido das Escrituras. Ao fazerem isso, acabam, como os protestantes, exercitando suas capacidades interpretativas e se lançando à compreensão individual dessas realidades. A diferença se encontra apenas no fato de os católicos crerem que os dogmas são inerrantes, juntamente com as Escrituras, enquanto apenas estas são inerrantes para os protestantes. No entanto, o esforço pela interpretação correta acaba sendo idêntico entre ambos cristãos e isso não pode ser ignorado.
Me parece que, no fim das contas, todos os cristãos, diante da complexidade da vida moderna, do excesso de informações e diversidade de interpretações bíblicas, estão se esforçando para, em suas lutas individuais, não se deixarem perder por ensinamentos que os afastem de Cristo. Para isso, precisam, ao menos neste ponto, agir como protestantes e, clamando pelo auxílio do Espírito Santo (aliás como Justino, o mártir, já ensinava), se abrir para que o real sentido das Escrituras seja bem compreendido e corretamente absorvido pelo espírito de cada um.



sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Jesus é Deus?


Você já encontrou uma pessoa que é o centro das atenções onde quer que vá? Alguma característica misteriosa e indefinível o distingue de todas as outras pessoas. Pois foi isso que aconteceu dois mil anos atrás com Jesus Cristo. Porém não foi simplesmente a personalidade de Jesus que cativou aqueles que o ouviam. Aqueles que puderem ouvir suas palavras e observar sua vida nos dizem que existia algo em Jesus de Nazaré que era diferente de todas as outras pessoas.
A única credencial de Jesus era ele mesmo. Ele nunca escreveu um livro, comandou um exército, ocupou um cargo político ou teve uma propriedade. Normalmente ele viajava se afastando somente alguns quilômetros do seu vilarejo, atraindo multidões impressionadas com suas palavras provocativas e seus feitos impressionantes.
Ainda assim, a magnitude de Jesus era óbvia para todos aqueles que o viram e ouviram. E enquanto a maioria das grandes personalidades históricas desaparece nos livros, Jesus ainda é o foco de milhares de livros e controvérsias sem paralelos na mídia. Grande parte dessas controvérsias envolvem as afirmações radicais que Jesus fez sobre si mesmo, afirmações que espantaram tanto seus seguidores quanto seus adversários.
Foram principalmente as afirmações únicas de Jesus que fizeram com que ele fosse considerado uma ameaça pelas autoridades romanas e pela hierarquia judaica. Embora fosse um estranho sem credenciais ou força política, em apenas três anos Jesus foi capaz de mudar a história dos mais de 20 séculos seguintes. Outros líderes morais e religiosos influenciaram a história, mas não como o filho de um carpinteiro desconhecido de Nazaré.
Qual era a diferença de Jesus Cristo? Ele era apenas um homem de grande valor ou era algo mais?
Essas perguntas nos levam ao cerne do que Jesus realmente era. Alguns acreditam que ele era simplesmente um grande professor de moral, já outros pensam que ele foi simplesmente o líder da maior religião do mundo. Porém muitos acreditam em algo muito maior. Os cristãos acreditam que Deus nos visitou em forma humana, e acreditam que há evidências que provam isso.
Após analisar com cuidado a vida e as palavras de Jesus, C.S. Lewis, antigo cético e professor de Cambridge, chegou a uma espantosa conclusão, que alterou o rumo de sua vida. Então quem é Jesus de verdade? Muitos dirão que Jesus foi um grande professor de moral. Ao analisarmos mais cuidadosamente a história do homem que causa mais controvérsias em todo o mundo, primeiramente devemos perguntar: será que Jesus foi simplesmente um grande professor de moral?


Jesus é Deus?

Grande professor de moral?

Mesmo os membros de outras religiões acreditam que Jesus foi um grande professor de moral. O líder indiano Mahatma Gandhi falava muito bem sobre a integridade e as palavras sábias de Jesus.[1]
Da mesma forma, o estudioso judeu Joseph Klausner escreveu, “Admite-se mundialmente… que Cristo ensinou a ética mais pura e sublime… que joga nas sombras os preceitos e as máximas morais dos mais sábios homens da antiguidade.”[2]
O Sermão do Monte de Jesus foi considerado o maior de todos os ensinamentos sobre ética humana já feito por uma pessoa. De fato, muito do que conhecemos atualmente como “direitos iguais” é resultado dos ensinamentos de Jesus. O historicista Will Durant, que não é cristão, disse a respeito de Jesus: “Ele viveu e lutou persistentemente por ‘direitos iguais’, e nos tempos modernos teria sido mandado para a Sibéria. ‘O maior dentre vós será vosso servo’ é a inversão de toda a sabedoria política, de toda a sanidade.”[3]
Muitos, como Gandhi, tentaram separar os ensinamentos de Jesus sobre ética de suas afirmações a respeito de si mesmo, acreditando que ele era simplesmente um grande homem que ensinava grandes princípios morais. Essa foi a abordagem de um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos, o presidente Thomas Jefferson, que editou uma cópia do Novo Testamento retirando as partes que considerava que se referiam à divindade de Jesus e deixando as partes a respeito do ensinamento morais e éticos.[4]Jefferson carregava consigo essa versão editada do Novo Testamento, reverenciando Jesus como o maior professor de moral de todos os tempos.
De fato, as memoráveis palavras de Jefferson na Declaração de Independência tiveram como base os ensinamentos de Jesus de que toda pessoa é de imensa e igual importância perante Deus, independente de sexo, raça ou status social. O famoso documento diz: “Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis…”.
Mas Jefferson não respondeu uma pergunta: Se Jesus afirmou incorretamente ser Deus, ele não poderia ter sido um bom professor de moral. No entanto, Jesus de fato afirmou sua divindade? Antes de observarmos o que Jesus afirmou, precisamos analisar a possibilidade de ele ter sido simplesmente um grande líder religioso.



http://y-jesus.org

Veja o texto completo aqui



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A graça de Deus nos capacita a lidar com o sofrimento





A vida não é indolor. Nossa jornada neste mundo não é feita por caminhos atapetados, mas por estradas juncadas de espinhos. Palmilhamos desertos tórridos, descemos a vales escuros e atravessamos pinguelas estreitas, sobre pântanos perigosos. Aqui, muitas vezes, alimentamo-nos de nossas próprias lágrimas. A dor cruel nos açoita com rigor desmesurado. A dor das perdas, do luto e da saudade dói mais do que a dor que fustiga nosso corpo. A dor das lembranças amargas, das doenças crônicas e do pecado que tenazmente nos assediam, acicatam nossa mente, nosso corpo e nossa alma.
O sofrimento mostrou sua carranca de forma dolorosa no segundo mais trágico incêndio ocorrido no Brasil. Nos albores do dia 28 de janeiro de 2013, uma tragédia aconteceu em Santa Maria, cidade universitária do próspero estado do Rio Grande do Sul. A boate Kiss pegou fogo e mais de duzentos e trinta jovens e adolescentes pereceram, asfixiados pela fumaça tóxica. Sonhos foram interrompidos. Carreiras brilhantes terminaram abruptamente. Casamentos marcados não puderam se concretizar. Pais que esperavam seus filhos voltar ao lar, acordaram sobressaltados pela amarga notícia, de que seus filhos haviam morrido naquela fatídica noite. O sofrimento foi tão grande que a nação inteira chorou diante dessa tragédia. Ninguém, por mais forte, consegue lidar com esse sofrimento, estribado em suas próprias forças. Somente a graça de Deus pode nos assistir nessas horas. Somente a graça de Deus pode nos dar ânimo para prosseguir.
O apóstolo Paulo, depois de um passado sombrio, quando perseguiu, prendeu e deu seu voto para matar muitos discípulos de Cristo, foi convertido no caminho de Damasco. Tornou-se o maior missionário e plantador de igrejas da história do Cristianismo. Sua vida, porém, foi timbrada pelo sofrimento. Foi perseguido, preso, açoitado, apedrejado e fustigado com varas. Por onde passou, enfrentou pressões e ameaças. O fato de ser um homem cheio do Espírito não o isentou de sofrer. Em sua última carta, despedindo-se de seu filho Timóteo, preso numa masmorra romana, cônscio de que enfrentaria o martírio, abriu seu coração para dizer que estava enfrentando solidão, abandono, privações, traição e ingratidão. Apesar de tão severo sofrimento, sabia que não caminhava para um fim trágico, mas avançava rumo à glória para receber do reto Juiz, sua recompensa. Foi a graça de Deus que o manteve de pé nas renhidas batalhas da vida. Foi a graça de Deus que o capacitou a cantar na prisão. Foi a graça de Deus que o consolou nas amargas provações da vida. Foi a graça de Deus que o revestiu de forças para cumprir cabalmente seu ministério. Foi a graça de Deus que o encheu de doçura e esperança mesmo em face da morte.
Nenhum homem tem capacidade de lidar com o sofrimento à parte da graça de Deus. Somos frágeis vasos de barro. Não podemos ficar de pé escorados no bordão da autoconfiança. Sem a graça a Deus e sem o Deus de toda a graça sucumbimos à dor. Mas, pela graça somos consolados no sofrimento para sermos consoladores. Tornamo-nos receptáculos do conforto divino para sermos canais dessas ternas consolações. Nem sempre, porém, Deus nos poupa do sofrimento. Nem sempre temos alívio da dor. Nem sempre a cura se torna uma realidade. Mas a graça de Deus jamais nos falta. A graça de Deus é melhor do que a vida. A graça de Deus nos basta. Nessas horas, o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. Como Jó, podemos gritar, mesmo no torvelinho da nossa dor: “Eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará. Vê-lo-ei por mim mesmo”. Podemos dizer como Pedro: “Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar”. Podemos, dizer como Paulo: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação”. Oh, bendita graça! Graça sublime! Graça que nos salva, nos fortalece e nos capacita e lidar vitoriosamente com o sofrimento.

http://hernandesdiaslopes.com.br/2013/02/a-graca-de-deus-nos-capacita-a-lidar-com-o-sofrimento/#.URHJc-TWKSA

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Errou o CÉU por 45 centímetros.


Este título o surpreende?

Como é que alguém pode chegar tão perto e, no fim, ouvir o Senhor dizer: "Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim" (Mat. 7.23)
Contudo, este será o terrivel resultado a que chegarão muitas pessoas em igrejas, hoje em dia, que dizem ser crentes, inclusive algumas em posição de responsabilidade, mas que têm aceito ao Senhor Jesus Cristo apenas de maneira intelectual. Tragicamente, até professores, pregadores e obreiros religiosos não são isentos de serem acusados de tal erro.
A distância entre o cérebro e a coração é de 45 cm. Um conhecimento intelectual do Senhor Jesus Cristo, e o fato de conhecer plenamente e concordar intelectualmente com o plano de salvação, sem ao mesmo tempo uma aceitação de coração que propicie a reação pessoal que a Bíblia exige, não vale nada para ninguém.
Escute as palavras de Paulo, referente a Israel, quando ele fala sob a direção do Espírito Santo: "Pois lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento" (Rom 10.2,3). Ele estava falando a respeito de esforços mal dirigidos, energias gastas na força da carne, mas não sob a direção do Espírito Santo. A falta de poder hoje em muitas igrejas, bem como na vida de muitos que se dizem crentes, pode ser atribuída diretamente a isto.
Só quando nos enxergamos no espelho da palavra de Deus, e verificamos não termos desculpas nem esperanças, e sermos inteiramente perdidos, é que a verdade das Escrituras nos convence, pois a Bíblia revela claramente que é assim que Deus vê o homem. (Rom 3.10-18,21-23).
Então, quando a gloriosa Verdade do Evangelho nos leva a reconhecermos os nossos pecados, e com verdadeiro arrependimento clamamos a Deus, pedindo-lhe para entrar em nossos corações não em nossos cérebros, experimentemos o Novo Nascimento.
Jesus Cristo disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (Jo14.6).
A Bíblia nos diz também que "aquele que tem o Filho tem a vida (eterna); aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida" (Jo 5.12)
Além do mais, a Bíblia promete que "se com tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação" (Ro 10.9,10)
Cristo deseja o seu coração e não apenas o seu cérebro, porque "o Senhor não vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração" (ISa 46.7)
É muito importante que você esteja certo de não ter manifestado a Jesus Cristo apenas por conhecimento intelectual e assentimento metal. Ele precisa de rendição completa do seu coração e da sua vida, para que você realmente nasça de novo.
45 cm podem sgnificar a diferença entre uma eternidade com Cristo ou uma eternidade sem Cristo. Você está certo de suas relações pessoais com Ele?

Fonte: SBF

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Ouça a PALAVRA de Deus.


Por Thomas Lieth.

Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai” (1 Jo 2.24).
O escritor da Carta aos Hebreus exorta seus leitores no capítulo 2.1-4: “Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade”.
Anteriormente, o capítulo 1 menciona como Deus fala: “Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo” (Hb 1.1-2). Nos versículos seguintes segue um impressionante louvor ao Filho de Deus. O autor escreve que Deus criou o mundo por intermédio dEle (v.2), que Ele é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do Seu ser (v.3), que Ele é muito mais sublime que os anjos (v.4) e muitas coisas mais. Hebreus 1 nos aprofunda na grandiosidade de Jesus Cristo de uma forma maravilhosa. É um louvor pleno, uma ampliação de Colossenses 2.3, onde Paulo escreve que em Jesus Cristo “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos”.
Muitas pessoas buscam a sabedoria. Filósofos e fundadores de religiões são citados e enaltecidos por sua sabedoria. Especialmente as religiões orientais com suas técnicas de meditação e suas experiências de auto-revelação gozam de muita popularidade e são consideradas exemplares e dignas de imitação por nossa sociedade. Mas o que não se reconhece é que toda essa pretensa sabedoria humana perde o brilho e a cor quando comparada à sabedoria que está oculta em Jesus Cristo.

Ouvir o que Deus fala através de Jesus

No capítulo 2 da Carta aos Hebreus, a ênfase é que escutemos o falar de Deus por meio de Jesus Cristo – e obviamente pratiquemos o que ouvimos. Afinal, devemos ser não apenas meros ouvintes mas praticantes da Palavra de Deus (Tg 1.22). Apenas ouvir não basta, é o que nos diz Lucas 11.28: “Bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!”Guardar a Palavra é colocá-la em prática. Se você ouvir o tiro de largada e continuar parado, jamais conseguirá ganhar a corrida – mesmo que ouça muito bem a ordem de partida.
As religiões orientais com suas técnicas de meditação e suas experiências de auto-revelação gozam de muita popularidade e são consideradas exemplares e dignas de imitação por nossa sociedade.
Esse é um ponto em que, infelizmente, muitos cristãos têm problemas. Eles lêem e ouvem a Palavra de Deus, mas não a cumprem. O escritor da Carta aos Hebreus, inspirado por Deus, enfatiza como é importante guardar o Evangelho que nos foi confiado: “Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos” (Hb 2.1).
A Bíblia, a Palavra de Deus, é o parâmetro normativo para a nossa vida inteira. Para nós cristãos a Bíblia é aquilo que o livro de bordo significa para um maquinista de trem. Se o maquinista não se atém ao plano de viagem, o caos se instala em todas as linhas e estações da ferrovia. Conforme as circunstâncias, toda a rede pode ficar paralisada. Cedo ou tarde acaba acontecendo a mesma coisa com cristãos que pensam não precisar de um guia para o caminho, que prescindem das Sagradas Escrituras. Em algum momento de suas vidas eles naufragarão na fé e o trem de suas vidas descarrilhará ou tomará o rumo errado.
Eu pergunto: Você é cristão? Você apenas se chama assim, ou quer viver como crente? Então leia, ouça e aja segundo a orientação da Bíblia – a Palavra de Deus. Sem essa Palavra todos nós corremos o risco de nos desviarmos e de errarmos o alvo, como nos avisa Hebreus 2.1. E qual é o alvo supremo da vida cristã? A glorificação de Deus em Seu Filho Jesus Cristo e por meio dEle. Assim, Pedro escreve: “...para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo” (1 Pe 4.11). Para alcançar concretamente esse alvo, precisamos permanecer na Palavra e não nos desviar dela, nem à direita, nem à esquerda.

Independentemente do assunto em questão,

é importante ouvir e, principalmente, agir segundo aquilo que a própria Bíblia diz. O que as pessoas dizem não é importante. É completamente irrelevante o que eu lhe digo. Mas aquilo que a Palavra de Deus lhe diz é de importância vital. Podemos aprender das outras pessoas, podemos aprender de seus comentários, de suas pregações e análises. Tudo isso pode e deve nos ajudar bastante, mas não substitui a Palavra de Deus viva. Cada sermão, cada comentário ou o que quer que seja pode ser um complemento precioso para entendermos melhor o que a Bíblia nos diz. Mas todas essas ajudas devem nos conduzir à Palavra, jamais substituí-la. Isso está completamente fora de cogitação.
Por isso os mórmons não podem estar certos, uma vez que consideram o Livro de Mórmon mais do que a Palavra de Deus. Eles têm o manual errado – e encontram-se no trilho errado. Pela mesma razão também encontramos tantas heresias na igreja católica, pois ela preza suas doutrinas eclesiásticas, seus dogmas e sua tradição mais do que a Palavra viva de Deus. E essa também é a razão de tantos problemas nas igrejas reformadas, pois elas estão mais ocupadas consigo mesmas do que com a Palavra de Deus. Toda igreja, toda denominação, precisa se perguntar: “O que é relevante para nós? A tradição, a doutrina da nossa igreja, o dogma, o afago do próprio ego ou a Palavra de Deus?”
Timóteo já foi exortado com insistência a ater-se à Palavra: “E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado...” (1 Tm 6.20). Paulo não escreve: “Ó Timóteo, guarde-me em boa memória”. “Ó Timóteo, pense naquilo que lhe falei”. Não, ele diz: “Timóteo, guarde o bem que lhe foi confiado – guarde a Palavra de Deus!” Essa palavra é verdadeira e confiável. E essa Palavra aponta para o Único Salvador (1 Tm 1.15).

A Palavra de Deus,

a Boa-Nova, é eterna: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mc 13.31). “Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente” (1 Pe 1.23-25). Que lástima ver que, para alguns cristãos, a palavra de alguém tem mais peso do que a eterna Palavra de Deus, que tem valor para sempre e é verdadeira e viva.
Não importa nem um pouco se essa Palavra nos agrada ou não; se seu texto é belo, lírico, poético, histórico ou interessante. O que está em jogo é muito, muito mais do que isso, pois desta Palavra – da Sagrada Escritura – depende a vida ou a morte, o céu ou o inferno. Pois a fé, sem a qual ninguém é salvo, vem da Palavra (Rm 10.17).
Portanto, a Bíblia é um livro importante para a nossa vida, ele é ainda mais, ele é vital. Por isso, é de partir o coração quando vemos um livro tão precioso todo empoeirado, amarelado, rasgado ou sendo queimado. Quem faz isso está se comportando como um psicopata que atira no médico porque pensa poder fazer uma cirurgia em seu próprio coração.
Com toda a importância e todo o significado desse livro não precisamos nos admirar com o fato de a Carta aos Hebreus nos exortar com ênfase, mas também nos incentivar a permanecer nesta Palavra e a guardar o que o Senhor nos revelou por Seu falar. Guarde isto muito bem: você pode confiar cem por cento nessa Palavra, você pode confiar plenamente, sem duvidar e sem questionar, porque ela é a Palavra de Deus.
Você talvez esteja desesperado, arruinado, solitário ou desalentado? Agarre-se à Palavra de Deus, que diz, por exemplo: “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo” (2 Co 4.8-10). Existem muitas outras promessas: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Com certeza você já ouviu essas promessas dezenas de vezes. Talvez até consiga recitar muitas passagens bíblicas de cor. Mas também crê nelas? Você as guarda no coração? Faça isso, pois a Palavra de Deus é válida eternamente. Seu consolo e suas promessas, sua fidelidade e seu amor são também para você, especialmente quando você não vê nenhuma saída para sua situação.

Em Hebreus 2.2 está escrito:

Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos...” O que isso quer dizer? Que palavra foi anunciada por meio de anjos?
Vejamos Atos 7. Ali Estevão faz sua defesa diante do Sinédrio. E se reporta à história de Israel: “Foi Moisés quem disse aos filhos de Israel: Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim. É este Moisés quem esteve na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos pais; o qual recebeu palavras vivas para no-las transmitir” (At 7.37-38).
Toda igreja, toda denominação, precisa se perguntar: “O que é relevante para nós? A tradição, a doutrina da nossa igreja, o dogma, o afago do próprio ego ou a Palavra de Deus?”
O que foi dado pelo anjo a Moisés no monte Sinai? As tábuas da Lei (comp. v. 53). Paulo diz: “...foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador” (Gl 3.19). Já vimos que o capítulo 1 da Carta aos Hebreus afirma que Jesus é superior e mais excelente que os anjos. Sem entrar mais a fundo no assunto da Lei em si, não posso deixar de dizer: a Palavra do Filho – que é a Boa-Nova, a mensagem da graça – é muito melhor, muito mais valiosa do que a palavra de anjos – que é a Lei. Em outras palavras, Jesus é muito superior aos anjos, significando que a graça é melhor do que a Lei!
Nosso texto diz que toda e qualquer transgressão da Lei trazia consigo o seu justo castigo: “Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo” (Hb 2.2). A Lei mostrava às pessoas: “Vocês não podem encontrar a salvação a partir de si mesmos. Isso é impossível! Todos vocês são culpados diante da Lei. Todos vocês serão esmigalhados diante da Lei e receberão o salário do pecado – que é a morte”. E essa é a razão e o alvo da Lei: mostrar ao homem a necessidade de reconhecer seus pecados e de dar meia-volta e mudar de rumo.
A Lei já apontava para a necessidade de um Substituto, disposto e capaz de expiar nossa culpa e pagar o salário do pecado em nosso lugar. E quem é esse Substituto, esse Salvador? Essa Pessoa é o tema não apenas da Carta aos Hebreus, mas de toda a Escritura. Esse Substituto apto e disposto a realizar a expiação dos pecados da humanidade e a dar-lhes a salvação eterna não é outro senão Jesus Cristo, o Unigênito Filho de Deus!

Hebreus 2.1-4 diz ao homem

que ouve a Palavra de Deus, àquele que tomou conhecimento do caminho da salvação: “Como você é tolo se desprezar esta salvação!”
Dê ouvidos à Palavra de Deus! Ouça e pratique essa Palavra! Tolo é quem não o faz! É como alguém que está se afogando e não agarra a bóia salvadora pensando que se salvará por seu próprio esforço. Em sentido inverso, é válido o que diz João 8.31-32: “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
Mais uma vez eu pergunto: Você é cristão? Você permanece na Palavra? Guarda esta Palavra e vive segundo os seus ensinos? Ou você vive para si mesmo? Se pararmos para pensar apenas no que acarretava, na Antiga Aliança, não obedecer à palavra transmitida por meio de anjos, ou seja, à Lei, que conseqüências fatais deverá trazer consigo o desprezo pela Palavra do Filho, que é muito superior aos anjos!
Ouvimos o Filho, e agora temos de nos orientar por Sua Palavra. A própria Escritura nos desafia a ler, estudar e incorporar o que diz, nos incentiva a agir segundo seus preceitos e a ficar arraigados e firmes nela (2 Jo 9; Pv 4.13). A Palavra de Deus, a Sagrada Escritura, é seu guia, seu manual, o roteiro da sua vida.
Você pode chamar-se cristão. Pode ser batizado. Pode ir ao culto de vez em quando ou até à reunião de oração. Você pode se considerar uma boa pessoa. Mas você é um bom cristão? Será que não existe alguma coisa na sua vida que não está de acordo com o seu manual? Talvez você argumente que esses deslizes são bagatelas, que não são coisa séria. E ainda por cima pensa que não pode perder a salvação, já que você é cristão. Eu não faço a menor idéia do que lhe espera na eternidade, mas sei muito bem o que a Palavra de Deus espera de você hoje, aqui e agora: “Segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pe 1.15-16). “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, mantendo exemplar o vosso procedimento...” (1 Pe 2.11-12).
O que Deus espera de nós? Uma vida vivida segundo a Sua vontade, uma vida que honra o nome do Senhor, uma vida que contribui para que o Nome do Pai e do Filho sejam glorificados. Você atinge esse alvo tão elevado? Ó Deus, como é tolo quem não guarda a Tua Palavra! Por isso, animemo-nos uns aos outros a permanecer firmes nessa Palavra, a levá-la a sério e a obedecer o que ela diz, cumprindo tudo o que nos foi confiado nas páginas da Bíblia! Ela é a Palavra viva de Deus, o prumo da nossa vida.
Ouça a Palavra de Deus, creia na Palavra e guarde-a em seu coração. Esteja enraizado nela, e a coroa da vitória lhe está garantida! (Thomas Lieth - http://www.chamada.com.br)

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, março de 2011.

Revista mensal que trata de vida cristã, defesa da fé, profecias, acontecimentos mundiais e muito mais. Veja como a Bíblia descreveu no passado o mundo em que vivemos hoje, e o de amanhã também.