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segunda-feira, 17 de julho de 2017

Tudo posso naquele que me fortalece

William MacDonald
“...tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13).
É muito fácil entender mal um versículo assim. O lemos e imediatamente pensamos em centenas de coisas que não conseguimos fazer. No mundo físico, por exemplo, pensamos em alguma acrobacia ridícula que exigiria poderes sobre-humanos. Ou pensamos em alguma grande proeza mental que está muito além de nós. Então estas palavras se tornam uma tortura para nós, ao invés de um conforto.
O que o versículo na verdade quer dizer, claro, é que o Senhor nos dará poder para fazer qualquer coisa que Ele queira que façamos. Dentro do círculo da Sua vontade não há impossibilidades.
Pedro sabia deste segredo. Ele sabia que, por si só, não poderia andar sobre as águas. Porém, também sabia que se o Senhor lhe havia dito para fazê-lo, ele conseguiria. Assim que Jesus disse “Venha”, Pedro saiu do barco e caminhou sobre as águas até Ele.
Normalmente uma montanha não vai se lançar ao mar ao meu comando. No entanto, se esta montanha estiver entre mim e o cumprimento da vontade de Deus, então posso dizer “Saia do caminho” e ela o fará.
O ponto central é que “Sua vontade é Sua capacidade”. Portanto, Ele proverá a força para enfrentarmos qualquer desafio. Ele me capacitará para resistir a cada tentação e vencer cada hábito. Ele me fortalecerá para ter uma vida de pensamentos limpos, motivos puros e para sempre fazer aquilo que agrada ao Seu coração.
Se não tenho forças para fazer algo, se me vejo ameaçado por um colapso físico, mental ou emocional, então eu talvez deva questionar-me se por acaso entendi mal Sua vontade e estou seguindo meus próprios desejos. É possível fazer para Deus o que não é de Deus. Tais obras não carregam a promessa do Seu poder.
Por isso é importante saber que estamos seguindo a corrente do Seu plano. Então podemos ter a alegre certeza de que Sua graça irá nos sustentar e capacitar.

William MacDonald (7/1/1917 – 25/12/2007) viveu na California–EUA, onde desenvolveu seu ministério. Sua ênfase era de ressaltar com clareza e objetividade os ensinamentos bíblicos para a vida cristã, tanto nas suas pregações como através de mais de oitenta livros que escreveu.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

10 coisas que você deveria saber sobre os atributos de Deus


por Mark Jones

  1. Deus é simples.

O que isso significa é: Deus é livre de toda composição; Ele não é a soma de suas partes. Não há uma coisa e outra em Deus. Pelo contrário, Deus é tudo quanto há em Deus. Ele é absoluto, o que significa não há distinções em seu ser.
  1. Quando falamos de seus atributos, devemos ter em mente que, porque sua essência permanece indivisa, sua bondade é seu poder.

Ou: o amor de Deus é seu poder que é sua eternidade que é sua imutabilidade que é sua onisciência que é sua bondade e assim por diante. Em outras palavras, tecnicamente não existe algo como atributos (plural), mas somente a essência simples e indivisa de Deus. Por que isso é importante? A simplicidade de Deus nos ajuda a entender que existe perfeita consistência nos atributos de Deus.
  1. Deus é infinito.

A infinidade de Deus é como um “metra-atributo”, como a simplicidade, no sentido de que qualifica todos os outros atributos. Infinidade significa que não há limite nas perfeições de Deus. Quando consideramos os atributos de Deus, devemos sempre considerá-los infinitos. Sua infinidade é um conceito positivo, de forma que devemos dizer que seus atributos são intensiva e qualitativamente infinitos. A infinidade de Deus é o sentido mais elevado de perfeição. “Ainda por concluir” (ou “indefinido”) é uma maneira imprópria de entender o infinito com relação a Deus. Pelo contrário, sem limites, graus ou fronteiras, Deus conhece infinitamente e é uma esfera cujo centro está em todos os lugares e a circunferência em lugar algum. Ele está tão presente em nosso meio quanto está longe de nós no universo. Todavia, embora ele esteja presente em um lugar, ele nunca está confinado a algum lugar.
  1. Deus é eterno.

Primeiro, sua eternidade é diferente do estado eterno experimentado por humanos ou anjos, os quais foram todos criados no tempo. O tempo tem um começo com uma sucessão de momentos, mas Deus não tem começo, sucessão de momentos ou fim. A eternidade de Deus revela sua natureza atemporal e imutável (porém não estática). Como os teólogos do passado argumentaram, a declaração “o tempo começou com a criatura” soa mais verdadeira que “a criatura começou com o tempo”.
  1. Deus é imutável.

Deus é o que ele sempre foi e será (Tiago 1.17). Por causa de sua simplicidade, sua eternidade requer sua imutabilidade. A eternidade diz respeito à duração de um estado, enquanto imutabilidade é o próprio estado. Imutabilidade em Deus significa não somente que ele não muda, mas também que ele não pode mudar (Sl 102.26).
  1. Deus é independente.

A independência de Deus é sua suficiência. A partir de sua autossuficiência há dons o bastante, naturais e sobrenaturais, para satisfazer todas as criaturas que já vieram à existência. O Pai, o Filho e o Espírito Santo satisfazem um ao outro. Porque fazem isso eterna e imutavelmente em amorosa comunhão, eles podem satisfazer outros com quem eles têm comunhão em amor. Se houvesse mundos infinitos de criaturas amorosas, todas desejando felicidade em Deus, ele poderia tão facilmente abençoar todas como abençoar uma. Ele é todo vida, de forma que todos fora dele derivam vida dele.
  1. Deus é onipotente.

Ao discutir o poder de Deus, os teólogos tipicamente distinguem entre seu poder absoluto e seu poder ordenado. Poder absoluto refere-se ao que Deus pode possivelmente fazer mas não necessariamente faz. Ele poderia criar um bilhão de mundos de criatura vivas, e decidir não criar. O poder ordenado de Deus denota o que ele realmente decretou de acordo com sua vontade e, então, providencialmente cumpre. Com esse vocabulário, não estamos estabelecendo dois poderes distintos em Deus, mas entendendo sua onipotência por meio da aplicação (poder ordenado) e não-aplicação (poder absoluto). O poder de Deus também deve ser entendido como “governado” por ou exercido de acordo com sua natureza. Seu poder deve ser um poder bom.
  1. Deus é amor.

Há três tipos de amor externo exercidos por Deus:
  • O amor universal de Deus por todas as coisas: “O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras” (Sl 145.9). Mesmo as criaturas da terra são beneficiárias do amor de Deus.
  • O amor de Deus por todos os seres humanos, eleitos e réprobos: “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.44-45). Deus ainda ama uma pessoa que o odeia e rejeita, garantindo-lhe até a capacidade de manifestar esse ódio em pensamentos, palavras e ações.
  • O amor especial de Deus por seu povo: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9).
  1. Deus se relaciona conosco antropomorficamente.

Quase tudo o que pertence aos seres humanos nas Escrituras também é atribuído a Deus. A Bíblia fala da “face” de Deus (Ex 33.20), dos “olhos” e “pálpebras” (Sl 11.4), “ouvido” (Is 59.1), “narinas” (Is 65.5), “boca” (Dt 8.3), “lábios” (Is 30.27), “língua” (Is 30.27), “dedo” (Ex 8.19) e muitas outras partes do corpo. A Bíblia é antropomórfica de capa a capa. Deus acomoda-se a nós na Escritura e, às vezes, apropria-se de um vocabulário que nos ajuda a entender certas verdades sobre ele.
  1. Os atributos de Deus brilham mais claramente na pessoa e obra de Cristo.

Ele é a imagem do Deus invisível. Cristo revela o Pai a seu povo. Na vida, morte e ressurreição de Cristo, vemos os atributos de Deus manifestos por toda a parte. Conhecer a Deus é conhecer a Deus por meio de Jesus Cristo.
Traduzido por Reforma21 | Reforma21.org | Original aqui
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