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sexta-feira, 29 de junho de 2012

O que a Bíblia ensina que vai acontecer no futuro




O Que a Bíblia Ensina Que Vai Acontecer no Futuro?

O QUE É O ARREBATAMENTO?


A doutrina do arrebatamento pré-tribulacional é um ensinamento bíblico importante não só porque dá percepção quanto ao futuro, mas porque dá aos crentes uma motivação importante para uma vida contemporânea piedosa. O pré-tribulacionismo ensina que antes da tribulação, todos os membros do corpo de Cristo (vivos e mortos) serão levados nos ares para encontrar a Cristo e depois subirem ao céu.[1] O ensino sobre o arrebatamento é apresentado mais claramente em 1 Tessalonicenses 4.13-18. Nessa passagem Paulo informa aos seus leitores que os crentes vivos na época do arrebatamento se reunirão com os que morreram em Cristo antes deles. “Depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor” (versículo 17). A palavra “arrebatados” traduz o verbo grego harpázo, que significa “tirar com força” ou “arrancar.” As traduções em latim do Novo Testamento usavam a palavra raptare, que significa “arrebatar”, “arrastar”, e é a origem da palavra   “raptar”. Outras passagens que ensinam o arrebatamento usando termos diferentes incluem: João 14.3; 1 Coríntios 15.51,52; 1 Tessalonicenses 1.10; 2 Tessalonicenses 2.1; Tito 2.13; Tiago 5.7,8; e 1 Pedro 1.13.

QUANDO ACONTECERÁ O ARREBATAMENTO?

Acreditamos que o arrebatamento pode acontecer a qualquer momento. Trata-se de um evento sem sinais e não precisa acontecer nada na história antes dele. O arrebatamento poderia ter acontecido a qualquer hora desde o primeiro século e sua ausência na história durante os últimos 2000 anos certamente nos aproxima mais dele.

O QUE É A DOUTRINA DA IMINÊNCIA?


 Acreditamos que o arrebatamento pode acontecer a qualquer momento. Trata-se de um evento sem sinais e não precisa acontecer nada na história antes dele.
A doutrina da iminência é o ensinamento de que Jesus Cristo pode voltar e arrebatar a Igreja a qualquer momento, sem sinais ou aviso prévio. O Dr. Renald Showers define e descreve iminência da seguinte forma:
1.     Um evento iminente é aquele que “ameaça acontecer breve; que está sobranceiro; que está em   de efetivação imediata; impendente.” Então, iminência tem o sentido de que algo pode acontecer a qualquer momento. Outras coisas podem acontecer antes do evento iminente, mas nada mais precisa acontecer antes dele. Se alguma outra coisa precisa acontecer antes que um evento possa acontecer, este evento não é iminente. Em outras palavras, a necessidade de outra coisa acontecer primeiro destrói o   de iminência.
2.     Já que não se sabe exatamente quando um evento iminente acontecerá, não se pode esperar que um determinado espaço de   passe antes do evento iminente acontecer. Logo, devemos estar sempre preparados para que ele aconteça a qualquer momento.
3.     Não se pode marcar ou implicar legitimamente uma data para seu acontecimento. Logo que alguém marca a data para um evento iminente ele destrói seu   de iminência, porque assim está dizendo que um determinado espaço de   deve transcorrer para que este evento aconteça. Marcar uma data específica para um evento é contrário ao   de que ele pode acontecer a qualquer momento.
4.     Não se pode dizer legitimamente que um evento iminente acontecerá em breve. A expressão “em breve” implica que um evento tem que acontecer “dentro de curto   (após um determinado período de   especificado ou sugerido).” Em comparação, um evento iminente pode acontecer em breve, mas não temque acontecer para ser iminente. Espero que entendam   que “iminente” não é o mesmo que “em breve.”[2]
Várias passagens do Novo Testamento ensinam a iminência. Entre as mais citadas estão : 1 Coríntios 1.7; 16.22; Tito 2.13; Hebreus 9.28; Tiago 5.7-9; Judas 21; Apocalipse 3.11; 22.7,12,17,20.

O QUE ACONTECERÁ DEPOIS DO ARREBATAMENTO?

Depois que Jesus Cristo arrebatar a Igreja, haverá aqui na terra um período de sete anos conhecido como tribulação. É durante este período que o anticristo surgirá. Será possível marcar datas neste período de   futuro porque a Bíblia dá indicações de   precisas em termos de anos, meses, e dias. Isso não tem nada a ver com a atual era da Igreja. No fim dos sete anos, Jesus Cristo voltará à terra e estabelecerá o reino de 1000 anos (o reino milenar), a partir da Sua  Jerusalém. No fim deste período haverá um   final, seguido do   eterno.[3]

O QUE É A TRIBULAÇÃO?

Como foi dito antes, a tribulação é o período de sete anos que segue o arrebatamento.

 Depois que Jesus Cristo arrebatar a Igreja, haverá aqui na terra um período de sete anos conhecido como tribulação.

As “70 semanas” de Daniel, profetizadas em Daniel 9.24-27, são o referencial em que a tribulação ou a septuagésima semana acontece.[4] A “semana” a respeito da qual Daniel escreve é interpretada pela maioria dos estudiosos de profecia como sendo uma “semana de anos”, ou seja, sete anos. Estes anos seguem o intervalo das “sete semanas e sessenta e duas semanas” de Daniel 9.25. A septuagésima semana de Daniel indica um intervalo de   ao qual está relacionada uma série de frases descritivas. Alguns destes termos bíblicos incluem: tribulação, grande tribulação, dia do Senhor, dia da ira, dia da aflição, dia da angústia, dia da angústia de Jacó, dia de escuridão e tristeza, e ira do Cordeiro.
A tribulação é dividida em dois segmentos de três anos e meio e o principal propósito de Deus para ela é que seja um   de juízo. Ao mesmo  , a graça do evangelho será proclamada e finalmente seguida pelo reinado de 1000 anos de Cristo.

O QUE É A SEGUNDA VINDA?

A segunda vinda de Cristo segue o arrebatamento e a tribulação. É o retorno de Cristo que encerra a tribulação. Quando Cristo voltar, o anticristo e seus exércitos serão destruídos e haverá um período de   (Apocalipse 19.20,21). A segunda vinda precede imediatamente a prisão de Satanás (Apocalipse 20.1-3) e a inauguração do reino milenar. A segunda vinda é ensinada por toda a Bíblia. Entre as passagens mais importantes estão Mateus 24.27-30 e Apocalipse 19.11-16.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE A SEGUNDA VINDA E O ARREBATAMENTO?


O arrebatamento e a segunda vinda são dois eventos distintos e separados pela tribulação. Um fator importante é entender o ensino do Novo Testamento de que o arrebatamento pré-tribulacional se baseia no fato de que duas vindas futuras de Cristo são apresentadas. A primeira vinda é o arrebatamento da Igreja entre as nuvens antes da tribulação, ao passo que a segunda vinda acontece no final da tribulação quando Cristo voltar à terra para começar Seu reinado de 1000 anos. Quem quiser entender o ensino bíblico do arrebatamento e da segunda vinda deve estudar e decidir se as Escrituras falam sobre um ou dois eventos futuros. Nós acreditamos que uma consideração sistemática de todas as passagens bíblicas revela que as Escrituras ensinam duas vindas futuras.
O arrebatamento é apresentado claramente em 1 Tessalonicenses 4.13-18. Ele é caracterizado na Bíblia como uma “vinda acompanhada de um traslado” (1 Coríntios 15.51,52; 1 Tessalonicenses 4.15-17) em que Cristo vem para Sua Igreja. A segunda vinda é Cristo voltando com os Seus , descendo do céu para estabelecer Seu reino terreno (Zacarias 14.4,5; Mateus 24.27-31).
As diferenças entre os dois eventos são harmonizadas naturalmente pela posição pré-tribulacionista, enquanto outras posições não conseguem explicar adequadamente essas diferenças.[5]

O QUE SÃO O MILÊNIO E O ESTADO ETERNO?


O milênio é a doutrina bíblica e o   teológico do reinado de 1000 anos de Jesus Cristo na terra. O reino milenar será um reino terreno em que Cristo reinará a partir de Jerusalém e em que todos os detalhes da “promessa da terra” feita a Abraão (Gênesis 12.7) serão cumpridos (Ezequiel 47-48). O fato do reino ser terreno pode ser visto em passagens tais como Isaías 11 e Zacarias 14.9-21. Outras passagens detalhadas incluem: Salmo 2.6-9; Isaías 65.18-23; Jeremias 31.12-14, 31-37; Ezequiel 34.25-29; 37.1-6; 40-48; Daniel 2.35; 7.13,14; Joel 2.21-27; Amós 9.13,14; Miquéias 4.1-7; e Sofonias 3.9-20. O Novo Testamento também dá testemunho importante deste reino futuro na medida em que dá continuidade à visão vétero-testamentária de um reino milenar futuro. É o reino milenar de que Jesus falou durante a ceia de páscoa antes de ser traído e crucificado:
“A seguir tomou o cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai” (Mateus 26.27-29; veja também Marcos 14.25; Lucas 22.18).
 O reino milenar será um reino terreno em que Cristo reinará a partir de Jerusalém e em que todos os detalhes da “promessa da terra” feita a Abraão serão cumpridos.

A passagem mais extensa do Novo Testamento relativa ao milênio é Apocalipse 20, em que João descreve uma seqüência cronológica: a prisão, a rebelião, e o   de Satanás no milênio. Em Apocalipse 20.2-7 aparece seis vezes o número 1000, enfatizando a duração do reinado terreno de Cristo. Apesar de Apocalipse 20 ser o único lugar na Bíblia onde a duração exata do reinado de Cristo é mencionada, o reino em si é mencionado e descrito dezenas de vezes em toda a Bíblia (por exemplo, Isaías 60; 62; 65.17-66.24; Jeremias 31; Ezequiel 40-48; Daniel 2.44,45; 7.27; 12.1,2; Zacarias 14.8-21).
O reino futuro de Deus terá duas fases diferentes, o milênio e o   eterno. Mas a grande ênfase da Bíblia está no reinado de 1000 anos de Cristo no Seu   futuro conhecido como milênio. O milênio é uma realidade bíblica que ainda será concretizada.
No fim do milênio haverá um   final, conhecido como o “julgamento do grande trono branco”, dos descrentes mortos que ressuscitarão naquela ocasião (Apocalipse 20.11-15). Os descrentes serão lançados no lago de fogo e os crentes entrarão para o   eterno descrito em Apocalipse 21-22.

COMO OS EVENTOS ATUAIS SE RELACIONAM COM A PROFECIA?

Hoje, o mundo é um cenário sendo montado para a apresentação de um grande drama. Quais preparativos já foram feitos? O Dr. John Walvoord descreve e resume a atual situação da montagem do cenário:

Todos os eventos históricos necessários já aconteceram. A tendência a um  mundial, iniciada com as Nações Unidas em 1946, está preparando o caminho para o  do fim dos tempos. O movimento da igreja mundial, formalizado em 1948, está preparando o caminho para uma super-igreja que dominará o cenário religioso depois que a verdadeira Igreja for arrebatada. O espiritismo, o ocultismo, e a crença em demônios continuará a se espalhar. O comunismo, apesar de sua filosofia ateísta,... [preparou] o mundo para uma forma final de religião mundial que exige a adoração de um ditador totalitário.
Israel e as nações do mundo estão sendo preparadas para o drama final. Mais importante ainda é que Israel está de volta à sua terra, organizado como um Estado político, e ansioso em realizar seu papel nos eventos do fim dos tempos...
A Rússia está preparada ao norte da Terra Santa para entrar no conflito do fim dos tempos. O Egito e outros países africanos não abandonaram seu desejo de atacar Israel a partir do sul. A China Vermelha no leste já possui hoje um poder militar forte o suficiente para enviar um exército tão grande quanto o descrito no livro de Apocalipse. Todas as nações estão preparadas para desempenhar o seu papel nas horas finais da história.
Nosso mundo atual está bem preparado para o começo do último ato profético que levará ao Armagedom. Uma vez que o cenário está montado para este clímax dramático dos tempos, a vinda de Cristo para os Seus deve estar muito próxima. Se já houve uma hora em que os homens deveriam considerar seu relacionamento pessoal com Jesus Cristo, este momento é hoje. Deus está dizendo a esta geração: Preparem-se para a vinda do Senhor.”[6]
 Nosso mundo atual está bem preparado para o começo do último ato profético que levará ao Armagedom.
Lembre-se de que apesar do cenário estar montado e continuar pronto para o acontecimento dos eventos da tribulação, não há nada que precise acontecer antes do arrebatamento da Igreja. Apesar do arrebatamento não ter sinais e poder acontecer a qualquer momento, os vários eventos da tribulação devem acontecer antes que a segunda vinda de Cristo ao planeta Terra possa ocorrer. Quando examinamos os eventos mundiais e a história recente, vemos muitas indicações de que as coisas estão chegando a uma conclusão. O Dr. Charles Dyer observa:

A cortina ainda não se abriu para o último ato do drama divino para a era atual. As luzes do   estão baixas, mas ainda assim podemos perceber movimentos atrás da cortina. Deus está colocando o cenário no seu lugar e deixando que os atores tomem as suas posições no palco mundial. Quando tudo estiver pronto, Deus permitirá a abertura da cortina.
Ao avaliarmos eventos mundiais contemporâneos, queremos entender que papel eles podem ter na montagem do cenário para os eventos profetizados na Bíblia. Ao mesmo tempo devemos lembrar que, enquanto o mundo continua a mudar, só Deus conhece o futuro. Devemos avaliar eventos atuais à luz da Bíblia, e não ao contrário. Precisamos conhecer e compreender as profecias da Bíblia para discernir melhor o papel dos atuais eventos mundiais.[7]
Entender os eventos mundiais e as profecias bíblicas corretamente significa equilibrar a tensão entre os dois em nossas vidas diárias. O Dr. Ed Hindson escreve sobre essa tensão:
Cada um de nós planeja sua vida como se ainda fosse viver muitos anos. Temos responsabilidades com nossas famílias, com nossos filhos e netos, e com outras pessoas à nossa volta. Mas também devemos viver como se Jesus viesse a qualquer momento. É difícil para os descrentes entender a abordagem equilibrada que devemos ter do futuro. Nós crentes não tememos o futuro porque acreditamos que Deus o controla. Mas ao mesmo tempo, não o vemos com otimismo desenfreado.[8]
Devemos estar sempre preparados para o amanhã, reconhecendo que, em última análise, é Deus, e não indivíduos, quem controla o futuro.
 Temos responsabilidades com nossas famílias, com nossos filhos e netos, e com outras pessoas à nossa volta. Mas também devemos viver como se Jesus viesse a qualquer momento.

EXISTEM SALVAGUARDAS CONTRA A MARCAÇÃO DE DATAS?


Talvez a maneira mais simples é lembrar o slogan que dizemos à nossa sociedade sobre abuso de drogas: “Simplesmente diga não!” As palavras de Jesus são claras; marcar datas não é parte do estudo da profecia. A melhor maneira de evitarmos isso em nossos estudos é através de um método de interpretação gramatical, histórica e contextual coerente, conhecido como interpretação literal. Já que o texto das Escrituras proíbe marcar datas, e sabemos que não há significados ocultos a serem descobertos através de uma abordagem interpretativa esotérica, concluímos que à medida em que estudarmos as Escrituras não encontraremos uma abordagem que nos leve a marcar datas.
Devemos sempre observar os eventos atuais (e todos os aspectos das nossas vidas) através das lentes das Escrituras. A Bíblia interpreta as notícias; as notícias não interpretam a Bíblia. A volta de Jesus Cristo é nossa esperança – não a hora da Sua volta. Não devemos ser como a criança numa viagem de carro que fica perguntando a seu pai a toda hora, “Está perto, pai?” Ou, “Falta muito?” Como o pai dirigindo o carro, sabemos que estamos nos aproximando, mas não podemos dizer com certeza quão perto estamos. (Thomas Ice e Timothy Demy - http://www.chamada.com.br)

NOTAS

1.     Veja nesta mesma série, Thomas Ice e Timothy Demy, A Verdade Sobre o Arrebatamento(Porto Alegre: Actual Edições, 1999)
2.     Renald Showers, Maranatha: Our Lord Come! (Bellmawr, NJ: The Friends of Israel Gospel Ministry, 1995), pp. 127-28.
3.     Veja nesta mesma série, Thomas Ice e Timothy Demy, A Verdade Sobre a Tribulação e A Verdade Sobre o Milênio (Porto Alegre: Actual Edições, 1999).
4.     Uma das discussões mais interessantes e extensas da cronologia das setenta semanas encontra-se em Harold W. HoehnerChronological Aspects of the Life of Christ (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1977), pp. 115-39.
5.     Para um tratamento mais extenso, veja Ice e Demy, A Verdade Sobre o Arrebatamento (Porto Alegre: Actual Edições, 1999)
6.     Walvoord, Armageddon, pp. 227-28.
7.     Charles H. Dyer, World News and Bible Prophecy (Wheaton, IL: Tyndale House Publishers, 1993), p. 7.
8.     Ed Hindson, Final Signs (Eugene, OR: Harvest House Publishers, 1996), p. 176.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O que devo fazer?



Norbert Lieth
“O que devo fazer? Não agüento mais!” Há algum tempo, a representante da fundação suíçaPro Juventude disse em um programa de rádio que essa questão é uma das que mais preocupa os jovens.
A pergunta “O que devo fazer?” é tão antiga quanto o próprio pensamento. O famoso filósofo Immanuel Kant já apresentava questionamentos semelhantes por volta de 1770: “O que posso saber? O que devo fazer? O que posso esperar? O que é o homem?”.
O homem pode procurar em muitos lugares, mas não terminará sua busca enquanto não recorrer à Bíblia. Só ela pode nos dar uma resposta conclusiva sobre o que devemos fazer e para que existimos.
Certa vez perguntou-se ao Senhor Jesus: “Que faremos para realizar as obras de Deus?” (Jo 6.28), ao que Ele respondeu: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (v.29).
A maior desgraça do ser humano é não crer em Jesus. Não há negligência maior! Em comparação, todas as outras experiências negativas são meros grãozinhos de areia. Quem está caído num buraco escuro estará disposto a fazer qualquer coisa para sair dele. Mesmo ao enfrentar males menores nos dispomos a enfrentar riscos maiores apenas para melhorar nossa reputação. Mas a solução do problema original de nossa vida é a fé em Jesus Cristo.
No dia de Pentecostes os judeus perceberam que não estavam realmente bem, apesar de seguirem todos os preceitos da lei. Devido à pregação cristocêntrica de Pedro aconteceu o seguinte: “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?” (At 2.37). A resposta de Pedro foi a única correta: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (v.38). O resultado não deixou de aparecer: “Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (v.41).
Saulo de Tarso era um homem que odiava Jesus e Sua Igreja de todo o seu coração. Transtornado pela ira, ele fazia de tudo para destruir a Igreja dos cristãos. Mas um dia o Senhor o encontrou. Vencido por esse acontecimento sobrenatural, Saulo fez a pergunta decisiva: “Senhor, que queres que faça?” (At 9.6, RC). O Senhor perdoou os pecados de Saulo e escolheu-o como apóstolo das nações. Além disso, ele recebeu um novo nome: Paulo.
O carcereiro de Filipos tinha a tarefa de vigiar dois prisioneiros com especial cuidado: o apóstolo Paulo e seu companheiro Silas. Esse guarda durão estava acostumado a muitas coisas. Ele cumpria sua tarefa seguindo regras rígidas, mas isso não lhe trazia satisfação. Ele teve tempo para observar Paulo e Silas. Assim, percebeu que eles não se queixavam da sua desgraça, mas começaram a cantar, sim, a louvar a Deus. De repente um terremoto abalou a prisão, de forma que as portas se abriram e as cadeias de todos os prisioneiros se romperam (At 16.26). O carcereiro acordou do seu sono, percebeu sua situação comprometedora e quis matar-se com sua espada (v.27). Talvez ele já estivesse questionando sua vida há muito tempo, sentindo-se frustrado por aquilo que havia dentro e em volta dele. Paulo percebeu isso e consolou-o. Depois disso o homem fez a pergunta decisiva: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” (At 16.30). Paulo respondeu sem hesitar: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (v.31). A fé nessa mensagem revolucionou a vida do carcereiro – ele tornou-se um novo homem no mais verdadeiro sentido da palavra: “Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus” (v. 33-34).
Que fazer?
Vamos analisar com mais atenção as perguntas do filósofo Immanuel Kant, mencionadas no início:
O que posso saber? Você pode saber que Jesus é a esperança para a vida de todos. Para Ele não há casos perdidos. Você também pode saber que Ele tem poder para perdoar os pecados e dar não somente vida nova, mas vida eterna. Você pode saber que Jesus oferece um tipo de segurança que não acaba amanhã nem depois de amanhã. A vida espiritual do apóstolo Paulo começou com a pergunta: “Quem és tu, Senhor?... Senhor, que queres que faça?” (At 9.5-6). Pouco antes de sua morte, já idoso, ele pôde testemunhar:“...porque sei em quem tenho crido...” (2 Tm 1.12).
O que devo fazer? Os exemplos citados anteriormente mostram que é preciso decidir-se por Jesus, pois “a obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6.29). As pessoas que tinham escutado a pregação de Pedro no Pentecostes aceitaram a Palavra de Deus de boa vontade. O carcereiro de Filipos ficou feliz por ter se tornado crente junto com toda a sua casa – esse foi um ato de decisão consciente. Ele se colocou à disposição do Senhor.
O que você deve fazer? Aceite o convite de Deus feito por meio do Seu profeta: “Buscai-me e vivei” (Am 5.4).
O que posso esperar? Quem realmente procura Deus vai encontrá-lO, obterá perdão dos pecados e viverá! Tal pessoa pode ter a esperança de que o Senhor nunca mais a abandonará e a conduzirá até a eternidade. Em Jesus, os fardos são aliviados, a esperança nasce, orações são atendidas e as dificuldades existentes são transpostas. Não dependemos mais de nós mesmos: Jesus está conosco!
O que é o homem? Sem Jesus ele é uma vítima indefesa de Satanás e do pecado. Mas com e por meio de Jesus o homem ganha uma nova posição: ele se torna filho de Deus, co-herdeiro de Jesus e, assim, herdeiro do Pai celeste. Então vale o seguinte: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5.17). (Norbert Lieth - http://www.ajesus.com.br)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Caridade.



"E havia em Cesaréia um homem por nome Cornélio, centurião da coorte chamada Italiana,
piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa e que fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a Deus."
A palavra caridade tem alguns significados, entre eles destacamos os dois principais: Amor de Deus e amor para com o próximo. A palavra caridade também se entende por fazer esmolas, ajudar o próximo etc. Torna-se dever do cristão fazer caridade, mas para a salvação é necessário ter fé e tendo fé a caridade vem como frutos da fé porque a fé sem obras é morta, mas a caridade sem fé também nada vale, Tiago disse que mostraria a sua fé pelas suas obras e a Palavra de Deus diz que sem fé é impossível agradar a Deus, (Hebreus 11:6 e em I Pedro 1:5 e 9) está escrito que o fim da fé é a salvação. Paulo diz em (Efésios 2:8) que a salvação vem pela graça por meio da fé, (Judas 3) nos manda batalhar pela fé para salvação e não diz pelas obras porque as obras sem fé nada resolve.
Está muito claro que a salvação é pela graça de Deus como diz Paulo em (Tito 2:1 “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”. A caridade em si não trás salvação ela é conseqüência e fruto da fé de um verdadeiro cristão, sabemos como Tiago diz que a fé sem obras (caridade) é morta, porem, sem fé é impossível agradar a Deus, (Hebreus 11:6). 

O Apostolo Paulo em (I Corintios 13:3) usa a palavra caridade em lugar de amor e não de esmolas e etc. E ainda que distribuísse toda minha fortuna para sustento dos pobres (caridades, esmolas) e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado e não tivesse caridade (amor) nada disso me aproveitaria. É só ler os versículos seguintes para se ter certeza que Paulo usou a palavra caridade em lugar de amor.

Chegamos á conclusão que a fé sem obras é morta porque as obras revelam e aperfeiçoam a fé, (Tiago 2:22) e sem fé em Cristo a dita caridade (esmolas, ajudas) tornam se nulas da mesma maneira que a fé sem obras é morta, uma acompanha a outra sem  tirar seus próprios atributos.

Nunca podemos desvirtuar o plano da salvação que Deus nos outorgou por Jesus Cristo. Precisamos crer pela fé, Paulo diz; “crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo tu e tua casa”.

Não existe outro meio de salvação, ninguém consegue salvação com esmolas obras de caridade, mas somente pela graça de Deus por ela e somente por ela e nunca por obras, a única Obra que vale é a que Cristo realizou no Calvário. Boas obras é dever do salvo. 

Após a salvação o cristão passa a realizar não só as obras de caridade, mas todas as boas obras. Cornélio era homem de oração e fazia muitas esmolas as quais subiam diante de Deus, mas Deus lhe ordenou que chamasse a Pedro para ensinar-lhe o caminho da salvação, (Atos cap.10), só as esmolas não resolveu, precisava algo mais.

Creia em Cristo, leia a Bíblia.

Pr. Ismar Vieira Malta



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Empresta-se a Deus?




       Pensava eu que “quem dá aos pobres empresta a Deus” era um ditado popular. Lendo as Escrituras descobri que essa máxima não é um ditado popular e sim uma palavra inspirada por Deus. ”Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício” Pv 19.17.
      Refletindo sobre a soberania de Deus, a luz da Bíblia Sagrada, podemos constatar que Deus graciosamente concedeu bens para que o homem vivesse a sua vida na face da terra. “... O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dada do céu”. A uns Deus deu muito e à outros pouco. “O rico e o pobre se encontraram; a todos fez o Senhor” Pv 22.2.
      Falando sobre quem tem e quem não tem ou quem tem muito ou quem tem pouco, temos a dizer que a existência do pobre no mundo é uma oportunidade que o Criador está dando a quem Ele deu recursos, para exercer o ministério da misericórdia, ou seja, para compartilhar com quem não tem os recursos que Deus graciosamente lhe deu.
      A Bíblia ainda nos revela que tudo a Deus pertence. “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas;...” Rm 11.36.  Nada é do homem, tudo é de Deus. Somos apenas mordomo daquilo que é de Deus durante o tempo da nossa existência na face da terra. Por essa mordomia iremos prestar contas a Deus no dia do Juízo final.
      No Antigo Testamento o interesse de Deus pelos pobres é revelado através do mandamento a seguir identificado. “Quando também segardes a sega da vossa terra, o canto do teu campo  não segarás totalmente, nem   as espigas caídas colherás da tua sega. Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro. Eu sou o Senhor, vosso Deus” Lv 19.9,10. (Veja ainda Lv 23.22; Ex 23.11; Dt 15.9-11).
     Na Nova Aliança o bondoso Deus não deixou esquecido esse assunto, muito pelo contrário, o tornou mais claro e incisivo, pois instituiu na Igreja um ministério só para cuidar dessa área, que é o ministério diaconal. “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio” At 6.3.
     É-nos dito ainda no Novo Testamento sobre o assunto, o que se segue: “Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade” Rm 12.13.  “E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada” Hb 13.16. “Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” Gl 6.10. Observem que no texto de Gálatas a prioridade da assistência social da Igreja é os irmãos em Cristo.
    Há na Palavra de Deus uma promessa divina de que aquilo que nós damos aos pobres será retribuído por Deus. ”Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício” Pv 19.17. Ainda outras promessas nessa área são encontradas no Salmo 41.1-3, que diz: “Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do mal. O Senhor o livrará e o conservará em vida; será abençoado na terra, e tu não o entregarás à vontade de seus inimigos. O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu renovas a sua cama na doença”.
    Assim sendo, conclamamos a todos os membros e congregados da nossa Igreja a se envolverem com esse ministério que tanto agrada a Deus, como é dito em Hb 13.16, sendo um mantenedor mensal do Departamento de Beneficência e orando para que Deus nos dê sempre superabundância de recursos para essa obra.                         
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

domingo, 24 de junho de 2012

Seriam Suas Afeições Espirituais? – Jonathan Edwards




A quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória " (I Ped. 1:8).
O verdadeiro cristão tem uma convicção sólida e efetiva da verdade do evangelho. Não hesita mais entre duas opiniões. O evangelho deixa de ser duvidoso ou provavelmente verdadeiro, tornando-se estabelecido e indiscutível em sua mente. As coisas grandes, espirituais, misteriosas e invisíveis do evangelho influenciam seu coração como realidades poderosas.
Ele não tem simplesmente uma opinião que Jesus seja o Filho de Deus; Deus abre seus olhos para ver que este é o caso. Quanto às coisas que Jesus ensina sobre Deus, a vontade de Deus, a salvação e o céu, o cristão também sabe que são realidades indubitáveis. Têm, assim, uma influência prática em seu coração e em seu comportamento.

É claro nas Escrituras que todos os verdadeiros cristãos têm essa convicção sobre as coisas divinas. Mencionarei somente alguns textos dos muitos existentes: "Mas vós... quem dizeis que eu sou?" "Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo. Então Jesus lhe afirmou: bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus" (Mat. 16:15-17). "Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra. Agora eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado, provêm de ti; porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste e eles as receberam e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste" (João 17:6-8). "Porque sei em quem lenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia" (II Tim. 1:12). "E nós conhecemos e cremos 0 amor que Deus nos tem" (I João 4:16).

Existem muitas experiências religiosas que falham em trazer essa convicção. Muitas das chamadas revelações são emocionantes, mas não convincentes. Não produzem mudança duradoura na atitude e conduta da pessoa. Existem pessoas que têm tais experiências, todavia não agem sob influência prática de uma convicção das realidades infinitas, eternas em suas vidas diárias. Suas emoções Urdem por algum tempo e depois morrem de novo, não deixando atrás de si nenhuma convicção duradoura.
Entretanto, suponhamos que as afeições religiosas de uma pessoa surjam realmente de uma forte convicção que o cristianismo é verdadeiro. Seriam suas afeições espirituais? Não, não necessariamente. De fato, suas emoções ainda não são espirituais, a não ser que sua convicção seja razoável. Por "uma convicção razoável", quero dizer uma convicção fundada em evidência e de bom entendimento. Pessoas de outras crenças têm uma forte convicção da verdade de suas religiões. Muitas vezes aceitam suas religiões meramente por

que seus pais, vizinhos e nações as ensinam. Se um cristão professo não tem outra base para sua fé, a não ser essa, sua religião não é melhor do que a de qualquer outro que creia meramente como resultado de sua formação. Sem dúvida a verdade em que o cristão acredita é melhor, porém se sua crença nessa verdade vem somente de sua formação, então a crença em si mesma está no mesmo nível que aquela das pessoas de outras religiões. As emoções que fluem de tal crença não são melhores que as emoções religiosas fundadas em outras crenças.
Além disso, suponhamos que a crença de uma pessoa no cristianismo não seja baseada em sua educação, mas em argumentos e na razão. Seriam suas emoções agora espirituais? Mais uma vez, não necessariamente. Emoções não espirituais podem surgir até de uma crença razoável. A crença propriamente dita há de ser espiritual bem como razoável. De fato, argumentos racionais às vezes convencerão uma pessoa intelectualmente que o cristianismo é verdadeiro, no entanto aquela pessoa continua não salva. Simão, o mágico, cria intelectualmente (At. 8:13), porém, continuou "em fel de amargura e laço de iniqüidade" (At. 8:23). Crença intelectual certamente pode produzir emoções, como nos demônios que "crêem e tremem" (Tg. 2:19), todavia tais emoções não são espirituais.
Convicção espiritual da verdade surge somente numa pessoa espiritual. Somente quando o Espírito de Deus ilumina nossas mentes para entender realidades espirituais podemos ter uma convicção espiritual da verdade delas. Lembrem-se/, compreensão espiritual significa uma percepção interior da beleza espiritual das coisas divinas.

Fonte: Site: Jonathan Edwards

quinta-feira, 21 de junho de 2012

lustrações Sobre Oração



A Oração e o Princípio do Fulcro
"A oração funciona no princípio do fulcro, o ponto onde a força é articulada - discernimento e concentração, expansão e aprofundamento na conjuntura do céu e da terra, Deus e vizinho, si mesmo e sociedade. Oração é a ação que integra o interior e o exterior da vida, que relaciona o pessoal e o público, e que trata de necessidades pessoais e interesses nacionais. Nenhuma outra coisa que fazemos é simultaneamente tão benéfico para a sociedade e a alma, como o ato da oração." - Eugene H. Peterson, "Earth and Altar" (Terra e Altar).

A Maior Obra
"E outras (obras) maiores fará, porque eu vou para junto do Pai." — João 14.12.
A oração não nos prepara para maiores obras; a oração é a maior obra. Encaramos a oração como um exercício racional de nossas melhores habilidades, com o objetivo de nos prepararmos para o serviço de Deus. Segundo o ensino de Jesus Cristo, a oração é a operação do milagre da redenção em mim, que produz em outros o milagre da redenção, pelo poder de Deus.
... É na oração que se trava a batalha; o lugar onde estamos não faz diferença. Seja qual for a situação em que Deus nos coloca, nosso dever é orar. Não aceite esta idéia: "Onde estou não sirvo para nada"; porque certamente você também não servirá para nada onde não está. Sejam quais forem as circunstâncias em que Deus o atirar, ore espontaneamente a ele o tempo todo.
... Não há nada de excepcional no serviço de um operário, mas é o operário quem executa as concepções do gênio; e é o obreiro cristão quem executa as concepções do seu Mestre. Você trabalha em oração, e, do ponto de vista dele, os resultados serão um fator constante. Que surpresa você terá quando o véu for retirado, e você descobrir o grande número de almas que colheu, simplesmente porque tinha o hábito de cumprir as ordens de Jesus Cristo! - de Oswald Chambers, "Tudo Para Ele" Editora Betânia, 1988.

Vencido pela cãibra
Na versão do amalequita, Saul lhe teria dito: "Arremete sobre mim e mata-me, pois me sinto vencido de cãibra" (2 Sam 1:9). Saul não podia levantar-se, não podia lutar, não podia fugir - porque estava vencido pela cãibra. O rei estava imóvel, parado e derrotado, pois se achava vencido pela cãibra.
Mas não é só a cãibra que pode deixá-lo no chão. Às vezes você não é um vencido pela cãibra, mas é um vencido pelo sono, como Êutico, aquele jovem que caiu do terceiro andar e foi dado como morto (Act 20:9). Às vezes você não é um vencido pelo sono, mas é um vencido pelo vinho (Isa 28:1). Às vezes você não é um vencido pelo vinho, mas é um vencido pela mulher adúltera, cujos lábios "destilam favos de mel" (Pr 5:3) e "cujos pés não param em casa" (Pr 7:11).
Talvez você seja um vencido pelo temperamento, pela ira, pelo ódio, pela inveja, pela carne, pelo curso deste mundo, pela multidão ou pelo demônio.
Essa situação não é confortável, não é saudável, não é boa. Ser vencido por qualquer força estranha gera tristeza, gera remorso, gera desânimo, gera sentimento de inferioridade, gera vergonha, gera confusão, gera culpa, gera desespero. Você não é obrigado a ser vencido pelo mal. Essa rotina descabida precisa acabar. É você quem tem de vencer a cãibra, o sono, o álcool, as drogas, a preguiça, o amor ilícito, a incredulidade a amargura, o maligno
Insista na oração. Aprenda a dizer não a você mesmo. Não existe vitória sem renúncia, sem disciplina, sem perseverança. Assim como a criança começa a andar, comece a ceder, comece a abrir mão daquilo que o tomava vencido, comece a se acostumar com a vitória. Não vai demorar nada e você deixará de ser um vencido, para ser um vencedor. Por meio daquele que "sempre nos conduz em triunfo" (2 Co 2:14). Deus o abencoe! da revista ULTIMATO- Novembro / Dezembro, 1998

Falando com Um maior que o Presidente
Certa vez um asistente de Lyndon Johnson, então Presidente dos EUA, foi chamado para orar num jantar na Casa Branca. O asistente começou a orar em voz bem baixo. O Presidente disse para ele "Fale mais alto." E depois de mais algun tempo "Meu filho, pode falar mais alto." Depois de alguns momentos o asistente parou no meio da oração e disse "Sr. Presidente, eu não estava falando contigo" e continuou a oração.


A Rocha
Um homem estava dormindo a noite no interior quando, de repente, sua casa encheu de luz e o Senhor apareceu. O Senhor disse ao homem que ele tinha um trabalho para ele e mostrou uma rocha enorme na frente da sua casa. O Senhor explicou que o homem deveria empurrar a rocha com toda sua força.
Isso o homem começou a fazer, dia após dia. Por meses o homem se esforçou do amanhecer até o por do sol, seus ombros empurrando a superfície da rocha enorme e fria, mas a rocha não mudava.
Cada noite o homem retornava a sua casa, cansado, músculos doendo e sentindo derrotado porque não havia conseguido mudar a grande rocha.
Vendo que o homem estava mostrando sinais de desistir, O Maligno começou a colocar pensamentos negativos na cabeça dele. De repente o homem se achou pensando "Você está tentando ha muitos meses mudar essa rocha e nunca conseguiu nada. Para que você está se desgastando? Isso aí não dará resultado nenhum."
Mais tarde o homem começou a duvidar assim "Será que Deus queria que eu continuasse esse tempo todo? Ele só disse para eu empurrar a rocha, ele não disse por quanto tempo. Já faz alguns anos que estou empurrando, talvez eu posso desistir agora. Pelo menos, eu não preciso empurrar o dia todo e com tanta força. Eu posso me dedicar uma parte do dia a este trabalho e passar o resto fazendo outras coisas."
Ele decidiu fazer isso mesmo, mas depois ele chegou a pensar que seria bom orar ao Senhor sobre o caso.
"Senhor," ele falou, "eu trabalhei duro e por muito tempo no serviço que o Senhor me deu. Eu dei toda minha força para conseguir o que o Senhor quis. Mas, depois desse tempo todo ainda não consegui mudar aquela rocha nenhum centímetro. O que está errado? Por que eu estou sendo derrotado?"
O Senhor respondeu com compaixão. "Meu amigo, quando eu lhe pedi para me servir e você aceitou, eu lhe disse que sua tarefa era de empurrar aquela rocha com toda sua força, o que você fez até agora. Em nenhum momento eu disse que eu esperava que você mudasse a rocha. Sua tarefa era de empurrar. E agora você chega para mim pensando que você fracassou. Mas, será que foi assim, mesmo?"
"Olhe para você mesmo," disse o Senhor. "Seus braços estão fortes e musculosos. A musculatura das suas costas agora é bem desenvolvida e vigorosa. Suas pernas estão duras e robustas, suas mãos firmes. Enfrentando a resistência você cresceu muito e agora suas habilidades ultrapassaram em muito o que você era antes.
Mas, você ainda não mudou a rocha. Porém, sua tarefa não era de mudar a rocha e sim de ser obediente e empurrar com toda sua força. Isso você fez, e fez bem. Ao contrário de ser um fracasso você foi bem sucedido e venceu. Eu apenas queria que você exercitasse sua fé e confiasse na minha sabedoria. Isso você fez. "Eu, meu filho, agora vou mudar a rocha."
Às vezes quando ouvimos uma palavra de Deus queremos usar nosso próprio raciocínio para decidir o que Ele quer, quando, o que Deus realmente quer é apenas uma simples obediência e fé nEle. Com certeza, devemos ter a fé que pode mover montanhas, mas lembrar ainda que quem de fato move as montanhas é Deus. Na oração estamos mostrando a Deus que recebemos nossas ordems dEle. Na oração podemos solicitar que Ele mude alguma coisa ou realize algo que pensamos que precisamos. Mas, ao nos aproximarmos cada vez mais a Ele em oração iremos conhecê-Lo cada vez melhor, ao ponto de podermos ter paz diante de qualquer resposta, seja o que pedimos, ou não. - do devocional "Tidbits"

O Pássaro E A Oração
Você já viu um passarinho dormindo num galho ou num fio, sem cair? Como é que ele consegue isso? Se nós tentássemos dormir assim, iríamos cair e quebrar o pescoço.
O segredo está nos tendões das pernas do passarinho. Eles são construídos de forma que, quando o joelho está dobrado, o pezinho segura firmemente qualquer coisa. Os pés não irão soltar aquela coisa até que ele desdobre o joelho para voar. O joelho dobrado é o que dá ao passarinho a força para segurar qualquer coisa.
É uma maravilha, não é? Que desenho incrível que o Criador fez para segurar o passarinho. Mas, não é tão diferente em nós. Quando nosso “galho” na vida fica precário, quando tudo está ameaçado de cair, a maior segurança, a maior estabilidade nos vem de um joelho dobrado - dobrado em oração. Salmo 34:15-18. 
- Harvest Field of the Dakotas, Jack Outhier, Editor.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Deus, o Autor



Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus,
a Timóteo, meu amado filho:
Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor. (2 Timóteo 1.1-2)
Deus é soberano – a vontade de Deus é suprema. Isso significa não somente que ele pode controlar algo se desejar fazê-lo, mas significa que nada pode acontecer a menos que ele decida que isso deveria acontecer e então faça com que isso aconteça mediante um poder ativo e invencível. A distinção é crucial. A falha em reconhecê-la tem resultado em absurdo e inconsistência mesmo naqueles que se consideram defensores da soberania de Deus. Deus não somente pode ativa e diretamente decidir e controlar tudo – como se fosse possível ele metafisicamente deixar algumas coisas funcionarem por si mesmas – mas Deus de fato ativa e diretamente decide e controla tudo, incluindo todos os pensamentos e ações humanas, quer boas ou más. Isso é verdadeiro por necessidade lógica, pois Deus é o único e universal poder metafísico que existe.
Sem dúvida, isso significaria que Deus é o autor metafísico do pecado e do mal. Ele foi aquele que criou Satanás bom e perfeito, e então inclinou o seu coração para o mal. Ele foi aquele que criou Adão bom e perfeito, e então fez com que Satanás o tentasse (a Escritura diz que Deus mesmo não tenta ninguém, visto que tentar é persuadir a praticar o erro, e Deus persuadir diretamente alguém a fazer algo torna esse por definição um ato justo; portanto, é logicamente impossível Deus tentar alguém diretamente), fez Adão sucumbir, e fez com que o seu coração inclinasse para o pecado. Teólogos ficam horrorizados por essa ideia, e quase sempre tentam distanciar Deus do pecado. Contudo, se distanciamos Deus do malmetafisicamente, isso significa que há outro poder metafísico que causa o mal. E isso significa que Deus não está no controle de tudo, que por sua vez significa que esse “Deus” não é Deus coisa alguma. Em outras palavras, contrário à noção popular que é blasfêmia sugerir que Deus é o autor do pecado e do mal, é blasfêmia dizer que ele não o é. Deus deve ser o autor do mal, ou o mal jamais poderia vir à existência. Deus deve ser o autor do pecado, ou o pecado jamais poderia ter acontecido.
Isso é muito diferente de dizer que Deus é mal. Uma coisa não implica a outra. Antes, Deus é aquele que define bom e mal, e mal é aquilo que viola seus preceitos morais. Embora o mal tenha vindo à existência, a Bíblia ainda chama Deus de bom. Isso necessariamente significa que Deus nunca impôs um preceito moral sobre si mesmo declarando que ele nunca deve fazer com que criaturas violem os seus preceitos morais. Portanto, não é mal Deus fazer com que suas criaturas violem os seus preceitos morais, mas é mal para as criaturas, causadas por Deus, violar esses preceitos morais.
Quanto a porquê Deus criaria o mal, e fazer com que suas criaturas violem seus preceitos, e então redimir algumas delas, é surpreendente que mesmo aqueles teólogos que se vangloriam de se referir à história bíblica como o “drama” da redenção não podem ver a resposta para isso. Pergunte ao escritor porquê há tanta oposição ao herói em sua própria história. O escritor não tem pleno controle sobre o que acontece em seu mundo? Se seguirmos as teorias absurdas de quase todos os teólogos, teríamos que dizer que os vilões aparecem e escrevem espontaneamente suas próprias linhas no manuscrito do escritor, e esse tem que dirigir seu herói para vencê-los. Ou, talvez o escritor de alguma forma “permita” que os vilões apareçam e causem destruição, mas eles aparecem sem o envolvimento direto do escritor escrevendo sobre eles na história. Os vilões dentro da história tomam controle da caneta para se inscreverem na história, mesmo antes que eles existam na história! Ou, personagens justos dentro da história tomam controle da caneta e inserem o mal neles, mesmo antes que haja qualquer mal dentro deles para movê-los a fazer isso! Alguém pode se perguntar se os personagens são infinitamente mais poderosos que o escritor. Quanta coisa sobre o decreto “passivo” de Deus e a “permissão” do mal! Em todo caso, se a Bíblia registra o “drama’ da redenção, e se Deus é o escritor e diretor, então a razão, propósito e significado da existência do mal num mundo onde Deus possui controle direto e completo é automaticamente abordada, exceto para aqueles que não tenham nenhuma compreensão do drama. Romanos 9 diz que Deus deseja “tornar conhecidas as riquezas de sua glória” (v. 23).
Suponha que um escritor pense que é o momento de Richard, um personagem em sua história, morrer. Ele pode fazer isso acontecer de muitas formas. Ele pode escrever, sem nenhuma explicação, “Richard morreu”. E Richard morreria. Ele pode lançar uma pedra do céu e esmagar Richard no chão. Ele pode simplesmente parar de mencionar Richard, e embora os leitores e outros personagens na história poderiam não estar cientes disso, ele estaria morto na mente do escritor. Mas já que estamos num drama, tornemos isso mais interessante. O escritor pode introduzir Tom na história. Ele cobiça a esposa de Richard, e no decurso de uma trama complicada e improvável, Tom dá um tiro na cabeça de Richard e o mata.
Seria absurdo distanciar “metafisicamente” o escritor do mal nesta história usando Tom para explicar a coisa toda. O escritor é aquele que concebe Tom em sua própria mente e o introduz na história. O escritor é aquele que o faz cobiçar a esposa de Richard e então atirar na cabeça de Richard. Além disso, o escritor é aquele que faz Richard morrer. Essa é a parte que muitos teólogos e filósofos esquecem quando lidando com metafísica. Na verdade, não é Tom quem mata Richard. Na realidade, não é a bala que mata Richard. Numa história onde o escritor detém poder onipotente, Richard não precisa morrer simplesmente por alguém ter acertado um tiro na sua cabeça. E se Richard morre, o escritor pode ressuscitá-lo dentre os mortos. De fato, o escritor pode ressuscitar Richard dentre os mortos e fazê-lo matar Tom simplesmente mediante um olhar desaprovador.
Esse é o porquê, como explicações metafísicas, as chamadas causas secundárias não têm sentido. Quando a discussão é limitada às relações dentro da história, então é aceitável dizer que Tom mata Richard. Mas quando uma explicação metafísica é necessária, devemos dizer que o escritor faz Tom puxar o gatilho, faz a bala ser arremessada do revólver, e faz Richard morrer. Esses eventos são metafisicamente independentes, e estão relacionados somente no contexto da história. Isto é, a relação entre essas pessoas e eventos existe somente na mente do escritor, e é então registrada na história. Qualquer evento ocorre somente pela causa direta do escritor. Um objeto dentro da história não pode escrever suas próprias linhas e então produzir um efeito sobre outro objeto dentro da história.
É verdade que o escritor mata Richard usando Tom, e é verdade que Tom atira voluntariamente em Richard. Tom age sob o desejo mais forte do momento, e não é coagido por nenhum outro fator dentro da história. De fato, ele não é coagido nem mesmo pelo escritor, mas isso não significa que ele tenha livre-arbítrio, e seria tolo mencionar que seu desejo e ação são “compatíveis” com o controle do escritor, pois o escritor é aquele que, em primeiro lugar, insere o desejo e ação. O compatibilismo não é apenas falso mas também irrelevante, pois não compreende a questão. Ele não é coagido pelo escritor porque coerção requer resistência naquele que é coagido, mas Tom nem mesmo tem a liberdade para exibir qualquer resistência à vontade do escritor. Seu desejo é escrito em sua mente pelo escritor, e então uma ação que é consistente com esse desejo é escrita na história. Dizer que o desejo, escolha e ação de Tom são compatíveis com a autoria do escritor é dizer nada mais que o escritor é compatível consigo mesmo, ou que o exercício de seu controle é compatível com sua posse desse controle. Isso é irrelevante e inútil para a agenda do compatibilista.
A menos que Tom seja livre do escritor, Tom não é livre em nenhum sentido significante da palavra. Ele poderia ser livre de outros personagens da história, mas mesmo isso se dá somente porque o escritor decidiu assim. Dentro da história, há de fato uma relação aparente entre a ação de Tom, a física da arma e a bala, e a morte de Richard. Mas repetindo, isso acontece somente porque o escritor torna isso verdadeiro nessa ocasião particular. Em outras palavras, não existe nenhuma relação necessária entre a ação de Tom ou a bala, com a morte de Richard. A relação é estabelecida, aparentemente se você desejar, para o propósito da história, ou drama. Na realidade, a vontade do escritor é a única explicação para qualquer condição ou evento no romance.
Tom possui uma liberdade relativa – ele é livre do controle ou interferência de outros objetos e personagens na história na extensão em que o escritor decide que ele seja livre deles. Essa liberdade relativa não tem nada a ver com a responsabilidade moral de Tom para com o escritor. Se Tom é considerado responsável por algo, é porque o escritor decide mantê-lo responsável, não porque Tom possui algum tipo de liberdade. O escritor é capaz de mantê-lo responsável precisamente porque Tom não é livre. Se Tom fosse inteiramente livre, mesmo do escritor, então Tom não prestaria contas a ninguém. A responsabilidade moral de Tom reside inteiramente na soberania e decisão do escritor. Dessa forma, o escritor pode expressar sua desaprovação para com o adultério e assassinato arrumando um final extremamente sangrento para Tom. Se desejar introduzir uma dimensão espiritual, o escritor pode até mesmo enviar Tom direto para o inferno na história.
Embora o escritor seja a causa direta e ativa do adultério e assassinato de Tom, dificilmente seria correto acusar o escritor desses crimes, visto que o escritor mesmo não cometeu adultério e assassinato, e não existe nenhuma lei no mundo (fora da história) do escritor declarando que um escritor não pode narrar um adultério e assassinato em seu romance. Tom, contudo, cometeu ambos, visto que o mundo da história desaprova ambos e reforça leis contra ambos.
Você pode se queixar que tudo isso soa verdadeiro quando diz respeito a escrever um romance, mas nós não somos meros personagens numa história. Bem, Deus não é homem, e quando escreve uma história, ele não está limitado a tinta e papel. Todavia, se você resiste à minha analogia, você pode lidar com aquela usada por Paulo em Romanos 9, onde somos meros montes de barro. Isso te ajuda de alguma forma, ou nos compromete ainda mais à minha visão? Ele diz que Deus introduz pecado, mal e conflito contra si mesmo e o seu povo (v. 17-18), pois ele deseja “mostrar” (v. 22-23). Você diz: “O que? Tudo isso para uma demonstração? Por que Deus ainda nos culpa? Que personagem pode resistir à vontade do escritor?”. Mas quem é você para questionar a Deus? Acaso um personagem pode dizer ao escritor: “Por que me fizeste assim?” (v. 20). O escritor tem o direito e o poder para demonstrar seus valores e talentos da forma que desejar (v. 21).
Estou lhe dizendo o que aconteceu a Paulo. Ele escreve que era um apóstolo de Cristo Jesus “pela vontade de Deus”. A frase em si pode se referir ao decreto ou preceito de Deus. Isto é, pode se referir à decisão eterna de Deus que Paulo seria um apóstolo, ou ao mandamento temporal de Deus que Paulo deveria ser um apóstolo. Parece que a frase em nossa passagem refere-se ao decreto de Deus. Deus decretou todas as coisas antes da criação do mundo, e ele concebeu Paulo e pré-ordenou que ele seria um apóstolo. Paulo escreve que foi separado no nascimento (Gálatas 1.15), mas ele não nasceu um cristão. João o Batista foi cheio do Espírito enquanto ainda estava no ventre da sua mãe, mas Paulo viveu uma vida de assassinato até o Senhor Jesus confrontá-lo. Ambos foram ordenados pela vontade de Deus, mas Deus decretou vidas diferentes para eles.
Não é que Deus “permitiu” Paulo correr solto até Atos 9. Deus tinha tanto controle de Saulo o Fariseu como de João o Batista. Seu plano demandou que Paulo estiver no caminho que estava antes de sua conversão. E Paulo nos diz pelo menos parte da razão: “Mas por isso mesmo alcancei misericórdia, para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza da sua paciência, usando-me como um exemplo para aqueles que nele haveriam de crer para a vida eterna” (1 Timóteo 1.16). O drama da conversão de Paulo serve ao drama maior da redenção. Deus tinha pré-ordenado que Paulo se tornaria um exemplo de um grande pecador que receberia misericórdia, de forma que “Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza da sua paciência”. Repetindo, isso foi em prol da demonstração, do drama. Mas para isso acontecer – para Paulo se tornar um grande pecador que recebe misericórdia – ele deve primeiro viver como “o pior dos pecadores”. Não foi um acidente que Paulo tornou-se uma demonstração da misericórdia divina, nem podemos explicar isso mediante alguma teoria ridícula de concorrência ou compatibilismo. Nem, esse foi seu destino pré-ordenado. Deus planejou e Deus fez acontecer – tudo isso.
No tempo determinado, o Senhor Jesus apareceu a Paulo e o confrontou. Paulo finalmente percebeu que ele estava errado o tempo todo, e que Jesus era de fato o Cristo predito por todos os profetas. Então Cristo ordenou que ele mudasse todo o curso de sua vida, e o comissionou para se tornar um apóstolo. A vontade de Deus era que ele se tornasse o representante mais eficaz e prolífico da fé na igreja primitiva. Ora, o escritor não tem nenhuma necessidade de Tom se deseja matar Richard, mas a história é sua e ele pode escrevê-la da forma que desejar. No mesmo sentido, Deus não precisa de nenhum homem para cumprir os seus desejos, mas agradou-lhe em seu plano, sua “demonstração” se desejar, empregar instrumentos humanos e ordenar relações humanas neste drama de redenção. E quando algo é dito ser “a vontade de Deus” no sentido de decreto de Deus, então isso será feito, pois sua vontade não pode ser frustrada na história que ele mesmo escreve. Portanto, embora Paulo tenha sido criticado, abandonado e aprisionado durante o seu ministério, os propósitos de Deus em sua vida foram cumpridos. Ele deveria ser o instrumento chave em estabelecer a presença do evangelho de Cristo na Terra, em assegurar sua perpetuidade mediante extensas explicações escritas da fé. Isso ele realizou, e ainda temos os seus escritos hoje, pois a vontade de Deus nunca falha.
 
Fonte: Reflections on Second Timothy
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto