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quinta-feira, 13 de julho de 2017

10 coisas que você deveria saber sobre os atributos de Deus


por Mark Jones

  1. Deus é simples.

O que isso significa é: Deus é livre de toda composição; Ele não é a soma de suas partes. Não há uma coisa e outra em Deus. Pelo contrário, Deus é tudo quanto há em Deus. Ele é absoluto, o que significa não há distinções em seu ser.
  1. Quando falamos de seus atributos, devemos ter em mente que, porque sua essência permanece indivisa, sua bondade é seu poder.

Ou: o amor de Deus é seu poder que é sua eternidade que é sua imutabilidade que é sua onisciência que é sua bondade e assim por diante. Em outras palavras, tecnicamente não existe algo como atributos (plural), mas somente a essência simples e indivisa de Deus. Por que isso é importante? A simplicidade de Deus nos ajuda a entender que existe perfeita consistência nos atributos de Deus.
  1. Deus é infinito.

A infinidade de Deus é como um “metra-atributo”, como a simplicidade, no sentido de que qualifica todos os outros atributos. Infinidade significa que não há limite nas perfeições de Deus. Quando consideramos os atributos de Deus, devemos sempre considerá-los infinitos. Sua infinidade é um conceito positivo, de forma que devemos dizer que seus atributos são intensiva e qualitativamente infinitos. A infinidade de Deus é o sentido mais elevado de perfeição. “Ainda por concluir” (ou “indefinido”) é uma maneira imprópria de entender o infinito com relação a Deus. Pelo contrário, sem limites, graus ou fronteiras, Deus conhece infinitamente e é uma esfera cujo centro está em todos os lugares e a circunferência em lugar algum. Ele está tão presente em nosso meio quanto está longe de nós no universo. Todavia, embora ele esteja presente em um lugar, ele nunca está confinado a algum lugar.
  1. Deus é eterno.

Primeiro, sua eternidade é diferente do estado eterno experimentado por humanos ou anjos, os quais foram todos criados no tempo. O tempo tem um começo com uma sucessão de momentos, mas Deus não tem começo, sucessão de momentos ou fim. A eternidade de Deus revela sua natureza atemporal e imutável (porém não estática). Como os teólogos do passado argumentaram, a declaração “o tempo começou com a criatura” soa mais verdadeira que “a criatura começou com o tempo”.
  1. Deus é imutável.

Deus é o que ele sempre foi e será (Tiago 1.17). Por causa de sua simplicidade, sua eternidade requer sua imutabilidade. A eternidade diz respeito à duração de um estado, enquanto imutabilidade é o próprio estado. Imutabilidade em Deus significa não somente que ele não muda, mas também que ele não pode mudar (Sl 102.26).
  1. Deus é independente.

A independência de Deus é sua suficiência. A partir de sua autossuficiência há dons o bastante, naturais e sobrenaturais, para satisfazer todas as criaturas que já vieram à existência. O Pai, o Filho e o Espírito Santo satisfazem um ao outro. Porque fazem isso eterna e imutavelmente em amorosa comunhão, eles podem satisfazer outros com quem eles têm comunhão em amor. Se houvesse mundos infinitos de criaturas amorosas, todas desejando felicidade em Deus, ele poderia tão facilmente abençoar todas como abençoar uma. Ele é todo vida, de forma que todos fora dele derivam vida dele.
  1. Deus é onipotente.

Ao discutir o poder de Deus, os teólogos tipicamente distinguem entre seu poder absoluto e seu poder ordenado. Poder absoluto refere-se ao que Deus pode possivelmente fazer mas não necessariamente faz. Ele poderia criar um bilhão de mundos de criatura vivas, e decidir não criar. O poder ordenado de Deus denota o que ele realmente decretou de acordo com sua vontade e, então, providencialmente cumpre. Com esse vocabulário, não estamos estabelecendo dois poderes distintos em Deus, mas entendendo sua onipotência por meio da aplicação (poder ordenado) e não-aplicação (poder absoluto). O poder de Deus também deve ser entendido como “governado” por ou exercido de acordo com sua natureza. Seu poder deve ser um poder bom.
  1. Deus é amor.

Há três tipos de amor externo exercidos por Deus:
  • O amor universal de Deus por todas as coisas: “O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras” (Sl 145.9). Mesmo as criaturas da terra são beneficiárias do amor de Deus.
  • O amor de Deus por todos os seres humanos, eleitos e réprobos: “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.44-45). Deus ainda ama uma pessoa que o odeia e rejeita, garantindo-lhe até a capacidade de manifestar esse ódio em pensamentos, palavras e ações.
  • O amor especial de Deus por seu povo: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9).
  1. Deus se relaciona conosco antropomorficamente.

Quase tudo o que pertence aos seres humanos nas Escrituras também é atribuído a Deus. A Bíblia fala da “face” de Deus (Ex 33.20), dos “olhos” e “pálpebras” (Sl 11.4), “ouvido” (Is 59.1), “narinas” (Is 65.5), “boca” (Dt 8.3), “lábios” (Is 30.27), “língua” (Is 30.27), “dedo” (Ex 8.19) e muitas outras partes do corpo. A Bíblia é antropomórfica de capa a capa. Deus acomoda-se a nós na Escritura e, às vezes, apropria-se de um vocabulário que nos ajuda a entender certas verdades sobre ele.
  1. Os atributos de Deus brilham mais claramente na pessoa e obra de Cristo.

Ele é a imagem do Deus invisível. Cristo revela o Pai a seu povo. Na vida, morte e ressurreição de Cristo, vemos os atributos de Deus manifestos por toda a parte. Conhecer a Deus é conhecer a Deus por meio de Jesus Cristo.
Traduzido por Reforma21 | Reforma21.org | Original aqui
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Amor sincero.

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Kevin DeYoung

Paulo conclui sua carta aos Efésios com quatro palavras preciosas: “Paz seja com os irmãos e amor com , da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. A graça seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef. 6.23-24). Essas são quatro das mais importantes palavras que você ouvirá: paz, amor, fé e graça. E essa última frase? Absolutamente bela. Quão apropriado terminar a carta os Efésios com “amor sincero”.
E como é esse amor sincero?
É o que vemos em Efésios 4-6.
Nós amamos Jesus quando obedecemos seus mandamentos. Habitamos em Cristo quando Sua palavra habita em nós. Vivemos uma vida digna do chamado que recebemos. “Amor sincero” é uma frase elegante, mas é trabalho duro. Significa não viver mais como os pagãos vivem. Significa se despir das velhas roupas da ganância, sensualidade e impureza e se revestir das vestes da verdade, justiça e santidade.
É muito fácil falar de amor. O que o mundo precisa agora é de amor, doce amor. Mas poucas pessoas se dão ao trabalho de definir amor. Mas Paulo o faz o tempo todo em Efésios. Se nós realmente amamos, seremos pessoas mudadas. Iremos aborrecer a falsidade, ira injusta, roubo, conversas tolas e amargura. E iremos amar a verdade, a ira justa, o trabalho duro, palavras que edificam e compaixão. Seremos imitadores de Cristo. Não há amor de verdade em Cristo se não desejamos ser como ele em sua perfeita justiça e retidão, sua perfeita verdade e graça.
Se amamos nosso Senhor Jesus com amor sincero, iremos viver como filhos da luz, expondo as tenebrosos obras das trevas. Seremos cuidadosos em nosso viver, aproveitando ao máximo cada oportunidade, entendendo a vontade de Deus e sendo cheios do Espírito. Por amor a Cristo, esposas se submeterão aos seus maridos, filhos honrarão seus pais e empregados honrarão seus chefes. E por amor a Cristo, maridos irão entregar suas vidas por suas esposas, pais irão instruir seus filhos no Senhor e chefes irão tratar seus empregados como eles mesmos gostariam de ser tratados.
Se amamos nosso Senhor Jesus Cristo, não desistimos de nossa luta contra a carne e o diabo, mas iremos resistir às tramas do maligno. E acima de tudo, e na base de tudo, iremos orar – sem cessar, com todo tipo de orações, por todos os santos, com toda a perseverança.
Tudo isso é muita coisa que Deus requer de nós em nome do amor. Mas, não se esqueça, tudo que ele pede, ele provê. Amamos nosso Senhor Jesus Cristo com amor sincero porque nele nós conhecemos o amor imortal, incorruptível e imperecível de Deus por nós.
É o que vemos em Efésios 1-3.
Em Cristo nós fomos abençoados com toda benção espiritual. Fomos escolhidos nele para sermos santos e irrepreensíveis. Por meio de Jesus, fomos adotados como filhos de Deus. Nele, temos redenção por seu sangue. E nele Deus está fazendo convergir todas as coisas – reunindo todas as coisas no céu e na terra sob seu governo. Nele também fomos escolhidos, predestinados de acordo com o plano soberano de Deus. Em Cristo fomos selados com o Espírito Santo prometido, marcados como posse do próprio Deus para louvor de sua glória.
Em nosso Senhor Jesus Cristo, Deus está, agora mesmo, trabalhando com seu imenso poder em nós, os que cremos. E em Cristo já recebemos a vida nele, mesmo estando nós mortos em nossas transgressões. E nele estamos assentados nos lugares celestiais, para que nas eras vindouras Deus mostre a suprema riqueza de sua graça, expressada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus.
Nele nós fomos criados para boas obras. Nele, nós que antes estávamos longe fomos trazidos para perto. Nele, Judeus e Gentios, negros e brancos, Croatas e Sérvios podem se unir em um só corpo. Nele podemos nos aproximar de Deus com liberdade e confiança. Nele está o amor que é largo, comprido, alto e profundo e que excede todo o entendimento.
A esse Jesus Cristo, a quem amamos sinceramente, seja a glória por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!


Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Cair da graca, desviar e naufragar na fe' me fazem perder a salvacao?

http://youtu.be/OPIMzQxUPdw


Sua dúvida está em três versículos que parecem indicar que é possível a um crente perder a posição que recebeu como salvo por Cristo. É sempre importante entender que a Bíblia é categórica em afirmar que somos salvos unicamente pela obra de Cristo na cruz e que somos mantidos salvos pelo poder de Deus, não nosso. Portanto sempre que nos depararmos com versículos que parecem dizer que a salvação e/ou a manutenção dela dependam de nós devemos ter em mente que uma passagem não pode invalidar outra. Vamos primeiro ver os versículos que afirmam nossa segurança eterna depois de crermos em Jesus:

As ovelhas do Senhor NUNCA perecerão e JAMAIS serão tiradas da mão do Senhor:

"As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai" (João 10.27-29)

O responsável em manter o crente salvo é Deus:

"[Deus] é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória" (Jd 24)
"[Deus] pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7.25)
"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará" (1 Ts 5:23-24)

Sugiro também que leia estes links que dão mais provas de como a salvação é permanente e imutável:

http://www.respondi.com.br/2008/10/podemos-perder-salvacao.html
http://www.respondi.com.br/2011/04/seguranca-da-salvacao-depende-de-mim.html
http://www.respondi.com.br/2005/06/qual-diferena-entre-o-batismo-e-o-selo.html
http://www.respondi.com.br/2010/04/um-crente-pode-perder-sua-salvacao.html
http://www.respondi.com.br/2005/06/afastei-me-de-jesus-o-que-fazer.html
http://www.respondi.com.br/2007/05/possvel-ter-certeza-de-ir-para-o-ceu.html
http://www.respondi.com.br/2007/12/salvao-e-pela-graca-somente.html
http://www.respondi.com.br/2010/02/posso-ser-cortado-depois-de-crer.html
http://www.respondi.com.br/2010/04/um-crente-pode-perder-sua-salvacao.html
http://www.respondi.com.br/2010/02/para-ser-salvo-preciso-ir-frente-orar.html
http://www.respondi.com.br/2008/06/o-que-fazer-quando-nao-sinto-presenca.html
http://www.respondi.com.br/2008/01/e-pecado-considerar-se-salvo.html
http://www.respondi.com.br/2005/05/no-presuno-voc-dizer-que-est-salvo.html
http://www.stories.org.br/textos/scg.html
http://www.stories.org.br/textos/nunca.html 

Agora vamos examinar os versículos que parecem dizer que podemos perder a salvação e que nos falam de "cair da graça", "desviar-se da fé" e "naufragar na fé".

Gál 5:4 "Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído".

Este versículo obviamente não quer dizer que se alguém pecar perderá a salvação, e a razão é óbvia: não é mencionado qualquer pecado, mas justamente o oposto. Paulo está falando dos que procuram se justificar pela lei, isto é, por uma vida correta e em conformidade com os mandamentos de Deus. A passagem é clara em mostrar que a tentativa de se justificar por obras é contrária à graça.

Como já disse acima, existem muitos versículos que afirmam com todas as letras que uma ovelha de Cristo jamais perecerá e que sua salvação depende em tudo de Cristo e sua obra, e não do crente e seu andar. (Jo 3:16, 3:36, 5:24, 6:47, 10:28).

O mais provável aqui é que Paulo está falando de pessoas que professavam fé em Cristo, mas que ainda não estavam realmente salvas porque tentavam se justificar por obras da lei. É evidente que as duas coisas são incompatíveis.

Suponha que você encontra alguém que professe crer em Jesus nos dias de hoje (o que é comum no mundo ocidental) e você pergunte a essa pessoa por que ela acha que poderá chegar ao céu, e a resposta dela seja: "Eu procuro ser uma boa pessoa e viver segundo os dez mandamentos, nunca matei, nunca roubei, nunca adulterei etc.". Você poderia afirmar que tal pessoa foi salva pela fé em Cristo e sua obra na cruz? Não, pois ela está confiando em si mesma. A fé que ela diz ter em Jesus nada mais é que uma confiança em si mesma.

Você encontra outro exemplo de pessoas assim, porém referindo-se aos judeus que viveram nos tempos de Jesus, em Hebreus 6: "Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo. E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério" (Hb 6:4-6).

Veja que está falando de pessoas que foram privilegiadas com todas essas coisas porque acompanharam de perto Jesus (Judas é um exemplo), mas não diz que tenham crido ou sido salvas.

1Tm 6:10 "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores". 

A dificuldade com este versículo está por se achar que na Bíblia a palavra "fé" esteja sempre associada à salvação. A fé da qual fala aqui não é aquela que exercemos em Cristo e sua obra no momento em que cremos. Não é a fé que nos salvou, mas a fé que é exigida do crente para cada instante de seu andar. "Porque andamos por fé, e não por vista" (2 Co 5:7). Trata-se da "couraça da fé" (1 Ts 5:8), com a qual o crente deve estar sempre vestido para não ser surpreendido pelos ataques do inimigo.

Veja que aqui a fé está associada à manutenção de nossas necessidades diárias, daí a menção do amor ao dinheiro. Quando perdemos a fé ou confiança de que Deus é quem supre, passamos a cobiçar mais e mais, sucumbindo ao desejo pelas coisas terrenas.

1Tm 1:19 "Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé". 

Aqui o texto nos exorta a conservar a fé e a boa consciência para evitar o naufrágio na fé. Aqui também não está falando da fé salvadora, mas da fé contínua que devemos ter em nosso andar cristão. Por isso ela é associada aqui à consciência, que é algo ligado à vida prática e depende de constante auto-julgamento. Hamilton Smith comenta este versículo assim:

"Aqueles que têm dons, e mais ainda os que os exercitam em público, precisam estar atentos, para que, em meio aos constantes contatos, à constante pregação e ao trabalho público diante dos homens, não venham a negligenciar sua vida privada de piedade diante de Deus. Acaso as Escrituras não nos alertam para a possibilidade de pregar com toda a eloquência de homens e anjos, e mesmo assim não ser coisa alguma? Aquilo produz fruto para Deus, e que terá uma recompensa brilhante no dia vindouro, é uma vida de piedade da qual todo verdadeiro serviço a Deus deve fluir".

Exceto quando as condições climáticas ou do barco são ruins, a culpa do naufrágio é do piloto que não soube conduzir sua embarcação. Um cristão que perca sua confiança (fé) na Palavra de Deus e que não tenha uma boa consciência, por não julgar o mal em sua vida e andar, é como o piloto negligente que leva seu barco a naufragar.

Veja que ele menciona dois exemplos no versículo 20, Himeneu e Fileto, que foram entregues a Satanás por terem blasfemado. Entregar a Satanás significa autorizar que o inimigo coloque sua mão sobre a vida do crente, como aconteceu com Jó, para ele perder tudo aquilo em que confiava e ser disciplinado por algo que está errado em sua vida.

No Antigo Testamento Deus usava os inimigos de Israel para disciplinar seu povo. Muitos reis gentios foram a "vara" de Deus para afligir Israel. No tempo dos apóstolos estes tinham o poder de condenar alguém à morte, como Pedro fez com Ananias e Safira que mentiram ao Espírito Santo. É este o "pecado para morte" de que fala 1 João 5:16. Trata-se de morte do corpo, não condenação eterna.

Paulo autorizou que o homem promíscuo de 1 Coríntios 5 fosse "entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus" (1 Co 5:5). Mas em 2 Coríntios 2 fica evidente que aquele homem, apesar de perder sua comunhão com Deus e sofrer as consequências disso, não deixou de ser salvo pois o mesmo parece ter se arrependido de suas más práticas e os irmãos são exortados por Paulo a recebê-lo.

por Mario Persona

Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Como eu sei que Deus me ama?



por Joe Thorn
Em quase 20 anos de ministério pastoral, tenho visto dois tipos de pessoas com dificuldades com o conceito do amor de Deus. Por um lado, temos aqueles que simplesmente assumem que Deus os ama e pensam muito pouco sobre isso. Por outro, muitos duvidam do amor de Deus por si e tendem a avaliar esse amor com base nas circunstâncias.
Como sabemos que Deus nos ama, e o como é esse amor? Como respondemos essas perguntas, e todos nós temos respostas para elas, de forma consciente ou não, é o que determina nossa visão a respeito de Deus e a saúde da nossa fé.
Como podemos saber se Deus nos ama? Muitos tem certeza do amor de Deus por meio de Sua boa e generosa providência. Muitos creem que a prova do amor de Deus pode ser encontrada nas coisas boas que ele nos dá nessa vida. Orações respondidas da forma como queremos? Deus me ama! Provisão em tempo de necessidade? Deus me ama! Belas paisagens, comida deliciosa, uma família feliz, uma carreira de sucesso? Deus me ama! Obviamente, isso levanta a pergunta: Deus não ama aqueles cujas vidas são caracterizadas por perdas, aflições, sofrimento e necessidade?
Embora seja correto dizer que a benevolência de Deus é vista nas muitas formas com que ele provê tanto para o justo quanto para o ímpio (Mateus 5.45), não podemos olhar para as nossas circunstâncias para ter a certeza do amor de Deus. Não apenas isso nos leva a acreditar que Deus ama mais uns do que outros – e, às vezes, os ímpios mais dos que os justos – mas isso também prejudica nossa fé.
Quando nos certificamos do amor de Deus por meio do que ele nos provê, iremos questionar seu amor quando nossas necessidades não são atendidas. Deus pode parecer temperamental, injusto ou desinteressado, se permitirmos que as mudanças de estação em nossas vidas serem a ferramenta hermenêutica pela qual entendemos o amor de Deus.
Se não podemos basear nosso entendimento do amor de Deus por nós em nossas circunstâncias, então basearemos em que?
Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. (1 João 4.9)
O amor de Deus foi manifesto, apresentado publicamente, no envio do Seu Filho, Jesus Cristo. Quando se trata do “envio” do Filho de Deus, não estamos falando apenas de sua aparição na terra, mas tudo, desde sua encarnação até a crucificação e a ressurreição (Gálatas 4.4,5; Romanos 8.3; 1 João 4.10). O amor de Deus é visto de maneira plena no que Ele fez por nós 2000 anos atrás. E o que Deus fez ao enviar Jesus? Ele enviou um substituto que iria alcançar a justiça que era requerida de nós e expiar os pecados que nós cometemos. A palavra que João usa para explicar o amor de Deus por nós na cruz é propiciação. Essa palavra significa, em sua essência, satisfazer, mas, mais especificamente, propiciação é a satisfação da ira de Deus contra nosso pecado por meio da morte de Jesus Cristo (veja Romanos 3.25 e Hebreus 2.17).
Como sabemos que Deus nos ama? Porque Jesus morreu por nós. Pelo seu sacrifício, o pecado foi pago e a ira de Deus contra nós chegou ao fim. Quando estamos nos perguntando o que Deus pensa de nós e de seu povo, quando temos dúvidas a respeito da afeição de Deus por nós, nós olhamos para trás. O amor de Deus não é visto hoje na nossa satisfação nessa vida, mas ontem, na satisfação que ele tem em Seu Filho. O amor de Deus é melhor enxergado não na agradável providência em nossas vidas, mas na propiciação na morte de Jesus Cristo.
http://reforma21.org/artigos/como-eu-sei-que-deus-me-ama.html

sexta-feira, 11 de março de 2016

Como eu sei que Deus me ama?

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por Joe Thorn

Em quase 20 anos de ministério pastoral, tenho visto dois tipos de pessoas com dificuldades com o conceito do amor de Deus. Por um lado, temos aqueles que simplesmente assumem que Deus os ama e pensam muito pouco sobre isso. Por outro, muitos duvidam do amor de Deus por si e tendem a avaliar esse amor com base nas circunstâncias.
Como sabemos que Deus nos ama, e o como é esse amor? Como respondemos essas perguntas, e todos nós temos respostas para elas, de forma consciente ou não, é o que determina nossa visão a respeito de Deus e a saúde da nossa fé.
Como podemos saber se Deus nos ama? Muitos tem certeza do amor de Deus por meio de Sua boa e generosa providência. Muitos creem que a prova do amor de Deus pode ser encontrada nas coisas boas que ele nos dá nessa vida. Orações respondidas da forma como queremos? Deus me ama! Provisão em tempo de necessidade? Deus me ama! Belas paisagens, comida deliciosa, uma família feliz, uma carreira de sucesso? Deus me ama! Obviamente, isso levanta a pergunta: Deus não ama aqueles cujas vidas são caracterizadas por perdas, aflições, sofrimento e necessidade?
Embora seja correto dizer que a benevolência de Deus é vista nas muitas formas com que ele provê tanto para o justo quanto para o ímpio (Mateus 5.45), não podemos olhar para as nossas circunstâncias para ter a certeza do amor de Deus. Não apenas isso nos leva a acreditar que Deus ama mais uns do que outros – e, às vezes, os ímpios mais dos que os justos – mas isso também prejudica nossa fé.
Quando nos certificamos do amor de Deus por meio do que ele nos provê, iremos questionar seu amor quando nossas necessidades não são atendidas. Deus pode parecer temperamental, injusto ou desinteressado, se permitirmos que as mudanças de estação em nossas vidas serem a ferramenta hermenêutica pela qual entendemos o amor de Deus.
Se não podemos basear nosso entendimento do amor de Deus por nós em nossas circunstâncias, então basearemos em que?
Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. (1 João 4.9)
O amor de Deus foi manifesto, apresentado publicamente, no envio do Seu Filho, Jesus Cristo. Quando se trata do “envio” do Filho de Deus, não estamos falando apenas de sua aparição na terra, mas tudo, desde sua encarnação até a crucificação e a ressurreição (Gálatas 4.4,5; Romanos 8.3; 1 João 4.10). O amor de Deus é visto de maneira plena no que Ele fez por nós 2000 anos atrás. E o que Deus fez ao enviar Jesus? Ele enviou um substituto que iria alcançar a justiça que era requerida de nós e expiar os pecados que nós cometemos. A palavra que João usa para explicar o amor de Deus por nós na cruz é propiciação. Essa palavra significa, em sua essência, satisfazer, mas, mais especificamente, propiciação é a satisfação da ira de Deus contra nosso pecado por meio da morte de Jesus Cristo (veja Romanos 3.25 e Hebreus 2.17).
Como sabemos que Deus nos ama? Porque Jesus morreu por nós. Pelo seu sacrifício, o pecado foi pago e a ira de Deus contra nós chegou ao fim. Quando estamos nos perguntando o que Deus pensa de nós e de seu povo, quando temos dúvidas a respeito da afeição de Deus por nós, nós olhamos para trás. O amor de Deus não é visto hoje na nossa satisfação nessa vida, mas ontem, na satisfação que ele tem em Seu Filho. O amor de Deus é melhor enxergado não na agradável providência em nossas vidas, mas na propiciação na morte de Jesus Cristo.
Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
http://reforma21.org/artigos/como-eu-sei-que-deus-me-ama.html

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Batalhar Pela Fé

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William L. Krewson
Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo, a misericórdia, a paz e o amor vos sejam multiplicados. Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo” (Judas 1-4).
Alguma vez você já desejou poder voltar à pureza da Igreja cristã do século I, quando não havia diferenças denominacionais e todos os crentes eram simplesmente chamados cristãos? Esta saudade do passado “não-contaminado” é compreensível à luz da história fragmentada da Igreja.
Alguma vez você já desejou poder voltar à pureza da Igreja cristã do século I?
Contudo, a curta epístola de Judas dissipa o mito de que a Igreja do Novo Testamento era um lugar simples, pacífico e perfeito para o louvor tranqüilo e a unidade doutrinária. Na verdade, o livro de Judas revela a intensa batalha da Igreja primitiva pela pureza doutrinária e pela integridade moral.

O Autor

Judas identificou-se como “servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago” (Jd 1). Outras passagens no Novo Testamento revelam mais sobre Judas do que ele mesmo falou a seus leitores. De acordo com Mateus 13.55, ele era filho de José e Maria, o que faz dele meio-irmão do Senhor Jesus Cristo. Contudo, tão surpreendente quanto possa parecer, no início Judas era um incrédulo: “Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele” (Jo 7.5).
Meramente crescer com Jesus não garantia que os corações dos de Sua família seriam regenerados. Isso nos lembra que a salvação é uma decisão pessoal, independente da sua proximidade com pessoas piedosas.
Não obstante, um acontecimento transformou tanto Judas quanto seus irmãos em verdadeiros crentes: a miraculosa ressurreição de Jesus. O Cristo ressuscitado apareceu especificamente para Seu irmão Tiago (1Co 15.7). Sem dúvida, a notícia sobre aquele encontro espalhou-se para o restante da família de Jesus, convencendo Judas de que seu irmão mais velho era, de fato, o Messias divino.
Durante muitos anos, Judas se opôs à mensagem de Jesus sobre o pecado, o arrependimento, o Reino de Deus, e a vida eterna. Mas, depois que ele colocou sua fé em Jesus Cristo, Judas percebeu que todos os outros caminhos religiosos levavam para o engano e para a condenação eterna. Seu zelo de que somente Jesus era o caminho, a verdade, e a vida é uma linha comum em toda a sua carta.

A Mensagem

O amor de Judas pelo Evangelho era tão grande que o impeliu a escrever uma carta sobre “nossa comum salvação” (Jd 3). Ele tinha a intenção de espelhar o apóstolo Paulo, explicando as maravilhas do plano redentor de Deus. Mas, em vez disso, o Espírito Santo moveu-o a enfocar uma exigência mais persistente, a saber, a necessidade de que batalhassem “diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (v.3). A palavra “batalhar” resume o tema dessa carta.
Tanto Paulo quanto Judas usaram a noção de “batalhar”, “lutar”. Através de metáforas militares e atléticas, Paulo usou-a para explanar como os cristãos travam uma batalha espiritual contra o mal (Ef 6.12) e correm uma corrida por uma coroa “não corruptível” (1Co 9.25). Judas instava com os cristãos para que batalhassem “diligentemente, pela fé”, que é o corpo da doutrina cristã passada de Jesus Cristo para Seus apóstolos de“uma vez por todas” (Jd 3) e crida pela comunidade cristã. Judas exortou seus ouvintes para batalharem pela fé, lutando contra as doutrinas envenenadas dos falsos mestres, ensinando fielmente as pessoas sobre a verdade de Deus na corrida pela vida eterna.

O Perigo

Mesmo na Igreja dos primeiros tempos, falsos mestres proclamavam um meio falso de salvação que era extremamente parecido com o verdadeiro. Eles não somente atacavam o cristianismo pelo lado de fora da Igreja, mas também se infiltravam no corpo de Cristo“com dissimulação” (v.4). Sinistramente distorciam o Evangelho, transformando “em libertinagem a graça de nosso Deus” (v.4), afirmando que as pessoas que recebiam a graça de Deus eram livres para viver de qualquer maneira que escolhessem.
Eles não ensinavam que a verdadeira fé salvadora leva a uma vida transformada. A doutrina corrupta deles negava o “único Soberano e Senhor, Jesus Cristo” (v. 4), que torna possível termos uma vida transformada. O senhorio de Jesus Cristo inclui não apenas nossa salvação inicial, mas também nossa busca constante pela santidade; qualquer coisa que seja menos que isso nega Jesus como Senhor.
O ensinamento deles sobre a graça de Deus contradizia a própria essência da mensagem de Jesus, que era chamar “pecadores, ao arrependimento” (Lc 5.32). Paulo exortou os crentes a não abusarem da graça como uma desculpa para pecar: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém, não useis da liberdade para dar ocasião à carne” (Gl 5.13).
A graça de Deus não nos dá apenas liberdade, ela também produz em nós o desejo por uma vida piedosa.
A graça de Deus não nos dá apenas liberdade, ela também produz em nós o desejo por uma vida piedosa: “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tt 2.11-12).
O senhorio de Jesus Cristo atinge todas as partes de nossa vida. A santidade não é opcional, mas imperativa. Judas disse que os falsos mestres mostram sua verdadeira natureza por meio de sua conduta sensual e imoral (Jd 6-7).
O Novo Testamento está repleto de admoestações semelhantes sobre pessoas que ensinam doutrinas falsas. Jesus nos advertiu de que lobos ferozes virão, disfarçados em pele de ovelha; mas seremos capazes de discernir sua verdadeira natureza por meio de suas vidas ímpias: “Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.20). E Paulo nos adverte: “Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (At 20.29-30).
O apóstolo Pedro também descreveu os falsos mestres como aqueles que prometem“liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção” (2Pe 2.19).
Nos últimos 2.000 anos, falsos mestres têm se infiltrado na Igreja e promovido suas heresias. Durante os séculos II e III, o gnosticismo infiltrou-se, ensinando que Jesus era um ser divinamente criado, que meramente parecia ser humano. Essa falsa doutrina corrompeu os princípios morais da Igreja, e os líderes da Igreja primitiva batalharam pela fé, opondo-se vigorosamene à falsidade.
Durante o mesmo período, um mestre chamado Marcion negou a autoridade das Escrituras hebraicas e de grande parte do Novo Testamento. Os líderes da Igreja batalharam pela fé, confirmando a inspiração dos livros que agora compõem o cânon do Novo Testamento.
Um líder cristão da Igreja primitiva, muito conhecido por sua zelosa defesa da fé, foi Epifânio, que escreveu o Panarion, no século IV. O título do livro significa “baú de remédios”, porque foi escrito para curar aqueles que haviam sido feridos pelas mordeduras de serpente de 80 diferentes heresias ensinadas durante os quatro primeiros séculos da Igreja. A vigorosa defesa da fé feita pelos crentes da Igreja primitiva deveria desafiar a Igreja de hoje a seguir em suas pegadas e batalhar “diligentemente, pela fé”.(William L. Krewson - Israel My Glory - Chamada.com.br)
William L. Krewson é diretor dos cursos de licenciatura na Escola de Divindade da Universidade Cairn (antes Universidade Bíblica Filadélfia), em Langhorne, Pennsylvania, EUA.

sábado, 4 de abril de 2015

Páscoa: a pessoa e a ressureição de Cristo


Nesse próximo Domingo iremos nos reunir como o povo do Rei ressurreto que se agrada em louvá-Lo e iremos celebrar a vitória triunfante do Rei Jesus, que morreu pelos nossos pecados, de acordo com as Escrituras, que foi sepultado e de lá saiu três dias depois, triunfante e vitorioso sobre o pecado e a morte.
Mas o volume da nossa adoração não supera a profundidade da nossa teologia. A grandeza do nosso louvor a Cristo será proporcional a quão profundamente o nosso entendimento de Sua pessoa e obra gloriosa está enraizado no rico solo da Palavra de Deus. Nossa adoração a Cristo pelaressurreição não irá além do nosso entendimento da ressurreição.
Assim, para incentivar nossa adoração pelo Senhor Jesus Cristo ressurreto enquanto esperamos pelo Domingo da Ressurreição, eu quero refletir no significado bíblico e teológico da ressurreição de Cristo, em particular nas implicações da ressurreição corporal do nosso Senhor.
O Último Adão
“Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.” (1 Coríntios 15.20-22)
Quando Paulo diz “a morte veio por um homem”, ele está se referindo a Adão no Jardim do Éden. Deus deu a Adão e Eva o fruto de todas as arvores do Jardim para comer, mas os proibiu de comer de uma árvore específica. Ele disse “no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2.17). E, é claro, a serpente enganou Eva, ela comeu do fruto e o deu a Adão e, assim como Deus prometeu, naquele momento a morte entrou na criação de Deus por conta do pecado humano.
E a Bíblia ensina que, de uma forma misteriosa, mas real, toda a humanidade foi unida a Adão em sua desobediência de tal forma que quando ele pecou, nós pecamos. E, a partir desse momento, todo membro da raça humana nasce espiritualmente morto, e iremos sucumbir à realidade física da morte. Romanos 5.12 diz “Portanto, assim como por um só homem [Adão] entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”.
Mas assim como “a morte veio por um homem”, da mesma maneira Paulo diz que “também por um homem veio a ressurreição dos mortos”. No meio da maldição da serpente, do homem, da mulher e de toda a criação, Deus faz uma graciosa promessa de que Ele mesmo irá enviar a semente da mulher para destruir a obra do diabo e desfazer o dano decorrido do pecado do homem. E quando Cristo deixou o túmulo naquela manhã de Domingo, Ele demonstrou que Ele é a semente prometida, pois derrotou o pecado e a morte. E, é claro, as Boas Novas do Evangelho são que todos aqueles que crerem nEle irão vencer a morte e partilhar de Sua ressurreição.
O pecado do primeiro Adão no jardim trouxe morte a todos os que estavam nele, isso é, a raça humana inteira. Mas a vida, morte e ressurreição do segundo Adão traz a ressurreição dos mortos a todos os que estão nEle, por meio de arrependimento e fé.
Assim, a ressurreição identifica Jesus como o último Adão, o grande progenitor de uma nova humanidade.
O Filho de Davi, Messias de Israel
Em segundo lugar, a ressurreição identifica Jesus como o Filho prometido de Davi, o Messias de Israel.
No sermão de Pedro no Dia de Pentecostes, ele cita três Salmos de Davi para mostrar que o Cristo ressurreto é o cumprimento das promessas de Deus a Davi. Em Atos 2.25, Pedro cita o Salmo 16.10, onde Davi declara confiantemente que Deus não irá abandonar sua alma no Hades, nem irá permitir que Seu Santo veja corrupção. No verso 29, Pedro diz “Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje”. Em outras palavras, Davi viu a corrupção, então como pode ser verdade o que ele escreveu no Salmo 16? Ele fala no verso 20, citando o Salmo 132.11, “Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono, prevendo isso, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção”. E no verso 34, “Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara”, no Salmo 110.1, “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés.”
O argumento de Pedro é que Davi não estava falando de si mesmo quando falou do Senhor não deixar Seu Santo ver corrupção. Como ele sabia que Deus havia prometido colocar um de seus descendentes em seu trono, e como ele sabia que esse descendente seria o próprio Deus – é por isso que ele pode chamá-lo de “Senhor” no Salmo 110.1 – ele estava escrevendo essas coisas sobre aressurreição do Messias! Assim, a conclusão de Pedro é “Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (v. 36).
Assim, quando Jesus deixou o túmulo, Deus estava dando provas certas de que Jesus era o Filho de Davi prometido – de que Jesus era o Messias e Salvador esperado por Israel.
Cumprimento do Pacto
Ao identificar Jesus como o Filho de Davi prometido, a ressurreição também o identifica como aquele em quem todas as promessas pactuais de Deus encontrariam seu cumprimento.
Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus” (Atos 13.32-33).
Paulo prossegue e cita o Salmo 2.7, Isaías 55.3 e o Salmo 16.10, demonstrando, assim como Pedro tinha feito em Atos 2, que Jesus era o cumprimento da promessa a Davi.
Mas em Atos 13.22-33, Paulo diz que a ressurreição não é meramente o cumprimento do pacto com Davi, mas o cumprimento da promessa que Deus fez a nossos pais. Esses pais são os patriarcas de Israel – Abraão, Isaque, Jacó e José. Paulo está dizendo que a ressurreição é prova de que Jesus é o cumprimento da promessa feita a Abraão também – de que em sua semente todas as nações da terra seriam abençoadas (Gênesis 22.18). Em Gálatas 3.8, Paulo ensina que essas bênçãos universais tem seu cumprimento no Evangelho da justificação pela graça somente.
E em Atos 13.38, Paulo chega ao clímax de seu sermão quando diz “Tomai, pois”, isso é, com base do fato de que Deus ressuscitou Jesus dos mortos, “pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste; e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés”. Porque Jesus ressuscitou dos mortos, a remissão de pecados está disponível a todos os que creem em no Filho ressurreto de Davi. Assim, todas as famílias da terra são abençoadas na semente de Abraão.
Assim, a ressurreição identifica Jesus como o segundo e último Adão, semente da mulher (Gênesis 3.15, 1 Coríntios 15.22, 45), o Filho de Davi (2 Samuel 7.12-16, Mateus 1.1) e a semente de Abraão (Gênesis 22.18, Gálatas 3.16).
Confirmação do Testemunho de Jesus
Durante seu ministério terreno, Jesus fez uma série de afirmações estupendas e surpreendentes acerca de si mesmo. Considere algumas delas:
  • João 5.18 – Jesus “dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus”. Em outra ocasião ele surpreende ao dizer coisas como “Eu e o Pai somos um” (João 10.30) e “Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14.9).
  • João 5.21, 26 – “Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer”. E no verso 26 ele diz, de forma similar, “Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo”.
  • João 5.22, 27 – Ele declara ele mesmo ser o justo Juiz de todas as pessoas e todas as coisas: “E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento”.
  • João 5.23 – Ele diz que todos devem honrar o Filho da mesma forma que honram o Pai! Ele está ordenando que todos o adorem, assim como você adoraria Deus! E diz que, se você não o adora como Deus, você desonra o Pai! Assim, você não pode adorar o Pai sem adorar o Filho! Em João 14.6, Ele diz: “ninguém vem ao Pai senão por mim”.
  • João 5.24 – Ele diz “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”. Crer o não crer nEle determina seu destino eterno!
Essas eram afirmações ultrajantes para fazer a respeito de si mesmo! Pessoas que dizem esse tipo de coisa nunca poderiam ser chamadas de “bom mestre” ou “exemplo de moral”. Afirmar essas coisas sobre si mesmo é, no mínimo, loucura e, no máximo, blasfêmia.
Então ele eleva o nível. Ele afirma que iria ressuscitar dos mortos.
Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à morte e o entregarão aos gentios; hão de escarnece-lo, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo; mas, depois de três dias, ressuscitará” (Marcos 10.33-34).
E não apenas isso! Ele também disse que Ele mesmo iria ressuscitá-lo do túmulo! Em João 10.18 ele diz “Ninguém a tira [Sua vida] de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai”.

Essa afirmação ganha de todas. Todas as outras – afirmar ser igual a Deus, ser o justo Juiz de todos, ordenar ser adorado como o Pai é adorado, afirmar ser o único caminho ao Pai – poderiam apenas ser a retórica de um enganador ou um louco. Mas essa afirmação dele que Ele seria morto e iria ressuscitar a si mesmo dos mortos após três dias – isso era verificável. Ele poderia ter afirmado todas as outras coisas e ninguém poderia saber se eram verdade ou não. Mas as pessoas poderiam verificar se ele iria ou não ressuscitar dos mortos. E o ponto é: se ele podia cumprir essa afirmação, não haveria nenhuma boa razão para rejeitar as outras afirmações feitas. Se Jesus ressuscitou dos mortos, então Ele é quem Ele diz que é, e você lhe deve obediência. A ressurreiçãodemanda obediência.
Se você está lendo isso e tem um compromisso exterior com o Cristianismo – você se diz um cristão, vai a igreja de vez em quando (no Natal, na Páscoa), cresceu na igreja e até lê a Bíblia vez ou outra – mas está evidente que você é o senhor da sua vida. Você estabelece a agenda da sua vida, e quando seguir a Cristo começa a requerer a forma com que você gasta seu tempo e dinheiro, como você trata seu cônjuge e sua família, com quais coisas você se entretém – bem, então todas aquelas coisas sobre “Jesus” são apenas um monte de bobagem para fanáticos religiosos. Mas o túmulo vazio simplesmente não permite seguidores casuais de Jesus. Ele ressuscitou dos mortos ou não?
De fato Ele ressuscitou. E porque ele vive, isso significa que Ele é o Senhor, Ele é Deus, Ele é o Juiz e Sua Palavra é a Verdade! A ressurreição abrange todos os aspectos da sua vida. E se você não está vivendo para Ele, se você ainda se apega ao seu pecado, eu o convido a, nessa Páscoa, confessar que, apesar do que você diz sobre si mesmo, você nunca realmente creu em Cristo como seu Salvador e Senhor e a olhar para o Salvador com os olhos da fé, se arrepender de seus pecados e experimentar a vida ressurreta que vem de estar unido a Ele.
Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui
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