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segunda-feira, 18 de abril de 2016

O verdadeiro e o falso evangelho.

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“Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gl 1.6-8).
O evangelho é a maior e melhor notícia que o homem pode ouvir. Essa mensagem não emana da terra, vem do céu. Não procede do homem, mas de Deus. Suas origens recuam à eternidade. Suas consequências desdobram-se para dentro da eternidade. O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, fala acerca desse verdadeiro evangelho ao mesmo tempo que denuncia o falso evangelho.
Em sua carta aos Gálatas, o grito altissonante da liberdade cristã, o apóstolo dos gentios trata desse magno assunto. Essa missiva foi a primeira epístola escrita pelo apóstolo Paulo. Escreveu-a para combater a influência perigosa dos judaizantes que atacavam a fé cristã e perturbavam a igreja. Os judaizantes tentaram levar os gentios convertidos de volta para o Judaísmo. Diziam para eles que se não se circuncidassem e se não guardassem os preceitos da lei de Moisés jamais poderiam ser salvos (At 15.1,5). Diziam que só a fé em Jesus não era suficiente para a salvação. Acrescentavam à fé em Cristo, as obras da lei. Os judaizantes pregavam uma espécie de sinergismo, a cooperação do homem com Deus para sua salvação. Porém, o que ensinavam pervertia completamente a essência do evangelho. O ensino insofismável das Escrituras é que somos salvos pela graça, mediante a fé, e isso não vem de nós; é dom de Deus. Os crentes gentios, mormente os da província da Galácia, influenciados por esses falsos mestres, estavam passando depressa para outro evangelho, um evangelho diferente, falso, humanista, um outro evangelho. Não era um outro evangelho da mesma substância, mas um outro evangelho completamente oposto ao verdadeiro evangelho. Não podemos acrescentar nada à obra completa de Cristo. Não somos salvos pelas obras da lei nem podemos cooperar com Deus em nossa salvação. A salvação vem de Deus. Ele a planejou na eternidade, executa-a no tempo e a consumará na segunda vinda de Cristo.
O evangelho é a boa nova de Deus acerca dessa salvação. O evangelho trata da encarnação, vida, obra, morte e ressurreição de Cristo. Somos salvos não por aquilo que fazemos para Deus, mas por aquilo que Deus fez por nós em Cristo Jesus. Somos salvos não pelo caminho que abrimos da terra ao céu, mas pelo novo e vivo caminho que foi aberto para nós do céu à terra. Essa é a mensagem do verdadeiro evangelho. Qualquer outro evangelho, que nos venha por uma suposta revelação angelical ou mesmo por uma suposta pregação apostólica, que divirja do já revelado evangelho, o evangelho da graça, deve ser rechaçado peremptoriamente. O verdadeiro evangelho não aceita novas revelações. O cânon das Escrituras não está aberto para novos acréscimos. A Bíblia tem uma capa ulterior. Não temos que buscar novas revelações forâneas às Escrituras; precisamos nos voltar sempre para o antigo evangelho, o evangelho da graça. Nossa fé não está construída sobre essas inovações engendradas no enganoso coração do homem, mas está firmada na eterna, infalível, inerrante e suficiente palavra de Deus. Apeguemo-nos ao verdadeiro evangelho e rejeitemos o falso evangelho!
http://hernandesdiaslopes.com.br/2016/04/o-verdadeiro-e-o-falso-evangelho/#.VxVUXNQrK1s

Amor sincero



por Kevin DeYoung

Paulo conclui sua carta aos Efésios com quatro palavras preciosas: “Paz seja com os irmãos e amor com , da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. A graça seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef. 6.23-24). Essas são quatro das mais importantes palavras que você ouvirá: paz, amor, fé e graça. E essa última frase? Absolutamente bela. Quão apropriado terminar a carta os Efésios com “amor sincero”.
E como é esse amor sincero?
É o que vemos em Efésios 4-6.
Nós amamos Jesus quando obedecemos seus mandamentos. Habitamos em Cristo quando Sua palavra habita em nós. Vivemos uma vida digna do chamado que recebemos. “Amor sincero” é uma frase elegante, mas é trabalho duro. Significa não viver mais como os pagãos vivem. Significa se despir das velhas roupas da ganância, sensualidade e impureza e se revestir das vestes da verdade, justiça e santidade.
É muito fácil falar de amor. O que o mundo precisa agora é de amor, doce amor. Mas poucas pessoas se dão ao trabalho de definir amor. Mas Paulo o faz o tempo todo em Efésios. Se nós realmente amamos, seremos pessoas mudadas. Iremos aborrecer a falsidade, ira injusta, roubo, conversas tolas e amargura. E iremos amar a verdade, a ira justa, o trabalho duro, palavras que edificam e compaixão. Seremos imitadores de Cristo. Não há amor de verdade em Cristo se não desejamos ser como ele em sua perfeita justiça e retidão, sua perfeita verdade e graça.
Se amamos nosso Senhor Jesus com amor sincero, iremos viver como filhos da luz, expondo as tenebrosos obras das trevas. Seremos cuidadosos em nosso viver, aproveitando ao máximo cada oportunidade, entendendo a vontade de Deus e sendo cheios do Espírito. Por amor a Cristo, esposas se submeterão aos seus maridos, filhos honrarão seus pais e empregados honrarão seus chefes. E por amor a Cristo, maridos irão entregar suas vidas por suas esposas, pais irão instruir seus filhos no Senhor e chefes irão tratar seus empregados como eles mesmos gostariam de ser tratados.
Se amamos nosso Senhor Jesus Cristo, não desistimos de nossa luta contra a carne e o diabo, mas iremos resistir às tramas do maligno. E acima de tudo, e na base de tudo, iremos orar – sem cessar, com todo tipo de orações, por todos os santos, com toda a perseverança.
Tudo isso é muita coisa que Deus requer de nós em nome do amor. Mas, não se esqueça, tudo que ele pede, ele provê. Amamos nosso Senhor Jesus Cristo com amor sincero porque nele nós conhecemos o amor imortal, incorruptível e imperecível de Deus por nós.
É o que vemos em Efésios 1-3.
Em Cristo nós fomos abençoados com toda benção espiritual. Fomos escolhidos nele para sermos santos e irrepreensíveis. Por meio de Jesus, fomos adotados como filhos de Deus. Nele, temos redenção por seu sangue. E nele Deus está fazendo convergir todas as coisas – reunindo todas as coisas no céu e na terra sob seu governo. Nele também fomos escolhidos, predestinados de acordo com o plano soberano de Deus. Em Cristo fomos selados com o Espírito Santo prometido, marcados como posse do próprio Deus para louvor de sua glória.
Em nosso Senhor Jesus Cristo, Deus está, agora mesmo, trabalhando com seu imenso poder em nós, os que cremos. E em Cristo já recebemos a vida nele, mesmo estando nós mortos em nossas transgressões. E nele estamos assentados nos lugares celestiais, para que nas eras vindouras Deus mostre a suprema riqueza de sua graça, expressada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus.
Nele nós fomos criados para boas obras. Nele, nós que antes estávamos longe fomos trazidos para perto. Nele, Judeus e Gentios, negros e brancos, Croatas e Sérvios podem se unir em um só corpo. Nele podemos nos aproximar de Deus com liberdade e confiança. Nele está o amor que é largo, comprido, alto e profundo e que excede todo o entendimento.
A esse Jesus Cristo, a quem amamos sinceramente, seja a glória por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!

http://reforma21.org/artigos/amor-sincero.html

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Refúgio e Descanso em Jesus.

Norbert Lieth

A Caverna de Adulão e Sua Profundidade Profética

Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele. Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens. Dali passou Davi a Mispa de Moabe, e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim. Trouxe-os perante o rei de Moabe, e com este moraram por todo o tempo em que Davi esteve neste lugar seguro. Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques neste lugar seguro; vai, e entra na terra de Judá. Então Davi saiu e foi para o bosque de Herete” (1 Sm 22.1-5).
O Antigo Testamento é um livro que ilustra o Novo Testamento, pois as marcas da cruz perpassam profeticamente a Bíblia toda. Repetidas vezes nossa atenção é despertada pela presença desse fato que é o maior que aconteceu na História da Salvação e em toda a eternidade: a morte de Jesus na cruz do Calvário! E é nessa perspectiva que até na caverna de Adulão e nos fatos que ali se sucederam podemos ver uma ilustração, um exemplo daquilo que o Davi celestial, que é Jesus Cristo, realizou na cruz.

Adulão, lugar da justiça

A palavra Adulão tem dois significados: 1. justiça do povo; 2. refúgio, esconderijo. Essas não são duas maravilhosas alusões à cruz do Calvário e à futura história de Israel? Será feita justiça a Israel, e isso no dia da Grande Tribulação quando o povo judeu se refugiará no Senhor e quando seus olhos virem Aquele a quem haviam rejeitado. A salvação de Israel passa pelo Calvário (Adulão)!
Mas também a nós, que cremos em Jesus Cristo, foi concedida ali a justiça que tem validade diante de Deus. Fomos justificados pelo sangue do Cordeiro (Rm 3.25-26). E na cruz igualmente encontramos refúgio. “O Deus eterno é a tua habitação” (Dt 33.27).

Adulão, lugar de significado profético

“Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele” (1 Sm 22.1). Davi, que no passado nem havia sido valorizado por sua família agora é procurado por ela. Seus irmãos e parentes fogem para ficar junto dele na caverna e de fato acham refúgio em sua companhia.
Séculos depois isso se realizou igualmente na vida de Jesus. Primeiramente seus próprios irmãos não creram nEle (Jo 7.5), assim como os irmãos de Davi não creram em Davi e até o repreenderam. Posteriormente, os irmãos de Jesus passaram a crer nEle (At 1.14) e encontraram refúgio interior em Jesus, como, por exemplo, Tiago, que escreveu a Epístola de Tiago do Novo Testamento.
Isso tem teor profético: os irmãos de Jesus são o povo de Israel. O povo como um todo até hoje ainda não crê nEle. Mas virá o dia em que todo o remanescente de Israel buscará e encontrará refúgio em Jesus (Rm 11.25b-26).
Em Miquéias 1.15, Adulão é mencionado em conexão com a futura redenção de Israel: “…chegará até Adulão a glória de Israel.” E em 1 Samuel 22.3-5 lemos: “Dali passou Davi a Mispa de Moabe, e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim. Trouxe-os perante o rei de Moabe, e com este moraram por todo o tempo em que Davi esteve neste lugar seguro. Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques neste lugar seguro; vai, e entra na terra de Judá. Então Davi saiu e foi para o bosque de Herete.” Assim como os pais de Davi encontraram refúgio temporário em Moabe, assim, segundo a minha opinião, o remanescente de Israel buscará e achará refúgio em Moabe, ou seja, na Jordânia, durante o tempo da Grande Tribulação quando o anticristo tentará exterminar o povo de Israel. Mas no final o restante de Israel vai encontrar refúgio na “caverna de Adulão”, ou seja, no Calvário. Os que restarem do povo de Israel irão se dirigir Àquele que já há 2.000 anos atrás realizou a salvação para todas as pessoas na cruz do Calvário (comp. Zc 14.4-5,8-11).

Adulão, lugar de profundidade insondável

A caverna de Adulão é descrita assim: “É um sistema de corredores sem fim e passagens transversais que ainda não foi explorado por completo.” Da mesma maneira jamais conseguiremos perscrutar toda a profundidade e abrangência da cruz. A Páscoa sempre continuará sendo para nós de uma grandeza imensurável. Pesquisamos e nos aprofundamos no assunto e ficamos admirados do que Jesus fez na cruz – e continuam a surgir novos mistérios à nossa frente. Fazemos cada vez mais novas descobertas, mas jamais chegaremos ao seu fim. Pessoa nenhuma pode dizer que já conseguiu explorar essa “Adulão” por completo, pois ela é uma fonte inescrutável de riquezas.
Muitas vezes as preciosidades se encontram, por assim dizer, ocultas em uma caverna. J. Oswald Chambers escreveu certa vez:
Os mais inteligentes pensadores de todos os tempos tentaram entender o significado da morte de Jesus na cruz. Mas ninguém jamais conseguiu chegar à sua profundidade completa. Eles desistiram, como fez Paulo exclamando: "profundidade da riqueza, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!" (Rm 11.33).
Temos algo semelhante escrito em Efésios 1.19: “…e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder.” Ou pensemos em Efésios 3.18-19: “a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo (a cruz), que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.”

Adulão, lugar de humilhação

A caverna de Adulão, na qual Davi ficava e onde muitos se escondiam, era um lugar comum, sem nada de especial na sua aparência. Uma caverna não é um lugar agradável. Em geral as cavernas são lugares solitários, escuros e frios, um lugar para sujeira e lixo de todo tipo. De qualquer forma, uma caverna não é lugar digno para um rei, pois nem de longe pode ser comparada com um luxuoso castelo. Se Davi estivesse morando dentro de um majestoso castelo, certamente muito mais pessoas teriam vindo para ficar com ele. Mas até essa caverna só vinham aqueles que realmente precisavam dele.
Davi já havia sido ungido como futuro rei pelo profeta Samuel (1 Sm 16.13), mas estava sendo perseguido e oprimido tão duramente por Saul, rei em exercício em Israel, que se viu obrigado a fugir para uma caverna. Davi foi obrigado a isso pelas circunstâncias, mas o Filho de Deus o fez de livre e espontânea vontade. Pensamos no Senhor Jesus que, mesmo sendo semelhante a Deus, esvaziou-se a Si mesmo, assumiu a forma de servo e foi fiel até à morte, até à morte na cruz (Fp 2.6-8).
Com Davi na caverna de Adulão somos lembrados do Salmo 22 onde é descrito o Salvador sofredor: “Contra mim abrem as bocas, como faz o leão que despedaça e ruge” (v. 13). Jesus – sendo entregue à cruz – se encontrava literalmente na cova dos leões!

Adulão, lugar do rei verdadeiro

Quem é que poderia crer ou imaginar que naquela caverna se encontrava o homem que havia sido escolhido para reinar sobre Israel, homem em quem um dia muitos encontrariam ajuda? Mesmo que Davi tenha começado de maneira tão humilde – esse era o caminho de Deus para ele –, mesmo assim ele era o ungido, o novo rei de Israel. E apesar de não ter sido reconhecido como soberano quando se encontrava nessa situação, ele não deixou de sê-lo.
Vejam como Jesus foi desprezado, cuspido, torturado e escarnecido quando se encontrava dependurado na cruz! Mas mesmo assim Ele continua sendo o homem da salvação, o verdadeiro Rei e o único refúgio para uma humanidade perdida. Pedro testemunhou o seguinte aos fariseus incrédulos: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12). Jesus é o verdadeiro filho de Davi. E Ele é o verdadeiro soberano e senhor do céu e da terra e Rei dos Reis, mesmo que na cruz não tenha sido reconhecido!

Adulão, lugar de refúgio

“Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens” (1 Sm 22.2). Que tipo de pessoas vieram a Davi na caverna? Eram pessoas que provavelmente receberam um sorriso condescendente e cheio de pena nas ruas e castelos. Eram criaturas miseráveis, pessoas em angústia, pessoas carregadas de culpa e com um coração atormentado. Mas Davi estava a seu lado! Em sua caverna encontraram refúgio.
Mas quem são os que encontram refúgio na cruz do Calvário?

Pessoas em aperto

Pessoas que não sabem o que fazer consigo mesmas, que chegaram aos seus limites e que perderam o chão firme debaixo de seus pés. E até hoje todos os que se encontram cheios de problemas (logicamente também os que já aceitaram a Jesus como seu Senhor e Salvador) podem ir a Jesus em busca de refúgio e paz na obra consumada do Senhor na cruz do Calvário sempre que precisarem. Podemos ter a certeza de que Jesus é maior que todo e qualquer poder que queira nos oprimir.

Pessoas endividadas

Pessoas que estão cônscias de sua culpa e sabem o quão profundo é o abismo do pecado e que estão convictas do quanto são condenáveis diante do Deus vivo, são essas pessoas que correm em direção a Jesus. Toda e qualquer pessoa que sabe da maldade que existe em seu coração consegue refúgio na “caverna de Adulão”, isto é, na cruz do Calvário. Nessa “caverna”, a pessoa encontra perdão dos pecados e um Deus misericordioso. Mas para todos os que são cristãos renascidos é válido o que segue: “Filhinhos meus, estas cousas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1 Jo 2.1-2).

Pessoas amarguradas de espírito

Quando as sombras da depressão ou as trevas da tentação angustiam a nossa alma, encontramos refúgio, salvação, consolo e paz em Jesus. Como as pessoas devem ter suspirado aliviadas quando entravam na caverna! O Salmo 5.11 fala: “Mas regozigem-se todos os que confiam em ti; folguem de júbilo para sempre, porque tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome.” Em Jesus você está seguro!
Em lugar algum estamos mais abrigados e seguros do que na cruz do Calvário, “…porque ele (Jesus Cristo) é a nossa paz” (Ef 2.14). Toda vez que nos humilharmos diante dEle em arrependimento sincero e confessarmos a Ele os nossos pecados poderemos respirar aliviados. Mas será que tomamos tempo suficiente para buscarmos o ungido rei na “caverna de Adulão” – para termos comunhão com o nosso Davi celestial?

Adulão, lugar da troca de liderança

Lemos em 1 Samuel 22.2: “Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.” Simbolicamente podemos deduzir o seguinte:

Os homens se ajuntaram a Davi

Jesus voluntariamente trilhou o caminho da humilhação, e, igualmente, todos aqueles que querem seguir a Jesus têm de se despojar de todo orgulho e têm de cair de joelhos diante do Senhor, se humilhando na Sua presença. Isso os irmãos de Jesus (Israel) farão, e essa é uma condição imprescindível para todo aquele que procura a salvação. Mas aquele que quiser ser o rei, que quiser continuar a mandar, como o rei Herodes no tempo de Jesus – a essa pessoa o caminho ao Calvário estará bloqueado.

Os homens se sujeitaram a Davi

A partir do momento em que os homens entraram na caverna de Adulão, Davi passou a ser seu chefe. Quem se refugia com seus pecados em Jesus experimenta o perdão. E perdão recebido aprofunda o amor a Ele e conduz à submissão voluntária ao Senhor e Seu domínio em nossas vidas.

Os homens mudaram de reino

Se pudéssemos perguntar àqueles homens de onde eles vinham, certamente teriam respondido: “Viemos do reino de Saul”. Até nisso Saul é um símbolo do reino deste mundo, já que havia sido exaltado por Deus e instituído por Deus para ser o primeiro rei de Israel. Mas, por desobediência, Saul se desligou de Deus. Por isso, Deus o rejeitou, e, depois disso, Saul reinava em seus domínios, mas em oposição a Deus. E assim foi com Lúcifer, a “estrela da manhã” que se rebelou contra Deus e perdeu sua vocação. A maioria das pessoas se encontra no reino de Satanás; são poucos os que fogem e se refugiam no Davi celestial.
Saul também é uma ilustração da natureza pecaminosa do homem. Ele foi um rei segundo o coração humano. Davi foi diferente, ele era um homem segundo o coração de Deus – e é uma ilustração da vida espiritual. Se poderíamos continuar perguntando àqueles homens: “Aonde vocês vão?” eles teriam respondido: “Estamos saindo do reino de Saul e vamos ao reino de Davi.” Quem se achegou a Jesus realizou uma mudança de posição em sua vida e se demitiu do antigo padrão que o escravizava. Essa pessoa deu a Jesus Cristo a primazia em sua vida.
As pessoas daquela época tomaram certas atitudes para chegarem a Davi. Elas foram até sua caverna, que era algo humilhante, e se uniram com Davi. E quem deseja hoje se refugiar em Jesus? Em sentido neotestamentário isso significa entregar-se a si mesmo: “Ou, porventura, ignorais que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Rm 6.3-4).
Cada um desses homens estava bem consciente de sua culpa e de sua grande angústia, e cada um deles provavelmente pensava: “Se existe alguém que pode me ajudar, essa pessoa só pode ser Davi.” Por isso esses homens se puseram a caminho e se dirigiram à caverna de Adulão. Lá, junto de Davi, encontraram descanso e passaram a fazer parte de seu reino. Querido amigo, peregrino cansado da longa jornada, você também tem um descanso maravilhoso a lhe esperar nas feridas do Cordeiro de Deus que morreu por você na cruz do Calvário: “Venham a Mim e Eu lhes darei descanso – todos vocês que trabalham tanto debaixo de um jugo pesado. Levem o meu jugo – porque ele se ajusta perfeitamente – e deixem que Eu lhes ensine; porque Eu sou manso e humilde, e vocês acharão descanso para suas almas; pois só Eu faço vocês carregarem cargas leves” (Mt 11.28-29, A Bíblia Viva). (Norbert Lieth — Chamada.com.br)
Norbert Lieth é Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional. Suas mensagens têm como tema central a Palavra Profética. Logo após sua conversão, estudou em nossa Escola Bíblica e ficou no Uruguai até concluí-la. Por alguns anos trabalhou como missionário em nossa Obra na Bolívia e depois iniciou a divulgação da nossa literatura na Venezuela, onde permaneceu até 1985. Nesse ano, voltou à Suíça e é o principal preletor em nossas conferências na Europa. É autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol.
As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores.

Você não precisa de uma igreja grande para ir para o céu.

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por Hans Fiene

Se você é um pai que tenta dar ao seu filho a melhor educação possível, eu me preocuparia com a qualidade dos professores e com a sua própria participação no desenvolvimento intelectual do seu pequenino antes de me preocupar com o tamanho da classe dele. Não estou dizendo que ter 19 crianças em uma sala não é melhor que 23, por exemplo. O que estou dizendo é que a razão aluno-por-professor não vai importar muito se o professor do seu filho acha que 4 mais 8 é igual a roxo ou quer que ele decore a ordem dos campeões da Fórmula 1 ao invés dos presidentes do Brasil.
Assim, se o pequeno Cauan (esse é um nome de homem comum hoje em dia, se você ainda não perdeu a fé na humanidade) está em uma turma meio cheia, mas tem um professor bom e todo o seu apoio, não deixe ninguém te convencer de que você está egoisticamente arriscando a educação do seu filho se você não mudar toda a rotina da família para levá-lo para uma escola um pouco menos congestionada.
De forma semelhante, se você é um pai cristão tentando dar ao seu filho a melhor formação espiritual possível, não deixe ninguém e convencer de que você está sendo egoísta por não fazer do tamanho da congregação sua prioridade número um. Em particular, não deixe Andy Stanley, pastor de uma megaigreja, te convencer de que você está arriscando a alma do seu filho se você não frequenta uma congregação muito grande.
Se você está com um pouco de dificuldade para entender a acusação feita por Stanley (da qual, para seu crédito, ele afirmou ter se arrependido), foi isso que ele quis dizer: amizade na igreja é o que mantém as pessoas na fé, e quanto mais crianças sua igreja tem, mais oportunidades seu filho vai ter para fazer amigos. Assim, se você é membro de um igreja que só tem crianças o suficiente para ter um único grupo de jovens e adolescentes, você está reduzindo o potencial de amizades do seus filhos e, assim, está colocando eles em risco.
Não importa, aparentemente, se a cristologia da megaigreja local é bagunçada o suficiente para te manter em uma igreja pequena ou se a congregação média da qual você faz parte foi onde você e seus filhos foram batizados e professaram sua fé. Para Andy Stanley, seria melhor se você amarrasse um pedregulho no pescoço e se jogasse no mar do que forçar seu filho de 17 anos a compartilhar um saco de Doritos no estudo bíblico jovem com um garoto de 13.

Pense no conteúdo, não na embalagem

Mas assim como o tamanho da classe não é um fator muito grande no desenvolvimento intelectual da criança como são os professores e pais envolvidos no processo, o tamanho da congregação não será um fator muito grande no cuidado espiritual como são os pastores e pais responsáveis pelo ensino do evangelho.
Se, por exemplo, seus filhos raramente se encontram com o pastor da sua igreja porque ele os exila para o culto “mais apropriado para a idade deles” durante o culto de Domingo de manhã, se ele não sabe o nome dos seus filhos, se o pastor, na verdade, nunca os pastoreia, então não vai importar muito quantas outras crianças estão pulando na classe das crianças enquanto o cara que Jesus enviou para alimentar suas pequenas ovelhas está ignorando-as.
Da mesma forma, se o seu pastor é atencioso com seus filhos, mas não proclama o evangelho genuíno para elas – se tudo que eles veem no púlpito é um bobo alegre ordenado dizendo que, puxa vida, tudo que Deus quer de nós é que abracemos nossos amigos e sejamos legais uns com os outros, não vai importar se eles não ouvirem nenhuma palavra do evangelho de Cristo com outras cinco ou cinco mil crianças da mesma idade.

Quando pastores e pais levam a igreja a sério

De forma similar, se você pensa que orar com seus filhos, ler a Bíblia para eles e falar para eles que Cristo conquistou a vida eterna para eles não é seu trabalho, mas um trabalho exclusivo da sua igreja, se você trata a igreja da forma com que muitos pais tratam a escola, então, quando seus filhos crescerem, eles provavelmente deixarão de ir à igreja pela mesma razão que deixaram de ir ao colégio – porque, para eles, eles já se formaram. E não importa quantos amigos na Escola Bíblia Dominical os seus filhos tem, porque nem o número perfeito de amigos pode “desensinar” o que você ensinou – que eles já não precisam mais ser alimentados pela pregação de Cristo.
Mas se seus filhos foram abençoados com um pastor que está ativamente envolvido nas vidas espirituais deles, um número menor que o ideal de colegas de cinco anos para fazer encher o coral infantil não vai arrancá-los das mãos de Cristo.
Por muitas gerações, pastores de congregações grandes, médias e pequenas tem mantido suas pequenas ovelhas na fé por meio de subirem ao púlpito toda semana e não saírem de lá enquanto não dizem a essas ovelhas que seus pecados e transgressões foram todos afogados no sangue de Cristo, para sempre. Eles tem feito isso quando chegam no hospital às três da madrugada com a Bíblia na mão enquanto o pequenino se prepara para uma cirurgia de emergência. Eles tem feito isso ao falarem apenas palavras de perdão depois que essas crianças confessam seus piores pecados para eles e nunca olhando essas mesmas crianças de forma diferente depois disso.
Certamente esse tipo de cuidado pastoral não pode ser oferecido por pastores de 36000 pessoas espalhadas por 6 campus, mas tem sido e continuará sendo oferecido por pastores fieis ao redor do mundo em igrejas de tamanhos não-mega.

Imunizando contra a descrença

Semelhantemente, se seus filhos crescem vendo o quão importante é o evangelho para vocês tanto na igreja quanto fora dela, o tamanho da congregação será irrelevante. Por exemplo, quando meu avô era jovem, ele contraiu poliomielite e nunca mais andou. Mas todo Domingo de manhã ele colocava sua família no carro para ir à igreja. Durante os terríveis invernos de Minnesota, suas muletas muitas vezes escorregavam na rua congelada. Mas inverno após inverno, ano após ano, ele continuava tirando a neve dos joelhos ralados e se levantava para levar seus filhos a Jesus.
Ao fazer isso, e ao ler a Bíblia para seus filhos todas as noites, orando com eles e ensinando-os a confiar em Cristo e em seu perdão, esse homem, que nunca foi imunizado contra a poliomielite imunizou seus filhos contra a descrença. Porque seus filhos viram que a fé importava para ele, importava para eles, o que significa que sua pequena igreja em uma pequena cidade no interior de Minnesota estava tão equipada para levá-los à salvação quanto qualquer congregação gigante de qualquer grande metrópole.
É claro, quando lidamos com as coisas que vão além da carne e dos nossos, nada nunca é garantido. Às vezes, crianças educadas pelos pais mais fiéis nas congregações mais fiéis irão se desviar, e, às vezes, o Espírito Santo cria fé nos corações daqueles que nunca viram seus pais abrirem uma Bíblia e cuja única exposição a uma igreja foi naquela Escola Bíblica de Férias conduzida por uma senhorinha que só sabia gritar com eles. Mas, em geral, se os seus pastores levam a igreja a sério e se seus pais levam a igreja a sério, as crianças tem muito mais chance de permanecerem cristãos quando forem adultas.
Assim, se você quer o que é melhor para as almas dos seus filhos, não se preocupe com o tamanho do grupo de jovens. Ao invés disso, encontre uma igreja com um pastor que sempre aponte seus filhos para Cristo e Sua salvação, focado em apontar seus filhos para o mesmo Salvador todos os dias, e durma em paz sabendo que você não precisa se preocupar com o resto.
Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui
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