por Kevin DeYoung
Paulo conclui sua carta aos Efésios com quatro palavras preciosas: “Paz seja com os irmãos e amor com fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. A graça seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef. 6.23-24). Essas são quatro das mais importantes palavras que você ouvirá: paz, amor, fé e graça. E essa última frase? Absolutamente bela. Quão apropriado terminar a carta os Efésios com “amor sincero”.
E como é esse amor sincero?
É o que vemos em Efésios 4-6.
Nós amamos Jesus quando obedecemos seus mandamentos. Habitamos em Cristo quando Sua palavra habita em nós. Vivemos uma vida digna do chamado que recebemos. “Amor sincero” é uma frase elegante, mas é trabalho duro. Significa não viver mais como os pagãos vivem. Significa se despir das velhas roupas da ganância, sensualidade e impureza e se revestir das vestes da verdade, justiça e santidade.
É muito fácil falar de amor. O que o mundo precisa agora é de amor, doce amor. Mas poucas pessoas se dão ao trabalho de definir amor. Mas Paulo o faz o tempo todo em Efésios. Se nós realmente amamos, seremos pessoas mudadas. Iremos aborrecer a falsidade, ira injusta, roubo, conversas tolas e amargura. E iremos amar a verdade, a ira justa, o trabalho duro, palavras que edificam e compaixão. Seremos imitadores de Cristo. Não há amor de verdade em Cristo se não desejamos ser como ele em sua perfeita justiça e retidão, sua perfeita verdade e graça.
Se amamos nosso Senhor Jesus com amor sincero, iremos viver como filhos da luz, expondo as tenebrosos obras das trevas. Seremos cuidadosos em nosso viver, aproveitando ao máximo cada oportunidade, entendendo a vontade de Deus e sendo cheios do Espírito. Por amor a Cristo, esposas se submeterão aos seus maridos, filhos honrarão seus pais e empregados honrarão seus chefes. E por amor a Cristo, maridos irão entregar suas vidas por suas esposas, pais irão instruir seus filhos no Senhor e chefes irão tratar seus empregados como eles mesmos gostariam de ser tratados.
Se amamos nosso Senhor Jesus Cristo, não desistimos de nossa luta contra a carne e o diabo, mas iremos resistir às tramas do maligno. E acima de tudo, e na base de tudo, iremos orar – sem cessar, com todo tipo de orações, por todos os santos, com toda a perseverança.
Tudo isso é muita coisa que Deus requer de nós em nome do amor. Mas, não se esqueça, tudo que ele pede, ele provê. Amamos nosso Senhor Jesus Cristo com amor sincero porque nele nós conhecemos o amor imortal, incorruptível e imperecível de Deus por nós.
É o que vemos em Efésios 1-3.
Em Cristo nós fomos abençoados com toda benção espiritual. Fomos escolhidos nele para sermos santos e irrepreensíveis. Por meio de Jesus, fomos adotados como filhos de Deus. Nele, temos redenção por seu sangue. E nele Deus está fazendo convergir todas as coisas – reunindo todas as coisas no céu e na terra sob seu governo. Nele também fomos escolhidos, predestinados de acordo com o plano soberano de Deus. Em Cristo fomos selados com o Espírito Santo prometido, marcados como posse do próprio Deus para louvor de sua glória.
Em nosso Senhor Jesus Cristo, Deus está, agora mesmo, trabalhando com seu imenso poder em nós, os que cremos. E em Cristo já recebemos a vida nele, mesmo estando nós mortos em nossas transgressões. E nele estamos assentados nos lugares celestiais, para que nas eras vindouras Deus mostre a suprema riqueza de sua graça, expressada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus.
Nele nós fomos criados para boas obras. Nele, nós que antes estávamos longe fomos trazidos para perto. Nele, Judeus e Gentios, negros e brancos, Croatas e Sérvios podem se unir em um só corpo. Nele podemos nos aproximar de Deus com liberdade e confiança. Nele está o amor que é largo, comprido, alto e profundo e que excede todo o entendimento.
A esse Jesus Cristo, a quem amamos sinceramente, seja a glória por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!
http://reforma21.org/artigos/amor-sincero.html
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