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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Caindo da graça.

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Uma coisa que tem chamado minha atenção é o crescimento de uma linguagem de gueto no meio da igreja, o que é comum chamar de Evangeliquês. Há vários termos que às vezes passam despercebidos da gente, mas outros nem tanto.
Quero tratar, ainda que rapidamente, de um deles hoje que é o “cair da graça” ou “decair da graça” como às vezes é usado no senso comum das falas das pessoas no meio das igrejas.
É interessante como o tema “cair da graça” no senso comum em meio a Igreja está ligado com PECADO, ou melhor, ainda dizendo, “cair em pecado” ou “viver em pecado”. De certa forma é correto o pensamento, mas quando se afirma, em senso comum, isso, não está ligado ao fato de que na Bíblia, principalmente pensando em Paulo, há uma instrução específica para o “cair da graça”.
Para Paulo, “cair da graça” significa viver mediante LEGALISMO, ou seja, voltar à prática de coisas que requer esforço pessoal, justiça própria e “sacrifícios de obediência” para obter a “presença de Deus” ou mesmo uma melhoria na “vida espiritual”.
Vou tentar exemplificar de maneira prática. Paulo argumenta em Gálatas o seguinte:
No momento em que vocês se submetem à circuncisão ou qualquer outro sistema de crenças, o dom da liberdade que Cristo conquistou com sofrimento acaba desperdiçado. Repito: quem aceita o sistema da circuncisão troca a maravilhosa vida de liberdade em Cristo pelas obrigações da vida de escravo da lei. Creio que o que está acontecendo não era intenção de vocês. Quem escolhe viver de acordo com seus planos religiosos tentando ser justo se desliga de Cristo e está fora da graça. Gálatas 5.2-5
Leia bem o que Paulo afirma: quem vive de acordo com um sistema de crenças e acha que através da prática destas coisas é que será santificado ou mesmo será considerado mais crente, mais santo, mais fervoroso etc, esse tal CAIU DA GRAÇA pois não vive debaixo dela, mas resolveu apostar sua vida num sistema de crenças, numa religião, num modo esforçado de ler mais, de orar mais, de sacrificar-se mais, como se esse esforço pudesse produzir a vida de Cristo.
Deus não nos aceita porque OBEDECEMOS, mas o correto é pensar que OBEDECEMOS porque fomos aceitos por ele. Deus não nos aceita porque sacrificamos ao entregar ofertas vultosas e então nos abençoa como recompensa por nossos atos. Deus não nos aceita porque sacrificamos em jejum mortificando nossa carne, nossa carne é mortificada pelo Espírito dele a partir do momento em que nos aceitou em Cristo. Deus não nos aceita por causa de nossos esforços em não pecar diariamente contra ele, conseguimos não pecar diariamente contra ele porque ele nos aceitou e colocou em nós o Espírito Santo que nos santifica e nos faz crescer em fruto dele mesmo.
Tentar ser justo diante de Deus por causa de coisas que fazemos (ou não fazemos) é se desligar de Cristo e da sua graça. Tentar com esforço pessoal alçar voo e ser mais santo por causa de orações, leitura da Bíblia, jejuns, sacrifícios pessoais, preços pagos por situações é cair da graça de Cristo, é voltar a prática do legalismo que afundou Israel em sua justiça própria e que acabaram por perder de vez a possibilidade de continuar sendo usados por Deus para abençoar todas as famílias da terra na prática de uma evangelização que tem a ver com Cristo. Hoje esse papel não é mais de Israel, mas da Igreja.
A vida de religiosidade, seguida de atos de bondade, ou mesmo esforço pessoal na santificação, ou ainda nos sacrifícios que fazemos pagando “o preço” por determinadas situações são atos contrários à graça de Deus, que nos fazem entender que nós é que nos mantemos santos e justos através de nossa obediência.
Quando vejo alguém que se esforça grandemente para ser santo, usa de todos os recursos que tem à mão, como sacrifícios pessoais, jejuns, muito tempo em oração, leitura da Bíblia como forma de obter santificação e “unção” ao mesmo tempo em que recrimina quem, por exemplo, caiu em algum pecado destes condenáveis e que jogam a reputação de quem os comete na lama, olhando para estas pessoas (esse que se esforça) e dizendo que esses (que pecaram) estão decaídos da graça, fico realmente abalada e me lembro de como Paulo severamente nos exorta que cair da graça não é PECAR (algum deslize pessoal, erro do alvo, ou não fazer a vontade de Deus em determinada situação – pecadores todos são e aqueles que se dizem sem pecado ou atirem a primeira pedra ou se atirem na graça de Deus, são mentirosos), mas este que julga que pelo seu esforço pessoal é “melhor” que esse outro que é um miserável e desgraçado pecado é que é o verdadeiro caído da graça de Deus.
Desta forma nos afundamos em nossos abismos de justiça própria e entramos novamente na escravidão da lei e do pecado, tentando trazer a lei do Antigo Testamento de novo para nossas vidas, anulando o sacrifício e o cumprimento desta lei em Cristo
Essa não é a vontade de Deus para conosco. Ele nos deu vida para conhecermos a Jesus e obtermos a liberdade da vida na graça dele.
Nenhum esforço seu ou meu vai fazer com que Deus nos aceite ou nos ame – ele nos ama e nos aceita baseado no sacrifício de Cristo, na sua graça, na sua vontade soberana.
Não caia da graça de Deus, não volte à prática de um legalismo que é pura tradição humana e esforço própriojustiça própria. Confie na justiça de Deus em Cristo e renda-se a ele de tal forma que essa graça que nos salvou seja também a mesma que nos santifica.

"Será que Marcos 16:16 ensina que o batismo é necessário para a salvação?

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Resposta: 
Como acontece com qualquer versículo ou passagem, discernimos o seu ensinamento ao primeiramente filtrá-lo através do que sabemos que o resto da Bíblia ensina sobre o assunto. No caso do batismo e da salvação, a Bíblia é clara que a salvação é pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, não pelas obras de qualquer tipo, nem mesmo o batismo (Efésios 2:8-9). Portanto, qualquer interpretação que chegue à conclusão de que o batismo, ou qualquer outro ato, seja necessário para a salvação é uma interpretação defeituosa. Para mais informações, por favor leia a nossa página sobre "A salvação é somente pela fé ou pela fé mais as obras?"

Em relação a Marcos 16:16, é importante lembrar-se de que há algumas questões textuais com Marcos capítulo 16, versículos 9-20. Há certa incerteza sobre se estes versículos eram originalmente parte do Evangelho de Marcos, ou se foram adicionados mais tarde por um escriba. Como resultado, é melhor não basear nenhuma doutrina fundamental nessa passagem, tal como lidar com cobras, a menos que também seja apoiada por outras Escrituras.

Supondo que o versículo 16 realmente fazia parte do manuscrito original de Marcos, será que ele ensina que o batismo é necessário para a salvação? A resposta simples é não, não ensina. Na verdade, quando se examina cuidadosamente este versículo, torna-se claro que, a fim de fazê-lo ensinar que o batismo seja necessário para a salvação, é preciso ir além do que o versículo realmente diz. O que este versículo realmente ensina é que a fé é necessária para a salvação, o que é consistente com todos os outros versículos da Bíblia que lidam com a salvação, especialmente os inúmeros versículos onde apenas crer ou fé é mencionado (por exemplo, João 3:18, 5:24, 12:44, 20:31, 1 João 5:13).

"Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado" (Marcos 16:16). Se avaliarmos este versículo de perto, vemos que é composto de duas afirmações básicas. 1) Aquele que crer e for batizado será salvo, e 2) quem não crer será condenado.

Claramente, o fator determinante sobre se uma pessoa é salva ou condenada é ter fé ou não. Ao interpretar esta passagem corretamente, é importante perceber que, embora nos diga algo sobre os crentes que foram batizados (eles são salvos), não diz nada sobre os crentes que não foram batizados. A fim de que este versículo ensine que batismo é necessário para a salvação, uma terceira declaração teria que ter sido incluída, algo como "aquele que crer e não for batizado será condenado" ou "Quem não for batizado será condenado". Entretanto, é claro que nenhuma dessas declarações se encontra nesse versículo.

Aqueles que tentam usar Marcos 16:16 para ensinar que o batismo é necessário para a salvação cometem uma séria, mas comum, falácia lógica que às vezes é chamada de falácia de inferência negativa. Essa falácia pode ser descrita assim: "Se uma afirmação for verdadeira, podemos supor que todas as negações dessa declaração também são verdadeiras." Em outras palavras, só porque Marcos 16:16 diz que "quem crer e for batizado será salvo", isso não significa que não será salva uma pessoa que tiver fé, mas não for batizada. No entanto, é exatamente isso o que aqueles que buscam usar esse versículo para apoiar o batismo como sendo necessário para a salvação têm que supor.

Muitas vezes, quando se considera falácias lógicas, pode ser útil avaliar outros exemplos da mesma falácia. Isso nos ajudará a enxergar com mais clareza a falácia que está sendo cometida. Neste caso, vamos considerar duas declarações diferentes, mas de estrutura semelhante. A primeira trata-se do furacão devastador que destruiu grande parte de Nova Orleans no outono de 2005. Como resultado desse furacão, muitas vidas foram perdidas e vastas áreas de Nova Orleans foram destruídas. Com esse cenário em mente, vamos considerar a primeira declaração que é muito semelhante em estrutura ao que encontramos em Marcos 16:16. "Aqueles que deixaram suas casas e fugiram de Nova Orleans foram salvos, aqueles que permaneceram em suas casas morreram".

Agora, se aplicarmos a mesma lógica a essa declaração, assim como aqueles que acreditam que Marcos 16:16 ensine que o batismo é necessário para a salvação, então teríamos de concluir que, se a primeira e segunda condições não foram satisfeitas (deixar suas casas e fugir de Nova Orleans), então todas as outras pessoas pereceram. No entanto, na vida real sabemos que não aconteceu assim. Algumas pessoas ficaram em suas casas nas áreas de baixa altitude e não pereceram. Nesta situação, é fácil ver que, embora a primeira afirmação seja verdadeira, não é verdade que todos aqueles que não fugiram de Nova Orleans pereceram. No entanto, se usarmos a mesma lógica sendo usada por aqueles que dizem que Marcos 16:16 ensina que o batismo é necessário para a salvação, essa é a conclusão que deve ser alcançada. Claramente, essa conclusão é errada.

Um outro exemplo pode ser a seguinte declaração: "Quem crer e viver em Kansas será salvo, aqueles que não creem serão condenados." Mais uma vez, tome nota da estrutura semelhante à de Marcos 16:16. Dizer que somente os crentes que vivem em Kansas são salvos é uma pressuposição ilógica e falsa. Embora Marcos 16:16 nos diga algo sobre os crentes que foram batizados (eles serão salvos), mais uma vez, não diz nada sobre os crentes que não foram batizados.

"Quem crer e viver em Kansas será salvo." "Quem crer e for batizado será salvo" (Marcos 16:16). Embora ambas as afirmações sejam verdadeiras, devemos notar que a primeira afirmação não diz nada sobre as pessoas que creem e não vivem em Kansas. Da mesma forma, Marcos 16:16 não nos diz nada sobre os crentes que não foram batizados. É uma falácia lógica e falsa suposição fazer com que a primeira declaração diga que alguém tenha que viver no Kansas para ser salvo, ou que a segunda declaração diga que alguém tenha que ser batizado para ser salvo.

Só porque Marcos 16:16 tem duas condições relativas à salvação (crer e ser batizado), isso não significa que ambas as condições sejam requisitos para a salvação. Isso seria também verdadeiro se uma terceira condição fosse adicionada. Quer sejam duas ou três condições em uma declaração sobre a salvação, isso não significa que todas as três condições devam ser satisfeitas para que se possa ser salvo. Na verdade, podemos adicionar qualquer número de condições secundárias para a fé, tal como se você crer e for batizado será salvo, ou se você crer, for batizado, frequentar a igreja e der o dízimo, você será salvo. No entanto, afirmar que todas essas condições são requisitos para a salvação é incorreto.

Isto é importante porque, a fim de saber que uma condição específica é necessária para a salvação, temos de ter uma declaração de negação como temos na segunda parte de Marcos 16:16: "quem não crer será condenado." Em essência, o que Jesus fez neste versículo foi dar-nos tanto a condição positiva de crença (todo aquele que crê será salvo) quanto a condição negativa da incredulidade (quem não crer será condenado). Portanto, podemos dizer com absoluta certeza que a fé é um requisito para a salvação. Ainda mais importante, repetidamente encontramos ambas as condições positivas e negativas nas Escrituras (João 3:16,18,36, 5:24, 6:53-54, 8:24, Atos 16:31).

Embora Jesus dê a condição positiva do batismo (quem for batizado) em Marcos 16:16 e outros versículos, em nenhum lugar da Bíblia encontramos a condição negativa do batismo sendo ensinada (tal como: quem não for batizado será condenado). Portanto, não podemos dizer que o batismo é necessário para a salvação baseado em Marcos 16:16 (ou qualquer outro versículo semelhante). Aqueles que o fazem estão baseando seus argumentos em uma lógica defeituosa.

Então, Marcos 16:16 ensina que o batismo é ou não necessário para a salvação? Essa passagem não ensina nenhum dos dois. Ela muito claramente estabelece que a crença é um requisito para a salvação, mas não prova ou refuta se o batismo é uma condição ou exigência para a salvação. Como podemos saber, então, se alguém deve ser batizado para ser salvo? Devemos avaliar a plenitude da Palavra de Deus para estabelecer isso. Para resumir as provas contra o batismo sendo necessário para a salvação:

1-A Bíblia é clara que somos salvos somente pela fé. Abraão foi salvo pela fé, e nós somos salvos pela fé (Romanos 4:1-25, Gálatas 3:6-22).

2-Por toda a Bíblia, em cada dispensação, pessoas têm sido salvas sem serem batizadas. Nenhum crente do Antigo Testamento (por exemplo, Abraão, Jacó, Davi, Salomão) foi batizado, apesar de ter sido salvo. O ladrão na cruz foi salvo, mas não foi batizado. Cornélio foi salvo antes de ser batizado (Atos 10:44-46).

3-O batismo é um testemunho da nossa fé e uma declaração pública de que cremos em Jesus Cristo. As Escrituras claramente nos dizem que temos a vida eterna no momento em que cremos (João 5:24), e a crença sempre vem antes de ser batizado. O batismo não nos salva, assim como levantar a mão ou recitar uma oração não nos salva. Somos salvos pela graça mediante a fé (Efésios 2:8-9).

4-A Bíblia nunca diz que alguém que ainda não foi batizado não é salvo.

5-Se o batismo fosse necessário para a salvação, isso significa que ninguém poderia ser salvo sem uma terceira pessoa estar presente. Em outras palavras, se o batismo fosse necessário para a salvação, alguém teria de batizar uma pessoa para que ela pudesse ser salva. Isso efetivamente limitaria quem e quando se pode ser salvo. Isso significa que alguém que confia na morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo, mas não tem a chance de ser batizado, não pode ser salvo. As consequências dessa doutrina, quando levada à sua conclusão lógica, são devastadoras. Um soldado que tem fé pereceria se fosse morto em batalha antes de poder ser batizado, etc.

6-Vemos por toda a Bíblia que um crente possui todas as promessas e bênçãos da salvação no momento em que passa a crer (João 1:12, 3:16, 5:24, 6:47, 20:31, Atos 10: 43, 13:39, 16:31). Quando uma pessoa acredita, ela tem a vida eterna, não entra em juízo e passou da morte para a vida (João 5:24), tudo isso antes de ser batizada.

Aqueles que acreditam em regeneração batismal fariam bem em considerar cuidadosamente e em oração em quem ou em que estão realmente colocando sua fé e confiança. Está a fé sendo colocada em um ato humano (ser batizado) ou na obra consumada de Cristo na cruz? Quem ou o que está sendo confiado para a salvação? Será que é a sombra (batismo) em vez da substância (Jesus Cristo)? Nunca devemos esquecer de que a nossa fé deve repousar somente em Cristo, porque "Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus" (Efésios 1:7).

terça-feira, 4 de outubro de 2016

O Único Antídoto: O Poder do Espírito



T. A. McMahon
Estes são tempos difíceis para todos os cristãos nascidos de novo. A apostasia parece estar crescendo exponencialmente. Os cristãos bíblicos estão tendo grandes dificuldades para encontrar igrejas que preguem e ensinem as Escrituras. Conteúdos extra-bíblicos têm atraído a imaginação de um número cada vez maior de cristãos à medida que eles se voltam para best-sellers religiosos e filmes “bíblicos” em vez de buscarem a Palavra de Deus escrita. Mesmo com o surgimento de ministérios de discernimento e de sites de “vigilância”, a confusão doutrinária vem aumentando e aparentemente não tem interrupção.
A Bíblia nos adverte de que tais condições iriam ocorrer e nos diz que não devemos nos surpreender quando elas de fato acontecerem. A Bíblia também nos dá algumas das razões pelas quais isto está acontecendo. As Escrituras declaram profeticamente: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2Timóteo 4.3-4). E também diz: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios...” (1Timóteo 4.1-3).
Se estamos nos últimos tempos ou nos últimos dias dos últimos tempos, deveria ser óbvio a todo cristão bíblico que a “sã doutrina” está sendo raramente “tolerada”. Na verdade, é irônico que no momento que o mundo ocidental está vivendo, em que o acesso à Bíblia nunca foi tão grande, o analfabetismo bíblico entre os cristãos seja tão abundante. Raros são os crentes que sabem os nomes dos doze apóstolos; mais crítico, entretanto, é o número de cristãos que têm dificuldade para explicar o Evangelho simples. O “desviar-se” da verdade, sobre o qual Hebreus 2.1 nos admoesta, tornou-se uma descida íngreme para a Igreja.
É irônico que no momento que o mundo ocidental está vivendo, em que o acesso à Bíblia nunca foi tão grande, o analfabetismo bíblico entre os cristãos seja tão abundante.
A Bíblia não subestima as lutas que acompanham a vida de um crente em Cristo – algumas dessas podem ser reveladas como os maus frutos da nossa velha natureza, mas outras são as consequências da oposição do mundo e de Satanás à Palavra de Deus. Jesus declarou: “Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou...” (João 15.20-22). Depois da ascensão de Cristo e do martírio de Estêvão, a Igreja foi dispersa por uma grande oposição ao Evangelho. O apóstolo Paulo, anteriormente um perseguidor dos cristãos, foi subsequentemente sujeito à perseguição depois de sua conversão e por todo o restante de sua vida. Todavia, ele afirmou: “Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8.36-37).
Pode parecer que provações contínuas na vida de um crente não poderiam levar a um bom final, mas Pedro nos mostra algo que vai além disso: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1Pedro 4.12-14).
Poucos crentes no Ocidente já experimentaram o tipo de provação física que Paulo e Pedro descreveram, porém, há provações de um tipo diferente que são espiritualmente destrutivas, embora não sejam necessariamente físicas. Estas são as provações da fé de cada um de nós no âmbito da sedução religiosa, por exemplo, não ser enganado por falsos mestres populares e por doutrinas não-bíblicas, ser separado da comunhão por não compactuar com um novo ensinamento ou com uma nova prática que não tem apoio nas Escrituras, ou ser “um espinho na carne” de um grupo de estudos bíblicos por não abrir mão da verdade da Palavra de Deus. Estas são coisas que frequentemente geram conflitos simplesmente porque tentamos ser firmes na fé.
Então, como essa firmeza pode ser mantida sem causar conflitos e divisões? Não pode, exceto em raras circunstâncias onde houver uma disposição para o arrependimento e para a submissão à verdade da Palavra de Deus. Em nenhum momento as Escrituras prometem que não haverá oposição à Palavra de Deus. Pelo contrário, a Bíblia nos disponibiliza uma condição de “grande alegria” que acontece em nosso coração e capacita o crente a ser vencedor ou a lidar com a situação de maneira que seja agradável ao Senhor. Como isto pode ser realizado? A Primeira Carta de Pedro 4.14 nos diz: “...porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus...”.
A obra do Espírito Santo é absolutamente necessária na vida de um crente. Foi por isso que Jesus disse: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. (...) Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (João 16.7,13-14). Todo verdadeiro crente em Jesus é nascido do Espírito Santo (João 3.5), selado com o Espírito Santo (Efésios 4.30), e recebe capacitação, poder e direcionamento do Espírito Santo (Romanos 15.13; Romanos 8.14), a fim de glorificar a Deus e viver a vida de maneira que seja agradável ao Senhor. De acordo com as Escrituras, esta é a única maneira através da qual um crente pode ser espiritualmente frutífero.
No final da década de 1960, Dave Hunt editou um livro de William Law intitulado The Power of the Spirit [O Poder do Espírito]. No século XVIII, Law escreveu An Affectionate Address to the Clergy [Um Discurso Afetuoso Para o Clero], cujo título completo era An Humble, Affectionate, and Earnest Address to the Clergy [Um Discurso Humilde, Afetuoso e Sincero ao Clero]. O livro foi impresso novamente em 1896 por Andrew Murray, um dos autores cristãos favoritos de Dave. Murray mudou o título do livro de Law para The Power of the Spirit, e disse sobre ele:
Confesso que em tudo o que já li, nunca encontrei ninguém que tenha me ajudado tanto a entender a verdade escriturística da obra do Espírito Santo. (...) Peço aos meus irmãos e irmãs no ministério que não façam apenas uma leitura apressada do livro. Estou certo de que um estudo paciente e em espírito de oração lhes trará uma grande bênção.
Dave concordou:
Tenho convicção de que Andrew Murray não foi exagerado em seu elogio a respeito desse volume escrito por Law. E, embora, como Murray, eu não possa concordar com todos os ensinamentos de Law, também creio que tudo o que está incluído aqui seja sadiamente baseado nas Escrituras.
Mais adiante, Dave observou a relevância dos escritos de Law para as atuais questões geradas a partir dos abusos espirituais dos pentecostais e dos carismáticos e da crítica dos cristãos conservadores e dos fundamentalistas:
Nada além da obediência ao Espírito, do caminhar no Espírito, e do confiar que Ele nos proverá contínua inspiração poderão guardar os homens de serem pecadores e idólatras em tudo o que fizerem.
O que William Law tinha a dizer é, creio eu, uma contribuição muito importante para a presente discussão. Ele repreendia o orgulho, a falta de amor, e as inconsistências de ambos os lados, e aparentemente não tomava o lado de nenhum dos extremos. Mas ele, inquestionavelmente, mantinha uma base escriturística para a atual manifestação integral e a vitalidade do cristianismo do Novo Testamento. Aos adeptos das denominações mais tradicionais, ele enfatizava a necessidade da soberania e do poder do Espírito Santo para hoje; e para os pentecostais, ele frisava o fato de que o poder do Espírito Santo é dado principalmente para capacitar o crente a testemunhar e a viver uma vida santa. E o simples delineamento daquela vida que ele apresentava trazia convicção do pecado e uma sensação de estar aquém do desejado tanto para os fundamentalistas quanto para os pentecostais.
O texto a seguir foi extraído do capítulo “A Habitação do Espírito de Deus Essencial para a Salvação”, da edição exclusiva de Dave Hunt do livro The Power of the Spirit para os leitores de hoje:
O Espírito do Deus triúno, que foi soprado em Adão quando este foi criado, foi o que tornou Adão uma criatura santa à imagem e semelhança de Deus. Um novo nascimento por meio deste Espírito de Deus no homem é tão necessário para fazer o homem caído viver novamente para Deus como foi, no início, para fazer Adão à imagem e semelhança de Deus. E um fluir constante dessa vida divina através do Espírito é tão necessário para a continuidade do homem em seu estado redimido quanto a luz e a umidade são necessárias para a vida continuada de uma planta. Uma religião que não é edificada completamente sobre essa base sobrenatural, mas que se baseia em parte sobre os poderes, os raciocínios e as conclusões humanas, não tem nada mais do que uma sombra da verdade em si. Tal religião deixa o homem com meras formas e imagens vazias, que não podem restaurar a vida divina à sua alma, assim como um ídolo de barro e madeira não poderiam criar um outro Adão.
O verdadeiro cristianismo não é nada a não ser a contínua dependência de Deus através de Cristo por toda a vida, luz e virtude; e a religião falsa de Satanás é buscar essa bondade em qualquer outra fonte. Portanto, o verdadeiro filho de Deus reconhece que “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada” (João 3.27). Toda bondade vem de Deus tão certamente quanto toda vida vem de Deus.
A queda do homem de seu primeiro estado trouxe separação de Deus e, assim, trouxe separação da vida, da luz e da virtude que estão nEle. A salvação do homem, portanto, só pode ser realizada através da reconciliação do seu espírito com o Espírito do Criador. “Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2Coríntios 5.20), escreveu Paulo. Tampouco pode essa reconciliação ser realizada através dos esforços do próprio homem, mas ela deve, por sua própria natureza, ser um dom de Deus. Nenhum anjo ou homem poderia mostrar qualquer amor, fé ou desejo de estar com Deus sem que a semente viva desses afetos divinos tenham sido primeiro formados dentro dele através do Espírito de Deus. E como uma árvore ou uma planta pode crescer e dar frutos somente por meio de algum poder que primeiramente fez nascer a semente da qual a planta surgiu, assim também a fé, a esperança e o amor a Deus só podem crescer e frutificar por meio do mesmo poder que criou a primeira semente deles na alma. Portanto, a contínua inspiração e a obra do Espírito Santo no espírito do homem não são menos essenciais para a salvação, que Deus nos proporcionou através de Jesus Cristo, do que o próprio novo nascimento.
A vida divina no homem não pode nunca estar nele, mas é o crescimento da vida que procede de Deus. Portanto, é o resistir ao Espírito, apagar o Espírito, entristecer o Espírito, que fazem crescer todo mal que reina em uma criação caída e fazem dos homens e das igrejas uma presa fácil e inevitável do mundo, da carne, e do diabo. Nada além da obediência ao Espírito, do caminhar no Espírito, e do confiar que Ele nos proverá contínua inspiração poderão guardar os homens de serem pecadores e idólatras em tudo o que fizerem. Pois, tudo na vida ou na religião do homem que não estiver firmado no Espírito de Deus como sua fonte, direção e fim, sim, tudo será terreno, sensual e demoníaco.
A falta de (...) completa submissão à vontade de Deus e o fracasso em perceber que nossa salvação só pode ser gerada a partir do poder do Espírito Santo que habita em nós e que forma a vida de Cristo em nosso coração redimido, são as características que colocaram a Igreja cristã na mesma apostasia que caracterizou a nação judaica. E aconteceu na Igreja pelo mesmo motivo que aconteceu em Israel. Os judeus rejeitaram Aquele que era a substância e o preenchimento de tudo o que havia sido ensinado na Lei e nos Profetas. A Igreja cristã está em um estado de decadência porque também rejeitou o Espírito Santo, que lhe foi dado para ser o poder e o preenchimento de tudo o que fora prometido no Evangelho. E, assim como a rejeição dos fariseus a Cristo foi sob uma profissão de fé nas Escrituras Messiânicas, assim também os líderes da Igreja hoje rejeitam a demonstração e o poder do Espírito Santo em nome da sã doutrina.
A vinda do Espírito Santo foi tanto para cumprir com o Evangelho quanto a vinda de Cristo foi o cumprimento da Lei e dos Profetas. Assim como todos os tipos e figuras da Lei não eram nada mais que sombras sem a vinda de Cristo, assim também o Novo Testamento é letra morta sem o Espírito Santo nos homens redimidos com o poder vivo de uma completa salvação. Isto fica claro a partir das seguintes palavras: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei” (João 16.7). Sem a cruz e a ressurreição, Cristo não teria “ido”. Estes eventos antecedentes possibilitaram a ascensão de Jesus, pois foi “pelo seu próprio sangue, [que Ele] entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. (...) Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (Hebreus 9.12,24). Assim, a vinda do Espírito Santo, sendo o fruto da morte, ressurreição e ascensão de Cristo, é essencial para o cumprimento da salvação que Cristo obteve.
Onde o Espírito Santo não é honrado como aquele através do qual a vida completa e o poder da salvação pelo Evangelho devem ser eficazes, não surpreende que os cristãos não tenham mais a realidade do Evangelho assim como os judeus não tinham mais a pureza da Lei. Por isso, os mesmos desejos pecaminosos e vícios que prosperaram entre os judeus apóstatas se expandiram com tanta força na cristandade caída. Pois o Novo Testamento, sem a vinda do Espírito Santo em poder sobre o ego, o pecado e o diabo, está para o céu assim como seria o Antigo Testamento sem a vinda do Messias. Será que é necessário falar mais para demonstrar a verdade de que a única coisa absolutamente essencial para a salvação do homem é o Espírito de Deus habitando e operando no espírito do homem? E o fato de estarmos ainda apegados a uma religião que não reconhece isto é uma prova concreta de que ainda não estamos naquele estado redimido em nossa comunhão com Deus, estado esse que é o objetivo do Evangelho. (T.A. McMahon — The Berean Call — Chamada.com.br)

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Amor sincero



por Kevin DeYoung

Paulo conclui sua carta aos Efésios com quatro palavras preciosas: “Paz seja com os irmãos e amor com , da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. A graça seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef. 6.23-24). Essas são quatro das mais importantes palavras que você ouvirá: paz, amor, fé e graça. E essa última frase? Absolutamente bela. Quão apropriado terminar a carta os Efésios com “amor sincero”.
E como é esse amor sincero?
É o que vemos em Efésios 4-6.
Nós amamos Jesus quando obedecemos seus mandamentos. Habitamos em Cristo quando Sua palavra habita em nós. Vivemos uma vida digna do chamado que recebemos. “Amor sincero” é uma frase elegante, mas é trabalho duro. Significa não viver mais como os pagãos vivem. Significa se despir das velhas roupas da ganância, sensualidade e impureza e se revestir das vestes da verdade, justiça e santidade.
É muito fácil falar de amor. O que o mundo precisa agora é de amor, doce amor. Mas poucas pessoas se dão ao trabalho de definir amor. Mas Paulo o faz o tempo todo em Efésios. Se nós realmente amamos, seremos pessoas mudadas. Iremos aborrecer a falsidade, ira injusta, roubo, conversas tolas e amargura. E iremos amar a verdade, a ira justa, o trabalho duro, palavras que edificam e compaixão. Seremos imitadores de Cristo. Não há amor de verdade em Cristo se não desejamos ser como ele em sua perfeita justiça e retidão, sua perfeita verdade e graça.
Se amamos nosso Senhor Jesus com amor sincero, iremos viver como filhos da luz, expondo as tenebrosos obras das trevas. Seremos cuidadosos em nosso viver, aproveitando ao máximo cada oportunidade, entendendo a vontade de Deus e sendo cheios do Espírito. Por amor a Cristo, esposas se submeterão aos seus maridos, filhos honrarão seus pais e empregados honrarão seus chefes. E por amor a Cristo, maridos irão entregar suas vidas por suas esposas, pais irão instruir seus filhos no Senhor e chefes irão tratar seus empregados como eles mesmos gostariam de ser tratados.
Se amamos nosso Senhor Jesus Cristo, não desistimos de nossa luta contra a carne e o diabo, mas iremos resistir às tramas do maligno. E acima de tudo, e na base de tudo, iremos orar – sem cessar, com todo tipo de orações, por todos os santos, com toda a perseverança.
Tudo isso é muita coisa que Deus requer de nós em nome do amor. Mas, não se esqueça, tudo que ele pede, ele provê. Amamos nosso Senhor Jesus Cristo com amor sincero porque nele nós conhecemos o amor imortal, incorruptível e imperecível de Deus por nós.
É o que vemos em Efésios 1-3.
Em Cristo nós fomos abençoados com toda benção espiritual. Fomos escolhidos nele para sermos santos e irrepreensíveis. Por meio de Jesus, fomos adotados como filhos de Deus. Nele, temos redenção por seu sangue. E nele Deus está fazendo convergir todas as coisas – reunindo todas as coisas no céu e na terra sob seu governo. Nele também fomos escolhidos, predestinados de acordo com o plano soberano de Deus. Em Cristo fomos selados com o Espírito Santo prometido, marcados como posse do próprio Deus para louvor de sua glória.
Em nosso Senhor Jesus Cristo, Deus está, agora mesmo, trabalhando com seu imenso poder em nós, os que cremos. E em Cristo já recebemos a vida nele, mesmo estando nós mortos em nossas transgressões. E nele estamos assentados nos lugares celestiais, para que nas eras vindouras Deus mostre a suprema riqueza de sua graça, expressada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus.
Nele nós fomos criados para boas obras. Nele, nós que antes estávamos longe fomos trazidos para perto. Nele, Judeus e Gentios, negros e brancos, Croatas e Sérvios podem se unir em um só corpo. Nele podemos nos aproximar de Deus com liberdade e confiança. Nele está o amor que é largo, comprido, alto e profundo e que excede todo o entendimento.
A esse Jesus Cristo, a quem amamos sinceramente, seja a glória por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!

http://reforma21.org/artigos/amor-sincero.html

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Dez mandamentos para pastores.

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por Joel Beeke

  1. Dê prioridade a sua comunhão pessoal com Deus. Coloque sua alma em primeiro lugar: você manter comunhão com Deus é um pré-requisito para ser um pastor eficaz ao seu povo. “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue” (At 20.28).
  2. Dê prioridade à oração e santidade. Não se empenhe em nenhum sermão, nenhuma obra pastoral, nenhuma tarefa do ministério sem buscar a face de Deus em Jesus Cristo. Siga o conselho de John Bunyan: “Você pode fazer mais que orar depois que orou, mas não pode fazer mais que orar até ter orado”. Santidade pessoal é não apenas um alvo necessário, como também maravilhoso, e normalmente inseparável do sucesso divino no ministério.
  3. Seja bíblico toda a sua vida. Seja como Bunyan, de quem Spurgeon disse, que se você furasse qualquer veia, o sangue que fluiria seria bíblico. Leia a Palavra, estude a Palavra, creia na Palavra, ore sobre a Palavra, ame a Palavra, viva a Palavra, memorize a Palavra, medite sobre a Palavra, cante a Palavra e pratique a Palavra.
  4. Lembre-se de que a pregação é a tarefa primária do ministro e que, para fazê-la corretamente, você precisa do Espírito Santo duas vezes para cada sermão: uma no escritório e outra no púlpito.
  5. Seja profundamente grato e humilde pela honra de ser um embaixador de Jesus Cristo. Permaneça convencido por toda a sua vida de que você tem uma vocação crucial, pois você está lidando com almas imortais para uma eternidade imortal.
  6. Pregue Cristo completo. Esteja determinado a ninguém conhecer segundo a carne – inclusive a si mesmo – e a gloriar-se em nada, exceto Jesus Cristo e este crucificado, exaltado e voltando! Seja desprendido e um pregador de Cristo. Você nunca O pregará o bastante. Dedique o melhor da sua vida pregando Ele bíblica, doutrinária, prática e experimentalmente. Resolva, como Thomas Boston, deixar o sabor de Cristo em tudo o que você fizer.
  7. Ame o Deus triúno; ame sua esposa e filhos; ame as pessoas; ame seu trabalho.
  8. Mantenha um senso radical de dependência da unção do Espírito Santo em tudo o que você pensar, disser e fizer. Dependa do Espírito em todo tempo.
  9. Peça que Deus te dê alguns amigos pastores muito próximos, a quem vocês possam prestar contas. Ame seus irmãos no ministério, e não compita com eles.
  10. Viva cada dia com uma perspectiva eterna que alimenta a urgência evangelística pelos perdidos e o amor pastoral pela maturidade dos santos. Tenha a eternidade em vista em tudo o que você fiezer, para que no grande dia você possa dar boa prestação de contas de seu ministério e ouvir seu Mestre dizer: “Bem está, servo bom e fiel…entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21)