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sábado, 13 de maio de 2017

Isto é uma ordem!

Espere no Senhor. Seja forte! Coragem! Espere no Senhor” (Salmo 27.14).
“Ó minh’alma espera no Senhor; tudo a ele entrega, com prazer te ajudará. Se tudo falhar, ele não o abandonará, maior que o teu Salvador jamais o teu problema será!” (Friedrich Räder). Esse cântico eu sempre cantei com profunda convicção. No entanto, quando a alma passava por dias nublados eu sempre sentia como é difícil esse “esperar”. Mesmo assim, fico feliz que a expressão “esperar no Senhor” é encontrada tantas vezes na Bíblia.
Espera no Senhor!” Esperar, na verdade, é algo mais do que simplesmente aguardar para ver como fica a situação. Esse esperar significa dirigir toda sua expectativa exclusivamente para a intervenção salvadora de Deus. Esperar é o olhar suplicante para aquele de quem nos vem toda a ajuda. Quem espera tem um anseio. Seus pensamentos estão voltados para a solução salvadora. Mesmo que ele esteja ameaçado de submergir no lamaçal das circunstâncias, ele mantém firmemente em suas mãos a bandeira da expectativa da vitória.
O rei Davi, que de fato passou por todos os desfiladeiros de sofrimentos e horrores, reconhece a fidelidade de Deus: “Já fui jovem e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado, nem seus filhos mendigando o pão” (Salmo 37.25). Não, nós não cremos apenas numa nuvem azul qualquer. Nós temos múltiplas promessas de Deus de que ele nunca nos abandonará. Por isso podemos contar seguramente com nosso Deus Onipotente, pois dele está escrito: “Pois nada é impossível para Deus” (Lucas 1.37). Mesmo que a matemática de nossa vida seja muito complicada e cause sérios problemas à nossa paciência, Deus nos exorta a esperarmos pela sua salvação.
Por isso, espere com fé e, com a inocência de uma criança, conte com a ajuda de seu Pai celestial. Querido filho de Deus, o Senhor tem soluções preparadas também para você. A sua situação não é complicada demais para o Senhor Jesus. Mesmo que agora milhares de ideias o atormentem, como se fosse granizo batendo sobre o telhado metálico de sua alma – suporte esse ruído ensurdecedor! Espere no Senhor! Quem está tentando lhe sussurrar que seu caso não tem solução? Quem lhe disse que suas dificuldades são muito grandes para o seu Deus? Talvez tenha sido o Senhor Jesus? Não, nunca! Muito pelo contrário! Você esqueceu que o espaço aéreo da sua alma é determinado a partir da torre controladora de Deus? Nossa fé não é um voo cego. Todavia, sem tentações não há batalhas de fé! Nós nos encontramos incessantemente numa batalha espiritual defensiva para resistir ao Diabo.
Esse esperar significa dirigir toda sua expectativa exclusivamente para a intervenção salvadora de Deus.
Você também conhece isso? Você se alegra em poder dormir aquele soninho após o almoço! Nada disso! Aquela mosca na sua janela já detectou seu lábio em seu visor. Enquanto você tenta um cochilo, ela pousa exatamente no local que acaba com os seus sonhos. Gostaria de ver alguém que, nesse detestável ataque, não sofre um abalo em seu nível de adrenalina. O descanso se foi. Cadê o mata-moscas?
Quantas vezes há “moscas” de pensamentos ímpios atrapalhando e inquietando nossa alma! E você espera que elas o deixem em paz? Que elas tenham consideração com você? Elas nunca o farão! Não, isso não funciona sem reação, por isso é preciso usar o “mata-moscas espiritual”. Não devemos permitir que os pensamentos perversos se transformem em espíritos atormentadores e que nos roubem a paz de Deus. Por isso, permaneça em “estado de alerta de fé”! Lembre-se constantemente das promessas de Deus ao invés de se torturar com ideias ímpias de “mas, se”, ou “será que Deus disse?”. Não obscureça sua alma com desconfiança diante de seu Pai celestial. — Manfred Paul
Manfred Paul é autor de muitos livros, folhetos e brochuras que foram distribuídos em mais de 30 países, encorajando milhões de pessoas. Casado há mais de 50 anos, tem 3 filhos e 10 netos. Foi Diretor e encarregado das missões da organização internacional Janz Team (agora TeachBeyond), em Lörrach, Alemanha. Por 24 anos foi evangelista e líder espiritual da missão Werner Heukelbach, onde pregou na Alemanha e no exterior. Também participou de transmissões de rádio em diversos países, como Alemanha, Rússia e Equador. Aos 76 anos, ele não pensa na bem merecida aposentadoria. Toda a sua vida está a serviço do Senhor Jesus Cristo.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Cair da graca, desviar e naufragar na fe' me fazem perder a salvacao?

http://youtu.be/OPIMzQxUPdw


Sua dúvida está em três versículos que parecem indicar que é possível a um crente perder a posição que recebeu como salvo por Cristo. É sempre importante entender que a Bíblia é categórica em afirmar que somos salvos unicamente pela obra de Cristo na cruz e que somos mantidos salvos pelo poder de Deus, não nosso. Portanto sempre que nos depararmos com versículos que parecem dizer que a salvação e/ou a manutenção dela dependam de nós devemos ter em mente que uma passagem não pode invalidar outra. Vamos primeiro ver os versículos que afirmam nossa segurança eterna depois de crermos em Jesus:

As ovelhas do Senhor NUNCA perecerão e JAMAIS serão tiradas da mão do Senhor:

"As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai" (João 10.27-29)

O responsável em manter o crente salvo é Deus:

"[Deus] é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória" (Jd 24)
"[Deus] pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7.25)
"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará" (1 Ts 5:23-24)

Sugiro também que leia estes links que dão mais provas de como a salvação é permanente e imutável:

http://www.respondi.com.br/2008/10/podemos-perder-salvacao.html
http://www.respondi.com.br/2011/04/seguranca-da-salvacao-depende-de-mim.html
http://www.respondi.com.br/2005/06/qual-diferena-entre-o-batismo-e-o-selo.html
http://www.respondi.com.br/2010/04/um-crente-pode-perder-sua-salvacao.html
http://www.respondi.com.br/2005/06/afastei-me-de-jesus-o-que-fazer.html
http://www.respondi.com.br/2007/05/possvel-ter-certeza-de-ir-para-o-ceu.html
http://www.respondi.com.br/2007/12/salvao-e-pela-graca-somente.html
http://www.respondi.com.br/2010/02/posso-ser-cortado-depois-de-crer.html
http://www.respondi.com.br/2010/04/um-crente-pode-perder-sua-salvacao.html
http://www.respondi.com.br/2010/02/para-ser-salvo-preciso-ir-frente-orar.html
http://www.respondi.com.br/2008/06/o-que-fazer-quando-nao-sinto-presenca.html
http://www.respondi.com.br/2008/01/e-pecado-considerar-se-salvo.html
http://www.respondi.com.br/2005/05/no-presuno-voc-dizer-que-est-salvo.html
http://www.stories.org.br/textos/scg.html
http://www.stories.org.br/textos/nunca.html 

Agora vamos examinar os versículos que parecem dizer que podemos perder a salvação e que nos falam de "cair da graça", "desviar-se da fé" e "naufragar na fé".

Gál 5:4 "Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído".

Este versículo obviamente não quer dizer que se alguém pecar perderá a salvação, e a razão é óbvia: não é mencionado qualquer pecado, mas justamente o oposto. Paulo está falando dos que procuram se justificar pela lei, isto é, por uma vida correta e em conformidade com os mandamentos de Deus. A passagem é clara em mostrar que a tentativa de se justificar por obras é contrária à graça.

Como já disse acima, existem muitos versículos que afirmam com todas as letras que uma ovelha de Cristo jamais perecerá e que sua salvação depende em tudo de Cristo e sua obra, e não do crente e seu andar. (Jo 3:16, 3:36, 5:24, 6:47, 10:28).

O mais provável aqui é que Paulo está falando de pessoas que professavam fé em Cristo, mas que ainda não estavam realmente salvas porque tentavam se justificar por obras da lei. É evidente que as duas coisas são incompatíveis.

Suponha que você encontra alguém que professe crer em Jesus nos dias de hoje (o que é comum no mundo ocidental) e você pergunte a essa pessoa por que ela acha que poderá chegar ao céu, e a resposta dela seja: "Eu procuro ser uma boa pessoa e viver segundo os dez mandamentos, nunca matei, nunca roubei, nunca adulterei etc.". Você poderia afirmar que tal pessoa foi salva pela fé em Cristo e sua obra na cruz? Não, pois ela está confiando em si mesma. A fé que ela diz ter em Jesus nada mais é que uma confiança em si mesma.

Você encontra outro exemplo de pessoas assim, porém referindo-se aos judeus que viveram nos tempos de Jesus, em Hebreus 6: "Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo. E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério" (Hb 6:4-6).

Veja que está falando de pessoas que foram privilegiadas com todas essas coisas porque acompanharam de perto Jesus (Judas é um exemplo), mas não diz que tenham crido ou sido salvas.

1Tm 6:10 "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores". 

A dificuldade com este versículo está por se achar que na Bíblia a palavra "fé" esteja sempre associada à salvação. A fé da qual fala aqui não é aquela que exercemos em Cristo e sua obra no momento em que cremos. Não é a fé que nos salvou, mas a fé que é exigida do crente para cada instante de seu andar. "Porque andamos por fé, e não por vista" (2 Co 5:7). Trata-se da "couraça da fé" (1 Ts 5:8), com a qual o crente deve estar sempre vestido para não ser surpreendido pelos ataques do inimigo.

Veja que aqui a fé está associada à manutenção de nossas necessidades diárias, daí a menção do amor ao dinheiro. Quando perdemos a fé ou confiança de que Deus é quem supre, passamos a cobiçar mais e mais, sucumbindo ao desejo pelas coisas terrenas.

1Tm 1:19 "Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé". 

Aqui o texto nos exorta a conservar a fé e a boa consciência para evitar o naufrágio na fé. Aqui também não está falando da fé salvadora, mas da fé contínua que devemos ter em nosso andar cristão. Por isso ela é associada aqui à consciência, que é algo ligado à vida prática e depende de constante auto-julgamento. Hamilton Smith comenta este versículo assim:

"Aqueles que têm dons, e mais ainda os que os exercitam em público, precisam estar atentos, para que, em meio aos constantes contatos, à constante pregação e ao trabalho público diante dos homens, não venham a negligenciar sua vida privada de piedade diante de Deus. Acaso as Escrituras não nos alertam para a possibilidade de pregar com toda a eloquência de homens e anjos, e mesmo assim não ser coisa alguma? Aquilo produz fruto para Deus, e que terá uma recompensa brilhante no dia vindouro, é uma vida de piedade da qual todo verdadeiro serviço a Deus deve fluir".

Exceto quando as condições climáticas ou do barco são ruins, a culpa do naufrágio é do piloto que não soube conduzir sua embarcação. Um cristão que perca sua confiança (fé) na Palavra de Deus e que não tenha uma boa consciência, por não julgar o mal em sua vida e andar, é como o piloto negligente que leva seu barco a naufragar.

Veja que ele menciona dois exemplos no versículo 20, Himeneu e Fileto, que foram entregues a Satanás por terem blasfemado. Entregar a Satanás significa autorizar que o inimigo coloque sua mão sobre a vida do crente, como aconteceu com Jó, para ele perder tudo aquilo em que confiava e ser disciplinado por algo que está errado em sua vida.

No Antigo Testamento Deus usava os inimigos de Israel para disciplinar seu povo. Muitos reis gentios foram a "vara" de Deus para afligir Israel. No tempo dos apóstolos estes tinham o poder de condenar alguém à morte, como Pedro fez com Ananias e Safira que mentiram ao Espírito Santo. É este o "pecado para morte" de que fala 1 João 5:16. Trata-se de morte do corpo, não condenação eterna.

Paulo autorizou que o homem promíscuo de 1 Coríntios 5 fosse "entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus" (1 Co 5:5). Mas em 2 Coríntios 2 fica evidente que aquele homem, apesar de perder sua comunhão com Deus e sofrer as consequências disso, não deixou de ser salvo pois o mesmo parece ter se arrependido de suas más práticas e os irmãos são exortados por Paulo a recebê-lo.

por Mario Persona

Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)

"Será que Marcos 16:16 ensina que o batismo é necessário para a salvação?

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Resposta: 
Como acontece com qualquer versículo ou passagem, discernimos o seu ensinamento ao primeiramente filtrá-lo através do que sabemos que o resto da Bíblia ensina sobre o assunto. No caso do batismo e da salvação, a Bíblia é clara que a salvação é pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, não pelas obras de qualquer tipo, nem mesmo o batismo (Efésios 2:8-9). Portanto, qualquer interpretação que chegue à conclusão de que o batismo, ou qualquer outro ato, seja necessário para a salvação é uma interpretação defeituosa. Para mais informações, por favor leia a nossa página sobre "A salvação é somente pela fé ou pela fé mais as obras?"

Em relação a Marcos 16:16, é importante lembrar-se de que há algumas questões textuais com Marcos capítulo 16, versículos 9-20. Há certa incerteza sobre se estes versículos eram originalmente parte do Evangelho de Marcos, ou se foram adicionados mais tarde por um escriba. Como resultado, é melhor não basear nenhuma doutrina fundamental nessa passagem, tal como lidar com cobras, a menos que também seja apoiada por outras Escrituras.

Supondo que o versículo 16 realmente fazia parte do manuscrito original de Marcos, será que ele ensina que o batismo é necessário para a salvação? A resposta simples é não, não ensina. Na verdade, quando se examina cuidadosamente este versículo, torna-se claro que, a fim de fazê-lo ensinar que o batismo seja necessário para a salvação, é preciso ir além do que o versículo realmente diz. O que este versículo realmente ensina é que a fé é necessária para a salvação, o que é consistente com todos os outros versículos da Bíblia que lidam com a salvação, especialmente os inúmeros versículos onde apenas crer ou fé é mencionado (por exemplo, João 3:18, 5:24, 12:44, 20:31, 1 João 5:13).

"Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado" (Marcos 16:16). Se avaliarmos este versículo de perto, vemos que é composto de duas afirmações básicas. 1) Aquele que crer e for batizado será salvo, e 2) quem não crer será condenado.

Claramente, o fator determinante sobre se uma pessoa é salva ou condenada é ter fé ou não. Ao interpretar esta passagem corretamente, é importante perceber que, embora nos diga algo sobre os crentes que foram batizados (eles são salvos), não diz nada sobre os crentes que não foram batizados. A fim de que este versículo ensine que batismo é necessário para a salvação, uma terceira declaração teria que ter sido incluída, algo como "aquele que crer e não for batizado será condenado" ou "Quem não for batizado será condenado". Entretanto, é claro que nenhuma dessas declarações se encontra nesse versículo.

Aqueles que tentam usar Marcos 16:16 para ensinar que o batismo é necessário para a salvação cometem uma séria, mas comum, falácia lógica que às vezes é chamada de falácia de inferência negativa. Essa falácia pode ser descrita assim: "Se uma afirmação for verdadeira, podemos supor que todas as negações dessa declaração também são verdadeiras." Em outras palavras, só porque Marcos 16:16 diz que "quem crer e for batizado será salvo", isso não significa que não será salva uma pessoa que tiver fé, mas não for batizada. No entanto, é exatamente isso o que aqueles que buscam usar esse versículo para apoiar o batismo como sendo necessário para a salvação têm que supor.

Muitas vezes, quando se considera falácias lógicas, pode ser útil avaliar outros exemplos da mesma falácia. Isso nos ajudará a enxergar com mais clareza a falácia que está sendo cometida. Neste caso, vamos considerar duas declarações diferentes, mas de estrutura semelhante. A primeira trata-se do furacão devastador que destruiu grande parte de Nova Orleans no outono de 2005. Como resultado desse furacão, muitas vidas foram perdidas e vastas áreas de Nova Orleans foram destruídas. Com esse cenário em mente, vamos considerar a primeira declaração que é muito semelhante em estrutura ao que encontramos em Marcos 16:16. "Aqueles que deixaram suas casas e fugiram de Nova Orleans foram salvos, aqueles que permaneceram em suas casas morreram".

Agora, se aplicarmos a mesma lógica a essa declaração, assim como aqueles que acreditam que Marcos 16:16 ensine que o batismo é necessário para a salvação, então teríamos de concluir que, se a primeira e segunda condições não foram satisfeitas (deixar suas casas e fugir de Nova Orleans), então todas as outras pessoas pereceram. No entanto, na vida real sabemos que não aconteceu assim. Algumas pessoas ficaram em suas casas nas áreas de baixa altitude e não pereceram. Nesta situação, é fácil ver que, embora a primeira afirmação seja verdadeira, não é verdade que todos aqueles que não fugiram de Nova Orleans pereceram. No entanto, se usarmos a mesma lógica sendo usada por aqueles que dizem que Marcos 16:16 ensina que o batismo é necessário para a salvação, essa é a conclusão que deve ser alcançada. Claramente, essa conclusão é errada.

Um outro exemplo pode ser a seguinte declaração: "Quem crer e viver em Kansas será salvo, aqueles que não creem serão condenados." Mais uma vez, tome nota da estrutura semelhante à de Marcos 16:16. Dizer que somente os crentes que vivem em Kansas são salvos é uma pressuposição ilógica e falsa. Embora Marcos 16:16 nos diga algo sobre os crentes que foram batizados (eles serão salvos), mais uma vez, não diz nada sobre os crentes que não foram batizados.

"Quem crer e viver em Kansas será salvo." "Quem crer e for batizado será salvo" (Marcos 16:16). Embora ambas as afirmações sejam verdadeiras, devemos notar que a primeira afirmação não diz nada sobre as pessoas que creem e não vivem em Kansas. Da mesma forma, Marcos 16:16 não nos diz nada sobre os crentes que não foram batizados. É uma falácia lógica e falsa suposição fazer com que a primeira declaração diga que alguém tenha que viver no Kansas para ser salvo, ou que a segunda declaração diga que alguém tenha que ser batizado para ser salvo.

Só porque Marcos 16:16 tem duas condições relativas à salvação (crer e ser batizado), isso não significa que ambas as condições sejam requisitos para a salvação. Isso seria também verdadeiro se uma terceira condição fosse adicionada. Quer sejam duas ou três condições em uma declaração sobre a salvação, isso não significa que todas as três condições devam ser satisfeitas para que se possa ser salvo. Na verdade, podemos adicionar qualquer número de condições secundárias para a fé, tal como se você crer e for batizado será salvo, ou se você crer, for batizado, frequentar a igreja e der o dízimo, você será salvo. No entanto, afirmar que todas essas condições são requisitos para a salvação é incorreto.

Isto é importante porque, a fim de saber que uma condição específica é necessária para a salvação, temos de ter uma declaração de negação como temos na segunda parte de Marcos 16:16: "quem não crer será condenado." Em essência, o que Jesus fez neste versículo foi dar-nos tanto a condição positiva de crença (todo aquele que crê será salvo) quanto a condição negativa da incredulidade (quem não crer será condenado). Portanto, podemos dizer com absoluta certeza que a fé é um requisito para a salvação. Ainda mais importante, repetidamente encontramos ambas as condições positivas e negativas nas Escrituras (João 3:16,18,36, 5:24, 6:53-54, 8:24, Atos 16:31).

Embora Jesus dê a condição positiva do batismo (quem for batizado) em Marcos 16:16 e outros versículos, em nenhum lugar da Bíblia encontramos a condição negativa do batismo sendo ensinada (tal como: quem não for batizado será condenado). Portanto, não podemos dizer que o batismo é necessário para a salvação baseado em Marcos 16:16 (ou qualquer outro versículo semelhante). Aqueles que o fazem estão baseando seus argumentos em uma lógica defeituosa.

Então, Marcos 16:16 ensina que o batismo é ou não necessário para a salvação? Essa passagem não ensina nenhum dos dois. Ela muito claramente estabelece que a crença é um requisito para a salvação, mas não prova ou refuta se o batismo é uma condição ou exigência para a salvação. Como podemos saber, então, se alguém deve ser batizado para ser salvo? Devemos avaliar a plenitude da Palavra de Deus para estabelecer isso. Para resumir as provas contra o batismo sendo necessário para a salvação:

1-A Bíblia é clara que somos salvos somente pela fé. Abraão foi salvo pela fé, e nós somos salvos pela fé (Romanos 4:1-25, Gálatas 3:6-22).

2-Por toda a Bíblia, em cada dispensação, pessoas têm sido salvas sem serem batizadas. Nenhum crente do Antigo Testamento (por exemplo, Abraão, Jacó, Davi, Salomão) foi batizado, apesar de ter sido salvo. O ladrão na cruz foi salvo, mas não foi batizado. Cornélio foi salvo antes de ser batizado (Atos 10:44-46).

3-O batismo é um testemunho da nossa fé e uma declaração pública de que cremos em Jesus Cristo. As Escrituras claramente nos dizem que temos a vida eterna no momento em que cremos (João 5:24), e a crença sempre vem antes de ser batizado. O batismo não nos salva, assim como levantar a mão ou recitar uma oração não nos salva. Somos salvos pela graça mediante a fé (Efésios 2:8-9).

4-A Bíblia nunca diz que alguém que ainda não foi batizado não é salvo.

5-Se o batismo fosse necessário para a salvação, isso significa que ninguém poderia ser salvo sem uma terceira pessoa estar presente. Em outras palavras, se o batismo fosse necessário para a salvação, alguém teria de batizar uma pessoa para que ela pudesse ser salva. Isso efetivamente limitaria quem e quando se pode ser salvo. Isso significa que alguém que confia na morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo, mas não tem a chance de ser batizado, não pode ser salvo. As consequências dessa doutrina, quando levada à sua conclusão lógica, são devastadoras. Um soldado que tem fé pereceria se fosse morto em batalha antes de poder ser batizado, etc.

6-Vemos por toda a Bíblia que um crente possui todas as promessas e bênçãos da salvação no momento em que passa a crer (João 1:12, 3:16, 5:24, 6:47, 20:31, Atos 10: 43, 13:39, 16:31). Quando uma pessoa acredita, ela tem a vida eterna, não entra em juízo e passou da morte para a vida (João 5:24), tudo isso antes de ser batizada.

Aqueles que acreditam em regeneração batismal fariam bem em considerar cuidadosamente e em oração em quem ou em que estão realmente colocando sua fé e confiança. Está a fé sendo colocada em um ato humano (ser batizado) ou na obra consumada de Cristo na cruz? Quem ou o que está sendo confiado para a salvação? Será que é a sombra (batismo) em vez da substância (Jesus Cristo)? Nunca devemos esquecer de que a nossa fé deve repousar somente em Cristo, porque "Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus" (Efésios 1:7).

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Certeza Que Consola

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Thomas Lieth
Esta mensagem lembra muito as palavras do salmista: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.26). Quando João Batista recebeu no cárcere a confirmação de que Jesus Cristo era realmente o Messias aguardado, teve condições de esperar sua execução sem se desesperar, com o coração consolado.
Em Mateus 11.2-3 lemos: “Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?”
João Batista, cuja vida apontava para a vinda do Salvador, e, como mensageiro do Messias, tinha a incumbência de preparar o povo de Israel para receber o Ungido, estava preso num cárcere. Nessa aflição, enviou dois de seus discípulos a Jesus com a pergunta: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” De repente, o coração de João começou a ser assaltado por dúvidas: esse Jesus era de fato o Messias ou eles deveriam esperar outro? Por que ele começou a duvidar?
Quando ainda batizava no Jordão e Jesus veio ter com ele,  João testemunhou com toda a clareza e com certeza inabalável: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29b). “...eu, de fato, vi e tenho testificado que ele (Jesus) é o filho de Deus” (v.34). Dois versículos adiante está escrito: “e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus!” (v.36). João não apenas cria em Jesus mas estava plenamente convicto de que esse Jesus era o Messias, o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus – sem duvidar e sem vacilar!

Esperanças não-cumpridas...

...vêm acompanhadas de dúvidas. O que João Batista esperava de Jesus? Ele, os discípulos e todo o povo de Israel esperavam o Messias chegando com poder e glória, libertando Israel do jugo dos romanos e estabelecendo o prometido reino messiânico. Mas essa expectativa não estava se concretizando naqueles dias. Ao invés de experimentar triunfo, alegria e regozijo, João Batista foi preso, jogado no cárcere, subjugado e humilhado. Por isso, em sua aflição e em suas dúvidas cruéis, João enviou dois de seus discípulos a Jesus para perguntar se Ele era o Messias prometido.
Seja como for, João dirigiu suas perguntas à pessoa certa. Ele sabia que somente Jesus poderia fornecer uma resposta confiável às dúvidas que assaltavam seu coração, dando nova perspectiva à sua situação nada satisfatória.

Uma resposta maravilhosa e miraculosa

Quando os dois discípulos, por ordem de João Batista, perguntaram se Jesus era o Messias prometido ou se deveriam esperar outro, Ele lhes respondeu: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mt 11.4-6).
Essa era uma resposta que esclarecia e elucidava o assunto. Mas por que ela foi tão minuciosa e tão bem explicada? Será que Jesus não poderia ter respondido com palavras mais breves e mais simples? Por que Ele não disse simplesmente aos enviados: “Digam a João: sim, eu sou o Messias!” Se Jesus tivesse respondido dessa forma, certamente João teria ficado satisfeito naquele momento. Mas depois de alguns dias, com a continuidade de sua aflição pessoal, as mesmas dúvidas voltariam a assaltar sua mente: “Será que Jesus mentiu para mim? Por que continuo na prisão? O que está acontecendo? Precisamos esperar por alguém ainda maior que Jesus?” Dúvidas, perguntas, questionamentos e mais dúvidas, assim como as encontramos com freqüência em muitos casos tratados no aconselhamento bíblico. E, muitas vezes, o resultado dessas dúvidas e questionamentos é a revolta contra Jesus! Não foi por acaso que Ele acrescentou à Sua resposta: “E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”.
Jesus respondeu de maneira bem diferente do que nós responderíamos e do que esperaríamos dEle. Sua resposta consistiu menos de palavras do que de obras. Ele mandou os discípulos olhar e ver o que estava acontecendo. Jesus também relacionou o que disse às declarações do profeta Isaías. Este havia profetizado que o Servo do Senhor, o Messias, iria pregar boas-novas e curar os quebrantados, sarar os cegos e os surdos e proclamar libertação aos cativos (Is 42.6-7,18; Is 61.1-2). Os dois discípulos de João viram todas essas coisas acontecendo diante de seus olhos. Mencionando tudo isso, Jesus deixou claro para João que Ele representava tudo o que havia sido profetizado acerca do Messias.

Certeza e confiança através do cumprimento da profecia bíblica

A resposta de Jesus não foi uma declaração apenas de lábios, não foi um simples sim ou não. Sua resposta estava embasada em fatos incontestáveis, fatos que permitiam a verificação de Sua reivindicação de ser o Messias. Essa resposta representava mais do que milhares de respostas afirmativas:“Sim! Eu sou o Messias!” Agora João tinha certeza absoluta de que esse Jesus era realmente o Filho do Deus vivo e que ele não precisava esperar por mais ninguém!
Antes de ser preso, ele tinha clareza sobre o fato de Jesus ser o Cordeiro de Deus que levaria o pecado do mundo. Mas quando viu que Jesus não libertava os judeus do jugo romano, e quando ele mesmo foi lançado no cárcere e esperava por sua execução, começou a duvidar da identidade de Jesus. Através da resposta dEle, trazida por seus discípulos, foi reconduzido à sua certeza inicial de que Jesus, e nenhum outro, era o Messias.
Mesmo que suas expectativas não tivessem se concretizado, mesmo que sua situação pessoal não tivesse mudado e até piorado, João não se irou contra Deus nem se revoltou contra o Senhor. Ele estava na prisão e não sabia o que lhe traria o dia de amanhã. Sua incerteza em relação ao futuro continuava a mesma, mas apesar disso ele tinha condições de continuar calmo e tranqüilo. Como isso foi possível? Mesmo que a aflição fosse a mesma, a legítima Palavra de Deus vinda da boca de Jesus lhe concedeu força e consolo, esperança e certeza! Agora ele podia viver na convicção de que Jesus era o Messias e que a Palavra de Deus se cumpre – sempre! Diante dessa convicção nascida na fé, todos os outros assuntos perderam sua importância, e João conseguiu colocar todas as questões pessoais em segundo plano. Prisão ou palácio, riqueza ou pobreza, agora apenas uma coisa contava: somente Jesus!
Quais são as nossas expectativas? Qual a nossa esperança? O que nós aguardamos? Talvez você esteja decepcionado porque o Arrebatamento ainda não aconteceu. Você fica irado com Jesus porque continua desempregado? O que pesa em seu coração? Quais os seus questionamentos? Quais as suas dúvidas? O que deixa você insatisfeito? Jesus diz que “bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”. Certamente nós também temos muitas razões para estarmos satisfeitos, tranqüilos e consolados, para sermos gratos. Paulo escreveu palavras cheias de consolo aos cristãos em Filipos enquanto estava na prisão, não a partir de um palácio em Roma. Essas palavras até hoje trazem conforto e alento renovado também a nós, que seguimos o Cordeiro – a cada um de nós pessoalmente, independentemente das condições em que vivemos e do que estejamos passando: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.4-7).
Deveríamos confortar e estimular uns aos outros continuamente com essas afirmações, assim como João se alegrou sobremaneira com as palavras que Jesus mandou dizer-lhe! Jesus é o Filho de Deus, Ele cuida de nós, a Palavra se cumpre e Cristo voltará como prometeu (Jo 14.2-3; veja 1 Ts 4.16-18). Até que estejamos para sempre na glória com Ele, pratiquemos o que está escrito em Filipenses 4.6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições...” Então “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” guardará nossos corações e nossas mentes“em Cristo Jesus” (v. 7).
 (Thomas Lieth - http://www.chamada.com.br)

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Graça Barata?



René Malgo
Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tito 2.11-12).
Jesus vive! Ele está sentado à direita do Deus Pai. Ele intercede constantemente por nós diante do Pai. Os Céus estão abertos. A graça foi revelada a todas as pessoas, nos oferece a vida eterna gratuitamente e, se cremos em Jesus Cristo, Ele nunca mais nos deixará. Sobre isso há um exemplo fictício que já foi utilizado em muitos sermões – duas situações, dois dias diferentes na vida de um cristão:
1º Dia – Levanto-me cedo, pela manhã, invisto tempo para ler a Bíblia e para orar. Dirijo-me ao trabalho, bem humorado. Meu chefe me ordena fazer algumas tarefas desagradáveis que, na verdade, deveriam ser feitas por um dos meus colegas. Com algum esforço, consegui responder: “Sim, faço com prazer!” ao invés de responder com reclamações. Depois do expediente, a caminho de casa, encontrei alguém para compartilhar o Evangelho e faço-o com alegria. À noite, ao invés de sentar à frente da TV, aproveito para ler a Bíblia. No fim do dia, bem disposto e tranqüilo, vou dormir.
2º Dia – Mal consigo sair da cama. Chego ao trabalho quase “queimando” o horário. Estou mal-humorado, não tive tempo para tomar café e muito menos para ler a Bíblia e orar. Novamente, meu chefe – ainda entusiasmado com o dia anterior –me encarrega de fazer algo que é de responsabilidade daquele meu colega preguiçoso. Mesmo resmungando, aceito a incumbência, mas, em meu coração, fico extremamente irritado. Executo o trabalho totalmente irado. O almoço também não estava bom e, além disso, ninguém me elogiou pelos meus serviços. Estou intratável e tenho auto-comiseração. Depois das horas-extras que fui obrigado a fazer, finalmente saio do meu local de trabalho. Novamente surge a oportunidade de testemunhar, porém, estou sem vontade de fazê-lo. Cansado e frustrado sigo o meu caminho. À noite, sobrecarrego meu estômago e me jogo no sofá, diante da “telinha” e a Bíblia fica ao meu lado, abandonada. Inquieto deito-me e procuro adormecer.
Pergunta: Em qual dos dois dias eu demonstrei ser digno da graça de Deus?
Resposta: Em nenhum deles. Esta é a característica da graça: Ela é imerecida. Não conseguimos desenvolvê-la por nossa força ou méritos. A graça que foi revelada proclama que Jesus Cristo já consumou tudo por nós e nos oferece a vida eterna, um relacionamento pleno com Deus (Efésios 1-3).
Alguns cristãos têm dificuldades em aceitar essas verdades porque temem que as pessoas poderiam se aproveitar dessa graça para viver livremente, sem qualquer lei. Isso, de fato, pode ser verdade: Algumas pessoas terão uma compreensão errada sobre a graça, considerando-a algo barato, de pouco valor.
Isso não seria de admirar, pois, Paulo esclarece em 1Coríntios 2.14: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura...”. O homem natural, incrédulo pode interpretar erradamente o “escândalo da graça” como uma permissão para pecar. Além dos tipos de pessoas, que Paulo menciona em Tito 1.10,15 –“palradores frívolos”, “enganadores”, “impuros” e “descrentes”, o apóstolo acrescenta:“No tocante a Deus, professam conhecê-lo; entretanto, o negam por suas obras; é por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra” (Tito 1.16).
No entanto, a questão é: Se, de fato, fui alcançado por essa graça de Deus, revelada em Jesus Cristo, eu ainda ouso abusar dessa graça imensurável, da minha vida eterna? O apóstolo Paulo considera que se alguém o faz, na verdade, não é cristão, não conhece a Deus.
A graça não conduz para uma vida desregrada, mas nos livra dessa vida desregrada. Em última análise, Jesus Cristo, ao se entregar por nós, nos resgatar e purificar, o fez para Si mesmo. Essa obra redentora nos tornou “povo de Sua propriedade”, conforme Paulo menciona em Tito 2.14. Nós, cristãos, não constituímos uma sociedade da qual é possível se dissociar, nenhum círculo de amigos cujos componentes podemos selecionar, mas somos propriedade do Altíssimo, comprados com o preciosíssimo sangue do Senhor Jesus Cristo, para sermos zelosos “de boas obras” (Tito 2.14).
Contudo, devemos manter claro em nossas mentes que nossas realizações e nossas obras não têm parte em nossa salvação. Paulo, nesse aspecto, concorda com Tiago que diz: “...a fé sem as obras é inoperante...” (Tiago 2.20). Nossas boas obras são um fruto natural resultante da obra de Cristo por nós, a nossa salvação. Nossas obras não contribuem para a nossa vida eterna, mas comprovam que temos vida eterna. O significado das boas obras é ressaltado várias vezes, na carta de Tito (cap. 3.8,14). Ainda, em Tito 2.11-15, após a constatação de que somos redimidos, Paulo reforça a recomendação de sermos zelosos em boas obras: “Dize estas coisas; exorta e repreende também com toda a autoridade” (Tito 2.15). Boas obras são uma parte imprescindível da vida do cristão.
Uma pergunta impertinente: “Você afirma que é salvo, que tem vida eterna e que conhece a Deus?” Tiago continua: “Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé” (Tiago 2.18). De acordo com Tito 3.1, pessoas salvas deveriam estar “prontos para toda boa obra”.
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Se cremos em Jesus Cristo, a graça de Deus nos capacita para termos uma vida temente a Deus e para as boas obras, porque Ele nos libertou “de toda iniqüidade” (Tito 2.14). Não é à toa que Paulo reforça, na carta de Tito, que tivemos um novo nascimento e fomos renovados pelo “Espírito Santo, 6que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador” (Tito 3.5-6). Somos novas criaturas (2Coríntios 5.17).
Nossa possível inoperância, nossas desculpas como: “Sou muito fraco”, “sou um fracassado”, “preciso ser mais cheio do Espírito Santo”, “sou muito pecador” e outras semelhantes são expressões de incredulidade e de desobediência! Paulo nos diz claramente: A graça, que nos foi revelada, nos orienta (Tito 2.11). Jesus Cristo, ao nos libertar de toda a iniqüidade, nos capacita (Tito 2.14).
Isso não significa que podemos viver sem pecado em nossos corpos corruptíveis. Issonão significa que não teremos lutas e, repentinamente, nos tornamos fortes. Pelo contrário, no momento em que a graça transforma nossa vida, realmente começam as lutas contra o pecado e então percebemos quão fracos somos.
No entanto: Não desanime se você sentir que não é perfeito. “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos” (Isaías 57.15). Justamente na nossa fraqueza é que a força de Deus se torna poderosa (2Coríntios 12.9). Não se admire se não encontrar nenhum poder em si mesmo que o possa capacitar para uma vida temente a Deus e de boas obras. Na verdade, você não vai encontrar nada! Você pode meditar e se esvaziar a ponto de se esvair. O seu “...socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Salmos 121.2).
Tudo é uma questão de “vida de obediência na fé”: Se cremos em Jesus Cristo, podemos obedecer a Deus em qualquer situação, graças ao derramamento do Espírito Santo, porque a graça nos foi revelada – Jesus salva – e porque a graça permanece conosco –Jesus vive! Isso dá sentido à nossa vida e ela não se torna vã.
Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, 25ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!” (Judas 24-25). (René Malgo — Chamada.com.br)

sexta-feira, 11 de março de 2016

Quais são os pontos essenciais da fé cristã?

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por Kevin DeYoung

Quase todo cristão faz alguma distinção entre o essencial da fé e o que não é tão essencial. A distinção em si é bastante controversa. Mas quais são exatamente os fundamentos? Isso é um pouco mais difícil.
Há uma série de maneiras de se responder a esta pergunta. Poderíamos olhar para a história da igreja e o que o povo de Deus sempre acreditou. Poderíamos olhar para os antigos credos e confissões da igreja. Poderíamos olhar para os maiores temas da Bíblia (por exemplo, a aliança, o amor, a glória, a expiação) e as passagens mais importantes (por exemplo, Gênesis 1, Êxodo 20, Mateus 5–7, João 3 , Romanos 8). Eu quero ir por uma rota um pouco diferente e considerar quais são os comportamentos e crenças, sem os quais as Escrituras dizem que nós não estamos salvos. Estes não são requisitos que devemos cumprir a fim de nos salvar e ganhar o favor de Deus. Antes, essas são as crenças e comportamentos que se manifestarão no verdadeiro cristão.
Não tenho a pretensão de dizer que isto está perto de uma lista completa da Bíblia. Mas uma lista como esta pode ser útil na proteção contra os falsos ensinos e para examinar nossas próprias vidas.

Dez Comportamentos cristãs essenciais

1 . Nós nos arrependemos e deixamos os nossos pecados (Mateus 5.29–30 ; 11.20–24 , Atos 2.38 ; 3.19; . Hebreus 10.26–27).
2 . Nós perdoamos aos outros (Mateus 6.14–15 ; 18.33–35).
3. Somos íntegros em nossa devoção a Deus e a Jesus Cristo (Mt 6.24 ; 10.38–39 , 19.16–30 , João 12.24–26).
4 . Reconhecemos publicamente Jesus diante dos outros (Mateus 10.32–33 , 21.33–44, 22.1–14, 26.24, João 5.23)
5. Nós obedecemos os mandamentos de Deus e não fazemos do pecado uma prática (João 14.15, 1 João 3.9–10, 1 João 5.2).
6. Vivemos uma vida que seja frutífera e não carnal (Mateus 12.33–37 ; 21.43 ; 24.36–51 ; 25.1–46 ; Gl 5.18–24 , 6.5 , Hb 13.4 , 1 Coríntios 6.9–10 ).
7. Somos humildes e ficamos com o coração partido por nossos pecados (Mateus 5.3 ; 18.3–4 ; 1 João 1.8–10 ) .
8. Nós amamos a Deus e amamos aos outros (Mateus 22.34–40 , João 11.35 , 15.12 , 1 Coríntios 13.1–3 ; 1 João 3.14–15 ) .
9. Devemos perseverar na fé (Hb 6.4–6 ; 10.29–31 ; 12.12–17 , 1 Coríntios 9.24–27 ; 1 Timóteo 5.11–12 ) .
10. Nós ajudamos nossa família natural e família da igreja, quando há necessidades físicas ( 1 Tm 5.8; . 6.18–19 , 1 João 3.17).

Dez crenças cristãs essenciais

1 . Devemos nascer de novo pelo Espírito de Deus (João 3.5).
2 . Jesus é o Cristo, o Filho de Deus ( João 3,18 , 36, 6.35 , 40, 47, 53–58 , 8.19, 24; 11.25–26 ; 12.48 , 14.6 , 15.23; 20.30–31 ; Gl 3.7–9 ).
3. Os benefícios do evangelho vêm pela fé, não por obras da lei (At 15.8–11 ; Gl 1.6–9 ; 2.16 , 21; 3.10–12 , 22 ) .
4 . A salvação vem de Jesus Cristo, nosso sumo sacerdote fiel, o resplendor da glória de Deus e nosso irmão na carne (Colossenses 1.15–23 ; Heb 2.4 ) .
5. Deus existe e recompensa aqueles que o buscam (Hebreus 11.6 , 16).
6. Somos salvos por Jesus Cristo e este crucificado (1 Coríntios. 1.18).
7. A boa notícia do Evangelho é que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a muitas testemunhas ( 1 Co 15.1–11) .
8. Jesus Cristo ressuscitou corporalmente e nossos corpos serão ressuscitados (1 Coríntios 15.12–19) .
9. Jesus foi manifestado na carne, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na glória (1 Tm 3.16; 1.3, 18–20 ; 6.3-4 , 20–21).
10. Deus nos salvou e nos chamou para uma santa vocação, não por causa de nossas obras, mas por causa de seu próprio propósito e graça que nos foi dado em Cristo Jesus antes dos tempos eternos, e que agora se manifestou pelo aparecimento de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte e trouxe vida e imortalidade à luz através do evangelho (2 Tm 1.8–14).
Você poderia multiplicar listas assim dez vezes. A questão não é ser exaustivo, mas mostrar a título de exemplo apenas quantas coisas que a Bíblia considera serem essenciais e quão preciosas essas verdades devem ser para o cristão. Há uma série de comportamentos nas Escrituras que servem para provar ou refutar o nosso compromisso cristão. Da mesma forma, há uma série de crenças nas Escrituras, sem as quais não podemos ser salvos e que deve ser verdade, se a salvação é mesmo possível. Faríamos bem em estudar essas crenças e comportamentos, abraçá-los, bem como promover e protegê-los com nosso máximo zelo e esforço.
Traduzido e cedido por André Nascimento Freitas
Traduzido por Reforma21 | Reforma21.org | Original aqui
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