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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

A Fé desigrejada.



Vivemos tempos em que as mudanças são tantas que até neologismos precisam ser inventados para dar conta de apreender parte do que está acontecendo. Elas abarcam todas as áreas da vida e conhecimento e, para não ser exceção (ainda que alguns queiram que assim seja), também afetam as igrejas e a maneira como se tem pensado a fé e vivido a vida cristã.
É verdade que o anúncio e os ensinos feitos por Jesus foram uma revolução para o modelo engessado e hierárquico da religiosidade sacerdotal e templária. Quando Ele disse que iria destruir o templo, Ele o fez de forma concreta, mas alternativa, na afirmação feita à Samaritana. Diante da pergunta por ela feita se o lugar certo para adorar a Deus era no monte em Samaria ou no Templo em Jerusalém, Jesus deu a resposta: “vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. Com isto Ele destronava o local geográfico da adoração e o colocava na atitude do adorador.
Esta Sua colocação, ao que tudo indica, não foi compreendida pelos apóstolos, uma vez que Pedro, Tiago e outros, se reuniam no templo e faziam do cristianismo uma extensão ou reforma ao judaísmo. O cristianismo primitivo (talvez o correto seja dizer de cristianismo primitivos, porque houve muitas formas de se entender e viver a fé), de uma postura orgânica e não-institucional, sentiu a necessidade de, aos poucos, ir elaborando suas crenças e sistematiza-las. Os grandes embates nos primeiros séculos foram no sentido da afirmação da fé genuína e a condenação das heresias.
Com isto, a igreja se institucionalizou, fortaleceu e afirmou a “verdade” e condenou as “heresias”. Verdade era o que a instituição afirmava. Heresia o que os alternativos diziam. Era a verdade do poder eclesial.
Com a reforma houve uma verdade alternativa, também institucionalizada nas igrejas reformadas e no poder de sistematização dos reformadores.
Este modelo se construiu e se sustentou nas igrejas reformadas na base do tripé: confissão de fé (condensado das afirmações da instituição), pregação monológica de um educado em teologia e disciplina dos que se aventuravam por caminhos não confessionais. Na Católica a base era a autoridade papal e episcopal, a celebração dos sacramentos e a aplicação da excomunhão.
Desde a Reforma as igrejas protestantes e históricas obedecem a este modelo. Com o advento das igrejas pentecostais, a pregação cedeu a preeminência para os testemunhos. Mesmo assim, o modelo monológico foi praticado à exaustão. A igreja é formada, então de “ouvintes” e não de participantes. Uma igreja de uma boca e muitas orelhas!
Este modelo vem ruindo com a nova geração, mais afeita às redes sociais e à possibilidade de dar a opinião. Os pastores engravatados estão perdendo autoridade e influência para jovens que postam suas convicções nas redes sociais, sem nenhum compromisso com a história do pensamento cristão e com a lógica. A nova igreja se reúne nos Facebooks, Tweetes  e Youtubes, cada qual falando o que quiser, e com uma enxurrada de críticas, muitas ácidas. É o evangelho “segundo o que penso”. “Eu sou a verdade”.
Onde isto vai dar? É o que teólogos, estudiosos, cristãos com mais de 40 anos estão se perguntando. Seria um modelo de fé “desigrejada”, sem a comunhão com os outros?
Se alguém souber a resposta, por favor, me avise e compartilhe.

Marcos Inhauser
http://inhauser.blogspot.com.br/2017/09/a-fe-desigrejada.html?m=1

sábado, 11 de fevereiro de 2017

A Igreja está cheia de hipócritas?

Resultado de imagem para http://reforma21.org/artigos/a-igreja-esta-cheia-de-hipocritas.html



por R.C. Sproul



Há 30 anos, meu colega e amigo íntimo Archie Parrish, que naquela época liderava o programa de Evangelismo Explosivo (EE) em Fort Lauderdale, veio até mim com um pedido. Ele percebeu que, nas centenas de visitas evangelísticas feitas pelas equipes do EE, havia um registro das respostas que as pessoas davam nas discussões sobre o Evangelho. Eles coletaram as questões e objeções mais frequentes que as pessoas levantavam sobre a fé cristã, e agrupou essas perguntas ou questionamentos nas 10 mais frequentemente feitas. Dr. Parrish perguntou se eu poderia escrever um livro respondendo a essas objeções, para ser usado em sua missão. Esse esforço resultou no meu livro Objections Answered, agora entitulado Reason to Believe. Entre as 10 objeções mais levantadas estava a objeção de que a igreja está cheia de hipócritas. Naquela época, o Dr. D. James Kennedy a respondeu dizendo: “Bem, sempre há lugar pra mais um”. Ele alertou as pessoas que, caso encontrassem uma igreja perfeita, elas não deveriam congregá-la, pois  isso a estragaria.
O termo hipócrita vem do mundo do teatro grego. Era usado para descrever as máscaras que os atores usavam ao dramatizar certos papéis. Ainda hoje, o teatro é simbolizado pelas máscaras gêmeas da comédia e da tragédia. Na antiguidade, certos atores atuavam em mais de um papel, e eles identificavam seu personagem ao segurar uma máscara em frente ao rosto. Essa é a origem do conceito de hipocrisia.
Mas a acusação de que a igreja está cheia de hipócritas é claramente falsa. Embora nenhum cristão alcance a medida perfeita da santificação nesta vida, e que nós todos lutemos com o pecado constantemente, isto não justifica o veredito de hipocrisia. Um hipócrita é alguém que faz coisas que ele afirma não fazer. Observadores externos da igreja cristã veem pessoas que professam ser cristãs e veem que elas pecam. Uma vez que veem o pecado na vida dos cristãos, se apressam em julgar que, portanto, esses cristãos são hipócritas. Se uma pessoa diz não ter pecado e então se mostra pecadora, certamente essa pessoa é hipócrita. Mas o simples fato de um cristão demonstrar que é pecador não o condena como hipócrita.


Essa lógica invertida funciona mais ou menos assim: Todos os hipócritas são pecadores. João é um pecador; portanto, João é um hipócrita. Qualquer pessoa que conheça as leis da lógica sabe que esse silogismo não é válido. Mas se simplesmente mudarmos a acusação de “a igreja está cheia de hipócritas” para “a igreja está cheia de pecadores”, aí seríamos rápidos em nos declarar culpados. A igreja é a única instituição que eu conheço que exige o reconhecimento de ser pecador para alguém tornar-se membro. A igreja está cheia de pecadores porque a igreja é o lugar onde pecadores que confessam seus pecados encontram redenção de seus pecados. Então, neste sentido, simplesmente porque a igreja está cheia de pecadores não se justifica a conclusão de que ela está cheia de hipócritas. Novamente: toda hipocrisia é pecado, mas nem todo pecado é o pecado da hipocrisia.
Quando observamos o problema da hipocrisia na época do Novo Testamento, vemos mais claramente expresso nas vidas daqueles que clamavam ser mais justos. Os fariseus eram um grupo de pessoas que, por definição, se enxergavam como separados da pecaminosidade normal das massas. Eles começaram bem, procurando uma vida de piedade e submissão devotadas à Lei do Senhor. Entretanto, quando seu comportamento falhou em alcançar seus ideais, eles começaram a abraçar o fingimento. Eles fingiam que eram mais justos do que eles eram. Usavam uma fachada externa de justiça, o que servia simplesmente para mascarar a corrupção radical de suas vidas.
Embora a igreja não esteja cheia de hipócritas, não há dúvidas de que a hipocrisia é um pecado que não está limitado ou restrito aos fariseus do Novo Testamento. É um pecado que os cristãos devem combater. Um alto padrão de comportamento reto e espiritual foi proposto para a igreja. Nós frequentemente somos envergonhados por nossas falhas em alcançar esses objetivos altos, e somos inclinados a fingir que alcançamos um ponto mais alto de justiça do que realmente conseguimos. Quando fazemos isso, colocamos a máscara de hipócrita e estamos debaixo do julgamento de Deus sobre esse pecado em particular. Quando nos encontramos enrascados neste tipo de fingimento, um alarme deve tocar em nossas mentes, a fim de que corramos de volta para a cruz e para Cristo, e entendamos onde nossa verdadeira justiça reside. Devemos encontrar em Cristo não uma máscara que esconde nossa face, mas um verdadeiro guarda-roupas, que são a Sua justiça. De fato, é somente debaixo da veste que é a justiça de Cristo, recebida pela fé, que qualquer um de nós pode ter esperança de permanecer diante de um Deus santo. Vestir pela fé os trajes de Cristo não é um ato de hipocrisia. É um ato de redenção.
Traduzido por Josaías Jr
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Como encontrar uma boa igreja?


T. A. McMahon

Pergunta: Parece que, em nossa região, não conseguimos encontrar uma igreja que tenha uma liderança piedosa e uma pregação bíblica. Sentimo-nos sozinhos e agora só lemos a Bíblia e oramos em casa. O que devemos fazer? E como encontraremos uma “boa” igreja?
Resposta: Este é um comentário triste sobre o estado das igrejas e recebemos muitos desses questionamentos. O que caracteriza uma igreja “saudável”? Crucial para a resposta é Mateus 18.20: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”. O próprio Cristo deve ser o enfoque central – não um pastor, sermões fascinantes, ou mesmo uma forte ênfase missionária, programas interessantes para jovens, boa comunhão entre os membros, ou até doutrinas saudáveis, embora todos estes fatores sejam muito importantes. Um amor fervoroso por Cristo, juntamente com louvor e adoração à Pessoa de Jesus, pelo grupo todo, vindo do fundo do coração, deve ser a principal marca de uma igreja saudável.
A igreja primitiva era assim. Ela se reunia regularmente no primeiro dia da semana em lembrança da morte do Senhor. Aquela efusão semanal de adoração, louvor e ação de graças tinha um propósito – dar a Deus Seu reconhecimento devido. Não é principalmente uma questão das minhas necessidades, minha edificação, meu prazer ou minha satisfação espiritual, mas do valor dEle aos meus olhos e aos olhos da igreja.
Em minha opinião, nosso enfoque secundário deveria ser nossa oportunidade para servir com um grupo de crentes. Dou de mim mesmo a um povo necessitado, imperfeito, por quem posso orar, com cujas necessidades posso me preocupar de maneira prática, a quem posso estimular e ministrar a Palavra, e em meio a quem posso demonstrar e realizar o desejo de Cristo de que os Seus “sejam um”. Esta comunhão é uma ordem: “Não deixemos de congregar-nos” (Hebreus 10.25). É nosso prazer nos reunirmos com o povo de Deus em orações de intercessão e estudo da Palavra, ou somente a manhã dos domingos já é suficiente? Uma igreja saudável não irá se reunir somente com Ele, mas também uns com os outros.
Por fim, preciso avaliar minhas próprias necessidades espirituais. Os pastores devem providenciar alimento espiritual que irá nutrir o rebanho, para que possa “ser perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3.17). Esta é uma grande ordem e requer, logicamente, um rebanho disposto a aprender, que ame a Palavra e que aceite sujeitar-se a ela. Os pastores também devem guardar o rebanho de Deus, mantendo-o livre de doutrinas falsas e perigosas, contrárias à verdade. Eles devem se apegar à pura Palavra de Deus como a única autoridade de fé e padrões morais.
Então, talvez você diga: “Maravilhoso! Conduza-me a uma igreja como essa”. Lembre-se, entretanto, da ordem por prioridades: adorar (você adora sinceramente, de todo o coração, de maneira que satisfaça o objeto do seu louvor?); servir (você serve, da forma como Jesus mesmo nos deu exemplo, com humildade e alegria?); necessidades pessoais (você está crescendo, amadurecendo, assumindo o caráter de Cristo?).
A decisão final quanto à filiação a uma igreja deve ser sua, em oração. Seu louvor pessoal ao Senhor é algo tão cheio de alegria e satisfação, tanto para você quanto para Ele, de forma que supere outras considerações? Suas oportunidades de servir aos irmãos e irmãs são suficientemente significativas? Ou as preocupações com a doutrina e a falta de pregação e ensinamento bíblicos cancelam as duas questões anteriores? Você deve buscar o Senhor para ouvir a resposta dEle. A segurança reconfortante do Senhor, entretanto, permanece: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18.20). (T. A. McMahon – TBC)

sábado, 29 de outubro de 2016

Jovens pastores e a esperança para o futuro


Hoje passei algumas poucas horas, mas encorajadoras, com um grupo de jovens pastores – homens que estão sendo tremendamente usados por Deus para alcançar sua própria geração, e muito mais. Essa experiência me deixou muito grato, e me levou a pensar sobre o porquê dos batistas do sul [NT: dos EUA] deveriam ser realmente gratos pelo surgimento dessa geração de jovens pastores.
1. Eles estão profundamente comprometidos com o Evangelho e a autoridade das Escrituras. São homens levados por convicções e a habilidade de “ligar os pontos” teologicamente. Entendem a ameaça do liberalismo teológico e não querem nada com ela. Amam o Evangelho e se agarram fortemente a ele. São encorajados por uma teologia bíblica que os leva a alegria e os firma na verdade.
2. Eles amam a igreja. Esses são pastores resistiram à tentação de desistir da igreja ou se satisfazerem com alguma forma paralela de ministério. Amam as pessoas, amam a igreja, e vêem o Corpo de Cristo como parte do propósito redentivo de Deus. Gostam do árduo trabalho da igreja e não se intimidam. Eles entendem a alegria de uma autêntica comunidade Cristã e dão suas vidas por ela. Estão resgatando uma eclesiologia bíblica em sua totalidade. Afirmam e praticam a disciplina da igreja. Eles vêem a glória de Deus em uma congregação de várias gerações de crentes crescendo juntos em fé.
3. Eles são pregadores e professores abençoados. Eles distribuem a Palavra da Verdade de forma justa e não de desculpam por pregar a Bíblia. São dedicados à pregação expositiva e sabem, de fato, o que ela significa. Nem sempre usam o púlpito, mas tem algo importante para dizer quando se dirigem à congregação.
4. São ávidos evangelistas. São levados por uma urgência de ver pessoas perdidas se achegando ao conhecimento de Jesus para se tornarem crentes e discípulos. São inovadores em suas metodologias por entenderem o Evangelho de Jesus Cristo. Eles afirmam que Jesus é sim, o Caminho, a Verdade, e a Vida, e eles sabem que não há outro Evangelho que salve.
5. São complementaristas que acreditam nos papéis dos homens e das mulheres tanto na igreja como no lar. Amam o casamento como dom de Deus e a bênção dos filhos, e deixam claro que o discipulado Cristão requer fidelidade no casamento, na família, na educação dos filhos e na sexualidade, e abraçam os ensinamentos que a Bíblia propõe para o homem e a mulher nesses assuntos. Além disso, motivam os homens mais novos a também abraçarem esses ensinamentos de Deus para suas vidas. Falam abertamente sobre sua felicidade com suas esposas e filhos. Eles trocam fraldas.
6. São homens de visão. Usam inteligência e discernimento para levantarem igrejas e para a causa do Evangelho. Eles enxergam e aproveitam as oportunidades. Estão plantando e construindo igrejas que glorificam a Deus ao alcançar o mundo, pregar o evangelho e transformar vidas. São crentes inovadores. Amam desafios. Ficariam constrangidos se tivessem objetivos pequenos.
7. São homens de alcance global e grande paixão pela Grande Comissão. Desejam ansiosamente ver as nações exaltando a Cristo. Nunca ouviram falar de um mundo com fronteiras fixas e alvos nacionais. Com muito anseio enviam, vão, e dão. Recusam-se a deixar suas congregações se fixarem em si mesmas. Olham para os povos não alcançados e ouvem seu clamor.
8. São homens felizes. Estar com eles é sentir sua alegria e falta de cinismo. Não estão interessados em reclamar da igreja. São plantadores e edificadores. Alguns ficam em dúvida com quando vêem tantas estruturas e hábitos denominacionais, mas não desistem.
Muitas denominações olham para a nova geração e se perguntam se verão verdadeiros pastores, ou se esses novos pastores amarão o Evangelho, pregarão a Palavra e se terão comprometimento com a igreja e a grande comissão. Batistas do Sul têm a bênção de olhar para a nova geração de pastores e verem tanto disso que ficam muito satisfeitos, felizes, e ansiosos pelo amanhã. Quanto mais novo você vai à Convenção Batista do Sul, mais convicção você descobre. Esses jovens são fonte de muita alegria.
Vou dormir essa noite após ser encorajado pelo tempo que passei com esses jovens pastores. Vejo o levantar dessa geração todos os dias no campus do Seminário Batista. Também sei que nada disso estaria acontecendo se uma geração de pastores e líderes da Convenção Batista do Sul não tivesse combatido o bom combate e recuperado essa denominação pela causa da verdade e da autoridade da Bíblia, e da inerrância do Evangelho.
Tudo isso fará certo homem aqui dormir muito tranquilamente.
http://reforma21.org/artigos/jovens-pastores-e-a-esperanca-para-o-futuro.html
Traduzido por Filipe Schulz


terça-feira, 4 de outubro de 2016

O Único Antídoto: O Poder do Espírito



T. A. McMahon
Estes são tempos difíceis para todos os cristãos nascidos de novo. A apostasia parece estar crescendo exponencialmente. Os cristãos bíblicos estão tendo grandes dificuldades para encontrar igrejas que preguem e ensinem as Escrituras. Conteúdos extra-bíblicos têm atraído a imaginação de um número cada vez maior de cristãos à medida que eles se voltam para best-sellers religiosos e filmes “bíblicos” em vez de buscarem a Palavra de Deus escrita. Mesmo com o surgimento de ministérios de discernimento e de sites de “vigilância”, a confusão doutrinária vem aumentando e aparentemente não tem interrupção.
A Bíblia nos adverte de que tais condições iriam ocorrer e nos diz que não devemos nos surpreender quando elas de fato acontecerem. A Bíblia também nos dá algumas das razões pelas quais isto está acontecendo. As Escrituras declaram profeticamente: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2Timóteo 4.3-4). E também diz: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios...” (1Timóteo 4.1-3).
Se estamos nos últimos tempos ou nos últimos dias dos últimos tempos, deveria ser óbvio a todo cristão bíblico que a “sã doutrina” está sendo raramente “tolerada”. Na verdade, é irônico que no momento que o mundo ocidental está vivendo, em que o acesso à Bíblia nunca foi tão grande, o analfabetismo bíblico entre os cristãos seja tão abundante. Raros são os crentes que sabem os nomes dos doze apóstolos; mais crítico, entretanto, é o número de cristãos que têm dificuldade para explicar o Evangelho simples. O “desviar-se” da verdade, sobre o qual Hebreus 2.1 nos admoesta, tornou-se uma descida íngreme para a Igreja.
É irônico que no momento que o mundo ocidental está vivendo, em que o acesso à Bíblia nunca foi tão grande, o analfabetismo bíblico entre os cristãos seja tão abundante.
A Bíblia não subestima as lutas que acompanham a vida de um crente em Cristo – algumas dessas podem ser reveladas como os maus frutos da nossa velha natureza, mas outras são as consequências da oposição do mundo e de Satanás à Palavra de Deus. Jesus declarou: “Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou...” (João 15.20-22). Depois da ascensão de Cristo e do martírio de Estêvão, a Igreja foi dispersa por uma grande oposição ao Evangelho. O apóstolo Paulo, anteriormente um perseguidor dos cristãos, foi subsequentemente sujeito à perseguição depois de sua conversão e por todo o restante de sua vida. Todavia, ele afirmou: “Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8.36-37).
Pode parecer que provações contínuas na vida de um crente não poderiam levar a um bom final, mas Pedro nos mostra algo que vai além disso: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1Pedro 4.12-14).
Poucos crentes no Ocidente já experimentaram o tipo de provação física que Paulo e Pedro descreveram, porém, há provações de um tipo diferente que são espiritualmente destrutivas, embora não sejam necessariamente físicas. Estas são as provações da fé de cada um de nós no âmbito da sedução religiosa, por exemplo, não ser enganado por falsos mestres populares e por doutrinas não-bíblicas, ser separado da comunhão por não compactuar com um novo ensinamento ou com uma nova prática que não tem apoio nas Escrituras, ou ser “um espinho na carne” de um grupo de estudos bíblicos por não abrir mão da verdade da Palavra de Deus. Estas são coisas que frequentemente geram conflitos simplesmente porque tentamos ser firmes na fé.
Então, como essa firmeza pode ser mantida sem causar conflitos e divisões? Não pode, exceto em raras circunstâncias onde houver uma disposição para o arrependimento e para a submissão à verdade da Palavra de Deus. Em nenhum momento as Escrituras prometem que não haverá oposição à Palavra de Deus. Pelo contrário, a Bíblia nos disponibiliza uma condição de “grande alegria” que acontece em nosso coração e capacita o crente a ser vencedor ou a lidar com a situação de maneira que seja agradável ao Senhor. Como isto pode ser realizado? A Primeira Carta de Pedro 4.14 nos diz: “...porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus...”.
A obra do Espírito Santo é absolutamente necessária na vida de um crente. Foi por isso que Jesus disse: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. (...) Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (João 16.7,13-14). Todo verdadeiro crente em Jesus é nascido do Espírito Santo (João 3.5), selado com o Espírito Santo (Efésios 4.30), e recebe capacitação, poder e direcionamento do Espírito Santo (Romanos 15.13; Romanos 8.14), a fim de glorificar a Deus e viver a vida de maneira que seja agradável ao Senhor. De acordo com as Escrituras, esta é a única maneira através da qual um crente pode ser espiritualmente frutífero.
No final da década de 1960, Dave Hunt editou um livro de William Law intitulado The Power of the Spirit [O Poder do Espírito]. No século XVIII, Law escreveu An Affectionate Address to the Clergy [Um Discurso Afetuoso Para o Clero], cujo título completo era An Humble, Affectionate, and Earnest Address to the Clergy [Um Discurso Humilde, Afetuoso e Sincero ao Clero]. O livro foi impresso novamente em 1896 por Andrew Murray, um dos autores cristãos favoritos de Dave. Murray mudou o título do livro de Law para The Power of the Spirit, e disse sobre ele:
Confesso que em tudo o que já li, nunca encontrei ninguém que tenha me ajudado tanto a entender a verdade escriturística da obra do Espírito Santo. (...) Peço aos meus irmãos e irmãs no ministério que não façam apenas uma leitura apressada do livro. Estou certo de que um estudo paciente e em espírito de oração lhes trará uma grande bênção.
Dave concordou:
Tenho convicção de que Andrew Murray não foi exagerado em seu elogio a respeito desse volume escrito por Law. E, embora, como Murray, eu não possa concordar com todos os ensinamentos de Law, também creio que tudo o que está incluído aqui seja sadiamente baseado nas Escrituras.
Mais adiante, Dave observou a relevância dos escritos de Law para as atuais questões geradas a partir dos abusos espirituais dos pentecostais e dos carismáticos e da crítica dos cristãos conservadores e dos fundamentalistas:
Nada além da obediência ao Espírito, do caminhar no Espírito, e do confiar que Ele nos proverá contínua inspiração poderão guardar os homens de serem pecadores e idólatras em tudo o que fizerem.
O que William Law tinha a dizer é, creio eu, uma contribuição muito importante para a presente discussão. Ele repreendia o orgulho, a falta de amor, e as inconsistências de ambos os lados, e aparentemente não tomava o lado de nenhum dos extremos. Mas ele, inquestionavelmente, mantinha uma base escriturística para a atual manifestação integral e a vitalidade do cristianismo do Novo Testamento. Aos adeptos das denominações mais tradicionais, ele enfatizava a necessidade da soberania e do poder do Espírito Santo para hoje; e para os pentecostais, ele frisava o fato de que o poder do Espírito Santo é dado principalmente para capacitar o crente a testemunhar e a viver uma vida santa. E o simples delineamento daquela vida que ele apresentava trazia convicção do pecado e uma sensação de estar aquém do desejado tanto para os fundamentalistas quanto para os pentecostais.
O texto a seguir foi extraído do capítulo “A Habitação do Espírito de Deus Essencial para a Salvação”, da edição exclusiva de Dave Hunt do livro The Power of the Spirit para os leitores de hoje:
O Espírito do Deus triúno, que foi soprado em Adão quando este foi criado, foi o que tornou Adão uma criatura santa à imagem e semelhança de Deus. Um novo nascimento por meio deste Espírito de Deus no homem é tão necessário para fazer o homem caído viver novamente para Deus como foi, no início, para fazer Adão à imagem e semelhança de Deus. E um fluir constante dessa vida divina através do Espírito é tão necessário para a continuidade do homem em seu estado redimido quanto a luz e a umidade são necessárias para a vida continuada de uma planta. Uma religião que não é edificada completamente sobre essa base sobrenatural, mas que se baseia em parte sobre os poderes, os raciocínios e as conclusões humanas, não tem nada mais do que uma sombra da verdade em si. Tal religião deixa o homem com meras formas e imagens vazias, que não podem restaurar a vida divina à sua alma, assim como um ídolo de barro e madeira não poderiam criar um outro Adão.
O verdadeiro cristianismo não é nada a não ser a contínua dependência de Deus através de Cristo por toda a vida, luz e virtude; e a religião falsa de Satanás é buscar essa bondade em qualquer outra fonte. Portanto, o verdadeiro filho de Deus reconhece que “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada” (João 3.27). Toda bondade vem de Deus tão certamente quanto toda vida vem de Deus.
A queda do homem de seu primeiro estado trouxe separação de Deus e, assim, trouxe separação da vida, da luz e da virtude que estão nEle. A salvação do homem, portanto, só pode ser realizada através da reconciliação do seu espírito com o Espírito do Criador. “Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2Coríntios 5.20), escreveu Paulo. Tampouco pode essa reconciliação ser realizada através dos esforços do próprio homem, mas ela deve, por sua própria natureza, ser um dom de Deus. Nenhum anjo ou homem poderia mostrar qualquer amor, fé ou desejo de estar com Deus sem que a semente viva desses afetos divinos tenham sido primeiro formados dentro dele através do Espírito de Deus. E como uma árvore ou uma planta pode crescer e dar frutos somente por meio de algum poder que primeiramente fez nascer a semente da qual a planta surgiu, assim também a fé, a esperança e o amor a Deus só podem crescer e frutificar por meio do mesmo poder que criou a primeira semente deles na alma. Portanto, a contínua inspiração e a obra do Espírito Santo no espírito do homem não são menos essenciais para a salvação, que Deus nos proporcionou através de Jesus Cristo, do que o próprio novo nascimento.
A vida divina no homem não pode nunca estar nele, mas é o crescimento da vida que procede de Deus. Portanto, é o resistir ao Espírito, apagar o Espírito, entristecer o Espírito, que fazem crescer todo mal que reina em uma criação caída e fazem dos homens e das igrejas uma presa fácil e inevitável do mundo, da carne, e do diabo. Nada além da obediência ao Espírito, do caminhar no Espírito, e do confiar que Ele nos proverá contínua inspiração poderão guardar os homens de serem pecadores e idólatras em tudo o que fizerem. Pois, tudo na vida ou na religião do homem que não estiver firmado no Espírito de Deus como sua fonte, direção e fim, sim, tudo será terreno, sensual e demoníaco.
A falta de (...) completa submissão à vontade de Deus e o fracasso em perceber que nossa salvação só pode ser gerada a partir do poder do Espírito Santo que habita em nós e que forma a vida de Cristo em nosso coração redimido, são as características que colocaram a Igreja cristã na mesma apostasia que caracterizou a nação judaica. E aconteceu na Igreja pelo mesmo motivo que aconteceu em Israel. Os judeus rejeitaram Aquele que era a substância e o preenchimento de tudo o que havia sido ensinado na Lei e nos Profetas. A Igreja cristã está em um estado de decadência porque também rejeitou o Espírito Santo, que lhe foi dado para ser o poder e o preenchimento de tudo o que fora prometido no Evangelho. E, assim como a rejeição dos fariseus a Cristo foi sob uma profissão de fé nas Escrituras Messiânicas, assim também os líderes da Igreja hoje rejeitam a demonstração e o poder do Espírito Santo em nome da sã doutrina.
A vinda do Espírito Santo foi tanto para cumprir com o Evangelho quanto a vinda de Cristo foi o cumprimento da Lei e dos Profetas. Assim como todos os tipos e figuras da Lei não eram nada mais que sombras sem a vinda de Cristo, assim também o Novo Testamento é letra morta sem o Espírito Santo nos homens redimidos com o poder vivo de uma completa salvação. Isto fica claro a partir das seguintes palavras: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei” (João 16.7). Sem a cruz e a ressurreição, Cristo não teria “ido”. Estes eventos antecedentes possibilitaram a ascensão de Jesus, pois foi “pelo seu próprio sangue, [que Ele] entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. (...) Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (Hebreus 9.12,24). Assim, a vinda do Espírito Santo, sendo o fruto da morte, ressurreição e ascensão de Cristo, é essencial para o cumprimento da salvação que Cristo obteve.
Onde o Espírito Santo não é honrado como aquele através do qual a vida completa e o poder da salvação pelo Evangelho devem ser eficazes, não surpreende que os cristãos não tenham mais a realidade do Evangelho assim como os judeus não tinham mais a pureza da Lei. Por isso, os mesmos desejos pecaminosos e vícios que prosperaram entre os judeus apóstatas se expandiram com tanta força na cristandade caída. Pois o Novo Testamento, sem a vinda do Espírito Santo em poder sobre o ego, o pecado e o diabo, está para o céu assim como seria o Antigo Testamento sem a vinda do Messias. Será que é necessário falar mais para demonstrar a verdade de que a única coisa absolutamente essencial para a salvação do homem é o Espírito de Deus habitando e operando no espírito do homem? E o fato de estarmos ainda apegados a uma religião que não reconhece isto é uma prova concreta de que ainda não estamos naquele estado redimido em nossa comunhão com Deus, estado esse que é o objetivo do Evangelho. (T.A. McMahon — The Berean Call — Chamada.com.br)

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Três ameaças à saúde espiritual da igreja



A igreja de Deus tem sido atacada com fúria pertinaz e, isso, desde as mais priscas eras. Muitas artimanhas têm sido usadas contra ela. Armas de grosso calibre têm sido empregadas para atingi-la e enfraquecê-la. Porém, quero aqui, destacar três ameaças assaz perigosas que conspiram contra a igreja ainda hoje.
Em primeiro lugar, o liberalismo teológico. O liberalismo teológico é filho do Racionalismo. O homem do topo de sua pretensa sabedoria colocou-se como juiz das Escrituras, e pôs sua razão acima da revelação. Passou a rejeitar como verdade tudo aquilo que sua razão não podia explicar. Assim, passaram a negar os milagres. Fizeram uma releitura da Bíblia e passaram a negar sua inerrância e infalibilidade. Trouxeram à baila aquilo que consideraram erros, contradições e impropriedades. Chegaram a ponto de afirmar que a Bíblia estava cheia de mitos e que precisava ser desmitologizada. O liberalismo, negando a inspiração das Escrituras, esvaziaram-na de seu sublime conteúdo. Negando sua origem divina, tiraram dela sua autoridade. Os teólogos liberais viram a Bíblia apenas como um livro comum, sujeito a erros e falhas. Por isso, o liberalismo tornou-se a maior ameaça à igreja. Ao entrar nos seminários teológicos, transformou a cátedra em laboratório de incredulidade e espalhou dali o veneno letal do ceticismo. Das cátedras esse veneno desceu aos púlpitos e dos púlpitos matou as igrejas. Não há antídoto para uma igreja que se capitula ao liberalismo. Onde ele chega, a igreja adoece e morre. Como a teologia é mãe da ética, onde o liberalismo avança, a ética cristã recua. Precisamos vigiar para que esse perigo tão devastador não nos fira de morte. É mister manter a sã doutrina!
Em segundo lugar, o sincretismo religioso. Se o liberalismo teológico tira das Escrituras o que nelas estão, o sincretismo religioso acrescenta a elas o que não se pode a elas adicionar. A Bíblia tem um capa ulterior. O cânon das Escrituras está completo. As revelações cessaram. Não podemos buscar novidades forâneas às Escrituras, mas devemos a elas nos apegar. Não podemos nos desviar nem para a direita nem para a esquerda. É um insulto à Palavra de Deus introduzir novidades na pregação. É um sinal de clara apostasia as pessoas buscarem gurus espirituais para receberam deles novas revelações. É uma abominação para Deus criar rituais e cerimônias e introduzi-las no culto, como se Deus já não tivesse prescrito a forma como deve ser adorado. Hoje, multiplicam-se os falsos profetas, com falsos ensinos, realizando falsas cerimônias, com falsos rituais, enganando os incautos, mercadejando, assim, a Palavra de Deus. Esses aventureiros da fé, pervertem o evangelho, transtornam a igreja, fazendo dela uma empresa, do púlpito um balcão, do templo uma praça de negócios e dos crentes consumidores. O vetor que move esses atravessadores da fé é o lucro. São lobos vestidos com peles de ovelhas. São falsos pastores que exploram o rebanho em vez de apascentá-lo. Devemos nos acautelar para que essa ameaça tão devastadora não atinja a igreja!
Em terceiro lugar, a ortodoxia morta. A ortodoxia é a doutrina certa e a doutrina certa é boa, necessária e insubstituível. Entretanto, a ortodoxia precisa vir acompanhada de vida piedosa. Não basta crer na verdade, é preciso viver a verdade. Não basta subscrever as doutrinas certas, é preciso deleitar-se nelas. Não basta ter luz na cabeça, é preciso ter fogo no coração. A ortodoxia morta é aquela que está desidratada e ossificada e, por isso, leva seus seguidores a perderem o entusiasmo. As pessoas professam conhecer a Deus, mas o negam com sua vida. São ortodoxas de cabeça, mas hereges de conduta. Há muitos crentes que detectam, com facilidade, a heresia nos outros, mas não enxergam a apatia espiritual em si mesmos. Como a igreja de Éfeso, defendem a sã doutrina, perseveram no sofrimento e até erguem o estandarte da ética cristã, mas já não desfrutam mais da alegria indizível e cheia de glória da comunhão com o seu Salvador. Muitas igrejas já abandonaram o seu primeiro amor. Colocaram a vida cristã no piloto automático e tudo passa a acontecer de forma mecânica e sem vigor. Essas pessoas não têm mais fervor. Não têm mais entusiasmo com as coisas de Deus. Oh, que Deus nos livre da ortodoxia morta! Que o nosso coração possa arder de amor por aquele que, sendo Deus se fez homem, sendo santo se fez pecado, para morrer por nós e nos dar vida plena, maiúscula, superlativa e eterna.http://hernandesdiaslopes.com.br/2016/07/tres-ameacas-a-saude-espiritual-da-igreja/#.V6UZi9Bv_qA

domingo, 17 de julho de 2016

14 Falsos Ensinos - E Como a Bíblia os Refuta


Thomas C. Simcox

A Evolução é verdadeira e foi usada por Deus - Evolução Teísta

  • Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (Gn 1.27).
  • Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia (v.31).
  • Respondeu Jesus: ...no princípio da criação Deus os fez homem e mulher (Mc 10.5-6).
 

Não existe uma verdade absoluta - Igreja Emergente

  • Todos os caminhos do Senhor são amor e fidelidade [verdade] (Sl 25.10).
  • A sua fidelidade permanece por todas as gerações (Sl 100.5).
  • A verdade é a essência da tua palavra (Sl 119.160).
  • E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará (Jo 8.32).
  • A tua palavra é a verdade (Jo 17.17).
 

Deus quer que você seja rico e feliz - Evangelho da Prosperidade

  • Mostrarei a ele o quanto deve sofrer pelo meu nome (At 9.16).
  • Alguns foram torturados (...) apedrejados, serrados ao meio, postos à prova, mortos ao fio da espada. Andaram errantes, ...necessitados, afligidos e maltratados (Hb 11.35,37).
  • Não amem o mundo nem o que nele há (1Jo 2.15).
 

Todos irão para o céu - Universalismo

  • Voltem os ímpios ao pó, todas as nações que se esquecem de Deus! (Sl 9.17).
  • Mas eu lhes mostrarei a quem vocês devem temer: temam aquele que, depois de matar o corpo, tem poder para lançar no inferno. Sim, eu lhes digo, esse vocês devem temer (Lc 12.5).
  • Se o nome de alguém não foi encontrado no livro da vida, este foi lançado no lago de fogo (Ap 20.15).
 

Todas as profecias foram cumpridas no ano 70 d.C. - Preterismo

Exemplos de profecias não cumpridas:
  • Naquele dia os seus pés [de Jesus] estarão sobre o monte das Oliveiras (...), e o monte se dividirá ao meio (Zc 14.4).
  • O sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu, e os poderes celestes serão abalados (...) e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens (Mt 24.29-30).
 

Deus não conhece o futuro - Teísmo Aberto

  • Quem há muito predisse isto, quem o declarou desde o passado distante? Não fui eu, o Senhor? (Is 45.21).
  • Eu sou Deus, e não há nenhum outro; eu sou Deus, e não há nenhum como eu. Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda virá. Digo: Meu propósito ficará de pé, e farei tudo o que me agrada (Is 46.9-10).
 

A prioridade número um da igreja: Ajudar os pobres - Evangelho Social

  • Então, Jesus aproximou-se deles e disse: (...) Vão e façam discípulos de todas as nações (...) ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei (Mt 28.18-20).
  • E serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra (At 1.8).
 

Somente os gentios precisam de Jesus - Aliança Dualista

  • Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele (Jo 3.36).
  • Respondeu Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim (Jo 14.6).
 

A perfeição sem pecado é possível

  • Todos se desviaram, igualmente se corromperam; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer (Sl 14.3).
  • Todavia, não há um só justo na terra, ninguém que pratique o bem e nunca peque (Ec 7.20).
  • Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós (1Jo 1.8).
 

Jesus não nasceu de uma virgem

  • Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, mas, antes que se unissem, achou-se grávida pelo Espírito Santo (Mt 1.18).
  • Mas o anjo lhe disse: ‘Não tenha medo, Maria; você foi agraciada por Deus! Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus (Lc 1.30-31).
  • Perguntou Maria ao anjo: Como acontecerá isso, se sou virgem? (Lc 1.34).
 

Deus não se importa com um estilo de vida pecaminoso

  • Não ofereçam os membros dos seus corpos ao pecado, como instrumentos de injustiça... (Rm 6.13).
  • A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o próprio corpo de maneira santa e honrosa, não com a paixão de desejo desenfreado, como os pagãos que desconhecem a Deus (1Ts 4.3-5).
 

Jesus não é Deus

  • Assim diz o Senhor, o rei de Israel, o seu redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último; além de mim não há Deus (Is 44.6).
  • Eu sou o primeiro e o último. Sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades (Ap 1.17-18).
 

A Bíblia é a Palavra de Deus somente quando ela fala a você

  • Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça (2Tm 3.16).
  • Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo (2Pe 1.20-21).
 

A salvação pode ser obtida por meio das obras

  • Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça (Gn 15.6).
  • Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8-9).
  • Não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou (Tt 3.5).
 
Thomas C. Symcox (Israel My Glory — Chamada.com.br)
Extraído de Revista Chamada da Meia-Noite maio de 2014
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