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sábado, 29 de dezembro de 2012

Se não tem carroça, vou a pé.


Parece que o tempo acelerou nos últimos anos. Nos tiraram de uma carroça que andava a 6 km/h e nos colocaram em uma Ferrari a 200 km/h.
Parece que todos os filmes, peças, vídeos na net, livros e blogs que eram ótimos uns anos atrás, se esticaram e estão cada vez um pouco mais longos e, consequentemente, um pouco mais chatos.
Quem foi que me colocou nesse carro rápido?
Que carro é esse onde um vídeo de 7 minutos é muito longo para eu assistir, um texto de duas paginas é too much para eu ler e uma palestra de 45 minutos é longa de mais para eu ouvir?
Estou ficando enjoado. Por que cada curva da vida precisa ser feita nessa velocidade? Precisa ser feita com emoção? Tem como parar para eu descer?
Sei que vou parecer seu pai, ou até um pouco nostálgico, mas ir devagar tem suas vantagens.
Me lembro de ter andado de carroça bem novo em Rio Verde, Goiás. Andar de carroça tem suas vantagens.
Ouvir o trotar do cavalo é relaxante, da pra pensar um pouco em tudo, pensar no dia, no caminho que vai se traçar. Dá até tempo de uma breve conversa com a linda moça que passa a pé na estrada de terra.
Carroça não levanta muito pó, passa num ritmo que é bom pra todos, não faz curva perigosa em alta velocidade, por isso não me enjoa tanto.
E a paisagem, da pra ver os detalhes! Os animais pastando e até o pássaro amarelo cantando em um galho da árvore perto da cerca.
Já de carro rápido isso não é possível, já não vejo o pássaro, pois a árvore virou um borrão que mal se percebe passar pela janela fechada. O canto do pássaro amarelo, o oi da linda moça e o barulho das pegadas do cavalo não se ouvem mais.
Todos dizem: Pra que lembrar disso, se você está numa Ferrari? Se você vai chegar em seu destino em poucos minutos, e nesse pouco tempo você está na temperatura ideal que o ar condicionado te oferece…
Não sei direito o porquê. Mas quando eu chegar lá, no fim do caminho, quero contar um pouco de como foi o caminho, quero lembrar do olhar daquela moça, do canto do pássaro, dos pensamentos que tive na longa jornada.
Desculpa, mas quero descer. Se não tem carroça vou a pé mesmo, mas nesse ritmo não dá. Fiquei enjoado com as curvas, e nem abrir a janela pra receber um vento na cara dá, porque tem gente que vai reclamar que o cabelo vai bagunçar.
Para tudo agora, porque eu quero descer. Se não tem carroça, vou a pé.


http://ultimato.com.br/sites/marcosbotelho/2012/10/22/se-nao-tem-carroca-vou-a-pe/

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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Poder de Elias.

 



A oração de um justo é poderosa e eficaz. Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e os céus enviaram chuva, e a terra produziu os seus frutos. (Tiago 5:16b-18)

Há dois tipos de lições que podemos extrair de um homem de Deus imperfeito. Podemos ficar inspirados a imitá-lo por causa de seu fracasso; isto é, visto que até mesmo Elias tinha suas imperfeições e momentos de fraqueza, somos encorajados a perseverar em nossas lutas. Mas Tiago nos leva numa direção diferente – ele nos aponta para o sucesso de Elias, e ao seu poder em oração como um exemplo para nós. A ênfase não é que, embora Elias fosse um grande profeta, ele era todavia falho como nós; antes, visto que Elias era um homem como nós, isso significa que podemos ser como ele! A lição não é que, porque ele fugiu e se retraiu, não deveríamos nos sentir desesperados quando nos encontramos fazendo a mesma coisa; em vez disso, a lição é que mesmo em nossa fraqueza e fragilidade humana, podemos aspirar ao poder do profeta.

Há uma terceira forma de aludir a um homem de Deus, e essa é quando pregadores e teólogos nos dizem: “Você não pode fazer isso. Você não pode ser como ele. Ele era um apóstolo”. Dessa maneira, eles tentam restringir nossa intrepidez, sufocar nossa fé e apagar o Espírito, mesmo quando o dom de Deus queima dentro de nós. É o chamado da incredulidade buscando companhia. Eles não aprenderam isso da Bíblia, e Tiago não nos ensina a pensar dessa forma. Antes, Tiago diria que Paulo era um homem assim como nós, e Pedro era um homem como nós, e visto que eles fizeram coisas maravilhosas para o Senhor, assim podemos nós, pois “a oração de um justo é poderosa e eficaz”. Nós confiamos no poder de Cristo, e ele é maior do que qualquer apóstolo ou profeta. Se Deus ouviu Paulo, Pedro e Elias, então ele nos ouve também. Tiago refere-se a Elias não para rebaixá-lo ao nosso nível, mas para que possamos subir ao nível dele.

Como deveríamos responder àqueles que ensinam incredulidade? Dizemos: “Certo, ele era um apóstolo, e evidentemente você é um zé ninguém. Assim, eu prefiro seguir o seu exemplo de fé e poder, e sua ousadia na pregação, do que seguir um perdedor como você. Ele era um apóstolo, e é precisamente por isso que imitarei o seu sucesso tanto quanto puder. Mas você quer que eu me torne um fraco, fracassado e impotente como você. Isso não acontecerá”. Ora, se a Bíblia nos ensina a imitar até mesmo Jesus, que é mais do que um homem como nós, então ela nos ensina a pensar como vencedores e empreendedores espirituais. Dessa forma, aprenderemos a fé de Abraão e de Raabe (2.20-26), a perseverança dos profetas e de Jó (5.10-11) e a fé e poder de Elias (5.17-18).

Nossos pregadores e teólogos gostam muito de Neemias, e referem-se a ele como um exemplo de confiança na providência oculta de Deus. Eu não tenho nenhuma objeção a isso. No entanto, Tiago não cita Neemias para ilustrar o tipo de poder que está disponível para nós em Cristo. Ele cita Elias, que orou e a chuva cessou durante três anos e meio, e orou novamente, e o céu deu chuva, e a terra produziu os seus frutos. Tenhamos sempre em mente que não seremos julgados pelos líderes e estudiosos incrédulos, mas pelo Senhor Jesus sobre como respondemos às suas palavras, isto é, ao que a Bíblia realmente ensina. Falso ensino dos homens nunca é uma desculpa, pois se somos tão facilmente seduzidos pela incredulidade, então deve haver alguma atração nele para nós em primeiro lugar. Mas Tiago fala a verdade, e ele encoraja a nossa fé. Jesus Cristo nos reconciliou com Deus, e agora nossas orações podem ser poderosas e eficazes, até mesmo como as orações de Elias.




Fonte: Sermonettes, Volume 4, p. 32-34

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – novembro/2011


Sobre
o
Autor

Vincent
Cheung
 Vincent Cheung é autor de trinta livros e centenas de palestras sobre uma gama de assuntos em teologia, filosofia, apologética e espiritualidade. Através dos seus livros e palestras, ele está treinando cristãos para entender, proclamar, defender e praticar a cosmivisão bíblica como um sistema de pensamento abrangente e coerente, revelado por Deus na Escritura. Vincent Cheung reside em Boston com sua esposa Denise.
http://monergismo.com/vincent-cheung/o-poder-de-elias/

domingo, 23 de dezembro de 2012

BOM NATAL !!!

   




O dia mais banal



Ainda que você não me conheça e minha língua não entenda,
Quero hoje te escrever, porque este velho mundo está dilacerado
E ainda que nunca te tenha visto, sinto-me muito igual a você

Ainda que sejamos moedas de valor, desvalorizadas por uma realidade miserável,
Somos nesta vida pétalas caídas de uma mesma flor.
Se de vez em quando é você a perdoar a si mesmo,
Se crê em outras religiões
Ou não encontrou ainda Deus e ainda assim o amaldiçoa
Às vezes com ferocidade, por ter perdido a confiança,
O seu sangue, no entanto, queima como o meu.
Ainda que te tenham convencido de que o amor
É a mais mentirosa das verdades,
Se é ainda prisioneiro de um erro que lhe fez apenas mal,
Bom Natal,
Desconhecido irmão distante
Desejo-lhe um bom Natal
Daqui do meu ceuzinho italiano
Não odeie quem quer roubar o seu futuro
Retribua com o bem o mal
Bom Natal
Ainda que a guerra esteja no ar
E todo o mundo se circunde de fronteiras sem liberdade;
Ainda que aos pobres nada reste se não fome e ardis,
Restos dos países ricos, migalhas de generosidade,
Uma mensagem chega ainda das pessoas que todo dia
Ajudam os que não conseguem;
Pela vida que renasce num estábulo,
Por um coração universal,
Bom Natal,
Desarmado irmão distante
Desejo-lhe um bom Natal
E a luz de um campo de trigo.
Não faça isso, não jogue fora este punhado de sonho
E, ainda que você desligue ou mude de canal,
Bom Natal
Ainda que sem um trabalho e sem dignidade,
Ainda que você esteja entupido de felicidade,
Se nesta noite, como que de presente,
Você se encontra só num leito de hospital,
Bom Natal
A um século que morre,
Bom Natal
Meu irmão, não desista jamais;
Corra você também atrás daquela estrela
A vida é uma grande mãe que te embala
Com seu hálito imortal e um oceano de amor
Mesmo sem árvore e presentes para abrir
Mesmo sem toda essa festa artificial
Fosse, como os outros dias,
O dia mais banal,
Bom Natal.


Marco Masini, 1999











Este documento contém clipes de áudio que só podem ser ouvidos na página da Bacia na internet.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A receita de Jesus para a verdadeira felicidade




Referência: Mateus 5.1-3
INTRODUÇÃO
1. Jesus, o maior pregador
Este texto abre o que nós chamamos do maior sermão da história, o sermão do monte. Jesus é o maior pregador de todos os tempos. Ele é a própria Palavra encarnada. Ele é a verdade. Suas palavras são oráculos; suas obras, milagres; sua vida, modelo; sua morte, um sacrifício. Enquanto nós não podemos conhecer todas as faces dos ouvintes, ele conhece o coração de todos os homens.
2. Jesus, o maior pregador prega sobre a verdadeira felicidade 
a) O cristianismo é a religião do prazer e da felicidade
O homem é um ser obsecado pelo prazer. O hedonismo, a filosofia que ensina que o prazer é o fim último do ser humano parece reger a humanidade. A grande questão é onde está esse prazer: nas coisas externas? No dinheiro? No sucesso? Na cultura? No sexo? Na diversão? Nas viagens psicodélicas?
Salomão buscou a felicidade na bebida, na riqueza, no sexo e na fama e viu que tudo era vaidade (Eclesiastes 2:1-10).
John Piper disse que o problema não é a busca do prazer, mas o contentamento com um prazer terreno, carnal, raso, passageiro. Deus nos criou para o prazer. A busca da felicidade é legítima. O verdadeiro prazer está em Deus. O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.
Agostinho disse: “Senhor, tu nos criaste para ti e a nossa alma não encontrará descanso até se repousar em ti”.
I. A VERDADEIRA FELICIDADE É UM GRANDE PARADOXO AOS OLHOS DO MUNDO 
1. A verdadeira felicidade é abraçar o que o mundo repudia e repudiar o que o mundo aplaude
Jesus diz que feliz é o pobre, o que chora, o manso, o puro, o perseguido.
Jesus diz que bem-aventurado é o pobre de espírito e não a pessoa autosuficiente, arrogante, soberba.
Jesus diz que bem-aventurado é o que chora e não aquele que é durão, insensível.
Jesus diz que bem-aventurado é o manso, o que abre mão dos seus direitos e não o valente, o brigão.
Jesus diz que bem-aventurado é o pacificador, aquele que não apenas evita contendas, mas busca apaziguar os ânimos exaltados.
Jesus diz que bem-aventurado é o puro de coração e não aqueles que se banqueteam com todos os prazeres do mundo.
Jesus diz que bem-aventurado é o perseguido por causa da justiça e não aquele que procura levar vantagem em tudo.
Jesus diz que quem ganha a sua vida, a perde; mas o que a perde, esse é o que a ganha.
Jesus diz que o humilde é que será exaltado.
2. A verdadeira felicidade não está nas coisas externas, mas nas coisas internas
Jesus não disse que bem-aventurados são os ricos. Essa felicidade não está centrada em coisas externas. As riquezas não satisfazem. Deus colocou a eternidade no coração do homem. Nem todo o ouro da terra poderia preencher o vazio da nossa alma.
A verdadeira felcidade está centrada não na posse das bênçãos, mas na fruição da intimidade com o abençoador. Para alcançar a felicidade, não basta posse, mas fruição. Um homem pode morar num palácio e não se deleitar nele. Ele pode ter o domínio de um reino e não ter paz na alma. “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor” (Sl 144:15). Deus é o descanso da alma (Sl 116:7).
A verdadeira felicidade é deleitar-se em Deus, é alegrar-se com o sorriso de Deus, é beber dos rios de seus prazeres (Sl 36:8).
A verdadeira felicidade consiste em desfrutar da plenitude de Deus: ele é sol, escudo, herança, fonte, rocha, alegria, esperança.
A verdadeira felicidade consiste em tomar posse da bem-aventurança agora e na eternidade.
3. A verdadeira felicidade não é uma promessa para o futuro, mas uma realidade para o presente
Jesus não disse: Bem-aventurados serão os pobres de espírito, mas bem-aventurados são. Os crentes não serão felizes quando chegarem ao céu, eles são felizes agora. Os crentes são felizes antes mesmo de serem coroados. Eles são felizes não apenas na glória, mas a caminho da glória.
II. A VERDADEIRA FELICIDADE ESTÁ FUNDAMENTADA NO SER E NÃO NO TER 
1. O que ser pobre de espírito não significa 
a) Não significa pobreza financeira – Francisco de Assis foi o patrono daqueles que pensaram que renunciar as riquezas financeiras para viver na pobreza ou num monastério dava crédito ao homem diante de Deus. Mas a pobreza em si não é um bem, como a riqueza em si não é um mal. Uma pessoa pode ser pobre financeiramente e não ser pobre de espírito. A pobreza financeira pode ser fruto da obra do diabo, da exploração, da ganância e da preguiça.
b) Não significa ter uma vida espiritual pobre – Jesus não está elogiando aqueles que são espiritualmente pobres, descuidados com a vida espiritual. Ser pobre em santidade, verdade, fé e amor é uma grande tragédia. Jesus condenou a igreja de Laodicéia: “Sei que tu és pobre, miserável, cego e nu” (Ap 3:17).
c) Não significa pobreza de auto-estima – Jesus não está falando que as pessoas que pensam menos de si mesmas são felizes. Auto-estima baixa não é um bem, mas um mal.
d) Não significa timidez ou fraqueza – Essas características não são virtudes, senão males que devem ser combatidos.
2. O que significa ser pobre de espírito 
a) Ser pobre de espírito é a base para as outras virtudes – A primeira bem-aventurança é o primeiro degrau da escada. Se Jesus começasse com a pureza de coração, não haveria esperança para nós. Primeiro precisamos estar vazios, para depois sermos cheios. Não podemos ser cheios de Deus, enquanto não formos esvaziados de nós mesmos. Esta virtude é a raiz, as outras são os frutos. Uma pessoa não pode chorar pelos seus pecados até saber que não tem méritos diante de Deus. Ele jamais sentirá fome e sede de justiça a não ser que saiba que carece totalmente da graça.
b) Ser pobre de espírito é reconhecer nossa total dependência de Deus – No grego há duas palavras para designar “pobreza”. Penês = é o homem que tem que trabalhar para ganhar a vida, é aquele que não tem nada que lhe sobre. É o homem que não é rico, mas que também não padece necessidades. Ele não possui o supérfluo, mas tem o básico. Ptokós = descreve a pobreza absoluta e total daquele que está afundado na miséria. É o mendigo, o extremamente necessitado. Aquele que não tem nada. Esta é a palavra que Jesus usou. Feliz é o homem que reconhece sua total carência e coloca a sua confiança em Deus. Feliz é o homem que reconhece que o dinheiro, o poder e a força não significam nada, mas Deus significa tudo. O poeta expressou bem o pobre de espírito:
Nada em minhas mãos eu trago,
Simplesmente à tua cruz me apego;
Nu, espero que me vistas
Desamparado, aguardo a tua graça;
Mau, à tua fonte corro,
Salva-me, Salvador, ou morro.
Ser pobre de espírito é agir como o publicano: “Senhor, compadece-te de mim, um pecado”. João Calvino disse: “Só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e repousa na misericórdia de Deus, é pobre de espírito.” Moisés: “Senhor, quem sou eu, eu não sei falar”. Isaías clamou: “Ai de mim, estou perdido…”. Pedro gritou: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou pecador”. Paulo clamou: “Miserável homem que eu sou.”. Ser pobre de espírito é expor suas feridas ao óleo do divino Médico. Se uma pessoa não é pobre de espírito, ela não acha sabor no pão do céu, não sente sede da água da vida; ela vai pisar nas riquezas da graça, ela não vai jamais desejar a redenção nem ter prazer na santificação.
c) Ser pobre de espírito é a nossa verdadeira riqueza – A riqueza de Cristo só pode ser apropriada pelos pobres de espírito. Há aqueles que pensam que se pudessem encher suas contas bancárias com ouro seriam ricos. Mas aqueles que são pobres de espírito, esses é que de fato são ricos. Quão pobres são aqueles que pensam que são ricos: Jesus disse para a rica igreja de Laodicéia: Você é pobre e miserável. Mas Jesus disse para a pobre igreja de Esmirna: “Conheço a tua pobreza, mas és rica”.
3. Porque devemos ser pobres de espírito
Ser pobre de espírito é a jóia que o cristão deve usar. Primeiro o homem se torna pobre de espírito, depois Deus o enche com sua graça.
a) Enquanto você não for pobre de espírito, jamais Cristo será precioso para você – Enquanto não enxergarmos nossa própria miséria, jamais veremos a riqueza que temos em Cristo. Enquanto você não perceber que está perdido, jamais buscará refúgio em Cristo. Enquanto não enxergar a feiúra do seu pecado, jamais desejará o perdão e a graça de Cristo.
b) Enquanto você não for pobre de espírito, você não estará pronto para receber a graça de Deus – Aqueles que abrigam sentimentos de auto-suficiência e se sentem saciados, jamais terão sede de Deus. Aqueles que se sentem cheios de si mesmos, jamais poderão ser cheios de Deus. Aqueles que pensam que estão são, jamais buscarão o Médico. Aqueles que pensam que têm méritos, jamais desejarão ser cobertos pela justiça de Cristo.
c) Enquanto você não for pobre de espírito, você não pode ir para o céu – O Reino de Deus pertence aos pobres de espírito. A porta do céu é estreita e aqueles que se consideram grandes aos seus olhos não podem entrar lá.
4. Como podemos saber que somos pobres de espírito
a) Quando toda a base da nossa aceitação por Deus está nos méritos de Cristo – Uma pessoa pobre de espírito não tem nada a exigir, a merecer, a reclamar. Ela se vê desamparada até refugiar-se em Cristo. Ela não tem descanso para a alma até estar firmada na rocha que é Cristo. Ela não busca nenhuma outro tesouro ou experiência além de Cristo. Ela está plenamente satisfeita com Cristo.
b) Quando o nosso coração está desprovido de toda vaidade – Jó mesmo sendo um homem piedoso, que se desviava do mal, que suportou provas tremendas sem negociar sua fidelidade a Deus, disse: “Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42:6). Quanto mais graça ele tem, mais humilde ele se torna, porque mais devedor.
c) Quando o nosso coração anseia e clama mais por Deus em oração – Um homem pobre está sempre pedindo como Moisés. Ele sempre quer mais de Deus. Ele sempre está batendo no portal da graça. Ele sempre está derramando suas lágrimas no altar.
5. Motivos para sermos pobres de espírito 
a) Ser pobre de espírito é nossa riqueza – Você pode possuir as riquezas do mundo e ser pobre. Mas você não pode ter essa pobreza de espírito sem ser rico. O pobre de espírito é aquele que se prepara para receber toda a riqueza de Cristo.
b) Ser pobre de espírito é nossa nobreza – Se você é pobre de espírito, Deus olha para você como uma pessoa de honra. Aquele que é pobre aos seus próprios olhos, é precioso aos olhos de Deus. Quanto mais você se humilha, mais Deus o exalta.
c) Ser pobre de espírito aquieta nossa alma – Então, pode dizer como o salmista: “Eu sou pobre e necessitado, mas Deus cuida de mim.”
III. A VERDADEIRA FELICIDADE É UMA RECOMPENSA PARA O PRESENTE E PARA O FUTURO 
1. A posse do Reino de Deus é algo presente e não apenas futuro
Jesus disse: “Bem aventurados os pobres de espírito, porque dos tais é o Reino dos céus”. Ele não disse, “porque dos tais será o Reino dos céus”.
A felicidade cristã não é para ser desfrutada apenas no céu, mas agora, a caminho do céu. O povo de Deus deve ser o povo mais feliz da terra. “Feliz és tu, ó Israel! Quem é como tu? Povo salvo pelo Senhor, escudo que te socorre, espada que te dá alteza” (Dt 33:29).
A pobreza de espírito está conectada com a posse de um Reino mais glorioso do que todos os tronos da terra. Pobreza é o oposto de riqueza e ainda quão ricos são aqueles que possuem o Reino. A pobreza de espírito é o pórtico do templo de todas as demais bênçãos.
A palavra Makários descreve uma alegria e uma felicidade permanente, que não sofre variações. É uma alegria que não pode ser destruída pelas circunstâncias da vida. Jesus disse: “A vossa alegria ninguém poderá tirar” (Jo 16:22). É a felicidade que existe na dor, na perda, na doença, no luto. É o gozo que brilha através das lágrimas e que nada, nem a vida nem a morte, pode tirar.
Entramos no Reino e o reino entrou em nós (Lc 17:21). Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Nascemos de cima, do alto, do Espírito. Estamos em Vitória, mas estamos em Cristo. Estamos em Vitória, mas estamos assentados nas regiões celestiais em Cristo. Estamos passando por lutas, mas já estamos abençoados com toda sorte de bênção em Cristo.
2. A nossa felicidade será completa quando tomarmos posse definitiva do Reino no futuro 
a) Os salvos não apenas vão entrar na posse do Reino, mas vão reinar com o Rei da glória – Estaremos não apenas no céu, mas também nos tronos. Teremos uma coroa, teremos vestes reais, receberemos um trono (Ap 3:21).
b) O reino dos céus excede ao esplendor dos maiores reinos do mundo – 1) Porque o fundador desse Reino é o próprio Deus. 2)Porque esse Reino será mais rico do que todos as riquezas de todos os reinos. Tudo que é do Pai é nosso. Somos os herdeiros de todas as coisas. 3) Porque o Reino dos céus excede aos demais em perfeição. As glórias de Salomão serão nada. As glórias dos palácios dos skaikes dos Emirados Árabes serão palhoças. 4) Porque o Reino dos céus excede em segurança – Nada contaminado vai entrar lá, nenhuma maldição. 5) Porque o Reino dos céus excede em estabilidade – Os reinos do mundo caíram e cairão, mas o Reino de Deus permanecerá para sempre. O crente mais pobre é mais rico do que os reis mais opulentos da terra.
CONCLUSÃO 
Temos nós andado de modo digno desse Reino? Temos vivido de modo compatível com aqueles que vão assentar em tronos? Temos resplandecido a glória de Deus em nós?
Seu coração está vazio de vaidade? Está sedento pelas coisas do céu? Você já abriu mão de tudo para se derramar aos pés de Cristo?
No tempo de Cristo quem entrou no Reino não foram os fariseus que se consideravam ricos em méritos, nem os zelotes que sonhavam com o estabelecimento do Reino com sangue e espada; mas os publicanos e as prostitutas, o refugo da sociedade humana que sabiam que eram tão pobres que nada tinham para oferecer, nem receber. Tudo o que podiam fazer era clamar pela misericórdia de Deus.

http://hernandesdiaslopes.com.br/2012/12/a-receita-de-jesus-para-a-verdadeira-felicidade/#.UNJqTOTWKSA


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Grande Alegria.


Grande Alegria Para Todo o Povo

“É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).
Muitas vezes do sofrimento brota a alegria, como por ocasião do nascimento de um bebê. O milagre do Natal também foi assim. Havia chegado o ano da salvação quando o milagre divino do nascimento de Jesus adentrou nosso tempo vindo das esferas supra-temporais. Deus se compadeceu de nosso sofrimento e da miséria do pecado das pessoas que criara, e lhes enviou o Salvador. Aconteceu aquilo que Deus havia planejado, exatamente de acordo com Seu plano perfeito. Gálatas 4.4 diz: “Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”. Deus já havia mandado Isaías profetizar esse grande evento, fazendo-o falar como se o Natal já tivesse acontecido: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram” (Is 61.1-2). Esse acontecimento supremo da história da humanidade e do Plano de Salvação, o nascimento do Salvador Jesus, teve conseqüências tão transformadoras que, desde então, começou uma nova contagem de tempo para o mundo. Quem pode derrubar essa realidade? Todos têm de aceitar que a vinda de Jesus foi revolucionária. Outra data igualmente importante para a humanidade será o dia de Sua volta a este mundo.

Filho de Deus e Filho do Homem

Jesus não força a entrada do nosso coração, mas espera ser convidado para entrar: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Ap 3.20).
O Filho de Deus, em sua pré-existência Deus e Criador do mundo, entrou na estreita estrada de mão-única de nossa vida e deseja renovar e transformá-la radicalmente. Mas para isso precisamos abrir a porta de nosso coração para que possa entrar, uma vez que Ele não vem como ladrão arrombando-a. Ele não força a entrada, mas espera ser convidado para entrar: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”, como está escrito em Apocalipse 3.20. O apóstolo Paulo descreve a seu filho na fé, Timóteo, o mistério da vinda de Jesus como Filho do Homem da seguinte maneira:“Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória” (1 Tm 3.16). Segundo o sábio desígnio de Deus, para nossa salvação o Senhor Jesus deveria tornar-se homem e cumprir a mais difícil de todas as tarefas. Jesus aceitou o plano de Deus, concordou com os desígnios divinos e entregou Sua vida em sacrifício de resgate por nós. Somente Ele, que não tinha pecado, podia assumir essa incumbência. Em 1 Pedro 2.24 está escrito:“Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.” Pessoa alguma consegue imaginar o que custou para nosso amado Senhor Jesus Cristo assumir e suportar esses cruéis sofrimentos e a morte por nós. Mas o eterno Filho de Deus se dispôs a deixar Sua glória celestial para assumir a forma humana e morrer por nós pecadores como cordeiro de sacrifício! Essa é a amarga realidade – mas também a realidade salvadora, que não deve nem pode ser calada no Natal.

O que César Augusto jamais sonhou

Para que o Natal viesse a se realizar, Deus tomou providências no céu e na terra, providências que incluíam até o imperador romano. O poderoso César Augusto pode ter se iludido com a idéia de que a primeira contagem e o recenseamento da população de Canaã, juntamente com seus súditos, tenha sido fruto de sua própria sabedoria. Mas na realidade isso não foi nada mais que a execução do sábio plano divino. Entre os judeus Deus encontrou José e Maria, um casal que era temente ao Senhor e que humildemente permitiu ser guiado pela mão divina. Em Nazaré, José jamais teria tido a idéia de viajar com sua esposa grávida até a distante cidade de Belém. O que ele iria fazer ali, num lugar tão pequeno e afastado? No máximo, visitar seus parentes.
José, descendente do rei judeu Davi, vivia em Nazaré como modesto carpinteiro (tecton em grego, alguém que trabalha em edificações), em fraqueza humana mas com o caráter de umtsadiq, um justo. Deus se agradava dele, e José permitiu que anjos divinos o conduzissem através das maiores complicações, fazendo-o superar grandes obstáculos.
Maria, uma jovem judia íntegra e sincera foi eleita pela soberana vontade do Senhor para ser a mãe de Jesus. Deus “contemplou na humildade da sua serva” (Lc 1.48). O Senhor realizou através dela o maravilhoso milagre da concepção virginal. Isso já havia sido predito 700 anos antes pelo profeta Isaías: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel” (Is 7.14). O mundo se escandaliza e não aceita esse grande acontecimento como sendo real. Mas se derrubamos essa verdade, a Verdade toda cai por terra! Como poderia Deus, que criou todo o universo e as leis da natureza, ser incapaz de suspendê-las para cumprir Seus desígnios? Ele, a quem todos os elementos da natureza estão sujeitos, não precisa nos perguntar se pode fazer alguma coisa ou não. Ao realizar milagres e atos sobrenaturais, Deus está testando nossa fé e nossa disposição de confiar nEle de todo o coração.
Ruela em Nazaré, cidade onde viviam José e Maria.
Caso as Sagradas Escrituras contivessemuma única inverdade, ela seria inverossímil como um todo e não poderia mais ser chamada de Palavra de Deus. A própria Escritura explica que, no caso dessa gravidez, a natureza não esteve em ação mas foi o Espírito Santo que agiu:“Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus. Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lc 1.35,37). Já em Gênesis está escrito: “Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil?” (Gn 18.14).

Se Maria soubesse

Jamais, de forma alguma, Maria foi aquilo que a igreja católica, com seus dogmas, fez de sua pessoa. Maria foi estilizada e elevada à posição de “deusa” a quem as pessoas dirigem suas orações. Ao fazer isso, estão roubando a honra do único Deus verdadeiro e do Salvador Jesus Cristo! O papa João Paulo II faz aumentar ainda mais essa devoção a Maria. Como sentimos compaixão desse povo enganado! Maria ficaria extremamente chocada se soubesse o que fizeram dela. Guardemo-nos dessa superstição mariana!
A própia Maria louva o Senhor com humildade de coração: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque contemplou na humildade da sua serva...” (Lc 1.46-47). Maria! Como deixaríamos de honrar sua memória? Mas nada além disso! Deus a considerou digna de ser a mãe do Messias mas depois de Jesus ela teve outros filhos, cujos nomes são citados pela Bíblia (Mt 13.55-56).

Da manjedoura para a cruz

Em pensamento acompanhemos o jovem casal, Maria e José, em sua longa e penosa jornada até Belém. Pois lá – e em nenhum outro lugar do mundo! – deveria nascer o Salvador da humanidade como uma criança judia. Deus o predisse ao profeta Miquéias 700 anos antes: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2).
Belém-Efrata, um pequeno lugarejo situado entre vinhedos e olivais, é a cidade judaica onde nasceu o rei Davi. Exatamente ali nasceu também o Messias, o futuro Rei dos reis. Belém significa casa do pão e Efrata quer dizer frutífero. Belém, pequena cidade! Como esse lugar é precioso para nós! Como nos faz feliz a época do Natal! Mas para o Messias, para o Rei e Senhor, não se achou um abrigo ou um lugar de acordo com sua importância.
Estrebaria e manjedoura não têm relação alguma com romantismo e meiguice, pois testemunham amarga pobreza. Porém, Deus o quis assim. O Senhor planejou que Seu Filho não tivesse um palácio à disposição. Sua vida sobre a terra foi, desde o primeiro momento, caracterizada por pobreza e privação. O caminho de Jesus nesta terra começou em uma manjedoura e terminou na cruz do Calvário.
Como o único sacrifício determinado por Deus, Ele trouxe expiação para nossos pecados através de Seu sangue. No madeiro maldito Ele trouxe salvação para nós pecadores. Isaías o profetizou muito tempo antes: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.7).
Dessa forma Deus nos presenteou Seu Filho Jesus no Natal – e o que fizemos de Seu aniversário? Uma festa de consumo e luxo! Será que pensamos em Seu nascimento quando estamos sentados à mesa da ceia do Natal, rodeados de familiares e amigos ou na hora em que abrimos nossos presentes?
Belém! Aqui, neste lugar, o céu se abriu e os anjos trouxeram as boas-novas a um grupo de humildes e amedrontados pastores que guardavam suas ovelhas durante a noite. A mesma mensagem que encheu seus corações de alegria é anunciada a cada um de nós ainda hoje:“E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.9-14).
Será que pensamos no nascimento de Jesus quando estamos sentados à mesa da ceia de Natal rodeados de familiares e amigos ou quando abrimos nossos presentes?
Agora Ele havia chegado! A prometida luz, a brilhante estrela da manhã, da qual os profetas falaram: “O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz” (Is 9.2). Em cumprimento de profecias do Antigo Testamento, Jesus falou a Seu povo: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida. Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (Jo 8.12; 12.46). Ele fala hoje a você e a mim! Quem permitir que a luz da graça de Deus, que é Jesus, ilumine sua vida, participará do Seu reino de paz e alegria.

O berço do cristianismo ontem e hoje

Belém! Lugar de feliz memória, berço do cristianismo! Como nosso coração se comove quando pensamos na vinda do Messias a esse lugar tão singelo. Mas hoje? É um lugar de miséria e desconsolo, dominado pelo islã. O poder do mal tenta apagar a luz do Evangelho. Tudo o que lembra a história judaica está sendo destruído e aniquilado com brutal violência em Belém.
Onde nasceu o Filho de Deus, hoje se ouve gritar “Alá akbar!” No Corão, na Sura 9.30, está escrito: “...os cristãos dizem: ‘O Messias é o filho de Deus.’ Essas são suas asserções. Erram como erravam os descrentes antes deles. Que Deus (Alá) os combata!”. Será que o Corão de fato triunfará sobre a eterna Palavra de Deus? Por que Jesus permite que o lugar de Seu nascimento seja profanado? Será que pessoas que se dizem cristãs fizeram de Belém um santuário, venerando um lugar ao invés de honrar o próprio Senhor em obediência de fé? Será que estamos dando mais honra ao que foi criado do que ao próprio Criador?

Deus não deixa que Lhe roubem Sua glória

Jesus odiava e censurava toda a hipocrisia e as cerimônias meramente exteriores. Hoje não é diferente. Ele procura por corações sinceros, que produzam gestos de amor movidos pelo Espírito. Colossenses 1.10 nos conclama: “a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus”. Todos os gestos apenas exteriores são uma abominação para Deus: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas, adornais os túmulos dos justos” (Mt 23.27-29).
De que adianta ajoelhar-se no local onde Jesus nasceu? O que trazem as peregrinações para a Terra Santa se a imundícia dentro do coração não é reconhecida e muito menos tirada? De que servem as pomposas festas de Natal se a impureza e a desobediência continuam a crescer desordenadamente em nosso coração? Se desejamos que Deus se agrade de nossa vida, precisamos andar humildemente pelo caminho estreito, seguindo os passos de Jesus em nosso viver e em nosso querer. Jesus entra onde encontra corações receptivos. Pessoas de coração aberto para Deus têm a promessa de O verem face a face.
Jesus não quer apenas ser convidado de honra em uma festa; Ele deseja ser o Senhor de nossa vida e reinar em nossos corações! Por isso, preparar a obrigatória festa em dezembro não resolve nosso problema interior mais profundo. Só a entrada de Jesus em nosso próprio coração nos traz aquilo que tanto ansiamos e esperamos.

O “menino Jesus” vai voltar!

O Natal deste ano poderá ser um Natal muito feliz, apesar das dificuldades e problemas, para todos os que experimentaram o perdão dos pecados através do sangue de Cristo.
Em todos os Natais, quando celebramos o nascimento de Jesus, não fiquemos apenas pensando no pequeno e indefeso bebê na manjedoura. Jesus é o Senhor, o Rei de todos os reis, que em breve voltará triunfante. É para esse acontecimento grandioso que devemos direcionar nossa atenção.
Onde ainda impera a escuridão do pecado, a luz da Sua graça pode iluminar cada recanto. Ele mesmo diz em João 8.12: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”. Hoje, mais do que nunca, Jesus envia pessoas que levam mundo afora a clara luz do Evangelho, mensageiras da paz àqueles que vivem angustiados por seus pecados ainda não perdoados. O poder das trevas se levanta e tenta impedir que a luz avance e que o plano de paz divino se concretize em muitos corações. Mas Jesus é o Vencedor! Coloquemo-nos do Seu lado! O que Isaías ouviu Deus dizer a respeito de Seu Filho Jesus irá se cumprir integralmente:“Pouco é seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra” (Is 49.6). Logo, Zacarias 2.10 é válido também para nós e podemos nos alegrar juntamente com Israel: “Canta e exulta, ó filha de Sião, porque eis que venho e habitarei no meio de ti, diz o Senhor”. Nossa alegria será plena quando virmos Israel se alegrando conosco pela volta de Jesus.
O Natal deste ano poderá ser um Natal muito feliz, apesar das dificuldades e problemas, para todos os que experimentaram o perdão dos pecados através do sangue de Cristo. Em Jesus, desejo a você um Natal de genuína alegria, com as bênçãos de Deus! (Burkhard Vetsch -http://www.chamada.com.br)

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, dezembro de 2004.


http://www.chamada.com.br/mensagens/grande_alegria.html

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Bereanos ou Cretenses?









Foi por ocasião de sua segunda viagem missionária que o apóstolo Paulo conheceu os bereanos. O escritor do livro de Atos, cremos que Lucas, adjetivou os judeus bereanos como “mais nobres” do que os de Tessalônica. Certamente porque eles receberam a mensagem do Evangelho, pregada por Paulo e Silas, com mais avidez. Notoriamente eles tiveram um interesse diferenciado e se preocuparam em conferir nas Escrituras tudo que Paulo pregava. Muitos homens e mulheres de alta posição daquela sociedade se converteram a Cristo. Até hoje destacamos a nobreza dos bereanos quando queremos exortar às pessoas a conferirem na Bíblia Sagrada o que estão ouvindo por boca dos muitos pregadores. Certamente se houvesse uma conferência mais interessada com tudo que se ouve sobre o Evangelho e sobre o próprio Deus, não estaríamos vivendo um sincretismo religioso tão aguçado e, com certeza, não nos sentiríamos tão envergonhados com a representatividade da fé evangélica em nosso país.
A expressão sincretismo tem origem grega e significa “fusão de crenças”. Dizem que os cretenses esqueciam as diferenças internas a fim de se unir à combater um mal maior. Sincretismo é agir como os cretenses agiam, unir coisas díspares, apesar das diferenças, a favor do que é semelhante. Religiosamente falando, o sincretismo é uma mistura de conceitos religiosos, uma espécie de ecumenismo.
Em princípio, algumas pessoas poderiam pensar que esta junção de conceitos religiosos é algo positivo. Mas, definitivamente, não o é. O sincretismo gera uma espiritualidade rasa trazendo confusão à mente e perturbação ao coração.
Talvez um bom exemplo de sincretismo seja o personagem descrito no livro de Atos dos apóstolos de nome Elimas. A Bíblia diz que este indivíduo era judeu, mágico, falso profeta e atendia pelo nome de Barjesus. Como judeu ele conhecia a sua forte tradição religiosa. Obrigatoriamente ele conhecia as leis de Moisés e todos os usos e costumes da religião judaica. Também era um mágico. A magia era uma prática considerada de ocultismo e proibida pela religião judaica. Como se não bastasse, Elimas era um falso profeta, atrevia-se a falar em nome de Deus. Finalmente, para completar sua sindrome sincrética ele atendia pelo nome de Barjesus, ou seja, filho de Jesus. Ele era de tudo um pouco, ou, do pouco, queria ser tudo.
Tendo o dom espiritual do discernimento, o apóstolo Paulo o chamou de filho do diabo, cheio de todo o engano e malícia, inimigo de toda a justiça e que tentava perverter os retos caminhos do Senhor. Tais palavras revelam a interpretação bíblico-espiritual do que é o sincretismo religioso. Deus confirmou as palavras de Paulo, fazendo com que uma névoa e escuridade caissem sobre aquele homem. O resultado foi uma cequeira total ainda que não definitiva. Ele ficou cego por algum tempo.
Em nossos dias percebemos a triste realidade de que sobrevive o sincretismo religioso. Lamentavelmente algumas instituições religiosas crescem o número de seus membros tendo como principal estratégica a mistura de fé, doutrinas, crenças e crendices. Nelas se percebem um viés de cristianismo, à medida que falam em nome de Jesus e usam a Bíblia; mas, também, de espiritualismo com linguagem específica, vestimentas e práticas de ocultismo. Como se possível fosse um espiritismo evangélico. Percebe-se também uma espécie de neo-catolocismo com suas práticas pagãs atribuindo poder aos objetos de uso litúrgico, novenas e procissões.
Em meio a tanta confusão algumas pessoas simplesmente se desencantam com as instituições religiosas. Pensando que todas elas, como diz o adágio popular, “são farinha do mesmo saco”. Ser um cristão em nossos dias e confessar isso publicamente nunca foi tão desafiador. Para muitos, isto tem sido constrangedor. Não porque se envergonham de Cristo, muito pelo contrário. Mas, é fato, se envergonham das instituições religiosas que pretenciosamente se auto denominam de Igrejas.
A Igreja conforme o conceito bíblico é UNA, CATÓLIA e APOSTÓLICA. Como um corpo humano, assim é a Igreja. Um só corpo, com muitos membros, possuindo uma só cabeça. Católica por ser universal. A igreja não é propriedade de um povo específico. Não importa a localização, o idioma ou a cultura. Onde estiver um discípulo de Jesus, alé está a igreja está presente. A igreja é apostólica, ou seja, baseada na doutrina dos apóstolos de Cristo Jesus. O fundamento que não pode ser alterado. O fundamento é Jesus Cristo, a Rocha, a Pedra principal.
Não existe uma verdade para cada um. Uma moral para cada um, conforme a interpretação dominante. Deus é verdadeiro e mentiroso todo os homens. A Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus e não são desprezíveis toda outra regra de fé e prática contrária. Por pensar diferente, alimentamos o sincretismo religioso como se fosse um bicho de estimação.
A leitura que fazemos é de uma igreja muito mais parecida com o Elimas ou, Barjesus, do que Bereana, nobre e que quer saber, pelas Escrituras Sagradas, qual a verdade.
Qual o modelo a seguir? Bereanos ou cretenses? Conferir nas Escrituas tudo que temos ouvido é a cura para a fé cristã da atualidadre, caso contrário, faremos parte de instituições religiosas sincréticas que, em nome da tolerância, abre mão da verdade bíblica.
Por Ricardo Mota
http://apenaafiada.blogspot.com.br/




domingo, 9 de dezembro de 2012

“E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas”.




Por Felipe Lara
Para falar sobre este assunto faz-se necessário conhecermos os fundamentos da palavra que é a revelação de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e compreendermos o seu desejo para as nossas vidas em Mateus 22.29 diz assim:
 “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” e em Marcos 12.24: “... Porventura, não errais vós em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus?”. Nestes versículos entendemos que o conhecimento da Escritura é fundamental para o cristão, quantos erros são cometidos pela falta de “entendimento” das Escrituras Sagradas ou pela má interpretação. Para um melhor aproveitamento vamos compreender o significado da palavra Conhecimento com base nas escrituras e em estudos.
 CONHECIMENTO
Temos como conceito de Conhecimento a seguinte definição: Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair ideia ou noção de alguma coisa. Conhecimento é aquilo que se admite a partir da captação sensitiva sendo assim acumulável a mente humana. Ou seja, é aquilo que o homem absorve de alguma maneira, através de informações que de alguma forma lhe são apresentadas, para um determinado fim ou não. O conhecimento distingue-se da mera informação porque está associado a uma intencionalidade.  A definição clássica de conhecimento, originada em Platão, diz que ele consiste de crença verdadeira e justificada. 



Isto significa que o conhecimento é necessário porque há problemas como resultado direto da queda do homem. O conhecimento que é verdadeiro permite que os problemas sejam resolvidos e evitados.  Deus nos dá conhecimento para nos ajudar a "consertar" pessoas com problemas, proteger-nos das dificuldades da vida e permitir que o amor se expresse através de boas obras.  E o que exatamente o conhecimento permite que o amor faça?! Encontramos em Provérbios as seguintes definições:
“Através da sabedoria o Senhor deitou os fundamentos da terra, através do entendimento, estabeleceu os céus no lugar; através de seu conhecimento as profundezas foram divididas”. (Provérbios 3: 19-20ª - N.V.I.).
“Através da sabedoria uma casa é construída, e pelo entendimento é estabelecida; através do conhecimento, seus cômodos cheios com tesouros raros e bonitos.” (Provérbios 24:3-4 - N.V.I.).
AMOR SEM CONHECIMENTO?
Para exemplificar encontrei uma estória descrita por Sandy Gregory que é um orador público cujo provocativo de ideias têm influenciado as práticas empresariais em todo o mundo.  Ele é Mestre em Comunicação e foi designado Scholar (Homem culto, literato; sábio; acadêmico; estudioso) um presidente para o seu desempenho acadêmico. 
A estória contada por Sandy Gregory da mãe ignorante, mas amorosa: Ela alimenta seus filhos com uma dieta baseada em carne, porque ela acredita que carne é o melhor tipo de alimento. Um dia ela recebe conhecimentos importantes, depois de ler um guia de nutrição, ela começa a comprar uma mistura de todos os tipos de comida para seus filhos. Como resultado, seus filhos se tornam mais saudáveis. Pergunta: Esta mãe amava mais seus filhos antes ou depois que ela recebeu esse conhecimento? Hummm.... Da mesma forma! Contudo, até o conhecimento, seu amor era infrutífero, até mesmo contra produtivo. Conhecimento que é verdadeiro permite que o amor desabroche em bons frutos.
E O QUE A BÍBLIA DIZ A RESPEITO?
“Não é bom ter zelo sem conhecimento, nem ser apressado e perder o caminho”. (Provérbios 19:2 N.V.I.) “Pois posso testificar que eles são zelosos por Deus, mas seu zelo não é baseado no conhecimento”. (Romanos 10:2 N.V.I.) Portanto devemos examinar as Escrituras Sagradas e pedirmos a Deus que nos seja revelada a sua palavra afim de não sermos deliberadamente ignorantes que exaustivamente evitam a verdade.
 Eles me chamarão, mas eu não os responderei; procurarão por mim, mas não me acharão. Uma vez que odiaram o conhecimento e não escolheram o temor do Senhor, uma vez que eles não aceitaram o meu conselho e ignoraram a minha repreensão, comerão do fruto de seus caminhos e serão cheios com o fruto de seus próprios conselhos. Pois o capricho dos tolos irá matá-los, e a complacência dos loucos destrui-los; mas quem quer que me escutar viverá em segurança e estará em paz, sem medo de dano."(Provérbios. 1:28-33 N.V.I.).
 Não é a toa que encontramos na bíblia a seguinte afirmação “Meu povo é destruído por falta de conhecimento”. (Oséias 4:6 N.V.I.),  portanto entendemos que temer ao Senhor nosso Deus é também conhece-lo de forma que não venhamos a acreditar em palavras ou atitudes não bíblicas. Se realmente buscarmos a presença do Senhor e nos entregarmos a Ele de todo o nosso coração e de todo o nosso entendimento seremos capazes de discernir o que esta ao nosso redor, pois foi o próprio Jesus que disse: E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (João 8.32 N.V.I)" Sabemos que o ser humano por sua natureza pecaminosa possui uma mente passiva, ou seja, geralmente absorve tudo que lhe e imposto sem muitas analises e verificações da suposta verdade. Entre os cristãos são fácil de observar, quantas vezes vemos pregadores, ministros de louvor, pastores, obreiros, missionários, professores em cima dos púlpitos falando da Escritura Sagrada sem o mínimo de preparação. Muitas vezes são levados pelo impulso e acabam pregando ou dizendo inverdades sobre a palavra de Deus. Devido à mente passiva, “mastiga-se e engole-se” tudo, sem o mínimo de cuidado de analisar a autenticidade da palavra. Muitas vezes a inverdade dita acaba sendo semeada nos corações. Por isso, não sejais tolos, mas entenda qual é a vontade do Senhor. (Efésios 5:17 – N.V.I.).
Minha oração é que seu amor por cada um possa aumentar mais e mais e nunca deixar de melhorar seu conhecimento e aprofundar sua percepção para que vocês possam sempre reconhecer o que é melhor. Isto os ajudará a se tornarem puros e sem culpa e a prepará-los para o Dia de Cristo. (Filipenses 1:9-10).

A IMPORTANCIA DA ORGANIZAÇÃO DAS REUNIÕES.
Agora que fomos libertos pela verdade revelada através da palavra e entendemos o significado do conhecimento e o que a bíblia diz a respeito podemos seguir para o nosso objetivo onde em 1 Coríntios 14.32 diz: “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas”. Em outra versão: “Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas”. Muitos cristãos, principalmente aqueles ligados aos movimentos pentecostais, por não terem discernimento acabam interpretando mal 1 Coríntios 14:32 e causam muito dano a si mesmos e aos irmãos. Sabemos que 1 Coríntios 14 fala claramente das instruções dadas à assembleia quando reunida para o ministério da Palavra. Vejamos o trecho a seguir  "E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados. E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz" (1 Co 14:29-33).A primeira coisa que percebemos neste texto é que não existe um só homem ministrando, mas o Espírito Santo pode usar aqueles que Ele desejar, claro que  obviamente isso não significa confusão ou liberar geral para qualquer um falar o que lhe vier à cabeça. Por isso "falem dois ou três profetas, e os outros julguem". Mas o que isto quer dizer?
O apostolo Paulo deixa claro que aquele que fala tem que estar ciente de que deve falar segundo a Palavra de Deus, porque seus irmãos estarão julgando o que ele fala. Se ele disser alguma coisa sem fundamento bíblico, os irmãos podem muito bem interrompê-lo ou corrigi-lo. Evidentemente isso com espírito de amor e também levando em conta a gravidade do que foi dito. Pequenos deslizes não recebem o mesmo tratamento de grandes heresias. Amados, devemos compreender um grande fato que sempre passa despercebido por muitos que leem esta palavra, naquela época eles ainda não tinham as escrituras do Novo Testamento, portanto ainda dependiam de revelações novas que podiam ser trazidas pelo Espírito a qualquer momento, segundo a necessidade dos santos. Estes casos tinham prioridade.  Porém hoje eu desconfiaria de alguém que quiser interromper uma reunião dizendo que acaba de receber uma revelação do Espírito Santo por termos já todo o pensamento de Deus revelado a nós em Sua Palavra. Além disso, quando alguém diz estar trazendo uma revelação vinda diretamente de Deus, está também querendo bloquear o julgamento do que vai dizer, pois quem ousaria julgar o que o próprio Deus está revelando? Este tipo de artifício é muito usado hoje por pretensos profetas para serem ouvidos sem contestação.
Vamos entender um pouco mais "Profetizar" aqui tem o sentido de "proferir", ou seja, falar da parte de Deus, que é o que fazemos quando trazemos algo presente em Sua Palavra. Daí é muito importante que aqueles que ministram estudem, conheçam e se apeguem à Palavra, para evitar desvios.  Veja também que existe uma ordem, "uns depois dos outros". Não é uma gritaria generalizada, e os que profetizam devem ser ouvidos com atenção. Uma vez um irmão me contou de uma pregação que viu numa denominação pentecostal onde o pregador falava da mulher Cananeia que disse a Jesus que até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa de seus donos. A coisa foi mais ou menos assim:
Pregador: “Só quem era cachorro da Gloria Deus...”.
Público gritando: "Aleluia! Glória a Deus"! amados, onde esta a sabedoria e o discernimento aqui?!
 Veja agora ao versículo de nosso tema central, onde muitos se questionam da seguinte forma: Que espíritos são esses de "os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas"? Bom amados obviamente que não é o Espírito Santo e nem são espíritos de pessoas que morreram, mas o próprio espírito daquele que fala. Sabemos que somos formados por corpo, alma e espírito. O espírito é o que nos diferencia dos outros seres vivos, que têm corpo e alma. É por meio de nosso espírito que temos comunhão com Deus. Veja aqui que é com nosso espírito que o Espírito Santo se comunica:
"O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus". (Romanos 8:16). O que o apóstolo Paulo está dizendo em 1 Coríntios 14 é que o espírito do profeta que traz uma mensagem da Palavra de Deus está sujeito ao próprio profeta, ou seja, ele tem total domínio sobre seu ato de falar. Agora ninguém pode alegar que estava fora de si enquanto ministrava, porque não é este o modo como Deus manda que ministremos. Agora alguém que entre em um transe e fique fora de controle enquanto fala não está fazendo aquilo que Deus ordena aqui. E o mesmo vale para aqueles movimentos de cair no Espírito e ou ser tomado no Espírito, rolar no chão, rodopiar, sacudir-se, gritar com voz gutural, imitar animais, caminhar de joelhos como se fosse um cão ou um leão, rir e dar gargalhadas incontroláveis...
Essas coisas podem caber numa religião pagã, mas não tem nada tem a ver com o Espírito Santo de Deus. Lembre-se de que "os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas". Quando congregado, um cristão não pode alegar que fez algo "fora de si", "em transe" ou "tomado" por alguma força exterior ou interior. Sabe por que amados o nosso culto a Deus é racional, nosso espírito está sujeito a nós mesmos e temos total controle do que estamos fazendo ou falando. O profetizar, em seu sentido bíblico, não tem nada a ver com o que se vê por aí nos centros espíritas, com pessoas sendo incorporadas por espíritos sobre os quais as próprias pessoas não têm controle, como se estivessem possuídas. O ministério cristão é feito de forma consciente. No mesmo capítulo Paulo diz:
Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. (1Co 14:15) Não existe lugar nas reuniões dos santos para manifestações histéricas e descontroladas. Até mesmo quando o apóstolo dava instruções sobre o falar em línguas (que ele até desestimulava por não ser tão proveitoso quanto à profecia ou ministério da Palavra), ele deixava claro que devia existir uma ordem:
1Co 14:27-28, 33-34 "E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus... como em todas as igrejas dos santos, as vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar".  Veja a ordem: dois ou QUANDO MUITO, três, um de cada vez, necessariamente com a presença de intérprete e as mulheres deveriam ficar caladas. Infelizmente o que se vê principalmente nos grupos pentecostais são, não dois ou três, mas vinte ou trinta gritando uma língua desconhecida e sem intérprete. E como ter intérprete se todos falam juntos ao invés de "um de cada vez" como manda a Palavra? Além disso, é notório que aqueles que mais fala são aquelas que deveriam permanecer caladas (não sou eu quem diz isto, é a Palavra de Deus). E não raro as pessoas encontram-se em um estado tal de histeria que não têm controle sobre si mesmo ou sobre o próprio espírito. Certamente isso não vem de Deus. 
O que endurece o coração do é saber sobre uma verdade e não praticar. Ignorar a voz do Senhor traz o endurecimento do coração e a perdição eterna. O homem sabe e não quer aceitar.
PENTECONSTE – O CUMPRIMENTO DA PROMESSA
Para finalizar o estudo vamos entender o que a bíblia diz sobre o dia de Pentecoste.
O Pentecoste era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita de trigo. Vinha gente de toda a parte: Judeus saudosos que voltavam a Jerusalém  trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das setes semanas por ser celebrada sete semanas depois da pascoa, no quinquagésimo dia. Daí o nome Pentecoste, que significa “quinquagésimo”. (Levitico 23: 15 – 21 ; Deuteronômio 16: 9 – 11). No primeiro Pentecoste, depois da morte de Jesus, cinquenta dias depois da sua ressurreição  o Espirito Santo desceu sobre os discípulos mais ou menos 120 (Atos 1: 15) que estavam reunidos em Jerusalém  na forma de línguas de fogo, todos ficaram cheios do Espirito Santo e começaram a falar em outras línguas: “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. (Atos 2:1-4) As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram quase 3 mil pessoas e isto era 9 horas da manha. 
DOIS EVENTOS ACONTECERAM
O Vento:  Deus estava soprando, da mesma forma que Jesus soprou em seus discípulos “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós”. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (João 20:21-22). O Espirito de Deus soprou agora sobre a igreja, Ele se colocou ao lado para soprar poder, para trazer uma nova ordem e transformar aqueles galileus em um exército de Cristo (Atos 2.2).
 O Fogo: As línguas de fogo lembravam surpreendentemente a consagração do primeiro templo (Quando Salomão terminou a oração, desceu fogo do céu e queimou completamente o animal oferecido em sacrifício e os outros sacrifícios que tinham sido oferecidos; e a glória do SENHOR Deus encheu o Templo. E, por causa dessa luz, os sacerdotes não puderam entrar no Templo. Ao verem o fogo descer e a glória do SENHOR encher o Templo, todos os israelitas que estavam ali no pátio se ajoelharam e encostaram o rosto no chão. Eles adoraram a Deus e o louvaram, dizendo: “Louvem a Deus, o SENHOR, porque ele é bom, e porque o seu amor dura para sempre.”) (2 Crônicas 7: 1-3).  E naquela época o fogo de Deus desceu e mostrou que Deus viera habitar numa casa terrena. Foi isto que aconteceu em Pentecoste, o Espirito veio com o poder e a presença do Espirito de Deus “Então todos viram umas coisas parecidas com chamas, que se espalharam como línguas de fogo; e cada pessoa foi tocada por uma dessas línguas” – (Atos 2.3).
Deus havia guiado o povo de Israel no deserto na forma de uma coluna de fogo. Jesus havia prometido que guiaria os discípulos. Desta forma o Espirito Santo veio como fogo para guiar a igreja, e como resultado aqueles discípulos foram cheios do Espirito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espirito Santo lhes concedia que falassem. E então Pedro se levantou dentre eles e explicou a multidão o que havia acontecido era o cumprimento da profecia de Joel. Deus havia derramado Seu Espirito Santo sobre eles – Atos 2.14-36.
Irmãos esta claro que após a igreja ser cheia do Espirito Santo o resultado foi à salvação de muitos, esta sim é a verdadeira unção do Espírito Santo onde todos nós temos por direito, e é através dEle e somente por Ele que podemos anunciar a palavra e profetizar, sim proferir a mensagem de Deus aos povos que Jesus é o Senhor e que não a outro igual a Ele. Note que ao ser cheio do Espirito Santo eles falavam em outras línguas, e os povos entendiam o que eles diziam e pela palavra veio à salvação.  Ironicamente isto não ocorre nos dias de hoje, o que vemos são pessoas falando e ou gritando uma língua desconhecida sem nenhuma interrupção ou interprete. E depois de terminado a reunião todos vão para suas casas aguardando a próxima reunião e aquele que nunca viu ou frequentou uma igreja pentecostal fica sem entender esta movimentação e por um descaso não recebe a salvação. Que Deus nos capacite a cada dia para o entendimento da palavra e que ao estarmos prontos rios de Bênçãos fluam de nossas bocas através da palavra. E deixo um alerta de Jesus. - Escutem! Eu estou mandando vocês como ovelhas para o meio de lobos. Sejam espertos como as cobras e sem maldade como as pombas. Tenham cuidado, pois vocês serão presos, e levados ao tribunal, e serão chicoteados nas sinagogas. Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos governadores e reis para serem julgados e falarão a eles e aos não judeus sobre o evangelho. Quando levarem vocês para serem julgados, não fiquem preocupados com o que deverão dizer ou como irão falar. Quando chegar o momento, Deus dará a vocês o que devem falar.  Porque as palavras que disserem não serão de vocês mesmos, mas virão do Espírito do Pai de vocês, que fala por meio de vocês. (Mateus 10: 16-20).

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