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quinta-feira, 12 de maio de 2011

SECULARIZAÇÃO do Mundo Complexo e O EVANGELHO




                                                                   Russell Shedd 


 Vivemos num mundo secularizado. A religião ocupa um espaço 
cada vez mais reduzido, especialmente no Primeiro Mundo. Significa 
que o ocidente experimenta a realidade de governo, leis, educação, 
mídia que excluem Deus da vida.  A exclusão da religião da cultura, 
das artes e a formação secularizada do homem moderno é uma 
realidade que se confirma constantemente. Desde a renascença, 
paulatinamente Deus foi banido da civilização ocidental e substituido 
pelo humanismo.  A maioria continua afirmando que acredita em Deus, 
porém, a importância da “fé” no dia a dia é irrelevante. O temor de 
Deus desaparece. O otimismo da fé na capacidade do homem 
resolver seus problemas e alcançar seus objetivos utópicos ocupa o 
lugar de fé num futuro melhor após a morte.  Quem precisa de Deus, 
se a ciencia e o progresso tem as ferramentas para dominar a 
natureza e a razão humana tem a inteligência suficiente para  encarar 
todos os desafios. 
 “O Deus deste era cegou o entendimento dos descrentes para 
que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo” (2 Co 4.4NVI).  
Paulo escreveu estas palavras num contexto duma sociedade imersa 
na  idolatria e magia. Após a conquista do Império Romano pelo 
cristianismo, este dominou todas as facetas da vida. O cristianismo 
tomou o lugar do paganismo. A penetração do cristianismo 
institucionalizado com o papa no pináculo do poder, sujeitou a cultura 
europeia à força da religião até a renascença. A reação do iluminismo 
começou a desmoronar o domínio da religião cristã no centro da vida.  
Filosofias humanistas questionaram as  certezas afirmadas pela Igreja 
durante séculos.  A ciencia começou a ganhar espaço com 
descobertas deslumbrantes.  Um novo paradigma garantiu que não 
era o planeta terra, mas o sol, que estava no centro do sistema solar. 
O telescópio demonstrou que o universo era imenso, milhões de vezes 
maior do que se imaginava.. A tentativa da Igreja  combater estas 
novas descobertas trouxe descrédito sobre  o cristianismo.  
 Mais recentemente  a teoria de evolucão foi aceita como uma 
alternativa viável em lugar da descrição bíblica do origem do universo 
e do homem. A nova mentalidade, de acordo com G.K. Chesterton, foi 
de um deus que escreveu a peça de teatro e a entregou ao ator 
humano que não  lembrava mais do autor e nem do propósito de 
montar a peça.  Os livres pensadores creram que o progresso 
depende da inteligência e criatividade do homem e não da revelação 
de um deus que, se existe, não influencia os acontencimentos 
naturais.  Nietzsche ousadamente declarou que Deus morreu.  Marx 
acreditava que as forças determinantes econômicas produziriam uma 
sociedade harmoniosa. Os que produzem segundo suas habilidades 
supririam  as  necessidades de todos. 
 Um desencantamento tem ameaçado a utopia dos filósofos e 
sociólogos. Os avanços científicos tem acarretado com alguns 
elementos negativos. A rápida destruição da natureza, a poluição, o 
aquecimento da camada de ar e o aumento do burraco de ozone, 
provocados pelas emissões de gases, tem sido desalentador. 
Doenças novas como AIDS e SARS tem sido inimigos da humanidade 
difíceis de combater eficazmente. A violência no mundo, as guerras, a 
incapacidade das autoridades controlar as drogas e o terrorismo, 
todos são sintomas de um mundo que perde a esperança de encontrar 
soluções humanistas definitivas para todos os problemas que afligem 
a humanidade. 
 O cristão encara este quadro desalentador com uma avaliação 
bíblica. “Todos pecaram e estão destituidos da glória de Deus”.
corrupção do coração do homem leva à conclusão que a humanidade 
nunca alcançará a perfeição do Paraíso sem a intervenção do Criador. 
A exclusão de Deus pela mídia e a política escolar, é simplesmente 
uma reação do coração soberbo que pensa que tudo pode por conta 
própria. 
 A declaração da Bíblia que o Cristo ressurreto e entronizado 
reinará até que ele ponha todos os inimigos debaixo dos seus pés é a 
alternativa cristã.  O último inimigo a ser vencido pelo Senhor é a 
morte. Não adianta sonhar com um salto da humanidade até o Paraíso 
sem que primeiro o pecado seja vencido pela nova criação e o juizo 
final.  Maranatha (Vem, Senhor). 
   
 O Evangelho 
A. Rm 1.18 – A ira de Deus se  manifesta contra  toda impiedade 
e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça. 
B. O amor de Deus tem de seguir a compreensão do 
profundidade da rebelião e pecado do homem.  Rm 3. 10 
“Como está escrito não há justo, nem um sequer”.  Porque 
todos pecaram e carecem da glória de Deus. Rm 3.23 
2C. Em Rm 1 percebemos a gravidade do pecado dos homens 
reside no fato que pecadores tendo conhecimento de Deus, 
mas não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, 
antes, se tornaram nulos em seus próprios racioncínios 
obscurecendo-se-lhes o coração insensato.  Trocaram a glória 
de Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem 
corruptível”. 
D. Rm 5.12 ensina claramente que o pecado de Adão também 
foi o pecado de todos os seus descendentes.  Para de se 
livrar desse pecado original que contamina a natureza 
profundamente é necessário que o Segundo Adão se 
encarne, cumpre  toda a justiça (Mt 3.15), e providencie 
redenção por meio de Jesus Cristo (Rm 3.24).  Deus propôs a 
Cristo no seu sangue como propiciação para que mediante a 
fé manifeste sua justiça substitutiva.  “Aquele que não 
conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que , nele, 
fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21). 
E. No mundo contemporâneo pecado não passa de um erro, e 
isso somente quando prejudica os outros. A defesa do homem 
secularizado é que não sou ruim. Não cometi nenhum crime.  
Sou bem intencionado de modo se houver um juizo no futuro 
certamente Deus me aceitará tal com sou. 
F. O mundo complexo não acredita no inferno e nem no juizo de 
Deus.que condenará todos que náo são justificados pela 
morte de Cristo, aceita pela fé. 
O Papa João Paulo II declarou que o inferno é  a vida que nós 
criamos para nos mesmos. Os  sofrimentos desta vida com 
tantos problemas e dificuldades é suficiente inferno. 
G. O mundo complexo moderno, se crer que existe uma vida 
após a morte, não está esperando o juízo de Deus. 
No curso (Cristianismo Investigado) preparado para evangelizar o 
homem moderno inglês, a equipe de J. Stott, apresenta como nós 
devemos fazer a nossa parte segundo 2 Co 4.1-6. 
Enquanto o mundo capitalista que depende de marketing e engano. 
O evangelho tem de ser apresentada como ele é, verdade como Deus 
é verdade.  Jo 14.6 e Deus não pode mentir. 
1. Não age sem integridade – “NÃO ANDANDO COM ASTÚCIA”, v. 2 
falamos a verdade com sinceridade genuina. 
32. Age com fidelidade – não distorcemos a Palavra de Deus” – temos 
obrigação de falar toda a verdade, inclusive as partes duras.- 
pecado, inferno, juízo, arrependimento. 
3. Explica com inteligência e compreensão – “pela manifestação da 
verdade’ (v. 2b) apresenta a verdade de maneira clara.   
4. Manifesta humildade – não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus 
Cristo como Senhor.  4.5 
Faz parte da complexidade do mundo pecaminoso em que vivemos 
que os homens acham mais legal produzir sua própria justiça do que 
humildemente, pela fé depender unicamente da justiça de Cristo 
oferecida de graça para nós.  


http://www.sheddpublicacoes.com.br/teologia/textos/secularizacao_mundo.pdf

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