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quinta-feira, 26 de maio de 2011

DEUS OUVE E RESPONDE À ORAÇÃO - John Nelson Darby





Não vejo qualquer dificuldade a na resposta de Deus à oração ligada com as leis universais — se permitimos que Deus seja livre para actuar no Seu próprio mundo: tão livre como eu sou. Porventura altero eu as leis físicas quando vou, por ter sido chamado, ver alguém que está doente? A minha vontade — como, não sei — actua sobre e por meio destas leis físicas. A gravidade está nos meus pés — ou na Terra—, a força está nos meus músculos e a electricidade nos meus nervos, os quais põem aqueles em movimento; contudo, eu, segundo o meu pobre método, tenho atendido uma chamada.

Ora eu reconheço pleno poder em Deus, porque Ele pode, não preciso dizer, não só alterar as Suas leis, mas, sem o fazer, dar força a agentes nelas: produzir suco gástrico mais poderosamente ou mais electricidade no sistema à Sua vontade sem introduzir um único novo elemento ou lei que o governa. As leis mantêm-se as mesmas: a Sua vontade interfere para agir por meio delas. Pode operar um milagre, como ressuscitar os mortos, o que não é pela lei — tem-no feito.

Mas não falo de milagres que se operam quando Deus altera uma lei, como quando faz flutuar o ferro de um machado (2 Rs 6:5-7), mas quando actua pela lei para efeitos particulares da Sua vontade. Isto pode ser milagroso, como quando um vento forte actuou sobre o mar (Êxodo 21:14) e outro levantou os gafanhotos (Ex 10:19) ou trouxe codornizes (Nm 11:31). Mas Ele pode dar especial actividade ou quantidade a agentes que actuam regularmente por leis. Estou certo, de qualquer modo, de que Ele ouve e responde à oração.

Leis que limitam a natureza, admito-as; leis que limitam Deus, não as admito.
 Por Carlos António da Rocha 

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