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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Um completo exame espiritual – Lloyd-Jones



Precisamos aprender a. . . disciplinar-nos a nós mesmos fielmente. É ponto vital na vida cristã. . .Primeiro e acima de tudo temos que confessar o que fizemos de mal. . . Não nos poupemos. . . Não nos defendamos de nenhum modo; não tentemos alegar que o nosso pecado foi assunto de somenos importância. . . Temos que suster os fatos em nossa frente, deliberadamente, e dizer: «Eu fiz isso; eu pensei isso e disse isso».

Não é o bastante, porém. Devo analisar o fato específico. . . e ponderar tudo o que ele significa e inclui. . . Jamais viremos a aborrecer-nos a nós mesmos se não procedermos assim. . . temos que especificar o objeto do exame, e descer a pormenores. Sei que isso é muito penoso. . . não é suficiente chegar a Deus e dizer: «Õ Deus, eu sou pecador» ... a essência desta questão está em ir direto aos detalhes, em particularizar o ponto. . . em pôr cada detalhe em sua conta pessoal e diante de você, para a sua auto-analise. . .

É o que sempre fizeram os mestres da vida espiritual. Leia os manuais que escreveram, leia os diários pessoais dos mais piedosos cristãos que adornaram a vida da Igreja, e você verá que foi isso que sempre fizeram. . . John Fletcher não só fazia a si próprio doze perguntas antes de ir para o leito, todas as noites, como também conseguiu que fizesse o mesmo o povo que ele pastoreava. Não se contentava com um exame geral feito às pressas; examinava-se pormenorizadamente, respondendo a perguntas como estas: Costumo perder a calma? Perdi a calma? Tornei a vida mais difícil para alguém? Dei ouvidos àquela insinuação que o diabo pôs em minha mente, àquela idéia impura? Apeguei-me a ela ou imediatamente a repeli? Ao relembrar a jornada do dia, ponha tudo em sua frente e encare tudo. O verdadeiro auto-exame é isso. Então podemos considerar todas as coisas à vista de Deus — «diante de Ti».


Faith on Trial, p. 69-71.

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