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quinta-feira, 8 de julho de 2010

AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO

AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO











TEXTO: Gl 5.19-23.



INTRODUÇÃO: Gl 5.15 “Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros”. Para ter uma compreensão melhor sobre o tema leia os versículos anteriores.



Nenhum trecho da Bíblia apresenta um mais nítido contraste entre o modo de vida do crente cheio do Espírito e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do que Gl 5.16-26. Paulo não somente examina a diferença geral do modo de vida desses dois tipos de pessoas, ao enfatizar que o Espírito e a carne estão em conflito entre si, mas também inclui uma lista específica tanto das obras da carne, quanto do fruto do Espírito.



Gl 5.16 “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne”.



Andai no Espírito. É seguir a vida do Espírito Santo (Rm 8.13, 14). Antes da conversão, o homem é carne que naturalmente, satisfaz os desejos do coração dominado pelo pecado. Mas quando o Espírito entra e habita no coração, Ele luta contra esses apetites, produzindo em seu lugar o novo fruto que é, nada mais, nada menos, que as qualidades e atributos de Cristo (22, 23).



Gl 5.17 “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis”.



Gl 5.17 “caro enim concupiscit adversus spiritum spiritus autem adversus carnem haec enim invicem adversantur ut non quaecumque vultis illa faciatis”.



O ESPÍRITO... CONTRA A CARNE. O Espírito é adversário da carne. O campo de batalha está no próprio cristão, e o conflito continuará por toda a vida terrena.



OBRAS DA CARNE. "Carne" (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de Deus (5.21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do Espírito Santo (Rm 8.4-14).



Gl 5.18 “Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei”.



Gl 5.19 “manifesta autem sunt opera carnis quae sunt fornicatio inmunditia luxuria”.

Gl 5.19 “Porque as obras da Carne são manifestas (conhecidas), as quais são: prostituição, impureza, lascívia”.



CONHECIDAS: “gr. phaneros” = aparente, manifesto, evidente, reconhecido; i.e, claramente identificado. São Claras: com conotações de serem praticadas cínica e desavergonhadamente.



São produzidas pela força própria do homem em contraste com o fruto do Espírito (22) que só existe pelo poder de Deus. “...permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. Jo 15.4-5.



As obras da carne (Gl 5.19-21) incluem:



(1) "Prostituição" (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas (adultério, fornicação, homossexualidade, lesbianismo, etc). Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficos (Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1).



(2) "Impureza" (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração; inclui vida devassa e atos impuros (Ef 5.3; Cl 3.5).



(3) "Lascívia" (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2Co 12.21).



(4) "Idolatria" (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior que Deus e sua Palavra (Cl 3.5). O que dizer dos fãs evangélicos de hoje? O padrão é o mesmo.



(5) "Feitiçarias" (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23).



(6) "Inimizades" (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.



(7) "Porfias" (gr. eris), i.e., brigas, oposição, contendas, disputa, luta por superioridade (Rm 1.29; 1Co 1.11; 3.3).



(8) "Emulações"; “ciúmes” (gr. zelos), i.e., ressentimento, fúria de indignação, rivalidade, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1Co 3.3).



(9) "Iras" (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8).



(10) "Pelejas"; “discórdias” (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder; um desejo de colocar-se acima, um espírito partidário e faccioso que não desdenha a astúcia (2Co 12.20; Fp 1.16,17). Latim: “rixa”.



Antes do NT, esta palavra é encontrada somente em Aristóteles, onde denota um perseguição egoísta do ofício político através de meios injustos.



(11) "Dissensões" (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismáticos, de divisão, na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus (Rm 16.17).



(12) "Heresias"; “facções” (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1Co 11.19). Latim: “sectae”.



(13) "Invejas" (alguns trazem depois da inveja também homicídios) (gr. phthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos. O motivo é só de inveja e para se obter o desejado pode-se até matar.



(14) "Bebedices" (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante. Intoxicação, embriaguez.



(15) "Glutonarias" (gr. Komos), i.e., diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes. Bíblia On-line: “procissão noturna e luxuriosa de pessoas bêbadas e galhofeiras que após um jantar desfilavam pelas ruas com tochas e músicas em honra a Baco ou algum outro deus, e cantavam e tocavam diante das casas de amigos e amigas; por isso usado geralmente para festas e reuniões para beber que se prolonga até tarde e que favorece a folia”.



As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em Jesus e participa dessas atividades iníquas exclui-se do reino de Deus, i.e., não terá salvação (5.21).



NÃO HERDARÃO O REINO DE DEUS.



Embora Paulo afirme que é impossível herdar o reino de Deus mediante a prática das obras da lei (2.16; 5.4), ensina também que a pessoa pode excluir-se do reino de Deus envolvendo-se com práticas pecaminosas (1Co 6.9; cf. Mt 25.41-46; Ef 5.7-11).



O FRUTO DO ESPÍRITO



Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama "o fruto do Espírito". Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (Rm 8.5-14 8.14; 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9).





O fruto do Espírito inclui:



(1) “Amor”; "Caridade" (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).



(2) "Gozo"; “Alegria” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo (Sl 119.16; 2Co 6.10; 12.9; 1Pe 1.8; Fp 1.14).



(3) “Paz" (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).



(4) “Longanimidade" (gr. makrothumia) i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1).



(5) "Benignidade" (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; CL 3.12; 1Pe 2.3).



(6) "Bondade" (gr. agathosune) i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).



(7) "Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).



(8) “Mansidão" (gr. prautes) i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de Jesus, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf. 2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20).



(9) "Temperança"; “Domínio Próprio” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).



O ensino final de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode - e realmente deve - praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.







SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER



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