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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

“Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade” [Jo 17.17]



                                 “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade” [Jo 17.17](John 17:17)



                                                        A Mentira de que tudo é Verdade.







Este versículo derruba qualquer expectativa dos pós-modernistas de santificação. Também lança por terra as esperanças dos relativistas. Dos liberais. Dos mentirosos, e, sobretudo, daqueles que amam a mentira. Não há possibilidade de santificação fora da verdade; e sendo a palavra de Deus a verdade, fora dela o homem permanece morto em seus delitos.






A Escritura desmente as afirmações e tendências teológicas modernas de que é possível a salvação sem Cristo, sem a Palavra. Baseados no sentimentalismo suicida da alma natural eles crêem não ser necessário nem um nem outro para se alcançar a intimidade com Deus. Na verdade, esse homem está depositando todas as suas fichas num prêmio que acredita ser capaz de obter por seus próprios meios, mas que o deixará exatamente no mesmo estado em que se encontra: condenado.






É interessante que as religiões, mesmo o “cristianismo” humanista, proclama que qualquer caminho pode levar a Deus. De que a importância está naquilo que o homem tem no seu íntimo, no seu desejo de encontrá-lo. Mais surpreendente ainda é que a cosmovisão desse mesmo homem o levará à destruição, pois o que há nele além do mal? “Porque não há retidão na boca deles; as suas entranhas são verdadeiras maldades, a sua garganta é um sepulcro aberto” [Sl 5.9].(Psalms 5:9)






A falácia de que se o homem for sincero Deus se apiedará dele, não passa de uma desculpa esfarrapada para a autopreservação do pecado. Não há garantia de que a sinceridade na mentira produzirá a santidade. Pelo contrário, a santidade é possível apenas na verdade. E se não houver santificação, não há salvação. Por toda a Escritura este conceito está delineado, podendo ser resumido da seguinte forma: “Como está escrito: Sede santo, porque eu sou santo” [1Pe 1.16]; e, “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” [Heb 12.14]. Cristãos professos, mas que acreditam possível manter uma vida impiedosa, sem arrependimento, sem frutos para a glória de Deus, estão esquentando os bancos das igrejas, enganam-se a si mesmos, pois sobre eles permanece a ira do Senhor [John 3:.36].






Igualmente, os que não crêem na Bíblia como a fidedigna palavra de Deus, considerando-a um livro moral como outro qualquer; ou aqueles que a interpretam equivocadamente [guiados por suas mentes carnais e não pelo Espírito]; ou os que a negligenciam, relativizam, duvidando de sua historicidade; em suma, os que não a têm por fiel, inerrante, infalível e, portanto, verdadeira, jamais verão a Deus. Podem ser sinceros o quanto for. Podem ser eruditos o quanto for. Podem apresentar as mais plausíveis e convincentes argumentações para desacreditá-la. Podem mesmo tê-la à cabeceira da cama como um adorno, como um amuleto, ou como um livro de “máximas humanas”; podem admirá-la, e considerá-la com respeito; porém, se não for a verdade absoluta, o próprio Deus falando com o Seu povo, de nada servirá todo o seu esforço; porque está direcionado à mentira, à insensatez, de tal forma que manterá o pecado intocado, intacto, em seu efeito de produzir o homem morto para Deus.






Então, o ponto é: qualquer que seja o padrão da mentira, sua eficácia anula o conhecimento de Deus; e seus frutos permanecem latentes, à espera de se abrir as portas do Inferno.






Por isso, na oração, o Senhor não está a falar de todos os homens. O contexto de João 17 (John 17:-)é delineado pelas palavras de Cristo: “para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste” [v.2]; “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste” [v.6]; “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus” [v.9]; “Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu” [v.12]; e outras citações mais no texto sagrado. O que se evidencia e se torna patente na intercessão de Jesus é que não está a pedir por todos os homens, mas o Seu alvo é definido, claramente delimitado: os que foram predestinados eternamente para serem conforme a Sua imagem. O fato da oração acontecer imediatamente após falar com os discípulos [v.1], não deixa dúvidas de por quem pedia: os eleitos, os salvos.






Como os réprobos não podem e jamais poderão ser santificados [não depende deles, mas de Deus], ainda que ouvindo a palavra, o resultado será o oposto ao produzido nos eleitos: a rejeição à verdade. O Evangelho gera salvação no eleito, e condenação no réprobo porque a palavra “há de julgar no último dia” [Jonh 12:48]. O fato é que, como verdade, ele condena a mentira; e todo aquele que não pratica a verdade, “não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas” [Jonh 3:21], já está condenado.






Dizer que tudo é verdade, é mentira. Acreditar nela, levará a uma verdade: a morte eterna.






Não se pode esquecer que Cristo é a verdade [Jonh 14:6], e também a palavra [1Jonh 5:7]. Logo a santificação somente é possível por Ele. E qualquer que diga o contrário é mentiroso, ainda que sincero; porque a mentira sincera é a mais extrema manifestação de estupidez e ignorância.






Sem entrar em todos os pormenores envolvidos na santificação, o que o verso introdutório está a dizer é muito claro: ninguém pode ser santificado no engano, no erro, na falácia. Apenas a palavra de Deus é a verdade; e nela, o novo-homem, o eleito, será santificado, em obediência a ela.






Sem nos esquecer de que a salvação e a santidade foram determinadas na eternidade, e ambas acontecerão infalivelmente, aos eleitos, pelo poder de Deus.






E isto é a mais pura verdade.

Jorge Fernandes




http://www.internautascristaos.com.br/artigos-teologicos/656-a-mentira-de-que-tudo-e-verdade



4 comentários:

  1. Meu mano querido Iveraldo, muita graça e paz de montão pra sua alma!!!O texto é consistente e muito propício até mesmo para o "MEIO" evangélico que surta através do legalismo salvífico.A "MERITOLOGIA" que é sub-produto da "MERITOLATRIA", tem sido a ênfase de tantos no nosso meio que simplesmente substituíram a graça pelo "não toques, não proves", transformando a obra da cruz em simples adereço de suas "SANTAS OBRAS".Tâmu junto meu irmão!A propósito ou despropósito: Vc lembre meu pai quando era mais jovem, é muito semelhante sua aparência com a dele, vou mostrar seu blog para o papi!Um abração querido, Franklin ROSA!

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  2. Mesmo que a salvação esteja garantida em Cristo, sem santificação ninguém verá a Deus, concordo contigo, Franklin fala que o texto é propício para os legalista, eu ja acho que ele é prop´cio para os liberais contaminados por um racionalismo incrédulo e pernicioso, que se perdem em especulações, infelizmente, muitos desses mestres e doutores vêm de maneira sutil, desviando a todos da verdade. Adorei. Paz!

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  3. Olá Franklin e olá Rô,

    Vocês são especiais mesmo, eu lembro o pai do Franklin e deve haver algum propósito nisso, não sei qual é, você RÔ discorda do Franklin quanto ao legalismo ou liberalismo, o autor diz :Apenas a palavra de Deus é a verdade; e nela, o novo-homem, o eleito, será santificado, em obediência a ela.

    Sem o novo nascimento continuamos os mesmos de outrora, seremos sempre arvores que o Pai não plantou.

    A propósito, o HERRERA está de férias?

    Iveraldo Pereira.

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  4. Iveraldo, nem liberalismo e nem legalismo ok. Paz querido!

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