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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Glorificando a Deus na provação: não desperdiçando o sofrimento-por Juan de Paula



Quem nunca passou por sofrimento e provação? Em algum momento da vida, mais cedo ou mais tarde somos atingidos pelo sofrimento. Em maior ou menor grau. Pastor Gilson escreveu em um artigo “A Palavra de Deus nos revela que o sofrimento é uma realidade conseqüente da queda do homem, isto é, do pecado que nos atinge (…) Devemos, pois, esperar o sofrimento como um fato natural desta vida.2″, em outra ocasião aqui falando sobre o sofrimento em John Bunyan abordei que “o sofrimento por causa de seguir e testemunhar de Cristo tem atingido a vida dos discípulos de Cristo em todas as épocas e em todos os lugares. O sofrimento é algo que faz parte da vida e é compatível com o novo testamento.”3 No Antigo Testamento, José e Jó foram exemplos e modelos para nós de perseverança face ao sofrimento. O texto lido foi extremamente confrontador e ao mesmo tempo consolador. Tem falado poderosamente ao meu coração. Há irmãos dentre nós que já perderam ente querido próximo. Há irmãos que estão lutando com problemas de saúde ou então com enfermidades de entes queridos bastante próximos. Há irmãos que estão passando por muitas lutas em seus ministérios e provavelmente há irmãos que lutam com dificuldades impostas pelo campo missionário. Há irmãos que foram e/ou são perseguidos pelas crenças nas doutrinas da graça. Eu também compartilhei na lista algumas lutas meses atrás. Algo importante é que a igreja não está preparada para sofrer. Ela não é preparada para sofrer por intermédio da pregação. Vivemos numa cultura que foge da dor. Esse é o motivo porque igrejas que pregam a teologia da prosperidade estão lotadas de pessoas. Por outro lado é óbvio que, devido a nossa fragilidade humana, não suportamos o sofrimento e nem devemos faze-lo por meio de filosofia estóica ensinando que o indivíduo deve suportar o sofrimento através da moral sendo indiferente e impassível. Mas estamos dominados pelo epicurismo, pois somos ensinados a fazer de tudo pela nossa tranqüilidade e bem estar, a felicidade e a dor é o que devemos procurar e evitar respectivamente4. O evangelho nos chama ao equilíbrio. Somos atingidos ao sofrer, mas sofremos para a glória de Deus. Somos atingidos ao sofrer, mas sabemos que Deus tem um propósito no nosso sofrimento. O título da mensagem é: Glorificando a Deus na provação: não desperdiçando o seu sofrimento. O ensinamento principal do texto é que:
Devemos glorificar a Deus no meio da provação não desperdiçando o nosso sofrimento. Devemos usar o sofrimento para glorificar o Senhor.
Ainda que o ponto principal do texto seja o sofrimento vindo por parte das perseguições aos cristãos, os princípios salientados pelo texto podem servir e serem aplicados em qualquer situação de sofrimento.
Esta carta foi escrita pelo Apóstolo Pedro, que após andar três anos com o Senhor Jesus Cristo, agora então é o líder da igreja primitiva. Na ocasião, uma perseguição generalizada estava prestes a acontecer por ordem do Imperador Nero. A história e a tradição da igreja apontam que nessa perseguição ocorreu o martírio de Pedro e Paulo. O primeiro crucificado de cabeça para baixo, pois argumentou que não era digno de morrer igual seu mestre e o segundo por ser cidadão romano sofreu uma morte menos dolorosa, a saber, ter a cabeça decapitada provavelmente na guilhotina. Escrevendo para os eleitos de Deus na dispersão, judeus de fala grega na diáspora espalhados fora da Palestina, instalados na Ásia menor, Pedro tem como objetivo encorajar cristãos perseguidos que estavam sofrendo por causa de sua fé. Como um pastor de almas zelando pelo rebanho do Senhor, Pedro usa o termo dispersos como uma metáfora salientando que o povo de Deus é forasteiro e peregrino, rumo à pátria celestial assim como a trajetória de cristão no O Peregrino, escrito por John Bunyan, que estava sofrendo na prisão pela pregação do Evangelho. Um segundo objetivo na carta é exortar cristãos a aproveitarem a oportunidade frente à perseguição e sofrimento e manifestarem uma vida de santidade ao Senhor. Após abordar a santificação aplicada a diversas esferas, Pedro então, mostra na transição entre o capítulo 4 e 5, o privilégio glorioso de passar pelo sofrimento por causa de Cristo. Extrairemos os princípios do texto especificamente lido:
1 – Em primeiro lugar, glorificamos a Deus na provação não desperdiçando o sofrimento ao sermos purificado pelo fogo (vs. 12):
1.1: O versículo orienta os cristãos perseguidos a não estranharem o fogo ardente surgido entre eles pois eles estavam surpresos com a perseguição que estava acontecendo. A metáfora do fogo é usada porque purifica o ouro. O ouro precisa ser queimado para ser mais puro. Assim o fogo ardente advindo da perseguição seria para purificar a vida dos crentes. O evangelista puritano inglês George Whitefield ao pregar neste versículo narra que ao visitar uma fabrica de vidro no norte da Inglaterra pode observar que o operário passa o vidro três vezes na fornalha para ficar mais transparente. Ele diz: “O Deus todo-poderoso sabe: frequentemente somos mais purificados, em determinado momento, por intermédio de uma saudável provação do que por milhares de demostrações do seu amor5″.
1.2: O Apóstolo diz que não se deve estranhar o fogo ardente como algo extraordinário. Jesus Cristo sofreu. Seus discípulos também sofrerão. O mundo como sistema é nosso inimigo. Falando sobre o travar uma guerra com este mundo hostil, Joel Beeke em seu livro Vencendo o mundo publicado recentemente pela Editora fiel, vai dizer que “é uma guerra árdua, pois o mundo não luta com justiça e clareza, não aceita cessar fogo e não assina tratado de paz”6. Ainda sobre a guerra contra o mundanismo ele escreve que “o caminho da benção é o caminho da dor. A dor é um ingrediente essencial ao crescimento. Essa é a razão por que falamos em dores de crescimento e repetimos a expressão “Sem dor, sem ganho” (no pain, no gain)”7.
Sobre essa afirmação, escrevi em meu blog:
“Uma máxima dos praticantes de musculação diz que não há ganho sem dor (no pain, no gain). A medida em que o atleta ou cliente da acadêmia vai ganhando resistência muscular , sua série aumenta. De acordo com o objetivo pessoal, quanto mais peso o indivíduo levanta, mais dor ele sente. Quanto mais dor ele sente, mais massa muscular irá se desenvolver em seu corpo. Para manter um corpo atlético , ele deve malhar, praticar e assim irá sentir dor cada vez que o peso aumentar significando que mais massa muscular está sendo desenvolvida.
Essa mesma lógica pode ser usada na peregrinação espiritual do crente. Não está sendo afirmado que a dor é a única forma de fazer o cristão crescer em intimidade com Deus. Mas é uma das melhores formas, se não a melhor. Os textos citados acima afirmam que o sofrimento produz fé e perseverança tornando o crente mais maduro e íntegro. O sofrimento também faz com que o cristão se identifique com Cristo (participando de seu sofrimento na cruz para o perdão dos nossos pecados), para glória de Deus e aprendizado no exercício de sua alegria e contentamento em Deus. A dor e o sofrimento podem fazer com que o cristão cresça em Cristo e amadureça seu caráter desenvolvendo melhor sua intimidade com Deus.”8
Portanto amados, devemos glorificar a Deus por intermédio da provação, não desperdiçando o sofrimento seguindo a exortação da carta de Tiago, capítulo 1 versículo 2, ao passar pela provação com alegria. Esse é o próximo ponto.
2 – Em segundo lugar, glorificamos a Deus na provação não desperdiçando o sofrimento ao participarmos dos sofrimentos de Cristo com alegria (vs 13):
Leia a matéria completa :
Agora vem o outro lado da moeda (o paradoxo: sofrimento x júbilo/exultação).

2 comentários:

  1. Boa noite, meu amigo Iveraldo.
    Gostaria de pedir orações para a minha enteada Márcia. Ela se encontra em um momento de angustia em sua vida, olha a todos como se a estivessem perseguindo...
    Muito obrigado,
    suas preces são importantes e creio no poder delas,
    pois és um homem de Deus.
    Um bom final de semana.

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  2. A PAZ DO SENHOR!!
    Venho também parabenizar o seu blog, cada vez mais edificante. Que os seus elogios ao meu blog suba diretamente para a glória do Senhor, ELE É DIGNO. Interceda pelo Senhor por mim também e pela minha família, pois eu sei que ELE NÃO REJEITA AS NOSSAS ORAÇÕES. Continuarei intercedendo por ti, FICA NA PAZ DO SENHOR!

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