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sábado, 10 de dezembro de 2011

Um Guia para Jovens Cristãos




Quando Deus nos salva, ele faz com que creiamos em certas proposições sobre ele mesmo e sobre nós — ideias que anteriormente pensávamos não ser verdadeiras. Num instante, Deus nos ressuscita da morte espiritual de incredulidade e nos faz entender e crer na verdade sobre Jesus Cristo e nós mesmos. A Escritura se refere a esse evento usando várias figuras de linguagem: ser nascido de novo, ser nascido do alto, ter a mente iluminada, ser ressuscitado dentre os mortos e receber um coração de carne no lugar do nosso coração de pedra. O que essa linguagem figurada literalmente significa (e se você não sabe o que significa linguagem figurada literalmente, então o signicado dos termos lhe escapa) é que Deus afeta nossa mente diretamente, fazendo com que aceitemos como verdadeiras ideias que anteriormente pensávamos não ser verdadeiras. Ele nos dá a verdade — figurativamente chamada de “luz” na Escritura — diretamente às nossas mentes.
Jesus teve uma conversa com o seu discípulo Pedro que ilustra esse ponto. Jesus perguntou a Pedro: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus respondeu a Pedro: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus” (Mateus 16.15-17). Pedro tinha viajado e vivido com Jesus, e certamente tinha ouvido Jesus pregar muitas vezes. Mas Jesus diz que foi Deus o Pai quem revelou essas verdades à mente de Pedro. Jesus nega explicitamente que Pedro tenha chegado a conhecer e acreditar nessas proposições por conta própria, pois “carne e sangue não revelaram” essas verdades a Pedro — Deus o Pai as revelou a Pedro diretamente. Nós todos estamos na mesma situação que Pedro nesse respeito; a resposta de Pedro é a resposta de todo crente; e a resposta de Cristo a Pedro é a mesma que sua resposta a todos os crentes. Assim como Pedro não é o único recipiente dessa verdade, ele não é o único recipiente da revelação direta. Todos os crentes recebem a verdade que conhecem diretamente de Deus. Não estamos cientes da obra do Pai, assim como Pedro não estava ciente, e por isso teve que ser informado por Cristo. A verdade simplesmente “amanheceu” sobre nós. (Essa figura de linguagem também é usada na Escritura: Veja 2 Pedro 1.19.) João nos diz que “a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis” (1 João 2.27). A unção não nos dá uma verdade à parte ou diferente da Palavra; a unção é a Palavra de Deus em nós — a “palavra enxertada”, para usar a frase de Tiago.
Mas Deus não revelou a Pedro — e não nos revela — toda a verdade num único instante. No primeiro momento da fé, Deus nos revela todas as verdades requeridas para nos salvar, mas elas não são todas as verdades que ele pretende que conheçamos. Quando fomos salvos, Deus nos deu parte de sua verdade, os fundamentos por assim dizer, mas nós continuaremos a aprender a sua verdade pelo resto das nossas vidas. Nunca exauriremos toda a verdade que Deus tem para nos ensinar, mesmo durante os anos intermináveis no Céu. Mas com muitas distrações competindo pela nossa atenção hoje, o jovem cristão pode precisar de alguma orientação sobre onde encontrar essa verdade, e como estudar.
 John W. Robbins


 http://www.monergismo.net.br/textos/apologetica/guia-jovens-cristaos_j-robbins.pdf

Um comentário:

  1. EU ADOREI O TEU BLOG

    MUITO BEM ARTICULADO, PARABÉNS

    ME CHAMO BRUNO, ATÉ MAIS..

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