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sábado, 16 de outubro de 2010

A Vergonha" Evangélica" Eleições 2010. Agnaldo Gomes

Eleições 2010:A Vergonha Evangélica



Com a campanha eleitoral próximo do fim, vemos que os evangélicos tornaram-se o centro das atenções nesta reta final. O noticiário está repleto de menções da corrida pelo voto evangélico.



Tem de tudo: pastor xingando outro pastor de safado e ratazana. O outro rebate, chamando o seu “adversário?” de “cachorro morto.



Visitando alguns blogs evangélicos, mais sustos: o editor (inclusive pastores) usa palavras chulas e até publicam montagens de fotos denegrindo a imagem do político que o mesmo combate. Na seção de comentários, quem concorda ainda tem a coragem de usar passagens bíblicas para defender o argumento usado nos posts. Outros leitores ainda ofendem quem possui opinião contrária…



Uma situação ridícula.



É triste que pastores estejam submetendo a Igreja evangélica à essa a situação vergonhosa. Uma total falta de escrúpulos ficar misturando a Igreja com suas ideologias políticas.



Ao invés de estarem cuidando das coisas concernentes ao Reino de Deus, estão agindo como verdadeiros cabos-eleitorais.



E analisando todos esse fatos lamentáveis, fica uma pergunta: quais os reais interesses desses pastores?



Defender o evangelho e a Igreja das ditas “leis antibíblicas” que governantes pretendem aprovar?



Como se Deus precisasse de uma “ajudinha” nossa para realizar ou impedir o que quer que seja na terra…



Ou o interesse dos pastores-cabos eleitorais não seria a busca pelo poder?



Enfim, a situação a qual a Igreja evangélica está sendo submetida nessas eleições é vexatória e totalmente fora daquilo que a Bíblia Sagrada deixou como missão para a mesma.



Se a pessoa quer envolver-se com política, tudo bem. De fato é importante que, como cidadãos, todos possam participar da melhoria da sociedade através do voto democrático.



Mas jogar a Igreja nesse lamaçal não é aceitável.



Sem contar que, evangélico não é “tapado” ou incapaz de analisar em quem deve votar. Isso não é problema da Igreja e nem de pastor, missionário, padre, guru espiritual ou sei lá o quê.



Somos evangélicos, mas não massa de manobra de ninguém. Muito menos de políticos (sejam eles “crentes” ou não).



Portanto, o direito a um voto livre deve ser exercido por todo cidadão brasileiro (independente da religião) de forma consciente e sem a interferência de nenhum “cabo eleitoral” travestido de “guru espiritual”.



Se a pessoa quer votar em A ou B, nulo, em branco ou até ir à praia no dia da eleição é direito de cada um fazer o que acha correto.



O resto é tentativa de manipulação e uso errado da Igreja para atingir interesses pessoais.








Leia também


Eleições 2010 e a Igreja Evangélica


Igreja x Política:Uma Danosa Relação


Brasil:Um País de Evangélicos?


http://meupulpito.com.br/2010/10/16/eleicoes-2010-vergonha-evangelica/

Um comentário:

  1. Excelente texto, disse tudo. Ainda bem que existem pessoas que pensam assim em nosso meio e que não nos envergonham diante do "mundo".

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