“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis” (2Tm 3.1).
O mundo foi atingido por uma enfermidade mortal desde que o pecado entrou em nossa história, com a queda dos nossos pais. Mas, essa enfermidade aguda, agônica, endêmica e sistêmica está produzindo no mundo gemidos pungentes e sofrimento atroz. O mundo agoniza.
O apóstolo Paulo, descreve esses últimos dias com cores fortes. Esses últimos dias chegaram com a vinda de Cristo e terminarão com a volta de Cristo. Entre a primeira e a segunda vinda de Cristo esses dias têm ficado cada vez mais difíceis, cada vez mais turbulentos, cada vez mais ameaçadores e furiosos.
A palavra “difíceis”, usada por Paulo no texto em epígrafe, significa “furiosos”. É a mesma palavra usada para descrever o endemoninhado gadareno. Vivemos dias furiosos. Há uma violência incomum imperando entre as nações. O terrorismo multiplica suas vítimas todos os dias. Sangue e mais sangue é derramado sem qualquer respeito à vida. As guerras se espalham apesar dos tratados de paz. A inquietação entre as nações aumenta apesar dos esforços diplomáticos. A violência cresce nas ruas apesar da repressão da lei. O investimento em armas de destruição cresce apesar do esforço do desarmamento.
Os últimos dias não são apenas furiosos, mas também, são marcados por uma influência satânica. Os homens, loucamente, sacudiram de si o jugo de Deus. Baniram de suas escolas o nome de Deus. Varreram de suas Constituições os preceitos da palavra de Deus. Jogaram para o fosso do esquecimento o nome de Deus. Uma geração que despreza Deus abre caminho para a influência satânica, pois o humanismo idolátrico é de inspiração satânica. Quando o homem empurra Deus para a lateral, para ocupar o centro do mundo, está apenas fazendo o jogo daquele que sempre quis ocupar o lugar de Deus.
Esse arqui-inimigo de Deus é maligno, mentiroso, ladrão e assassino. Seus planos são perversos. Suas palavras são enganosas. Suas ações são devastadoras. Onde ele age, prevalece a mentira. Onde ele põe sua mão perversa, há rapinagem e morte. A influência demoníaca está presente em todos os setores da sociedade. Sua sordidez pode ser vista na política, na economia e na religião. Sua influência maligna é notória na educação, no cinema, na televisão e nas redes sociais. O pensamento humano foi afetado por essa influência diabólica. As filosofias humanas e os sistemas de governo foram contaminados por esse fermento perigoso. As artes, a música, o teatro e as expressões culturais de diversão foram infiltrados por esses pensamentos contrários à dignidade e à santidade da vida. Os esportes, as correntes de pensamentos, os sistemas econômicos e a própria religião não escaparam dessa perversa influência. Os homens tornam-se cada vez mais egoístas, avarentos, soberbos, blasfemadores, irreverentes, violentos, traidores. Amam mais a si mesmos do que ao próximo. São mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus. Não respeitam aos pais nem às leis. Não têm domínio próprio. Vivem rendidos aos vícios e aos seus desejos mundanos.
O apóstolo Paulo alerta-nos, dizendo: “Sabe, porém, isto…”. A ignorância é a arma predileta do maligno. Ele é o pai da mentira. Quem não tem olhos para ver nem ouvidos para ouvir, tem uma mente aberta à mentira, é cativo do engano e escravo da obscurantismo. Quem não discerne a malignidade do sistema é porque já faz parte dele. Já foi domesticado por ele. Sucumbiu a ele.
É tempo de acordarmos desse torpor. É tempo de rogarmos a Deus para lançar luz em nossas trevas. É tempo de sermos regidos pela verdade de Deus e não pela mentira de Satanás. É tempo de nos inconformarmos com este século para nos conformarmos com a vontade de Deus.
Rev. Hernandes Dias Lopes
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