Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a
glória do Senhor nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a
escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o Senhor, e a sua glória
se vê sobre ti” (Is 60.1-2).
A palavra “luz” é destacada pelo profeta Isaías. O que é a “luz”? Todos
sabemos que a luz é a ausência de trevas, mas devemos entender que a questão
aqui é a separação entre a luz e as trevas. Lemos já no início da Bíblia: “...e (Deus) fez
separação entre a luz e as trevas” (Gn 1.4b). Deus não eliminou
as trevas, Ele as separou da luz. Portanto, uma segunda palavra-chave que
devemos lembrar é “separação”.
A vinda de Jesus significa exatamente isso: separação! Ou você crê e
aceita que Jesus Cristo veio em carne, viveu uma vida sem pecado e sacrificou a
si mesmo, derramando Seu sangue na cruz do Calvário pelos seus pecados, e que
assim você tornou-se um filho da luz; ou você rejeita essa verdade eterna e
continua sendo um filho das trevas.
O versículo inicial não diz apenas “eis que as trevas
cobrem a terra”, mas prossegue: “e a escuridão, os
povos”. Essa é a realidade em nosso mundo. Por exemplo,
dificilmente podemos imaginar a terrível escuridão em que viviam os
terroristas-suicidas islâmicos que seqüestraram os aviões de passageiros no dia
11 de setembro de 2001 e os lançaram contra edifícios ocupados por milhares de
pessoas inocentes. Por que eles fizeram isso? Sem dúvida, eles estavam
convencidos de que seu ato era justificado; para eles, essa era a coisa certa a
fazer. Eles criam firmemente que, no momento da morte, seriam trasladados para
a glória do paraíso. Entretanto, tal convicção religiosa não é baseada na
verdade; ela tem seu fundamento na imaginação do coração maligno dos homens
seduzidos pelas “trevas”.
As Escrituras, entretanto, não dizem que apenas as pessoas que cometem
tais crimes horrendos vivem nas trevas, pois lemos: “...a
escuridão [cobre] os povos”. Isso
significa que todos os povos do mundo vivem em trevas.
A escuridão é algo terrível, porque ela impede que vejamos qualquer
coisa. Por exemplo, se você entrar no porão de uma casa ou em outro lugar
escuro durante a noite, sem dispor de uma luz, correrá sério perigo de se
machucar. É isso que a Bíblia nos comunica: todas as pessoas na terra estão em
sério perigo, não apenas em sua vida presente, mas também quanto à eternidade.
Portanto, é extremamente importante que você se chegue à luz.
Quando Jesus, a luz do mundo, o Verbo (a Palavra) de Deus, fez-se carne
e habitou entre nós, Ele ofereceu a luz a todos, dizendo: “Eu sou
a luz do mundo” (Jo 8.12). João, porém, declarou: “E
a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1.5, Ed.
Revista e Corrigida). Por que as trevas não a compreendem?
Encontramos a resposta para essa importante questão em João 3.19-20: “O
julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas
do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal
aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüídas as suas
obras”.
O nascimento de Cristo, ou seja, o Natal, somente pode tornar-se
efetivo em sua vida, se você sair das trevas e vier para a luz. Sem isso, o
Natal será apenas como uma peça teatral tradicional – na verdade, tola e
comercial.
As palavras de Isaías 60.1-2 são dirigidas a Israel. A luz era e é
Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Messias de Israel e Salvador do mundo. A
oferta da luz e da separação foi feita inicialmente aos judeus. Ela era
destinada a Israel, que, entretanto, rejeitou a Jesus. Assim, Ele voltou-se
para os gentios. Isso torna-se bem evidente no versículo 3: “As
nações (os gentios) se encaminham para a tua luz...”
Portanto, as palavras do versículo 2b ainda aguardam seu cumprimento
final: “mas sobre ti (Israel) aparece
resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti”. Isso ainda
não ocorreu com Israel, de modo que deverá cumprir-se no futuro.
No mesmo capítulo, o profeta Isaías proclama: “Também
virão a ti, inclinando-se, os filhos dos que te oprimiram; prostar-se-ão até às
plantas dos teus pés todos os que te desdenharam e chamar-te-ão Cidade do
Senhor, a Sião do Santo de Israel” (Is 60.14). Atualmente,
acontece o contrário: Israel continua odiado e oprimido. Os árabes têm um só
objetivo: a destruição do Estado judeu. Eles dizem que o sionismo deve ser
eliminado. Entretanto, isso não acontecerá. No final, todos os povos chamarão
Jerusalém de “Cidade do Senhor, a Sião do Santo de Israel”.
Finalmente, o profeta afirma: “Nunca mais se ouvirá de
violência na tua terra, de desolação ou ruínas, nos teus limites...” (v. 18). Virá
o tempo em que Israel
será a nação dedicada ao Senhor, exatamente como está registrado nas
Escrituras. Israel será um louvor a Deus em meio a todos os povos da terra.
Somente então a verdadeira paz prevalecerá em todo o globo. O Príncipe da Paz
governará “com cetro de ferro” (Ap 19.15) e não irá
tolerar qualquer rebelião. Todos os povos estarão sujeitos à autoridade do
Senhor dos senhores e Rei dos reis, Jesus, o Crucificado. Então, finalmente,
Lucas 2.14 será uma realidade mundial: “...paz na terra entre os
homens, a quem ele quer bem”.
Esse tipo de Natal continua inimaginável nos dias em que vivemos,
porque o mundo inteiro jaz nas trevas. Entretanto, existe uma excessão: a paz
interior individual e pessoal que você pode experimentar agora. Mesmo nestes
tempos turbulentos, essa paz que “excede todo o entendimento”
(veja Fp 4.7) está disponível para você. Tenha uma verdadeira
experiência natalina neste ano! Jesus disse: “Assim também agora
vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a
vossa alegria ninguém poderá tirar” (Jo 16.22).
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