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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Cinco Votos para Obter Poder Espiritual




Deus tem se movido de uma forma especial em nosso meio e todos da família Central têm sido desafiados a experimentar a 
vida abundante que Jesus tem para os seus discípulos (cf. Jo 10.10) e a responder positivamente à Grande Comissão ele nos 
deu (cf. Mt 28.18-20). Em nós mesmos, entretanto, não há capacidade para vivenciar isso. Precisamos do Espírito Santo, do 
poder de Deus que em nós habita. Sem esse poder fracassamos em nossas iniciativas. É necessário, então, que busquemos 
da parte de Deus, poder espiritual. Quanto a isso, há um importante princípio bíblico: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; 
batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Mt 7.7,8). Aquele 
que se empenha em um objetivo o alcança, ou, de maneira inversa, para se alcançar um objetivo é necessário empenho.
A Bíblia nos apresenta uma maneira eficaz de buscarmos algo e encontrá-lo, qual seja, através de um voto. Voto é uma 
promessa feita a Deus, em que a pessoa se compromete a fazer uma determinada coisa se, em contrapartida, receber algo 
dele. O texto de Gênesis 28.20-22 nos apresenta Jacó, em um determinado momento de sua vida, fazendo um voto a Deus. 
Ele disse: “Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me 
vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus; e a pedra, que erigi por 
coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo”. Vale aqui, entretanto, uma 
ressalva: fazer um voto não é barganhar com Deus. Voto é uma maneira de nos incentivarmos na busca de um alvo e, até 
mesmo, de mostrarmos a Deus o quanto queremos alcançar aquilo que estamos buscando. Há outros exemplos bíblicos de 
pessoas que fizeram votos a Deus. Ana, humilhada por ter não ter um filho e em meio à amargura e ao choro, fez um voto 
ao Senhor, dizendo: “SENHOR dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, 
e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a 
sua cabeça não passará navalha” (1Sm 1.11).
Tendo tudo isso em vista, eis a questão: para alcançar o poder espiritual do qual necessitamos (e que, com certeza, o Senhor 
deseja nos dar) podemos (ou devemos) fazer a Deus um voto. Que voto seria esse?
No livro “Cinco votos para obter poder espiritual”, A. W. Tozer, conforme o próprio título, propõe cinco votos que podemos 
(ou devemos) fazer a Deus para obter, dele, poder espiritual. São eles:
1. Trate seriamente o pecado!
Pecado é a transgressão voluntária da lei. Quando alguém, por vontade própria, desobedece à ordem de Deus, ele está 
pecando. O clássico exemplo bíblico disso é a queda do homem, registrada em Gênesis 3. Após a criação da terra e de tudo 
o que nela há, Deus colocou o homem no Jardim do Éden e lhe disse: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas 
da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” 
(Gn 2.16). Pouco depois, influenciados pela serpente (Satanás), Eva e Adão tomaram do fruto daquela árvore e o comeram. 
Apesar de induzidos pelo diabo, os dois foram os responsáveis pelo ato, pois, cientes da ordem de Deus, escolheram comer 
do fruto e, assim, desobedecer ao Criador. Eles não foram obrigados a fazer aquilo. Não estavam sob o controle da serpente. 
Eles decidiram fazer o que fizeram.
Todo e qualquer pecado presente em nosso dia-a-dia assim está porque nós o escolhemos e permitimos. É claro que há pecados 
que nos são ocultos, que não conseguimos discernir (cf. Sl 19.12). Entretanto, muitos dos pecados que constantemente 
praticamos nos são conscientes. O primeiro voto fala de tratarmos com seriedade esses pecados, confessando-os a Deus 
e nos arrependendo deles. Arrependimento é uma mudança de atitude. Jesus, ao perdoar uma mulher adúltera, lhe disse: 
“Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado” (Jo 8.11 – NVI). Eliminar os pecados que sabemos 
fazem parte de nossas vidas é o compromisso do primeiro voto. E quanto àqueles que nos são ocultos, oremos ao Senhor 
para que Ele nos sonde e nos revele (cf. Sl 139.23,24).
1. Quais são os pecados que você, conscientemente, tem preservado em sua vida?
2. Não seja dono de nada!
Mordomia é um conceito antigo que está presente na Bíblia. Segundo um léxico grego, mordomo (do grego oikonomos) é 
“um administrador, gerente, superintendente (seja nascido livre ou, como era geralmente o caso, um liberto ou um escravo) 
para quem o chefe da casa ou proprietário tinha confiado a administração dos seus afazeres, o cuidado das receitas e 
despesas, e o dever de repartir a porção própria para cada servo e até mesmo para as crianças pequenas” (Léxico Grego 
de Strong, Bíblia Online, Módulo Avançado, Versão 3.00). O mordomo administrava algo do qual não era o dono. Apesar de 
estar cercado por muitos bens e riquezas, e geri-las conforme o seu parecer, não possuía nenhuma delas.
Esse conceito se aplica a nós cristãos nos dias de hoje. Nossos bens, na verdade, não são nossos. A Bíblia diz: “Ao SENHOR 
pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24.1). Paulo também diz em Romanos 
11.36: “Porque dele (...) são todas as coisas”. Não somos donos nem de nós mesmos! Sendo assim, não devemos nos 
apegar a coisa alguma. Quanto a isso, disse Jesus: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a 
ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem 
corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 
6.19-21). O Senhor nos orienta a não colocar o nosso coração nos tesouros da terra e sim nos tesouros do céu. O segundo 
voto fala de não termos postura de donos dos bens que nos cercam, mas de mordomos.
1. Qual é a sua postura quanto aos seus bens materiais: de dono ou de mordomo?
3. Nunca se defenda!
Defesa é um dos instintos do ser humano, seja a defesa dele mesmo ou de outra pessoa ou coisa que lhe seja importante. 
O ataque à sua reputação talvez seja o que mais desperte no homem esse instinto. No Jardim do Éden, tanto Adão quanto 
Eva, ao transferirem para outro a culpa pela desobediência, estavam tentando defender sua reputação. O livro de Jó registra 
longos discursos em que seus amigos (Elifaz, Bildade e Zofar) o acusam de pecado, tendo em vista a situação de grande 
perda que ele vivenciava, e ele defende sua justiça. Todos nós ao percebermos a possibilidade de termos os nomes 
manchados, logo corremos para que isso não aconteça.
De fato, conforme Provérbios 22.1, “Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a 
prata e o ouro”. Entretanto, a Bíblia também fala de um Deus que Deus é o vingador do seu povo (cf. Pv 23.10,11). Ele se 
levanta em favor dos seus contra os adversários deles (cf. Ex 23.22). Sendo assim, não precisamos nos defender. É sobre 
isso que fala o terceiro voto: nunca se defenda. Jesus, mesmo em meio a acusações injustas, ofensas e agressões, não abriu 
a boca para defender-se (cf. Is 53.7; At 8.32). Devemos entregar ao Senhor as ofensas e confiar que Ele cuidará delas.
1. Quais são as situações de sua vida que te incitam a se defender?
4. Nunca passe adiante algo que prejudique alguém
O orgulho, segundo C. S. Lewis em “Cristianismo puro e simples”, é o grande pecado da humanidade. Uma série de outros 
pecados são frutos do orgulho. Um desses é a inveja. Quando o homem nota alguém com algo que ele não tem, esse 
sentimento brota em seu coração. A partir daí, um próximo passo que pode ser dado é uma ação no sentido de prejudicar 
o invejado.
A Bíblia é categoricamente contra isso. O segundo grande mandamento, conforme Jesus, é amar ao próximo como a si 
mesmo (cf. Mt 22.39). Aquele que age para o prejuízo do outro não o está amando e está em desobediência. Assim nos diz 
os Dez Mandamentos: “Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Nãocobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, 
nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo”. A Palavra de Deus proíbe toda e qualquer ação que 
prejudique o outro. O quarto voto fala de não passar adiante algo que prejudique alguém.
1. Você tem agido no sentido de prejudicar alguém?
5. Nunca aceite qualquer glória!
Conforme o item anterior, o ser humano é orgulhoso. Foi o orgulho que nos levou à queda. Quando a mulher percebeu 
que o fruto proibido poderia torná-la como Deus, ela o tomou e comeu (cf. Gn 31-6). O homem almeja uma posição 
de destaque, onde possa ser visto e receber glória. Gostamos de ser reconhecidos no que fazemos e receber elogios. 
Entretanto, o que temos em nós que não tenhamos recebido de Deus? (cf. Jo 3.27; Tg 1.17). A Bíblia afirma que Deus é o 
único digno de receber glória, honra e poder (cf. Ap 4.11). Em Apocalipse 5.1-14, o único encontrado digno de abrir o livro 
foi o cordeiro que foi morto, o qual recebeu grande louvor por isso . Paulo também diz em Romanos 11.36: “A Ele, pois, a 
glória eternamente. Amém!”.
A nossa atitude, então, deve ser como a do salmista, que diz: ”Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória” 
(Sl 115.1). O quinto voto fala de nunca aceitarmos qualquer glória. Isso não significa rejeitar elogios, mas reconhecer toda a 
glória pertence a Deus, pois tudo o que somos, temos e fazemos vem dele.
1. Você tem aceitado receber a glória pelo que é ou pelo que faz?
A Bíblia diz em Eclesiastes 5.4,5: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de 
tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras”. Esses, entretanto, não são votos que 
podemos escolher não fazer por receio de não cumprir. Esses cinco votos falam de princípios básicos e imprescindíveis da 
fé cristã. O nosso Senhor espera de todos nós essas atitudes. O que fazer, então? E se eu não conseguir cumprir os votos?
Os cinco votos apresentados são para obtermos do Senhor poder espiritual. À medida que os estivermos cumprindo, 
receberemos poder espiritual. Quando os descumprirmos, deixaremos de receber esse poder, pois o pecado nos afasta de 
Deus. Assim, o procedimento correto quando falharmos é confessarmos o pecado a Deus, nos arrependermos e seguirmos 
em frente. Aquele que cai, não deve ficar caído e lamentando, mas deve se levantar e prosseguir. Tenhamos a persistência 
de Davi: “Os votos que fiz, eu os manterei, ó Deus” (Sl 56.12), “cumprirei os meus votos ao SENHOR” (Sl 116.14).


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